TRANSPORTE FERROVIÁRIO



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Transcrição:

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos TRANSPORTE FERROVIÁRIO OUTUBRO DE 2015 1

2 PRODUTOS

O transporte ferroviário responde por 20,7% do transporte de cargas no Brasil e por 0,5% do transporte de passageiros. O transporte de passageiros é focado no transporte urbano; O transporte ferroviário está subdividido em: Transporte de Carga (67%) e Transporte de Passageiros 3 (33%).

PARTICIPAÇÃO NO PIB 2013 Outros Serviços 33,7% Administração, saúde e educação públicas 17,7% Indústria de Transformação 13,0% Extrativa Mineral 4,1% Comércio 12,7% Produção e Distribuição de Eletricidade, gás e água 2,3% Construção Civil 5,4% Transportes, armazenagem e correio 5,3% Agropecuária Total 5,7% FONTE: IBGE ELABORAÇÃO: BRADESCO

CARGA TRANSPORTADA (TONELADAS ÚTEIS) NO BRASIL POR Fonte: Geipot MODAL Aquaviário 13,9% Dutoviário 4,5% Aéreo 0,3% 1996 Aquaviário 11,5% Dutoviário 3,8% Aéreo 0,3% Ferroviário 20,9% Rodoviário 60,5% 2000 Ferroviário 20,7% Rodoviário 63,7% Aéreo 0,4% Dutoviário 4,2% Aquaviário 13,6% 2013 Ferroviário 20,7% Rodoviário 61,1% 5 FONTE: CNT ELABORAÇÃO: BRADESCO

PARTICIPAÇÃO DOS MODAIS NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - 2013 Ferroviário 0,5% Aquaviário (Cruzeiros Marítimos) 0,3% Rodoviário (Interestadual e Internacional) 49,0% Aeroviário (embarque e desembarque) 50,2% 6 FONTE: CNT ELABORAÇÃO: BRADESCO

Fonte: IBGE RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO 2013 Transporte ferroviário de passageiros 33,2% Transporte ferroviário de cargas 66,8% 7 FONTE: IBGE PAS 2011 ELABORAÇÃO: BRADESCO

EXTENSÃO DA MALHA FERROVIÁRIA (KM) - 2012 Operadoras Origem Bitola Larga Métrica Mista Total ALL- América Latina Logística Malha Oeste S.A. FCA - Ferrovia Centro-Atlântica MRS - MRS Logística S.A. FTC - Ferrovia Tereza Cristina S.A. ALL- América Latina Logística Malha Sul S.A. FERROESTE EFVM - Estrada de ferro Vitória a Minas EFC - Estrada de ferro Carajás Transnordestina Logística S.A. ALL- América Latina Logística Malha Paulista S.A. ALL- América Latina Logística Malha Norte S.A. VALEC/ Subconcessão: Ferrovia Norte-Sul S.A. Subtotal RRFSA 1.945 1.945 RRFSA 7.910 156 8.066 RRFSA 1632 42 1.674 RRFSA 164 164 RRFSA 7.254 11 7.265-248 248-905 905-892 892 RRFSA 4.189 18 4.207 RRFSA 1463 243 283 1.989-618 617-720 720 5324 22.858 510 28.692 8 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E VAGÕES Existem três tipos de locomotivas: A vapor: Atualmente estão restritas a rotas turísticas; Elétrica: Possui um alto custo fixo de manutenção e, por isso, se restringe aos sistemas de transporte metropolitano. Diesel-elétrica: Modelo predominante no transporte de cargas brasileiro. 9

MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E VAGÕES Existem 7 tipos de vagões: Fechados: Para granéis sólidos, ensacados, caixarias, etc. Produtos que não podem ser expostos ao tempo; Gôndola: Granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo; Hopper: Fechado para granéis corrosivos e granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo e abertos para os granéis que podem ser expostos ao tempo; Isotérmico: Produtos congelados em geral; Plataforma: contêineres, produtos siderúrgicos, grandes volumes, madeira, peças de grandes dimensões; Tanque: cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos não corrosivos em geral ; Especiais: produtos com características de transporte bem distintas das anteriores. 10

A MALHA FERROVIÁRIA É DIVIDIDA ENTRE TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE ESPAÇAMENTO ENTRE OS TRILHOS, CHAMADA BITOLA Bitola Métrica Distância de 1 metro; Bitola Larga São aquelas com distância maior que 1,435 metros. No Brasil, é definida como a distância de 1,6 metros; Bitola Mista - Possui três ou mais trilhos para permitir a passagem de veículos com bitolas diferentes. São elas que definem que tipo de Locomotiva e Vagões poderão circular. 11

12 SAZONALIDADE

SAZONALIDADE DA CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE VAGÕES FERROVIÁRIOS, INCLUSIVE REPARAÇÃO 1991 2013 Fonte: IBGE Sazonalidade da construção e montagem de vagões ferroviários, inclusive reparação 8,8% 8,6% 8,4% 8,2% 8,2% 8,7% 8,5% 8,5% 8,6% 8,5% 8,6% 8,4% 8,3% 8,2% 8,0% 7,8% 7,8% 7,8% 7,6% 7,4% 7,2% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 13 FONTE: IBGE ELABORAÇÃO: BRADESCO

CUSTOS DE PRODUÇÃO 14

CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO - 2011 Mercadorias e materiais de reposição 7,4% Combustíveis e Lubrificantes 21,8% Mão de Obra 70,8% 15 FONTE: IBGE PAS ELABORAÇÃO: BRADESCO

Não existe competição direta entre as empresas, pois cada linha possui um trajeto específico; Existe uma correlação entre o preço do frete cobrado pelo Transporte Ferroviário e o do Transporte Rodoviário. Isto porque eles são considerados substitutos perfeitos para alguns trajetos e, com isso, passam a ser concorrentes. Para distâncias superiores a 1.000 km, os custos ferroviários para cargas podem representar cerca de 50% dos custos rodoviários: * Rodoviário: R$ 35 a R$ 45 por 1.000 ton./km * Ferroviário: R$ 15 a R$ 26 por 1.000 ton./km 16

O frete é composto pelas Tarifas de Deslocamento (na qual incluem-se as Tarifas de Interconexão) e pelas Tarifas Adicionais de Serviços Acessórios. Tarifa de deslocamento é a fonte de receita básica da Concessionária e é determinada de acordo com a carga transportada. É utilizado o modelo de preço-teto, sendo a concessionária livre para escolher a tarifa a ser aplicada. Tarifa de Interconexão é a tarifa que será cobrada caso o produto ultrapasse a fronteira de uma concessão. Ela dá o direito de passagem de uma concessão para outra. Taxas Adicionais de Serviços Acessórios (Carga /Descarga /Transbordo/ Outros). Custo do frete é calculado pela multiplicação da distância (km), pelas tarifas homologadas pela ANTT, para cada concessão e por tipo de mercadoria, em termos de peso, volume ou unidade de contêiner. 17

18 FORNECEDORES

A indústria fornecedora de bens de capital para o transporte ferroviário atua sob encomenda. Essas empresas também fazem os serviços de manutenção e recuperação dos componentes. 19

PRINCIPAIS FABRICANTES E PRESTADORES DE SERVIÇOS POR PRODUTOS PARA O TRANSPORTE FERROVIÁRIO Produtos Fabricantes Locomotiva Vagões Carros de Passageiros Gevisa Amsted Maxion TTrans TTrans Alstom AD Tranz Alstom Equipamento para via permanente Adtranz 20 FONTE: SIMEFRE ELABORAÇÃO: BRADESCO

21 REGIONALIZAÇÃO

MAPA FERROVIÁRIO BRASILEIRO 22 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

23 RANKING

PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS (TKU) 2013 Fonte: Anuário Exame de Infra-estrutura Ranking mundial de extensão da malha ferroviária EFC - Estrada de Ferro Carajás 42,4% EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas 36,8% MRS Logística S.A. 27,9% ALLMN - América Latina Logística Malha Norte S.A. Ferrovia Centro-Atlântica S.A. - FCA ALLMS - América Latina Logística Malha Sul S.A. ALLMP - América Latina Logística Malha Paulista S.A. VALEC/Subconcessão: Ferrovia Norte-Sul - FNS Carga Transportada em milhões de TKU ALLMO - América Latina Logística Malha Oeste S.A TLSA - Transnordestina FTC - Ferrovia Tereza Cristina S.A. 1,8% 1,1% 0,9% 0,7% 0,2% 0,1% 8,1% 7,2% 9,4% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 24 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

25 CONSUMIDORES

O sistema ferroviário de transporte de cargas é predominantemente voltado para as commodities, mas é um cenário que está em mudança devido aos grandes avanços técnicos. 26

MERCADORIAS TRANSPORTADAS NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS 2013 Minério de Ferro Minerais Grãos Produtos Siderúrgicos Açúcar Combustíveis Carvão / Coque Fertilizantes Cimento Material de construção (areia, cal, gesso) Conteiner Celulose Madeira Carga geral - não conteinerizada Alumínio 2,8% 1,8% 1,7% 1,2% 1,2% 0,8% 0,6% 0,5% 0,4% 0,1% 0,0% 0,01% 9,1% 17,6% 62,2% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 27 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

PROCESSO DE DESESTATIZAÇÃO 28

A Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) e a Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA) tiveram seus investimentos reduzidos a partir da década de 1980. Em 1990, foi instituído o Programa Nacional de Desestatização (PND), sendo a RFFSA incluída neste em 1992. A partir disso, o BNDES realizou alguns estudos para se chegar ao melhor modelo de desestatização da RFFSA: Dividiu a RFFSA em seis malhas (Nordeste, Sudeste, Sul, Oeste, Centro- Leste e Teresa Cristina). A transferência ao setor privado do serviço de transporte férreo seria realizado mediante leilão. Arrendamento dos bens da RFFSA aos novos operadores. A implementação desse modelo iniciou-se em março de 1996 com o primeiro leilão realizado. Em 1998, a Fepasa foi incorporada à RFFSA e o modelo passou a ter mais uma malha, a malha Paulista, que passou a concessão da Ferrovia Bandeirantes S.A. em 1999. 29

FATORES DE RISCO 30

Utilização de bitolas diferentes na malha ferroviária brasileira o que dificulta a integração entre elas. Custo fixo da atividade é alto e torna-se ainda maior devido a baixa distância percorrida. Os trens brasileiros percorrem, em média, 500 km quando o ideal é acima de 1.000 km. Complexidade dos sistemas tributários estaduais dificultam a operação de ferrovias que atravessam mais de um estado. Problemas de invasões de famílias que moram nas áreas de domínio das Concessionárias. Segundo a ANTF, 824 trechos estão comprometidos por esse problema. Excesso de cruzamento de ferrovias com rodovias e avenidas, o que faz com que o desempenho do transporte fique prejudicado (reduz nível de segurança e a velocidade média da locomotiva fica abaixo de 10 km/h). Quantidade excessiva de passagens de nível Influenciado pelo nível de exportações brasileiro, principalmente de commodities, e pelo ritmo de atividade do mercado internacional. 31

CENÁRIO ATUAL E TENDÊNCIAS 32

PRODUÇÃO FERROVIÁRIA (VOLUME TRANSPORTADO) 2003-2013 Em bilhões de TKU (Tonelada por quilômetros úteis) 350.000 300.000 250.000 200.000 182.644 205.711 221.633 238.361 257.117 266.960 245.319 277.930 293.185 301.451 298.616 150.000 100.000 50.000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 33 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

VARIAÇÃO % DA PRODUÇÃO Produção FERROVIÁRIA Ferroviária - VAR (VOLUME % TRANSPORTADO) - 2004-2013 Em bilhões de TKU 15,0% 12,6% 13,3% 10,0% 7,7% 7,5% 7,9% 5,0% 3,8% 5,5% 2,8% 0,0% -0,9% -5,0% -10,0% -8,1% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 34 FONTE: ANTT ELABORAÇÃO: BRADESCO

MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES NA MALHA FERROVIÁRIA BRASILEIRA 1997-2012 Em TEU s 350.000 308.000 300.000 265.349 272.808 287.458 250.000 200.000 150.000 135.768 159.184 220.050 205.371 189.049 232.434 100.000 50.000 59.805 78.777 99.053 106.699 35 3.459 10.131 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012* FONTE: ANTF 2012 : estimativa - último dado disponibilizado pela fonte ELABORAÇÃO: BRADESCO

INVESTIMENTOS NA MALHA FERROVIÁRIA CONCEDIDA À INICIATIVA PRIVADA 1997 2013 Em milhões de R$ 5.600 5.313 4.800 4.927 4.877 4.000 3.200 3.160 3.363 3.235 2.740 2.400 1.958 2.290 1.898 1.600 800 412 386 538 617 766 668 1.089 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 36 FONTE: ANTF ELABORAÇÃO: BRADESCO

Produção de Vagões PRODUÇÃO DE VAGÕES FERROVIÁRIOS 1990-2012 Em unidades 7.249 7.000 6.000 5.616 5.000 4.740 5.118 4.000 3.000 2.399 3.668 3.261 2.918 2.000 1.000 37 0 186 6 200 184 70 386 26 119 869 1.2971.283 748 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 FONTE: ABIFER ELABORAÇÃO: BRADESCO 294 1.327 1.022

jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 EVOLUÇÃO DO SALDO DO EMPREGO FORMAL DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO - ACUMULADO 12 MESES 2008 2015 10.000 8.000 6.000 Transporte Ferroviário de Carga Transporte Metroferroviário de Passageiros 7.929 7.381 1.729 2500 2000 4.838 1.361 1500 4.000 3.082 1.003 1.137 1000 2.000 1.784 806 2.100 739 683 135 0-2.000 21 343-1.170 500-645 -514-833 0 38 FONTE: CAGED ELABORAÇÃO: BRADESCO

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