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Transcrição:

Referência: 99923000171201317 Assunto: PARECER Recurso contra decisão ao pedido de acesso à informação requerido à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT Senhor Ministro de Estado Chefe da, 1. O presente Parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº 12.527/2011, formulada em 18/02/2013, o qual requereu à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, doravante ECT, o que se segue: 1. Gostaria de saber, em cada Unidade da Federação, o nome, CNPJ, endereço e nome dos donos das lojas franqueadas dos Correios. 2. Quero saber tambem o faturamento anual de cada uma das franquias -- ou quanto elas repassam aos Correios e quanto ficam para elas. 3. Qual o critério usado para a escolha dos franqueados? Da Cronologia dos fatos FASE Data Teor Pedido 18/02/13 Nos termos do ponto 1. A ECT prestou a seguinte informação: Resposta Inicial 26/02/13 1. Considerando a grande quantidade de agências, as informações solicitadas seguem em arquivo eletrônico (por e-mail) com a relação das Agências de Correios Franqueadas (ACF/AGF) de todos os estados brasileiros. Não foram disponibilizados os dados com os nomes dos donos das franquias, apenas a Razão Social, CNPJ e Endereço, visto que se trata de informação sigilosa, classificada no art. 32, IV, da Lei 12.527/11; 2. Os dados de faturamento anual de cada franquia não foram disponibilizados, por se tratar de informações sigilosas, classificada no Art. 6º, Inciso I, do Decreto nº 7.724/2012 c/c art. 155 e parágrafo único da Lei nº 6.404/76 e Art. 21-A, do Decreto- Lei nº 509/69 (sigilo empresarial). 3. As Unidades Franqueadas (AGF), que realizam atividades auxiliares de prestação de serviços postais e vendas de produtos comercializados pela ECT, operam mediante Contrato de Franquia Postal, por pessoa jurídica de direito privado e são selecionadas por meio de procedimento licitatório Superior 27/02/13 A cidadã alega em seu recurso à autoridade superior da ECT o seguinte: O nome dos donos das franquias pode ser obtido nas juntas comerciais por qualquer pessoa, o que prova que a informação não deve ser classificada como sigilosa. Diante disso, peço, novamente, o nome dos donos das franquias.

Resposta do Superior 04/03/13 A ECT apresenta os seguintes argumentos em sua decisão: O acesso à informação é direito de toda pessoa e é assegurado pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei n 12.527/11. Entretanto, há algumas informações que devem ser protegidas e não podem ser divulgadas ao público por serem consideradas sigilosas ou de caráter pessoal, conforme o art. 6º, III, da Lei 12.527/11, abaixo: Art. 6º Cabem aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. Nesse sentido, cabe destacar que as informações sigilosas são aquelas submetidas temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, nos termos do art. 4, III, da Lei 12.527/11. Além do mais, tais informações devem ser classificadas em ultrassecretas, secretas ou reservadas, com prazos máximos de restrição ao acesso de acordo com a sua classificação com base no art. 24 da referida lei. O esclarecimento sobre o que seria uma informação pessoal pode ser encontrado no art. 4, inciso IV, da Lei em questão que conceitua o termo como sendo aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável. É imperioso destacar que o nome do proprietário da pessoa jurídica franqueada da ECT (ou de um de seus sócios) enquadra-se no referido conceito, sendo forçoso caracterizá-lo como uma informação pessoal, vez que relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem da pessoa. Nesse sentido, cabe esclarecer que o nome do proprietário da pessoa jurídica franqueada da ECT não deve ser classificado como informação sigilosa. Na verdade, essa informação é estritamente de caráter pessoal e por tal fato deve ter seu acesso restrito por 100 anos, independentemente de classificação, e só podem ser acessadas pela própria pessoa, por agentes públicos legalmente autorizados ou por terceiros autorizados por previsão legal ou pelo consentimento da pessoa, conforme o disposto na Cartilha Acesso à Informação Pública, página 16, disponibilizada no sítio eletrônico http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/publicacoes/index.asp. Neste aspecto, cumpre informar que os agentes da Administração Pública não estão autorizados a divulgar informações pessoais de terceiros sem sua prévia autorização, sob pena de cometer uma conduta ilícita e incorrer nas responsabilidades previstas na própria Lei 12.527/11. Nessa esteira cabe destacar o disposto no art. 32, IV, da Lei

12.527/11: Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: (...) IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; No que tange à alegação de que as Juntas Comerciais fornecem o nome dos proprietários das franqueadas a qualquer pessoa e que, por isso, as informações não são classificadas como sigilosas, é importante frisar que a relação que a ECT mantém com os franqueados é contratual, inclusive contendo cláusulas de sigilo. Essa relação é fruto de um contrato firmado entre a ECT e a pessoa jurídica (direito das obrigações) e não entre a ECT e a pessoa física proprietária da pessoa jurídica, portanto não é lícito divulgar informações a pessoas estranhas ao contrato. Máxima Resposta do Máxima Por todo o exposto, não é possível e nem permitido a divulgação do nome completo dos proprietários de todas as franquias dos Correios por ser esta uma informação de caráter pessoal relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem dos sujeitos titulares dos direitos aqui comentados. Insurge-se a cidadã contra a informação recorrendo à autoridade máxima da ECT com os seguintes argumentos: O nome do proprietário da pessoa jurídica franqueada da ECT (e de seus sócios) não se enquadra no conceito mencionada para justificar o sigilo, uma vez que trata-se de pessoa explorando uma concessão/autorização pública. A divulgação da informação 11/03/13 não fere a intimidade, vida privada, honra ou imagem da pessoa. Mais uma vez, destaco que a informação é pública já que pode ser obtida nas juntas comerciais dos estados e municípios. Certa de que este órgão cumpre a lei, requeiro novamente o nome dos franqueados da ECT. 09/04/13 Assim responde a ETC em segunda instância: O Recorrente, em seu recurso de 2ª instância, alega que a informação sobre o nome do proprietário de agencia franqueada não pode ser negada pelo fato de tratar-se de uma concessão pública. Assiste razão ao solicitante pelas razões a seguir: A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), elege como regra a publicidade e como exceção o sigilo de informações, senão vejamos: Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção Portanto, uma vez considerada como regra a disponibilização de informação, sua recusa passa ser a exceção. Por sua vez, a Lei nº 8.934/1994, que dispõe acerca do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, garante a publicidade de seus registros nos termos do artigo 29 a seguir transcrito: Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os

CGU Informações Adicionais e Negociações 14/04/13 23/07/13 a 13/08/13 assentamentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido. São razões mais que suficientes para justificar a concessão da referida informação que para ser negada, ensejaria a necessidade de fundamentação que justificasse o risco para a pessoa ou para o negócio. Conheço portanto do Recurso para lhe dar provimento, determinando a disponibilização das informações solicitadas ( nome dos franqueados ) ao Recorrente, no prazo de 5 dias úteis. Recorre a cidadã à CGU sob o seguinte argumento: Apesar de o meu recurso ter sido deferido pelo presidente da ECT (pelo menos foi isso que eu entendi) ainda não recebi a lista com os nomes dos franqueados. O que devo fazer? Após questionamento da CGU, informa a ECT que a informação foi disponibilizada em 22/04/13, remetendo cópias dos e-mails enviados em 13/08/13. Contudo, verificou-se que as informações disponibilizadas estavam incompletas. Somente no dia 02 de setembro de 2013 a ECT enviou para a cidadã, por e-mail, a lista completa dos sócios das lojas franqueadas pela ECT. 2. É o relatório, Análise 3. Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva, no dia 14/04/2013, dado que a decisão do Recurso de 2ª Instância foi expedida no dia 09/04/2013. O Recurso foi recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2012, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7724/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2012 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso.

4. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observa-se que não consta da resposta que a autoridade que proferiu a decisão denegatória, em primeira instância, era a hierarquicamente superior à que adotou a decisão, assim como também consta que a autoridade que proferiu a decisão de provimento, em segunda instância, foi o dirigente máximo do órgão/entidade. 5. Passando à análise do mérito, verifica-se que o recorrente vem por meio de recurso à CGU requerer o cumprimento da decisão de provimento do Presidente da ETC em relação ao seu pedido de acesso. 6. Na fase de esclarecimento, a CGU foi informada de que, em 22 de abril, a empresa havia entregue à cidadã a informação objeto do recurso. Na verdade, a entrega somente ocorreu no dia 02 de setembro deste ano. 7. Assim, verifica-se que o processo encontra-se prejudicado por fato superveniente (perda do objeto), pois houve entrega da informação. 8. Importante ressaltar que, da data em que o recurso foi deferido (9 de abril) até seu efetivo cumprimento (02 de setembro), decorreram aproximadamente 5 meses. Dessa forma, recomenda-se à empresa que adote providências para cumprimento tempestivo de decisões em grau recursal, o que deve se dar no mesmo ato decisório, uma vez que a opção contida na alínea I do parágrafo 1º do artigo 11 da Lei 12.527/2011 não se aplicaria a situações em que o acesso a informação não requeira, pelo recorrente, consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão. No caso sob análise, à cidadã foi encaminhada planilha, em formato PDF, contendo o nome dos sócios das empresas detentoras de agências franqueadas. Conclusão 8. De todo o exposto, opina-se pela perda do objeto do recurso, diante da entrega da informação no curso da instrução processual. DANIEL RIBEIRO BARCELOS Analista de Finanças e Controle

D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pela perda do objeto do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 99923000171201317, direcionado à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.

Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 2199 de 06/09/2013 Referência: PROCESSO nº 99923.000171/2013-17 Assunto: Parecer sobre Acesso à Informação Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor-Geral Assinado Digitalmente em 06/09/2013 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: eff24d06_8d07946b1bca7c2