MONITORAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS. Roberta Thees* Artur Furtado
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1 MONITORAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS Roberta Thees* Artur Furtado
2 A MRS LOGÍSTICA A MRS atua no transporte ferroviário de cargas desde 1996, operando e monitorando a malha sudeste da Rede Ferroviária Federal. Através dos trilhos, conectamos os três principais pólos econômicos do Brasil: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Operando cerca de 800 locomotivas e 20 mil vagões pelos km de malha, a MRS posiciona o modal ferroviário na região como um dos mais importantes corredores de movimentação de cargas, como minério de ferro, produtos siderúrgicos, commodities agrícolas e contêineres por exemplo. Centro Oeste e São Paulo Guaíba Itaguaí Rio de Janeiro Heavy Haul Carga Geral Agrícolas Santos
3 Desde 2007 a MRS apresenta contínua redução na quantidade de ocorrências ferroviárias Quantidade de ocorrências ferroviárias Jan/2007 a Dez/2014 Quantidade de ocorrências ferroviárias Média mensal quantidade de ocorrências -55% %
4 Mas ainda é possível observar a incidência de ocorrências de alto impacto Quantidade de ocorrências ferroviárias Jan/2010 a Dez/2014 Quantidade de ocorrências ferroviárias Acidentes de alta gravidade Média mensal quantidade de ocorrências Nº acidentes de alta gravidade Acidentes graves 2014: Fev/14 Defeito de via Com base nas análises desses acidentes Abr/14 identificamos Falha estacionamento a necessidade de de um mapeamento de atividades críticas composição no trecho Out/14 Falha no controle de velocidade
5 Para identificar os principais riscos a serem monitorados, o trabalho foi estruturado em cinco grandes etapas 1 Levantamento das atividades executadas 2 Priorização das atividades através da matriz Probabilidade x Impacto 3 Definição dos fatores de risco associados a cada atividade 4 Definição das ações de bloqueio e controle 5 Definição dos indicadores chave de monitoramento Macroatividades Atividades Atividades críticas Fatores de risco Plano de ação Cockpit Manobra / Formação Carga / Descarga Circulação Novas operações Sistemas
6 O primeiro passo foi realizar o levantamento das atividades Inspeção de carga Posicionamento de vagões Estacionamento de veículos Controle de velocidade Manobra de recuo Operação de AMV Comunicação Engate / Desengate Inspeção / vistoria de composição Licenciamento (pátios) Manobra/ Formação Carga Circulação Licenciamento / permissão para ocupação de via Controle de velocidade Sinalização Outras ferrovias Operação em trechos de serra Operação com carga perigosa Circulação unidirecional Estacionamento Descarga Inspeção de carga Posicionamento de vagões Sistemas Confiabilidade / disponibilidade de sistemas Novas Operações Novos ativos, fluxos, pátios. etc
7 Em seguida, as atividades foram classificadas de acordo com o potencial de impacto e a probabilidade de ocorrência Impacto Operação de carga perigosa Novas operações Inspeção / vistoria de composição Estacionamento em circulação Controle de velocidade Licenciamento / ocupação da via Sinalização Estacionamento em manobra Licenciamento na manobra Operação em trecho de serra Inspeção de carga Outras ferrovias Circulação unidirecional Confiabilidade / disponibilidade de sistema Manobra de recuo Posicionamento de vagões Engate / desengate Comunicação em manobra Operação de AMV Probabilidade de falha
8 Definidas as atividades críticas, os riscos relacionados a cada atividade foram identificados P I Processos Infraestrutura Fator de risco Pessoas Ambiente externo E A EXEMPLO: Macro Atividade Atividade I Fator de risco Obstrução de via Circulação Carga perigosa A Vandalismo Manobra Estacionamento E P Descumprimento de procedimento Falta de prática no trecho
9 Para tratá-los, foi definido um plano com ações de bloqueio e controle Bloqueio: B Controle: C Aquelas cujo resultado final elimina definitivamente o risco identificado Aquelas cujo objetivo é a manutenção da fiscalização ativa do risco EXEMPLO: Macro Atividade Atividade Fator de risco Obstrução de via C Plano de ação Aderência ao trem batedor Circulação Carga perigosa Vandalismo C Definir plano de parada segura para o trem de carga perigosa Manobra Estacionamento Descumprimento de procedimento Falta de prática no trecho B C Descarriladeira em terminais com inclinação à linha de movimento Estabelecer processo de auditorias simulada de estacionamento em trecho
10 Para garantir o monitoramento dos riscos, foram definidos indicadores específicos Caracterização dos indicadores Específicos para os riscos de cada atividade Pró ativos Alvo zero (sem faixa de tolerância) EXEMPLO: Macro Atividade Atividade Fator de risco Plano de ação Indicadores Circulação Carga perigosa Obstrução de via Vandalismo Aderência ao trem batedor Definir plano de parada segura para o trem de carga perigosa Quantidade de trens sem batedor N de ocorrências de vandalismo Manobra Estacionamento Descumprimento de procedimento Falta de prática no trecho Descarriladeira em terminais com inclinação à linha de movimento Estabelecer processo de auditorias simulada de estacionamento em trecho N de incidentes por veículo desgovernado N de nok nas auditorias simuladas
11 Com base nesses indicadores, o grau de risco de cada atividade é calculado ILUSTRATIVO Acompanhamento dos indicadores de controle de velocidade: % da frota sem registrador de evento Atende % de RE operando incorretamente ou inoperante Não atende Quantidade de ocorrências de velocidade Não atende Quantidade de ocorrências de excesso de velocidade em trecho de restrição Atende 1. Cockipt 2. Evolução Ruim Limítrofe Regular Bom Ótimo jan ago
12 Exemplificando todo o processo: ILUSTRATIVO ATIVIDADE: OPERAÇÃO COM CARGA PERIGOSA Transporte de diesel para consumo interno e produtos químicos Acidentes com alto potencial de impacto ambiental, risco de lesões graves em colaboradores MRS e impacto nas comunidades lindeiras Principais fatores de risco Não cumprimento de procedimentos operacionais Principais ações Realizar auditoria de caixa preta em 100% dos trens de carga perigosa Revisar processo de habilitação e reciclagem dos operadores (presencial, periodicidade, etc) Principais indicadores Quantidade de desvios identificados nas auditorias N de trens equipados com maquinistas não habilitados Vandalismo Estudar viabilidade de instalação de sinal azul em pontos onde há histórico/possibilidade de vandalismo N de ocorrências de vandalismo registradas com trens de carga perigosa Falha no atendimento a ocorrências Planejar simulados de atendimento a emergência Realizar força tarefa em trens de carga perigosa Nº de não conformidades apontadas pelos simulados de atendimento a emergência com trens de carga perigosa
13 A implementação da ferramenta, ainda que recente, já trouxe benefícios e melhoria dos índices de segurança Quantidade de ocorrências ferroviárias Jan/2010 a Set/2015 Quantidade de ocorrências ferroviárias Meses com acidentes graves Média mensal quantidade de ocorrências Nº acidentes graves -32% acidentes graves em
14 Daqui pra frente fica o desafio de garantir a retroalimentação desse sistema e a definição constante de ações para mitigação dos riscos Obrigada!
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Alerta Colaborador Crítico
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