Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre
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- Benedicta Godoi Felgueiras
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1 TRIBUTO - CONCEITO 1. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. 2. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do crime de contrabando não pode ser tributada. 3. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/2007) Havendo a ocorrência do fato gerador, aquele que o praticou será obrigado a pagar o tributo, independentemente de sua vontade. 4. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/2007) A criação ou instituição de um tributo tem de ser veiculada por meio de lei, expressão que deve ser interpretada restritivamente, sem admitir-se a espécie Medida Provisória como hábil a tal propósito. 5. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/2007) A expressão prestação pecuniária exprime a obrigação de que o tributo tem de ser pago em unidades de moeda em curso, não se admitindo, como regra, seu pagamento em bens (in natura) ou em trabalho (in labore). TRIBUTO NATUREZA JURÍDICA 6. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A destinação da arrecadação com o tributo determina sua natureza. 7. (ESAF/ATM-Fortaleza/2003) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a destinação legal do produto da sua arrecadação. 8. (ESAF/ATM-Fortaleza/2003) Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social são espécies tributárias. 9. (ESAF/ATM-Fortaleza/2003) Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias profissionais são espécies tributárias. TRIBUTO CLASSIFICAÇÃO 10. (SEFAZ-CE/Analista Jurídico/2007) Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é incorreto afirmar-se que a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter urgente. c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar. d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição. e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade (conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição). 11. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria. 12. (SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/ adaptada) os serviços públicos que ensejam a cobrança de taxa consideram-se utilizados pelo contribuinte efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E SEU FATO GERADOR 13. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para que se considere surgida a obrigação tributária. 14. (ESAF/AFRFB/Área Tributária e Aduaneira/2005) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. 1
2 15. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A obrigação tributária nasce com o lançamento. 16. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode prever. 17. (ESAF/AFRE-MG/2005) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. 18. (ESAF/AFRE-MG/2005) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO 19. (TRFB 2006) Em relação ao domicílio tributário, é correto afirmar-se queeste pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a autoridade administrativa o poder de recusá-lo. 20. (ESAF/AFRF/2002.1) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal? CRÉDITO TRIBUTÁRIO E LANÇAMENTO 21. (ESAF/ATM-Natal/2008) O lançamento é o ato administrativo declaratório do crédito tributário e constitutivo da obrigação tributária. Sua finalidade é a de tornar líquido e certo o crédito tributário já existente e constituído por ocasião da ocorrência do fato gerador. 22. (ESAF/ATM-Natal/2008) A competência atribuída à autoridade administrativa para efetuar o lançamento não é exclusiva, podendo a autoridade judiciária, quando constatado vício formal, promover as devidas retificações. 23. (ESAF/AFRE-RN/2005) É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas? 24. (ESAF/PFN ) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento do imposto de exportação far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da expedição da fatura pelo exportador. MODALIDADES DE LANÇAMENTO 25. (ESAF/TRFB 2006) o lançamento por homologação é feito quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo, submetê-lo ao prévio exame da autoridade administrativa, e realizar seu pagamento. 26. (ESAF/TRFB 2006) o lançamento por declaração é aquele feito em face da declaração prestada pelo próprio contribuinte ou por terceiro. 27. (ESAF/TRFB 2006) o lançamento de ofício é aquele feito pela autoridade administrativa, com base nas informações prestadas pelo contribuinte. SUSPENSÃO DO CT 28. (ESAF/Auditor TCE-PR/2003) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário o depósito de trinta por cento do montante integral do crédito, a moratória, o parcelamento, a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 29. (ESAF/Auditor TCE-PR/2003) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, o parcelamento, a moratória, a concessão de tutela antecipada em ação judicial ordinária. 2
3 30. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/2007) Sobre a moratória, hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, podemos dizer que a) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, desde que em condições específicas. b) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, em quaisquer casos, incondicionalmente. c) não pode ser concedida em caráter individual. d) não pode, em nenhuma hipótese, ser concedida pela União em relação a tributos de competência estadual. e) a lei que a prever não poderá restringi-la a determinada região do território do ente tributante. 31 (ESAF/AFRF/2003) O parcelamento concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica, o depósito do montante integral do crédito tributário, a homologação do lançamento e a concessão de medida liminar em mandado de segurança suspendem a exigibilidade do crédito tributário. 32. (ESAF/AFRF/2003) As disposições do Código Tributário Nacional, relativas ao parcelamento, aplicam-se, subsidiariamente, à moratória. EXTINÇÃO DO CT 33. (ESAF/AFRF/2003) A dação em pagamento em bens móveis, a remissão, a compensação e a decadência extinguem o crédito tributário. 34. (ESAF/Auditor TCE-PR/2003) O pagamento, a compensação, a transação, a anistia, a dação em pagamento em bens imóveis extinguem o crédito tributário. 35. (ESAF/Auditor TCE-PR/2003) O pagamento, a decadência, a novação, a prescrição, a decisão administrativa irreformável extinguem o crédito tributário. 36. (ESAF/Auditor TCE-PR/2003) Extinguem o crédito tributário o depósito do seu montante integral, realizado administrativamente, a prescrição, a decadência e, na forma e condições estabelecidas em lei, a dação em pagamento em bens imóveis. 37. (ESAF/ATM-Natal/2008) Entre as opções abaixo, qual não pode ser considerada causa de extinção do crédito tributário. a) A transação. b) O parcelamento. c) A remissão. d) A consignação em pagamento. e) A decisão judicial passada em julgado. 38. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista Jurídico/2007) Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições em que estabeleça. 39. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista Jurídico/2007) O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. 40. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista Jurídico/2007) O pagamento dos tributos é efetuado, como regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas há tributos em que a lei preveja o seu pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico. 41. (ESAF/PFN/2003) a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. 3
4 42. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A compensação mediante o aproveitamento de tributo objeto de contestação judicial pode ocorrer antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 43. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A lei não pode facultar a transação entre o credor e o devedor de tributo, visto que o interesse público é indisponível. 44. (ESAFAFRE-RN/2005) Na hipótese de anulação, por vício formal, do lançamento anteriormente efetuado, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que o houver anulado. 45. (AFRE-RN/2005) O reconhecimento do débito pelo devedor, se formalizado por ato extrajudicial, não interrompe o prazo de prescrição da ação para a cobrança do crédito tributário. EXCLUSÃO DO CT 46. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A isenção do tributo pode ser instituída por decreto do Governador. 47. (ESAF/TRFB 2006) a exclusão do crédito tributário dispensa, inclusive, o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído. 48. (ESAF/TRFB 2006) a isenção pode-se estender às taxas e às contribuições de melhoria, caso haja previsão legal. 49. (ESAF/TRFB 2006) a anistia somente pode ser concedida em caráter geral. 50. (ESAF/TRFB 2006) a isenção pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese, por despacho fundamentado da autoridade competente para concedê-la. 51. (ESAF/TRFB 2006) a anistia, como regra, abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Entretanto, esta lei poderá ter efeitos futuros, nas situações e condições que especificar. DÍVIDA ATIVA 52. ESAF/GEFAZ-MG/2005)A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção relativa de liquidez e certeza. 53. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção absoluta de liquidez e certeza. 54. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa. 55. (ESAF/PFN/2007.2) A dívida ativa tributária pode ser regularmente inscrita no curso do prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. CERTIDÕES NEGATIVAS 56. (ESAF/SEFAZ-CE/Analista de Tecnologia da Informação/2007) As certidões negativas podem ser exigidas em determinadas situações em que o sujeito passivo tenha de fazer prova da quitação de determinado tributo. São expedidas, pois, a requerimento de interessado, que deverá conter, entre outras, as informações necessárias à identificação do sujeito passivo. Há casos em que se poderão expedir certidões positivas com efeitos de negativa. Entre os itens abaixo, assinale aquele que não contém uma dessas hipóteses. a) Quando houver crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. b) Quando houver crédito não vencido. c) Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver oferecido exceção de préexecutividade. d) Quando houver ação declaratória pendente de decisão, e liminar favorável ao sujeito passivo. e) Quando houver parcelamento do débito. 4
5 57. (ESAF/TRFB 2006) Em determinadas situações, como para participar de processo licitatório promovido pela Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que a) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. b) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do requerimento na repartição. c) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos. d) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal. e) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa. 5
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