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Ponto dos Concursos Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora.

AULA DEMONSTRATIVA Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)! Bem-vindo (a) à aula demonstrativa do nosso Curso de Direito Tributário e Sistema Tributário Nacional (STN) em Exercícios para Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Rondônia. Meu nome é EDVALDO NILO. Sou Procurador do Distrito Federal, professor de Direito Tributário e Financeiro, tendo sido aprovado em diversos concursos e seleções públicas, a saber: Procurador do Distrito Federal (ESAF), Procurador do Município de Recife (FCC), Ministério Público de Contas do Mato Grosso (FMP/RS), Procurador do Município de Belo Horizonte (FUNDEP/UFMG), Técnico de Nível Superior do Ministério da Saúde (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério das Comunicações (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério do Turismo (ESAF); Professor Substituto de Ética Geral e Profissional da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Professor de Direito Tributário do Centro Universitário da Bahia (CUB/FIB) e Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Possuo três pós-graduações e um curso de extensão na área do Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET); Especialização em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialização em Planejamento Tributário pela Faculdade de Tecnologia Empresarial (FTE); Curso de Extensão Universitária em Prática Processual Tributária pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Atualmente estou concluindo o Mestrado em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e, no ano de 2004, fui pesquisador da área de Direito Constitucional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia. Também já consegui vencer três prêmios jurídicos, quais sejam: Prêmio Luiz Tarquínio da Fundação Orlando Gomes no ano de 2002; Prêmio Ministro Carlos Coqueijo Costa da AMATRA (Associação de Magistrados Trabalhistas), EMATRA (Escola de Magistrados Trabalhistas) e ABAT (Associação Bahiana dos Advogados Trabalhistas) no ano de 2003 e Prêmio Luís Eduardo Magalhães da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia no ano de 2004. Por sua vez, no que diz respeito à apresentação do nosso curso, vamos trabalhar com base no edital completo do concurso de Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Rondônia. 1

Vamos, certamente, comentar praticamente todas as questões de Direito Tributário dos últimos três anos da FCC referentes aos temas cobrados no edital, sobretudo as últimas provas. Assim sendo, o curso será objetivo, tendo como alvo responder o maior número de questões possíveis. Logo, o nosso curso terá seis aulas, como início no dia 17 de fevereiro e a Aula 6 será postada no dia 05 de março. Ou seja, ocorrerá duas vezes por semana e as aulas serão realizadas às quartas e sextas. A seguir, a sequência e os tópicos que serão estudados: Aula 0 Tributo: definição e espécies - impostos, taxas, contribuição de melhoria. Aula 1 Espécies de Tributo - empréstimos compulsórios, e contribuições especiais. Sistema Tributário Nacional. Princípios gerais. Limitações ao poder de tributar. Imunidade (17/02). Aula 2. Obrigação tributária: principal e acessória. Fato gerador. Incidência e não incidência. Isenção. Domicílio tributário. Competência tributária. Sujeito ativo. Capacidade tributária (19/02). Aula 3 Sujeito passivo: contribuinte e responsável. Responsabilidade solidária, responsabilidade de terceiros, responsabilidade por infrações. Base de cálculo. Alíquota. Crédito tributário: lançamento - efeitos e modalidades. (24/02). Aula 4 Repartição de receitas tributárias. Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário (26/02). Aula 5 Impostos da União. Impostos dos Estados e do Distrito Federal. Impostos dos Municípios (03/03). Aula 6 Administração tributária - fiscalização, regulamentação, competência, limites, procedimentos. Dívida ativa - certidão negativa (05/03). Pois bem. O curso está totalmente atualizado, incluindo importantes e novas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em matéria tributária. Então, vamos juntos iniciar a jornada rumo à aprovação. 2

I. Tributo Boa sorte, bons estudos e que Deus abençoe a todos. A seguir, uma pequena demonstração do nosso curso. LETRA A - INCORRETO 1. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3 do Código Tributário Nacional, é correto afirmar: (A) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência de imposto de importação em razão de crime de contrabando. (B) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário. (C) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre produto industrializado. (D) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê exceções. (E) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas hipóteses de tributos com lançamento por homologação. O art. 3º, do Código Tributário Nacional (CTN), dispõe que tributo é toda (i) prestação pecuniária compulsória, (ii) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que (iii) não constitua sanção de ato ilícito, (iv) instituída em lei e (v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Desta forma, tributo não pode ser considerado sanção por ato ilícito, eis que a obrigação tributária deve decorrer de um fato lícito previsto em lei. LETRA B - INCORRETO Existem dois erros neste item. Primeiro, o caso do imposto sobre propriedade territorial urbana (IPTU) é exemplo clássico de lançamento de ofício. Segundo, a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional, segundo o parágrafo único do art. 142 do CTN. Deve-se dizer também que o art. 3, do CTN, estabelece que o tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 3

O lançamento de ofício, direto, ex officio ou unilateral é aquele em que o Fisco, dispondo de dados suficientes para efetuar a cobrança, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte ou do responsável tributário. Exemplos: IPTU, IPVA, autos de infração, a grande maioria das taxas e a contribuição de iluminação pública. O lançamento por homologação ou autolançamento é aquele em que o sujeito passivo (contribuinte ou responsável tributário) auxilia ostensivamente a Fazenda Pública na atividade de lançamento, cabendo ao Fisco homologando-o, conferindo sua exatidão (art. 150 do CTN). Exemplos: ICMS, IR, ITR, IPI, ISS, dentre outros. LETRA C - INCORRETO Conforme o art. 3, do CTN, o tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Decerto, o art. 156, XI, do CTN, com redação estabelecida pela Lei Complementar n. 104/2001, permite o pagamento de tributo mediante a entrega de bens imóveis, quando estabelece a dação em pagamento em bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário, sendo compatível com a locução ou cujo valor nela se possa exprimir do art. 3º, do CTN. LETRA D - CORRETO O tributo deve ser instituído por meio de lei. Esta deve ser entendida como lei complementar ou lei ordinária, ou até mesmo medida provisória, que tem força de lei ordinária. Ou seja, o tributo é uma obrigação denominada de ex lege, significando que seu surgimento depende de lei. Todavia, existem tributos federais (União) que, se forem instituídos, devem ser por meio de lei complementar, que são: imposto sobre grandes fortunas (art. 153, inc. VII, da CF/88), empréstimos compulsórios (art. 148, caput, da CF/88), impostos residuais da União (art. 154, inc. I, da CF/88) e contribuições sociais novas ou residuais (art. 195, 4, da CF/88). Nestes casos, a medida provisória que tem força de lei ordinária não pode atuar para instituir tais tributos. LETRA E - INCORRETO O tributo é prestação pecuniária compulsória, eis que o tributo independe da vontade do devedor. Por exemplo, o aluguel de imóvel público não é tributo, em virtude de ser o aluguel firmado por ato de livre vontade do 4

locatário com a Administração Pública, derivando de um contrato entre as partes. LETRA A INCORRETO 2. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto (A) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (B) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (C) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (D) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (E) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária. Tributo não é sanção de ato ilícito. Destaco aqui que mesmo sendo certo que o tributo não pode constituir uma sanção de ato ilícito, faz-se possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois o que importa é que a atividade criminosa não esteja prevista em lei como fato gerador de determinado tributo. Assim, a atividade criminosa (atividade ilícita) pode gerar a obrigação de pagar tributo, porque a forma como os fatos são praticados pelo contribuinte não importa para incidência tributária, desde que o tributo não constitua sanção de ato ilícito. Neste sentido, o STF entende que a tributação sobre o trafico ilícito de entorpecentes é legal, adotando-se a aplicação do princípio da igualdade tributária e do princípio do pecunia non olet (o dinheiro não tem cheiro). Olhem a seguinte decisão do STF: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: pecunia non olet (dinheiro não tem cheiro). Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos - caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal. Irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária (significa aqui não pagamento do tributo) dos resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário 5

do princípio da moralidade - constitui violação do princípio da isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. Por outro lado, o tributo não se confunde com a multa, que é sanção de ato ilícito. A multa, apesar de ser uma prestação pecuniária compulsória, é cobrada em virtude de o indivíduo ter praticado um ato ilícito, possuindo nítido caráter de sanção (punição). Por exemplo, a multa decorrente do atraso no pagamento do imposto sobre produtos industrializados (IPI) não é tributo, pois é sanção de ato ilícito. LETRA B INCORRETO O tributo é prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Destaco aqui que o tributo pode ser pago com títulos da dívida pública. Como exemplo, o pagamento do imposto territorial rural (ITR) com títulos da dívida agrária (TDA). Anota-se também que o art. 162, do CTN, possibilita o pagamento do tributo seja efetuado com cheque ou vale postal e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. LETRA C CORRETO É correta, de acordo com o art. 3, do CTN, dispondo que tributo é toda (i) prestação pecuniária compulsória, (ii) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que (iii) não constitua sanção de ato ilícito, (iv) instituída em lei e (v) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. LETRA D INCORRETO Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito. LETRA E - INCORRETO O tributo deve ser instituído em lei. O conceito de legislação tributária abrange os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes, de acordo com o art. 96 do CTN. Decretos e normas complementares não podem instituir tributos. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (i) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (iii) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; (iv) os 6

convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art.100 do CTN). 3. (FCC/Auditor Fiscal Estadual/São Paulo/2009) Conforme o art. 3 do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma interpretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar alguns dos denominados princípios constitucionais tributários. São identificáveis no conceito legal de tributo os princípios (A) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica. (B) da isonomia e da liberdade de tráfego. (C) da capacidade contributiva e da anterioridade. (D) da anterioridade e da irretroatividade. (E) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco. A resposta da banca examinadora é a letra e. O princípio da legalidade está bem identificado quando o art. 3 do CTN dispõe que o tributo deve ser instituído em lei, isto é, o tributo é uma obrigação jurídica ex lege, que surge independentemente da vontade do sujeito passivo. Decerto, o princípio da legalidade tributária dispõe que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I, da CF/88). Assim, fica evidente a relação entre o conceito legal de tributo (art. 3 do CTN) e a legalidade tributária. Em relação a proibição do tributo com efeito de confisco é mais difícil a sua identificação com o conceito legal de tributo, podendo-se considerar uma identificação indireta, segundo determinada corrente doutrinária. Assim, a CF/88 estabelece que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco (art. 150, IV, da CF/88). Nesse rumo, como o tributo deve ser instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, considera-se que toda a criação ou cobrança de tributo, sem amparo legal, constitui confisco. 7

Ou seja, segundo determinada parte da doutrina, qualquer cobrança tributária ilegal também é confiscatória, por isto a identificação do conceito legal de tributo (art. 3 do CTN) com o princípio constitucional do não-confisco. II. Impostos, taxas e contribuições de melhoria LETRA A INCORRETO 4. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) O imposto (A) tem fato gerador vinculado a uma prévia atividade estatal. (B) é regulado por competência constitucional comum entre os entes políticos. (C) será extraordinário quando o fato gerador for guerra externa ou sua iminência. (D) nunca terá como hipótese de incidência a fiscalização decorrente do poder de polícia do Estado. (E) nunca terá receita vinculada. O imposto não tem fato gerador vinculado a uma prévia atividade estatal, eis que o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, de acordo com o art. 16, do CTN. Isto é, imposto é um tributo não-vinculado a uma atividade estatal na classificação quanto à hipótese de incidência (fato gerador in abstrato) do tributo, sendo que a lei instituidora do imposto deve levar em consideração fatos e situações vinculadas ao contribuinte, estranhos a qualquer atuação do Estado direcionado especificadamente ao próprio contribuinte. LETRA B INCORRETO O imposto não é regulado por competência constitucional comum, mas sim por competência tributária exclusiva ou privativa 1, que se refere a competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para instituir os tributos que a Constituição prevê especificamente apenas para cada ente federativo, a saber: Competência exclusiva ou privativa da União (i) Impostos: a) imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II) art. 153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) art. 153, II; c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) art. 153, III; d) imposto sobre produtos 1 Segundo denominação equivocada da CF/88, uma vez que a competência tributária não é passível de delegação para terceiros. 8

industrializados (IPI) art. 153, IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) art. 153, V; f) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) art. 153, VII. (ii) Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, II); (iii) Contribuições especiais ou parafiscais: a) contribuições de seguridade social (art. 195, art. 239; ADCT, art. 74, 75, 84 e 90); b) contribuições sociais (art. 212, 5º e art. 240); c) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, também denominadas de corporativas (art. 149); d) contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) art. 149 e art. 177, 4º. Competência exclusiva ou privativa dos Estados e do Distrito Federal (i) Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) art. 155, I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) art. 155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) art. 155, III. Competência exclusiva ou privativa dos Municípios e do Distrito Federal (i) Impostos (CF, art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) art. 156, I; b) impostos sobre transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) art. 156, II; c) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar art. 156, III; (ii) Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A. LETRA C INCORRETO O imposto extraordinário é o previsto no art. 154, II, da CF/88, sendo aquele que a União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. O imposto extraordinário não tem como fato gerador a guerra externa ou sua iminência. Estes são pressupostos para a instituição do imposto extraordinário. Com efeito, na iminência ou no caso de guerra externa, a União tem certa liberdade para estabelecer o fato gerador do IEG, inclusive podendo optar pelos fatos geradores de competência do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios. 9

Por conseguinte, a União pode até criar um IPVA federal ou um ISS federal na hipótese de instituição de imposto extraordinário. Destaco que a doutrina afirma que este é único caso de bitributação permitido pela CF/88, sendo aceito que a União tribute sobre o mesmo fato gerador ou sobre a mesma base de cálculo dos impostos de competência dos outros entes federativos. Só para fixar: a bitributação acontece quando dois ou mais entes federativos (União, Estados-membros, DF e Municípios) tributam sobre o mesmo fato gerador ou sobre a mesma base de cálculo. Na bitributação, em regra, existe invasão de competência por determinado ente federativo, pois um ente federativo está desobedecendo à competência fixada para outro ente federativo. Exemplo de bitributação não permitido é o seguinte: determinado Estado-membro instituiu um adicional de IPTU, mediante lei estadual sobre o valor venal de imóvel urbano. Isto é, o Estado-membro invadiu a competência do Município com a criação de novo imposto incidente sobre base de cálculo de tributo do Município (IPTU). LETRA D CORRETO A fiscalização decorrente do poder de polícia do Estado é hipótese de incidência das taxas. LETRA E INCORRETO O imposto, em regra, não pode ter receita vinculada. Todavia, é relevante prestar atenção em relação às exceções previstas no art. 167, IV, da CF/88. Em outras palavras, os recursos arrecadados com os impostos também podem ser utilizados com despesas previamente determinadas. Vejamos o art. 167, inc. IV, da CF/88: São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo. Noutro ponto, é possível a vinculação de receitas de impostos 10

estaduais e municipais para prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamentos de débitos para com esta (art. 167, 4º, da CF/88). LETRA A CORRETO 5. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto e taxa, respectivamente, (A) serviços de qualquer natureza e exercício regular do poder de polícia. (B) transmissão de bem imóvel e serviço público específico e indivisível. (C) propriedade e serviço de comunicação. (D) serviço público específico e divisível e serviço de pavimentação. (E) serviço de comunicação e serviços de qualquer natureza. Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto a prestação de serviços de qualquer natureza, tal como previsto no art. 156, III, da CF/88, que estabelece a competência dos Municípios para instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos nas hipóteses de incidência do ICMS. Já a taxa pode ter como hipótese de incidência o exercício regular do poder de polícia (art. 145, II, da CF/88). LETRA B INCORRETO Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição serviços de qualquer natureza, tal como previsto no art. 156, II, da CF/88. Já a taxa pode ter como hipótese de incidência a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88). LETRA C INCORRETO Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto, por exemplo, propriedade predial e territorial urbana (IPTU), tal como previsto no art. 156, I, da CF/88. Já a taxa só pode ter como hipótese de incidência ou fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de 11

serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88). LETRA D INCORRETO Não pode ser definido como hipótese de incidência de imposto serviço público específico e divisível. LETRA E INCORRETO Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto os serviços de comunicação, tal como nas operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS), segundo o art. 155, II, da CF/88. Os serviços de qualquer natureza não podem ser considerados como hipótese de incidência das taxas. LETRA A INCORRETO 6. (FCC/Analista Judiciário/TRF-2 Região/2008) No que diz respeito às taxas é certo que, (A) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço público, de que decorra valorização imobiliária. (B) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. (C) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser calculadas em função do capital das empresas. (D) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do Poder de Polícia. (E) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de investimento público urgente e de relevante interesse estatal. A taxa é obrigatória, eis que é tributo. E a contribuição de melhoria só deve ser cobrada em decorrência de obra pública que cause valorização imobiliária. LETRA B INCORRETO O imposto é que poderá ter como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica e não as taxas. 12

LETRA C INCORRETO As taxas nunca podem ter bases de cálculos idênticas a dos impostos e também não podem ser calculadas em função do capital das empresas, de acordo com o art. 145, 2º, da CF/88, c/c art. 77, parágrafo búnico, do CTN. LETRA D CORRETO A taxa é um tributo que pode ser cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, tendo como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do CTN). Portanto, a assertiva é correta. LETRA E INCORRETO A hipótese de incidência (fato gerador in abstrato) da taxa é sempre vinculada a uma atuação estatal. Decerto, a hipótese de incidência da taxa indica que esta deve ser exigida em contraprestação ao exercício de uma atividade por parte do Estado (ou quem lhe faça às vezes) referida ao contribuinte, concernente ao exercício do poder de polícia ou à prestação efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis. Portanto, a taxa é tributo vinculado a uma atuação estatal ou um tributo contraprestacional (retributivo), ao contrário dos impostos. 7. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, dispõe: (A) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível. (B) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos uns dos outros. (C) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. (D) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação pública. (E) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes. LETRA A - INCORRETO 13

A taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do CTN). LETRA B - INCORRETO Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal de 1988 veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos uns dos outros e não taxas, de acordo com o art. 150, VI, alínea a. LETRA C - INCORRETO As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, segundo art. 145, 2, da CF/88. LETRA D INCORRETO A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal não poderão instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação pública. O fundamento é o seguinte: os serviços públicos são considerados específicos (# gerais ou universais) quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas (art. 79, II, do CTN). Neste ponto, vale à pena citar a lição de Roque Carrazza, a saber: Os serviços públicos se dividem em gerais e específicos. Os serviços públicos gerais, ditos também universais, são os prestados uti universi, isto é, indistintamente a todos os cidadãos. Eles alcançam a comunidade como um todo considerada, beneficiando número indeterminado (ou, pelo menos, indeterminável) de pessoas. É o caso dos serviços de iluminação pública, de segurança pública, de diplomacia, de defesa externa do país etc. Esses serviços são custeados pelos impostos. Os serviços públicos específicos, também chamados singulares, são os prestados uti singuli. Referem-se a uma pessoa ou a um número determinado (ou, pelo menos, determinável) de pessoas. São de utilização individual e mensurável. Gozam, portanto, de divisibilidade, é dizer, da possibilidade de avaliar-se a utilização efetiva ou potencial, individualmente considerada. Nesse rumo, os serviços públicos são divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários (art. 79, III, do CTN). Isto é, o oferecimento da utilização do serviço público deve acontecer em relação a cada contribuinte e não de forma genérica para a coletividade. O serviço público divisível é capaz de ser prestado de forma individualizada (para cada um) e não de forma universal (para todos). 14

Com base neste entendimento, o STF já declarou a inconstitucionalidade de diversas taxas, porque não são serviços públicos específicos e divisíveis, quais sejam: taxa de serviço de segurança pública, taxa de serviço de limpeza de vias públicas ou taxa de limpeza urbana, taxa de serviço de iluminação pública (Súmula 670: o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa ), dentre outras. LETRA E CORRETO A resposta deste enunciado está no art. 130, caput do CTN, dispondo que os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 8. (FCC/Analista/Agência reguladora/ce/2007) Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa (A) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de serviço público. (B) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como receita derivada. (C) e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público. (D) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo Poder Público. (E) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço público, que se submete ao princípio da legalidade. Antes de comentar item por item, podemos visualizar no seguinte quadro as diferenças entre taxas e preços públicos, a saber: TAXA Regime jurídico de direito público (legal). A obrigação jurídica é de natureza tributária. Não há autonomia da vontade. Não admite rescisão. A taxa de serviço pode ser cobrada por utilização potencial do serviço. PREÇO PÚBLICO (TARIFA) Regime jurídico de direito privado (contratual). A obrigação jurídica é de natureza administrativa. Decorre da autonomia da vontade. Admite rescisão. Só a utilização efetiva enseja a cobrança. 15

Sujeita aos princípios tributários (legalidade, anterioridade etc.). É receita pública derivada (existência do poder de império). O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de direito público. Há taxa decorrente do exercício do poder de polícia. LETRA A CORRETO Não sujeita aos princípios tributários. É receita pública originária (inexistência do poder de império). O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de direito público ou de direito privado (exs.: concessionária ou permissionária de serviço público). Não há preço público cobrado em razão do exercício do poder de polícia. A taxa é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder Público, isto é, a taxa é decorrente de atividade prestada apenas por pessoa jurídica de direito público (Administração Direta e Administração Indireta apenas autarquias e fundações de direito público). Já o preço público ou tarifa remunera o concessionário ou permissionário de serviço público ou pessoa jurídica de direito público. LETRA B - INCORRETO A taxa é classificada como receita derivada; enquanto o preço público é classificado como receita originária. As receitas derivadas são todas aquelas decorrentes de obrigações legais impostas pelo Estado (obrigação ex lege). Isto é, a receita derivada é decorrente de uma obrigação legal, caracterizada pelo poder de império do Estado, utilizando-se da coercibilidade. São exemplos: tributos em geral (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou parafiscais), as penalidades e as multas administrativas, dentre outros. Já as receitas originárias são decorrentes de obrigações convencionais ou voluntárias (obrigação ex voluntate) estabelecidas entre o Poder Público e os administrados, sem qualquer ato de coerção (utilização do poder de império) por parte do Estado. São exemplos de receitas originárias o preço público ou a tarifa. LETRA C - INCORRETO O preço público só pode ser cobrado por pessoas jurídicas de direito privado quando estas sejam concessionárias ou permissionárias de serviço 16

público. Dispõe o art. 175, parágrafo único, inc. III, da CF/88: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: III - política tarifária. LETRA D - INCORRETO A taxa remunera o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 145, II, da CF/88, c/c art. 77, caput, do CTN). O preço público decorre de exercício de atividade prestada diretamente pelo Poder Público ou sob regime de concessão ou permissão de serviços públicos. LETRA E - INCORRETO A taxa deve observar os princípios constitucionais tributários, inclusive o da legalidade, por isso depende de lei para ser instituída ou majorada. Já o preço público não se sujeita aos princípios constitucionais tributários. Assim, o preço público não depende necessariamente de lei para ser instituído ou majorado. 9. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Município institui contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é (A) devida, por ter por fato gerador obra pública. (B) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes. (C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra. (D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos moradores. (E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. Antes de comentar item por item, mas falar um pouco sobre a contribuição de melhoria. 17

Este tributo é devido para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81, do CTN). Assim, a contribuição de melhoria só deve ser cobrada em decorrência de obra pública que cause valorização imobiliária. Deste modo, o fato gerador ou hipótese de incidência da contribuição de melhoria consiste em obter (auferir) valorização imobiliária, decorrente de obra pública. Esta valorização imobiliária é chamada de mais valia por alguns autores. Destaco, portanto, que as contribuições de melhoria estão vinculadas a uma atuação estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública que motive a valorização do imóvel. Portanto, a contribuição de melhoria é um tributo vinculado. Com base neste fundamento, a doutrina entende que a contribuição de melhoria observa o postulado da vedação (proibição) ao enriquecimento sem causa, uma vez que apenas determinado grupo de proprietários são beneficiados com a valorização imobiliária decorrente da obra pública. Por exemplo, não se observa o fundamento ético-jurídico do não enriquecimento injusto na hipótese de determinado grupo enriquecer com a valorização imobiliária decorrente da realização de obra pública custeada por toda a sociedade, sem a cobrança de contribuição de melhoria. Nessa medida, a contribuição de melhoria se distingue de outras espécies tributárias, pois a (i) base de cálculo é exatamente o valor (quantum debeatur) que acresceu ao imóvel do contribuinte em razão da obra pública e (ii) não se vislumbra exigência constitucional específica para o produto de sua arrecadação (arrecadação não-vinculada). LETRA A INCORRETO A contribuição de melhoria não é devida, por ter apenas por fato gerador obra pública, uma vez que é cobrada de todos os contribuintes e não daqueles que obtiveram valorização imobiliária. LETRA B INCORRETO O Município tem direito a se reembolsar das obras públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes. Todavia, o enunciado da questão disserta sobre cobrança de todos os contribuintes. LETRA C INCORRETO 18

A contribuição de melhoria não é indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra. O entendimento doutrinário dominante é que a cobrança ou a arrecadação da contribuição de melhoria deve ser feita depois da realização da obra pública (na sua totalidade ou em parte), pois a contribuição de melhoria tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas por obras públicas. LETRA D INCORRETO A contribuição de melhoria não é indevida, porque a obra de calçamento público não pode ser cobrada dos moradores. É indevida sim, porque está sendo cobrada indistintamente de todos os contribuintes e não de forma individualizada, conforme a valorização imobiliária de cada imóvel. LETRA E CORRETO A contribuição de melhoria é realmente indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. Corretíssima esta afirmativa. 10. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas (A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do usuário. (B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. (C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis. (D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é facultativo. (E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da realização de obras públicas. LETRA A INCORRETO As taxas não são facultativas e remuneram serviços públicos específicos e divisíveis, ainda que somente postos à disposição do usuário. 19

Já as contribuições de melhoria remuneram uma atuação estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública que motive a valorização imobiliária. LETRA B INCORRETO As taxas dizem sim respeito a uma atividade estatal específica, que é o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Já as contribuições de melhoria também apresentam o atributo da referibilidade a contribuintes determinados, que são aqueles que tiveram valorização imobiliária decorrente de uma atividade estatal de realização de obra pública. LETRA C INCORRETO As taxas remuneram serviços públicos específicos e divisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria uma atuação estatal, referida ao contribuinte, que é a realização de obra pública que motive a valorização imobiliária. LETRA D INCORRETO As taxas são cobradas pela prestação de serviços públicos, específicos e divisíveis, ainda que somente postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é obrigatório, porque se trata de um tributo. LETRA E CORRETO As taxas remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da realização de obras públicas. Até a próxima aula, Edvaldo Nilo QUESTÕES TRATADAS EM AULA 1. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3 do Código Tributário Nacional, é correto afirmar: 20

(A) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência de imposto de importação em razão de crime de contrabando. (B) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário. (C) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre produto industrializado. (D) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê exceções. (E) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas hipóteses de tributos com lançamento por homologação. 2. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto (A) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (B) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (C) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (D) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. (E) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária. 3. (FCC/Auditor Fiscal Estadual/São Paulo/2009) Conforme o art. 3 do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e fazendo uma interpretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido na ordem constitucional vigente, é correto afirmar que no conceito legal de tributo é possível identificar alguns dos denominados princípios constitucionais tributários. São identificáveis no conceito legal de tributo os princípios (A) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica. (B) da isonomia e da liberdade de tráfego. (C) da capacidade contributiva e da anterioridade. (D) da anterioridade e da irretroatividade. (E) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco. 4. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) O imposto (A) tem fato gerador vinculado a uma prévia atividade estatal. (B) é regulado por competência constitucional comum entre os entes políticos. 21

(C) será extraordinário quando o fato gerador for guerra externa ou sua iminência. (D) nunca terá como hipótese de incidência a fiscalização decorrente do poder de polícia do Estado. (E) nunca terá receita vinculada. 5. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Pode ser definido como hipótese de incidência de imposto e taxa, respectivamente, (A) serviços de qualquer natureza e exercício regular do poder de polícia. (B) transmissão de bem imóvel e serviço público específico e indivisível. (C) propriedade e serviço de comunicação. (D) serviço público específico e divisível e serviço de pavimentação. (E) serviço de comunicação e serviços de qualquer natureza. 6. (FCC/Analista Judiciário/TRF-2 Região/2008) No que diz respeito às taxas é certo que, (A) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço público, de que decorra valorização imobiliária. (B) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. (C) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser calculadas em função do capital das empresas. (D) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do Poder de Polícia. (E) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de investimento público urgente e de relevante interesse estatal. 7. (FCC/Fiscal de Rendas/SP/2006) Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, dispõe: (A) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível. (B) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos uns dos outros. (C) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. (D) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o custeio do serviço de iluminação pública. (E) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes. 8. (FCC/Analista/Agência reguladora/ce/2007) Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa (A) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de serviço público. 22

(B) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como receita derivada. (C) e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público. (D) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo Poder Público. (E) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço público, que se submete ao princípio da legalidade. 9. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Município institui contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é (A) devida, por ter por fato gerador obra pública. (B) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes. (C) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra. (D) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos moradores. (E) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. 10. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas (A) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do usuário. (B) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. (C) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis. (D) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é facultativo. (E) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da realização de obras públicas. GABARITO 1. D 2. C 3. E 4. D 5. A 6. D 7. E 8. A 9. E 10. E 23