Direito Tributário Toque 9 Salvo disposição em contrário (2)
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- Neuza Chagas Estrela
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1 10Olá pessoal! Dando continuidade ao tema salvo disposição de lei em contrário, vamos retomar a partir do item 11. Segue abaixo a lista completa, lembrando que no Toque 8 tratamos dos itens 1 a CF: Creditamento do ICMS 2. CF: Relação entre alíquotas do ICMS em operações internas e interestaduais 3. CTN: Regras de vigência das normas complementares 4. CTN: Ocorrência do fato gerador 5. CTN: Atos ou negócios jurídicos condicionais 6. CTN: Extraterritorialidade da legislação tributária 7. CTN: Convenções particulares 8. CTN: Efeitos da solidariedade 9. CTN: Responsabilidade objetiva 10. CTN: Valor tributário expresso em moeda estrangeira 11. CTN: Créditos abrangidos pela moratória 12. CTN: Juros e multa no parcelamento do crédito tributário 13. CTN: Alcance limitado da isenção 14. CTN: Alcance limitado da anistia 15. CTN: Integração da legislação tributária 16. CTN: Exigência de prova da quitação de todos os tributos 17. CTN: Local de pagamento do crédito tributário 18. CTN: Prazo de pagamento do crédito tributário 19. CTN: Taxa dos juros de mora 20. CTN: Vigência de lei que extingue ou reduz isenções 21. CTN: Prazo para homologação de lançamento 22. CTN: Garantias do crédito tributário 23. CTN: Dispensa de prova da quitação de tributos Neste Toque 9, os itens 11 a 23 podem ser localizados com a ajuda do índice abaixo: 11. CTN Créditos abrangidos pela moratória CTN Juros e multa no parcelamento do crédito tributário CTN Alcance limitado da isenção CTN Alcance limitado da anistia CTN Integração da legislação tributária CTN Exigência de prova da quitação de todos os tributos CTN Local de pagamento do crédito tributário CTN Prazo de pagamento do crédito tributário CTN Taxa dos juros de mora CTN Vigência de lei que extingue ou reduz isenções CTN Prazo para homologação de lançamento CTN Garantias do crédito tributário CTN Dispensa de prova da quitação de tributos... 6 Murillo Lo Visco 1 Editora Ferreira
2 1. CTN Créditos abrangidos pela moratória Art Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. A regra geral, a ser aplicada no silêncio da lei, é que apenas os créditos já constituídos, ou cujo lançamento esteja em andamento, podem ser agraciados com moratória. Mas em razão da ressalva do CTN, a lei pode conceder moratória até para créditos longe de serem constituídos. Isso porque, se a lei assim dispuser, podem ser abrangidos pela moratória créditos para os quais o lançamento nem sequer tenha sido iniciado à data de início de vigência da lei concessiva. 12. CTN Juros e multa no parcelamento do crédito tributário Art. 155-A 1º Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. A inclusão de juros e multas é a regra geral estabelecida pelo CTN, eficaz no silêncio da lei específica que conceder parcelamento. No entanto, se assim entender, a lei pode conceder autorização para parcelamento do crédito tributário excluindo a incidência: a) somente dos juros; b) somente das multas; ou c) dos juros e das multas. 13. CTN Alcance limitado da isenção Art Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Em razão da natureza vinculada das taxas e das contribuições de melhoria - existe uma ação estatal justificando a incidência desses tributos, com custos associados - o CTN estabeleceu regra geral retirando tais tributos do alcance de isenções. O CTN também retirou do alcance de isenções, os tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Mas, em virtude da conhecida ressalva, lei específica pode estender isenção a taxas e contribuições de melhoria. Pode ainda estender isenção a tributos instituídos posteriormente a sua concessão. Murillo Lo Visco 2 Editora Ferreira
3 14. CTN Alcance limitado da anistia Art A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Este item envolve um problema de difícil solução na aplicação do CTN. Como se nota no inciso I do art. 180, os atos praticados com dolo estão fora do alcance da anistia, sem qualquer ressalva. Por outro lado, no inciso II, retira as infrações resultantes de conluio do alcance de anistias, permitindo, no entanto, que lei específica disponha em contrário. Ora, o contrário é permitir que o conluio seja agraciado pela lei com anistia (isso é o que vale para as provas!!). Eis que surge o problema, uma vez que não há conluio sem dolo. Problemas de interpretação à parte, que fique claro o seguinte: se a lei específica que conceder a anistia assim dispuser, tal medida alcançará as infrações resultantes de conluio. 15. CTN Integração da legislação tributária Art Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I - a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV a eqüidade. Acabaram-se os dispositivos contendo literalmente o salvo disposição em contrário. Iniciamos com esse art. 108 a análise de outras formas que produzem efeitos semelhantes. Em verdade, iniciamos com um dispositivo que, embora pareça, não se trata de um salvo disposição em contrário. No art. 108 do CTN, a questão não é de uma lei que possa dar autorização para inverter o comando geral do CTN. Aqui a ausência de disposição expressa é somente a definição de lacuna, o que enseja a aplicação da integração da legislação tributária. 16. CTN Exigência de prova da quitação de todos os tributos Art Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Murillo Lo Visco 3 Editora Ferreira
4 A regra geral contida no art. 193 do CTN está gravada em todo seu texto, excluindo a oração inicial Salvo quando expressamente autorizado por lei. Assim, a Administração Pública ali referida não pode celebrar contrato ou mesmo aceitar proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Antes de abordar a ressalva propriamente dita, vale destacar os seguintes aspectos extraídos da literalidade da regra geral: a) o comando não faz menção a fundação pública; b) há outras modalidades de licitação, mas o comando só faz menção a concorrência pública; c) a exigida prova de quitação envolve apenas os tributos devidos à Fazenda Pública interessada; d) a exigida prova de quitação envolve apenas os tributos relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Se outras leis tratam o tema de forma diferente, mais rígida, não importa. Importa é o comando da questão. Se o examinador começar sua questão com Segundo o CTN determina,..., são as observações acima que serão exploradas. De volta ao tema de nosso Toque, em razão da ressalva inicial, o CTN não veda que lei dê autorização aos órgãos da administração pública direta ou autárquica para aceitarem proposta em concorrência pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício concorre. 17. CTN Local de pagamento do crédito tributário Art Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. O local de pagamento dos tributos, com o atual desenvolvimento do sistema bancário do País, dificilmente ocorre na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Em todo caso, essa é a regra do CTN, cabendo à lei tributária dispor a respeito de local diferente da repartição competente do domicílio do sujeito passivo. 18. CTN Prazo de pagamento do crédito tributário Art Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Esse dispositivo é similar ao anterior, referindo-se ao tempo do pagamento. No silêncio da lei que disponha sobre determinado tributo, o prazo de pagamento do crédito tributário a ele referente é de trinta dias após a notificação ao sujeito passivo quanto ao lançamento. Em razão do texto do art. 160, aparentemente a lei tributária pode fixar o tempo do pagamento sem nenhuma restrição. Entretanto, sempre há que observar a razoabilidade. Murillo Lo Visco 4 Editora Ferreira
5 19. CTN Taxa dos juros de mora Art º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. Normalmente, a lei tributária estabelece a forma como serão calculados os juros de mora a serem aplicados na hipótese de atraso no pagamento do crédito tributário. Se a lei não tratar a respeito do tema, vale o que diz o CTN. 20. CTN Vigência de lei que extingue ou reduz isenções Art Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. Embora exista alguma controvérsia, a doutrina majoritária e o próprio STF têm entendimento no sentido de que revogação de isenção não significa instituição, nem majoração de tributo. Portanto, não há que se falar em princípio da anterioridade. Dessa forma, se não fosse pelo art. 104, III do CTN, dispositivos de lei que extinguem ou reduzem isenções, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, poderiam entrar em vigor na data de sua publicação e, sem a proteção da anterioridade, produzir efeitos no mesmo momento. Mas, por força do art. 104, III do CTN, os dispositivos de lei que extinguem ou reduzem isenções, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, somente entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação. A conclusão do parágrafo anterior - entrada em vigor no primeiro dia do exercício seguinte - não se aplica caso a lei tributária que extingue ou reduz isenção, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, disponha de maneira mais favorável ao contribuinte. A maneira mais óbvia de se dispor de maneira mais favorável ao contribuinte é concedendo mais prazo até a revogação da isenção. Contudo, isso nem sempre é assim. Veja a questão listada mais adiante, extraída do último concurso para o cargo de auditor do TCU, aplicado em 04 de março de CTN Prazo para homologação de lançamento Art º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O art. 150 do CTN cuida do lançamento por homologação, hipótese em que é atribuído ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Não se pode esquecer que o lançamento é ato privativo da autoridade administrativa. Assim, andou bem o CTN ao expressar que o lançamento opera-se pelo ato em Murillo Lo Visco 5 Editora Ferreira
6 que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. A partir da homologação do procedimento executado pelo sujeito passivo, considera-se extinto o crédito tributário. Se, por outro lado, por inércia da Administração não for providenciada a homologação, o sujeito passivo não pode ficar desprotegido. Nesse ponto incide o art. 150, 4º: se a lei não estabelecer outro prazo, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito tributário se a Fazenda Pública não se pronunciar após cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador. Transcorrido esse prazo e não sendo comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a Fazenda Pública não poderá adotar mais nenhuma providência em relação à obrigação tributária surgida em decorrência do fato gerador em questão. Opera-se, então, a decadência. Em virtude do art. 146, III, b da CF/88, esse dispositivo refere-se a tema que encerra certa polêmica: a lei a que se refere o art. 150, 4º do CTN, é lei complementar? O tema não está pacificado. Nas questões de concursos recentes, apresentadas mais adiante, percebe-se claramente que o CESPE/UnB não se posicionou (fez sua questão girar apenas em torno do CTN); já a FCC se posicionou. Para essa banca, a lei a que se refere o art. 150, 4º do CTN é complementar. 22. CTN Garantias do crédito tributário Art A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Além das garantias contidas no próprio CTN, a lei pode atribuir outras garantias ao crédito tributário em função da natureza ou das características do tributo a que se refira. Circunstância semelhante se encontra no caput do art. 150 da CF/88: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (...). 23. CTN Dispensa de prova da quitação de tributos Art Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. A dispensa da prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, não depende de disposição legal expressa que a(o) autorize. Como os temas vistos aparecem nas provas Passemos agora a algumas questões que, de alguma forma, envolveram o tema deste Toque 9. Murillo Lo Visco 6 Editora Ferreira
7 (ESAF/ Auditor Fiscal do Tesouro Estadual do Rio Grande do Norte 30/01/2005) 1. Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) É vedado conceder, mediante lei, moratória que abranja obrigação tributária cujo lançamento do respectivo crédito não tenha sido iniciado até a data de início de vigência da lei concessiva. ( ) A concessão de moratória em caráter individual gera direito adquirido, vedada a sua revogação. ( ) O Código Tributário Nacional permite que Lei Concessiva de Moratória circunscreva a sua aplicabilidade a determinada categoria de contribuintes. a) F, F, V b) F, V, F c) V, F, V d) V, V, F e) V, V, V (CESPE UnB/ Consultor Legislativo do Senado Federal 03/02/2002) 2. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção é extensiva a taxas e contribuições de melhoria, bem como aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Estadual do Ceará 28/01/2007) 3. A isenção, prevista no Código Tributário Nacional como modalidade de exclusão do crédito tributário, isto é, não se permite nem sequer que haja a constituição do crédito tributário. Sobre ela, podemos fazer as seguintes afirmações, com exceção de: a) pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, em qualquer hipótese. b) pode ser extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. c) salvo disposição de lei em contrário, não se estende às taxas. d) em determinadas situações, efetiva se por despacho da autoridade administrativa. e) a lei que a conceder deverá especificar, entre outros, as condições e requisitos exigidos para a sua concessão. (FCC/ Procurador do Município de Santos dezembro/2005) 4. No que se refere ao crédito tributário, diz se que a anistia a) não pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente às infrações punidas com penalidades pecuniárias. b) abrange as infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a concede por força da analogia juris. c) nunca se aplica às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas. d) significa o perdão do débito tributário, caso em que se apresenta sob a forma de extinção do crédito tributário. e) pode ser concedida limitadamente a uma determinada região do território da entidade tributante. Murillo Lo Visco 7 Editora Ferreira
8 (ESAF/ Técnico da Receita Federal 05/02/2006) 5. Em determinadas situações, como para participar de processo licitatório promovido pela Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que a) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. b) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do requerimento na repartição. c) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos. d) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal. e) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa. (CESPE UnB/ Auditor do TCU 03/03/2007) 6. Considere se que uma lei que reduza isenções e, ao mesmo tempo, disponha de maneira mais favorável ao contribuinte tenha sido publicada em 27 de dezembro de 2006, com data de vigência a partir de sua publicação. Nesse caso, de acordo com o CTN, essa lei teria passado a vigorar apenas em 1º de janeiro de (FCC/ Auditor Fiscal do Município de São Paulo 14/01/2007) 7. A homologação, no chamado ʺlançamento por homologaçãoʺ, deve ser efetuada expressamente pela autoridade administrativa. Caso não seja feita expressamente pela referida autoridade, ela ocorrerá tacitamente, por decurso do prazo, ao final de cinco anos, contados a) da data da ocorrência do fato gerador. b) da data da ocorrência do fato gerador, se a lei não fixar outro prazo à homologação. c) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. d) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, se a lei não fixar outro prazo decadencial. e) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o fato gerador ocorreu. (CESPE UnB/ Juiz Federal Substituto da 5.ª Região 30/07/2006) 8. Considere que determinado estado fixe, por meio de lei, prazo para a homologação do ICMS em 10 anos. Nessa situação, a lei fixada pelo estado não afronta o CTN. Murillo Lo Visco 8 Editora Ferreira
9 (FCC/ Auditor do TCE/CE dezembro/2006) 9. A Lei nº 8.212/91, ao instituir o plano de custeio da Seguridade Social, prevê, em seus artigos 45 e 46, o que segue: Art. 45. O direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue se após 10 (dez) anos contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. (...) Art. 46. O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, constituídos na forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. Em relação a essa Lei, é correto afirmar que a) o artigo 46 é constitucional, mas o artigo 45 dessa mesma lei padece de inconstitucionalidade, uma vez que a Seguridade Social deve, sob pena de responsabilidade pessoal do agente, constituir o crédito da previdência social. b) o artigo 45 é constitucional, mas o artigo 46 dessa mesma lei padece de inconstitucionalidade, já que o crédito da Fazenda Nacional é imprescritível. c) os artigos 45 e 46 são ambos inconstitucionais, porquanto lei ordinária não poderia estabelecer prazos decadenciais e prescricionais, matéria esta que somente pode ser regulada por lei complementar. d) os artigos 45 e 46 são ambos constitucionais, na medida em que a instituição e a cobrança de contribuições previdenciárias não se submetem ao Capítulo do Sistema Tributário Nacional previsto na Constituição. e) os artigos 45 e 46 são ambos constitucionais, na medida em que a instituição e a cobrança de contribuições previdenciárias não estão sujeitas à regulamentação por meio de lei complementar. (CESPE UnB/ Advogado da União 23/11/2002) 10. Devido ao fato de que o Código Tributário Nacional é, por disposição constitucional expressa, a norma geral do Sistema Tributário Nacional, as garantias e os privilégios do crédito tributário são exclusivamente aqueles previstos no referido código, ou seja, são juridicamente inválidas garantias e privilégios outorgados ao crédito tributário por leis especiais. (CESPE UnB/ Consultor Legislativo do Senado Federal 03/02/2002) 11. Independentemente de disposição legal, é dispensada a prova da quitação de tributos para a prática de ato indispensável a evitar a caducidade de direito. Murillo Lo Visco 9 Editora Ferreira
10 Gabarito 1 - A 4 - E 7 - B 10 - errado 2 - errado 5 - E 8 - certo 11 - certo 3 - A 6 - errado 9 - C Abraço a todos! Murillo Lo Visco 10 Editora Ferreira
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TRIBUTO - CONCEITO 1. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. 2. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Segundo
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