Os registos de doentes como instrumentos de suporte à prática clínica, à gestão/administração e às politicas de rede. Prof. Dr. António Vaz Carneiro
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1 Os registos de doentes como instrumentos de suporte à prática clínica, à gestão/administração e às politicas de rede Prof. Dr. António Vaz Carneiro Director do Centro de Estudos de Medicina baseada na Evidência da FM/UL Patrocínio Principal Patrocinadores Globais
2 Os registos de doentes (patient registries) como instrumentos de suporte à prática clínica, à gestão/administração e às políticas de saúde Prof. Doutor António Vaz Carneiro Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa CENTRO ACADÉMICO DE MEDICINA DE LISBOA
3 Esquema da comunicação Definição do que é um registo de doentes (RD) Utilizações potenciais dos RDs Taxonomias dos RDs Desenho de um RD Exemplos de usos práticos de RDs.
4 Definição do que é um RD - AHRQ A patient registry is an organized system that uses observational study methods to collect uniform data (clinical and other) to evaluate specified outcomes for a population defined by a particular disease, condition, or exposure, and that serves one or more predetermined scientific, clinical, or policy purposes.
5 Cycle of patient registries for QI Concept Clinical Evidence Guidelines Outcomes Quality Improvement Initiatives Clinical registries Discovery to Adoption:17yrs! Measurement + feedback Performance indicators Califf RM, Peterson ED et al. JACC 2002;40:
6 Estrutura base do desenho do RD CONTEXTO Questão de investigação Recursos Exposições e resultados Origem dos dados Desenho do estudo População do estudo Amostragem Dimensão e duração do estudo Validade interna e externa QUESTÃO RELEVANTE Quais são as questões clínicas ou epidemiológicas? Que recursos (financeiros, humanos, doentes) estão disponíveis? Como é que as questões clínicas se traduzem em exposições e outcomes mensuráveis? Onde se podem encontrar os dados necessários? Que tipos de desenho podem ser mais apropriados para responder à questão colocada? Que tipos de doentes são necessários recrutar e como se seleccionam? É preciso grupo de comparação? Como devem os doentes ser seleccionados para inclusão na amostra? Quanto tempo e em quantos doentes se devem colher os dados? Existem viéses? Podem generalizar-se os resultados?
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8 Utilizações dos RDs Desenvolvimento e manutenção da qualidade dos serviços de saúde Definição da efectividade das intervenções Avaliação de resultados (outcomes) dos doentes Determinação da história natural das doenças Monitorização da segurança e risco dos doentes Outros
9 NQF Evolving View of Quality Care: Importance of Longitudinal Measures Post HF Trajectory 1 (T1) Relatively healthy adult Population at Risk 1 0 Prevention (no known AMI) 2 0 Prevention (CAD no prior AMI) Assessment of Preferences Acute Phase Getting Better Post Acute/ Rehabilitation Phase 2 0 Prevention Focus on: Quality of Life Functional Status 2 0 Prevention Strategies Rehabilitation Advanced care planning 2 0 Prevention (Recurrent AMI events) Advanced Care Planning PHASE 1 Staying Healthy PHASE 2 PHASE 3 PHASE 4 Living w/ Illness/Disability (T1) Coping w/ End of Life (T2) Post HF Trajectory 2 (T2) Adult with multiple co-morbidities Focus on: Quality of Life Functional Status 2 0 Prevention Strategies Advanced Care Planning Advanced Directives Palliative Care/Symptom Control Episode begins onset of symptoms Episode ends 1 year post HF Peterson ED, 2009
10 Taxonomia dos RDs Registos de produtos Medicamentos Dispositivos médicos (por ex. ICDs) Registos de serviços de saúde Doentes com enfarte agudo do miocárdio Registos de doenças específicas Doenças raras, DM Combinações das anteriores Gripe A (H1N1).
11 Registo de medicamentos e dispositivos
12 RD do Canadá com 65 anos, internados por ICC entre Jan/1998 e Mar/2002 Amostra com doentes com ICC e a quem tinham sido receitados IECAs nos 30 dias após o internamento Relação entre o IECA individual e a taxa de mortalidade O ramipril foi o medicamento-referência para as comparações.
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15 Efectividade das drogas no uso diário, quando comparado com os resultados dos ensaios clínicos que as lançaram no mercado
16 National Cardiovascular Data Registry-ICD Registry Amostra com doentes analisados entre Jan/2006 a Jun/2009 Análise dos resultados de internamento de doentes a quem foi colocado um ICD Análise das indicações para colocação de ICD (baseadas ou não na evidência científica).
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18 Os doentes a quem foi colocado um ICD sem indicação baseada na evidência: tiveram maior mortalidade hospitalar (0.57% vs 0.18%) Tiveram maior taxas de complicações pós-implantação (3.23% vs. 2.41%).
19 Registo de serviços de saúde - Enfarte Agudo do Miocárdio -
20 Medição de cuidados através do contínuo CV: o exemplo do EAM Cuidados no Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) Factores de risco do doente Início do síndrome coronário agudo Alta Pós-alta: Modulação dos FRs Reabilitação cardíaca Internamento PCI/CABG
21 0,0% 0,0% 6,2% 20,5% 15,0% 23,5% 45,4% 39,1% 33,3% 33,3% 43,6% 63,2% 61,2% 59,0% 53,6% 55,0% 53,4% 54,2% 56,7% 51,7% 47,3% 70,6% 77,7% 72,9% 80,7% 75,8% 72,2% 70,2% 75,5% 69,9% 69,0% 77,8% 78,6% 74,1% 70,2% 71,9% 65,9% 64,0% 90,5% 84,5% 79,1% 94,4% 91,0% 90,4% 100,0% 100,0% SCA sem-st: estratégia invasiva (Registo dos SCA da SPC ) 120,0% EAM sem Supra de ST e Angina Instável - Estratégia Invasiva 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z AA AB AC AD AE AF AG AH AI AJ AK AL AM AN AO AP AQ AR AS AT Hospital Hospital Pior: 6,2% Hospital Melhor: 100,0% Média: 66,5%
22 15,5% 16,3% 22,2% 25,0% 41,7% 63,3% 56,4% 55,3% 51,6% 53,5% 46,9% 70,4% 64,3% 60,9% 54,5% 84,8% 81,2% 74,5% 68,4% 64,6% 71,8% 66,6% 67,0% 60,2% 58,3% 69,0% 68,5% 67,2% 69,5% 100,0% 94,0% 87,9% 86,6% 94,1% 88,9% 82,8% 77,6% 72,6% 68,8% 66,1% 67,5% 76,0% 71,9% 80,0% 75,0% 88,2% 120,0% Utilização de bloqueadores β-adrenérgicos (Registo dos SCA da SPC ) Medicação no Internamento - Betabloqueantes 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z AA AB AC AD AE AF AG AH AI AJ AK AL AM AN AO AP AQ AR AS AT Hospital Hospital Pior: 15,5% Hospital Melhor: 94,1% Média 73,0%
23 Registo de doentes portadores de doenças raras
24 Carga das doenças raras Prevalência <5/ pessoas 6-8% da população da EU doenças raras 80% de origem genética 65% com quadros graves 66% aparecem em idades <2 anos Metade com deficiências moderadas/graves Mortalidade: 36% em doentes com idade < 1 ano 11% entre 1 e 15 anos.
25 Necessidade do estudo Inexistência de registos organizados Difícil determinação de incidências ou prevalências das doenças raras Necessidade em saber nestas doenças Impacto do diagnóstico precoce Resposta ao tratamento e prognóstico Necessidade de investigação nestas doenças.
26 Monitorização de segurança Efeitos adversos dos medicamentos
27 O cisapride tem sido ligado a casos de arritmias cardíacas e morte súbita Estes efeitos adversos estão ligados à prescrição concomitante de outras drogas (já identificadas) Amostra de um RD com doentes com prescrições Análise da precrição e aquisição de combinações contra-indicadas de cisapride com outra droga.
28 Detectaram-se 3.4% (n=4.414) de receitas incorrectas Destas: 50% pelo mesmo prescritor 89% pela mesma farmácia.
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30 António Vaz Carneiro, MD, PhD, FACP Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Centro Académico de Medicina de Lisboa Av. Prof. Egas Moniz Lisboa Telefs: / avc@fm.ul.pt
CENTRO ACADÉMICO DE MEDICINA DE LISBOA
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