Avaliação do desempenho: como comparar os resultados

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Transcrição:

Escola Nacional de Saúde Pública Universidade Nova de Lisboa Avaliação do desempenho: como comparar os resultados Sílvia Lopes silvia.lopes@ensp.unl.pt Carlos Costa ccosta@ensp.unl.pt 12º Congresso Nacional de Medicina Interna Cursos Pré-Congresso Porto, 23 de Maio de 2006 Evolução do Sistema de Saúde Português Avaliação do Desempenho Implicações do financiamento no Sistema de Saúde Para quê? Como? Avaliação do desempenho em Portugal 2 1

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Para quê? Como? Avaliação do desempenho em Portugal 3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Para quê? Como? Avaliação do desempenho em Portugal 4 2

Avaliação do desempenho que objectivos? Nível de concretização dos objectivos definidos Efectividade? Eficiência? Acesso? Efectividade +Eficiência? Acesso+ Efectividade? Acesso+ Efectividade +Eficiência?? 5 Avaliação da qualidade - Donabedian Estrutura Processo Resultados Características da oferta Aquilo que é feito ao doente Forma como o doente responde aos cuidados que lhe são prestados Exemplo: Lotação Desenvolvimento tecnológico Exemplo: Guidelines; standards; orientações clínicas Exemplo: Mortalidade Complicações e readmissões; Demora média; custos 6 3

Demora média observada (dias), por hospital 12 10 8,9 8 6 4 2 4,7 Média 0 7 Taxa de mortalidade observada (%), por hospital 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 6,5% Média 1,9% Que doentes são tratados nestes hospitais? 8 4

Ajustamento do risco: Conceito Controlar os factores que os doentes apresentam e que podem afectar a sua probabilidade de obterem um bom ou um mau resultado (Iezzoni, 1996). 9 Ajustamento do risco: Risco de quê? Longevidade, morte Estabilidade fisiológica Complicações Doenças crónicas e disfunções fisiológicas (morbilidade) Estatuto funcional, incapacidade Desempenho funcional, desvantagem Qualidade de vida Custos de tratamento Utilização de serviços (internamentos, readmissões, consultas) Demora Média 10 5

Ajustamento do risco: Dimensões do risco Idade Sexo Estado fisiológico do doente Diagnóstico principal Gravidade do diagnóstico principal Dimensão e gravidade das comorbilidades Situação/estado ( status ) funcional Situação psicológica e cognitiva dos doentes Atributos culturais, éticos e socioeconómicos Atitudes e preferências dos consumidores 11 Ajustamento do risco: Sistemas de classificação de doentes APACHE ( Acute Phisiology and Chronic Health Evaluation) Disease Staging DRGs - Diagnosis Related Groups MedisGroups PMCs (Patient Management Categories) Qual a finalidade? Qual a fonte de dados? 12 6

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Para quê? Como? Avaliação do desempenho em Portugal 13 Art. 8º (Informação Pública) O Ministério da Saúde divulga, anualmente, um relatório com os resultados da avaliação dos hospitais que integram a rede de prestação de cuidados de saúde mediante um conjunto de indicadores que evidencie o seu desempenho e eficiência Novo Regime Jurídico da Gestão Hospitalar (Lei nº 27/2002 de 8 de Novembro) 14 7

Notas sobre o grupo de hospitais seleccionados Período: 2003-2004 Episódios directos 20 hospitais da ARS Norte (foram excluídos IPO Porto, Hospital Maria Pia, Maternidade Júlio Dinis e Hospital Joaquim Urbano) Análise exclusiva do Internamento Que doentes são tratados nestes hospitais? 15 Dimensão da produção, por hospital Nº de episódios (em milhares) 123 48 51 58 64 70 70 72 74 6 8 9 17 22 23 24 26 27 28 29 16 8

% Sexo masculino % Sexo feminino Idade (média) Idade ( % 65+) % tratamento cirúrgico % tratamento médico GAD mais frequentes 1 44,7% 55,3% 46,2 35,1% 37,0% 63,0% GYN, RES, PED (35%) 2 44,5% 55,5% 40,5 26,4% 43,9% 56,1% GYN, PED, CVS (37%) 3 45,4% 54,6% 49,8 34,0% 57,3% 42,7% EYE, CVS, GIS, MUS (39%) 4 50,8% 49,2% 60,1 50,9% 49,4% 50,6% MUS (38%) 5 50,7% 49,3% 51,7 29,0% 54,6% 45,4% SKN, GIS, PSY (46%) 6 38,6% 61,4% 36,5 21,9% 34,3% 65,7% GYN, PED (39%) 7 38,9% 61,1% 39,7 24,9% 42,5% 57,5% GYN, PED (34%) 8 42,9% 57,1% 43,2 28,9% 43,4% 56,6% GYN, GIS, PED (39%) 9 39,4% 60,6% 38,9 24,4% 39,2% 60,8% GYN, PED (37%) 10 44,4% 55,6% 45,4 36,3% 31,6% 68,4% GYN, GIS (35%) 11 46,5% 53,5% 42,9 28,0% 43,0% 57,0% GYN, GIS, CVS (32%) 12 41,0% 59,0% 35,7 22,2% 32,8% 67,2% GYN, PED (34%) 13 41,3% 58,7% 44,7 34,7% 32,7% 67,3% GYN, PED, GIS (39%) 14 37,2% 62,8% 37,7 22,0% 39,9% 60,1% GYN, PED (38%) 15 50,5% 49,5% 55,6 43,0% 46,9% 53,1% MUS, GIS (35%) 16 46,5% 53,5% 47,8 39,0% 28,8% 71,2% GIS, GYN (28%) 17 47,9% 52,1% 52,8 45,3% 31,9% 68,1% GIS, RES, GYN (30%) 18 40,9% 59,1% 38,2 23,5% 32,4% 67,6% GYN, PED (36%) 19 43,2% 56,8% 36,0 20,1% 34,5% 65,5% GYN, PED (37%) 20 44,2% 55,8% 41,1 26,7% 33,3% 66,7% GYN, PED (32%) Total 43,7% 56,3% 42,8 29,0% 39,4% 60,6% GYN, PED, GIS (37%) 17 CONCEITO OPERACIONALIZAÇÃO Complexidade Medida da quantidade de recursos necessários para tratar cada doente. Índice de Complexidade Calculado, por doente, a partir do peso relativo do GDH. Gravidade Medida do risco de morte do doente. Índice de Gravidade Calculado, por doente, a partir da mortalidade esperada recalibrada. Nota: A média do índice de complexidade e gravidade é 1, em cada ano, para o conjunto dos hospitais incluídos na base de dados. 18 9

Caracterização da produção, por hospital Índice de complexidade 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 1,32 Média 0,70 0,73 0,73 0,73 0,73 0,74 19 Caracterização da produção, por hospital Índice de gravidade 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 1,19 1,26 1,21 Média 0,61 0,61 20 10

Caracterização da produção, por hospital Índice de complexidade por Grande Agrupamento de Doenças 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 CVS GIS MUS NEU RES 0,0 Média 21 Caracterização da produção, por hospital Índice de gravidade por Grande Agrupamento de Doenças 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Média CVS GIS MUS NEU RES 22 Como avaliar o desempenho destes hospitais? 11

CONCEITO OPERACIONALIZAÇÃO Efectividade Capacidade de uma intervenção, tratamento ou medicamento melhorar a saúde de uma pessoa ou de uma população, ou ainda, os resultados ou consequências de determinado procedimento ou tecnologia médica quando aplicados na prática Indicador de mortalidade Comparação entre os valores observados e os valores esperados da mortalidade, para os doentes admitidos no hospital. +Indicador de complicações +Indicador de readmissões Eficiência Medida que exprime a relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos. A actividade é eficiente quando se maximizam os resultados para um dado nível de recursos ou se minimizam os recursos para se obter um determinado resultado. Indicador de demora média Comparação entre os valores observados e os valores esperados dos dias de internamento, para os doentes admitidos no hospital. +Indicador de custos 23 Taxa de mortalidade observada (%), por hospital 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 6,5% Média 1,9% 24 12

Taxa de mortalidade observada e taxa de mortalidade esperada (%), por hospital 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 5 6 18 19 7 14 9 8 2 17 1 20 10 11 12 13 4 16 3 15 TM observada TM esperada 25 Taxa de mortalidade observada e (TMO-TME) por hospital 0,02 0,01 0,01 0,00-0,01-0,01-0,02 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% TMO - TME TM observada Como se obtêm os valores esperados? 26 13

Descrição do Disease Staging Objectivo e fonte de dados Sistema de classificação de doentes Objectivos: produzir grupos de doentes que requerem tratamentos idênticos e com idênticos resultados esperados. Fonte de dados: resumos de alta (dados administrativos) Existe ainda uma versão clínica, que se distingue apenas pela fonte de dados: clínicos em vez de administrativos. 27 Descrição do Disease Staging Inputs / Outputs (I) DISEASE STAGING INPUTS Códigos ICD de diagnósticos e procedimentos Sexo Idade Destino após alta OUTPUTS Doença principal (*) Comorbilidades Estadios gravidade (*) Doença responsável pelo tratamento. 28 14

Descrição do Disease Staging Estadios de gravidade Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3 Estadio 4 Doença sem complicações Doença com complicações locais Doença que compreende diferentes localizações ou complicações sistémicas Morte Escala ordinal: o estadio 2 não representa o dobro da gravidade do estadio 1. Os estadios não são equivalentes/comparáveis entre doenças: por exemplo, o estadio 2 da neoplasia do pulmão não é menos/mais grave que o estadio 3 de outra doença. 29 Descrição do Disease Staging Estadios de gravidade (exemplo) DIABETES MELLITUS TIPO 2 ESTADIOS E SUB-ESTADIOS 1.01 Impaired fasting glucose 1.02 Impaired glucose tolerance 1.03 Asymptomatic diabetes mellitus 2.01 With retinopathy 2.02 With neuropathy 2.03 With glomerulosclerosis 3.01 With renal failure 3.02 With hyperosmolar state 3.03 With ketoacidosis 15

Descrição do Disease Staging Inputs / Outputs (II) DISEASE STAGING INPUTS Códigos ICD de diagnósticos e procedimentos Sexo Idade Destino após alta Doença principal e estadio Nº e gravidade das comorbilidades Sexo, idade Procedimento Tipo de admissão OUTPUTS Doença principal Comorbilidades Estadios gravidade Escalas Dias de internamento Custos Mortalidade Complicações Readmissões Recalibração das escalas para os dados dos hospitais portugueses Valores esperados, para os hospitais portugueses 31 Cálculo e interpretação dos indicadores Ind. de mortalidade do Hospital = Nº de óbitos observados do H Nº de óbitos esperados do H SD óbitos observados em todos os hospitais Ind. de demora média do Hospital = Nº de DI observados do H Nº de DI esperados do H SD DI observadas em todos os hospitais Quando o indicador (por exemplo da mortalidade) é: Positivo: a frequência de óbitos é superior à que seria esperada, dadas as características dos doentes. Trata-se de um hospital com uma efectividade inferior à média. Negativo: a frequência de óbitos é inferior à que seria esperada, dadas as características dos doentes. Trata-se de um hospital com uma efectividade superior à média. 32 16

Análise da efectividade, por hospital Indicador de mortalidade 0,60 0,40 0,20 0,00-0,20-0,40-0,60-0,80-1,00-1,20-1,40 33 Análise da efectividade, por hospital Indicador de mortalidade para casos com tratamento médico e para casos com tratamento cirúrgico 0,60 0,40 0,20 0,00-0,20-0,40-0,60-0,80-1,00-1,20-1,40 Cirúrgicos Médicos 34 17

Análise da efectividade, por hospital Indicador de mortalidade, por Grande Agrupamento de Doenças 0,90 0,60 0,30 0,00-0,30-0,60-0,90-1,20-1,50-1,80 CVS MUS RES GIS NEU 35 Análise da eficiência, por hospital Indicador de demora média 0,60 0,45 0,30 0,15 0,00-0,15-0,30-0,45-0,60-0,75 36 18

Análise da eficiência, por hospital Indicador de demora média para casos com tratamento médico e para casos com tratamento cirúrgico 0,60 0,40 0,20 0,00-0,20-0,40-0,60-0,80-1,00-1,20-1,40 Cirúrgicos Médicos 37 Análise da eficiência, por hospital Indicador de demora média, por Grande Agrupamento de Doenças 0,60 0,30 0,00-0,30-0,60-0,90-1,20 CVS MUS RES GIS NEU 38 19

Análise da efectividade e eficiência, por hospital Indicador de demora média e indicador de mortalidade 0,75 0,50 0,25 0,00-0,25 11 3 8 20 19 12 6 1 14 9 5 10 15 4 7 2 18 16 17 13-0,50-0,75-1,00-1,25 I. Demora média I. Mortalidade 39 Algumas referências AVERILL, R. et al. - The Evolution of Casemix Measurement Using Diagnosis Related Groups (DRGs). 3M HIS Research Report, 1998. COSTA, C. Produção e desempenho hospitalar: aplicação ao internamento. Tese de doutoramento em Saúde Pública na especialidade de Administração de Saúde pela Universidade Nova de Lisboa. Lisboa: 2005. GONNELLA, J.S.; HORNBROOK, M.C.; LOUIS, D.Z. Staging of disease: a case mix measurement. Journal of American Medical Association. 251: 5 (1984), 637 44. IEZZONI, L.I. Getting started and defining terms. In IEZZONI, L.I., ed. lit. Risk adjustment for measuring health outcomes. 3rd ed. Chicago: Health Administration Press, 2003. IEZZONI, L.I. The risks of risk adjustment. Journal of American Medical Association. 278: 19 (1997a), 1600-7. 40 20

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