FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ADEGILANE DA SILVA RAMALHO JÉSSICA NORBERTO BELTRAME JÚLIO MAGNO VIEIRA VILLELA



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Transcrição:

0 FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ADEGILANE DA SILVA RAMALHO JÉSSICA NORBERTO BELTRAME JÚLIO MAGNO VIEIRA VILLELA A IMPORTÂNCIA DE GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO CENTRAL DE COMPRA SANTO ANTÔNIO SÃO MATEUS 2012

1 ADEGILANE DA SILVA RAMALHO JÉSSICA NORBERTO BELTRAME JÚLIO MAGNO VIEIRA VILLELA A IMPORTÂNCIA DE GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO CENTRAL DE COMPRA SANTO ANTÔNIO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Norte Capixaba de São Mateus UNISAM, para disciplina de Trabalho de conclusão de curso II, sob orientação da Professora Elen Karla Trés. SÃO MATEUS 2012

2 R165i Catalogação na fonte elaborada pela Biblioteca Dom Aldo Gerna /UNISAM Ramalho, Adegilane da Silva A importância de gestão de estoque no Supermercado Central de Compras Santo Antônio / São Mateus: UNISAM /Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, 2012. 42.f : enc. Orientadora: Elen Karla Trés Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Administração) UNISAM / Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, 2012. 1.Controle de estoque 2. Produtos 3.Administração de empresas 4. Qualidade I. Beltrame, Jéssica Norberto II.Villela, Júlio Magno Vieira III.UNISAM / Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, 2012. IV. Título. CDD 658.5

3 ADEGILANE DA SILVA RAMALHO JÉSSICA NOBERTO BELTRAME JÚLIO MAGNO VIEIRA VILLELA A IMPORTÂNCIA DE GESTÃO DE ESTOQUE NO SUPERMERCADO CENTRAL DE COMPRA SANTO ANTÔNIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Administração da Faculdade Capixaba de São Mateus, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em 29 de Novembro de 2012 COMISSÃO EXAMINADORA Profª Elen Karla Trés Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Orientadora Profª Sandrélia Cerutti Carminati Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Membro 1 Profª Luciano Delabela Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Membro 2

Dedicamos este nosso simples trabalho a todos que acreditam que é possível enfrentar desafios, sempre com dignidade, humildade e trabalho honrado. Nossas famílias fazem parte deste grupo e nos sentimos honrados por fazer parte também. 4

5 Somos muito gratos: A Deus, que nos dá vida e vigor para vencer cada dia que nos surge à frente; Aos nossos familiares, Pelo apoio incondicional, diante de tantos obstáculos para obtermos esta Graduação; Aos nossos professores, pelo incentivo e porção de conhecimento; À Orientadora Profª Elen Karla Trés, Pelo acompanhamento e paciência na confecção deste trabalho; Aos colegas e amigos de curso, pelas ricas experiências na caminhada deste tempo de aprendizagem, enriquecimento acadêmico e crescimento pessoal.

6 Cada dia de vida que Deus nos proporciona, mostra que é possível construir algo novo, mesmo que não tão sólido, a fim de entendermos que é preciso também desconstruir. Assim é a aprendizagem: o desafio de saber fazer, desfazer e refazer continuamente, sempre no intuito de crescer, amadurecer e contribuir para que a vida continue. J. R. Pereira

7 RESUMO A competitividade do mercado está cada vez maior e o estudo de todo o processo, inclusive a estocagem dos produtos, pode apresentar alternativas para fazer com que os preços se tornem mais competitivos e atraentes aos clientes. Assim, o presente trabalho de pesquisa destaca a importância de gestão de estoque no Supermercado Central de Compras Santo Antonio, com seguinte objetivo geral: identificar a importância das ferramentas utilizadas no processo de gestão de estoque a partir da realidade vivenciada por este Supermercado. Tem ainda os seguintes objetivos específicos: Apresentar os aspectos teóricos e históricos da Gestão de Estoques na moderna administração; Identificar se a empresa possui controle de estoque; e discutir acerca dos fatores que se mostram positivos na administração de estoques, identificando o método de controle mais adequado a partir da experiência do Supermercado Central de Compras Santo Antônio. O trabalho abrangeu as pesquisas exploratórias e explicativas, pois administrou as informações que serviram de base para o resultado final e buscou conhecer acerca do assunto pesquisado, utilizando especialmente a entrevista, que teve a finalidade de estabelecer o atual padrão de como é feito o controle de estoque na referida empresa. É muito importante a utilização das ferramentas adequadas no processo de gestão de estoque e, portanto, recomenda-se que haja maior domínio dos diversos fatores que compõem uma melhor administração de tal gestão. PALAVRAS-CHAVE: Controle de estoque, produtos, administração de material, qualidade.

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 10 1.1 JUSTIFICATIVA... 10 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA...12 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...12 1.4 OBJETIVOS... 12 1.4.1 OBJETIVO GERAL... 12 1.4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO... 12 1.5 HIPÓTESE... 13 1.6 METODOLOGIA...13 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA... 13 1.6.2 TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS... 14 1.6.3 FONTES PARA COLETAS DE DADOS... 15 1.6.4 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS... 16 1.6.5 POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS... 17 1.7 APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DAS PARTES DO CAPÍTULO... 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 19 2.1 O SUPERMERCADO... 19 2.2 OS ESTOQUES... 19 2.2.1 A GESTÃO DE ESTOQUE... 20 2.2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE... 22 2.3 CURVA ABC... 23 2.4 LOTE ECONOMICO DE COMPRA...25 2.5 ESTOQUE MINIMO E MAXIMO... 25 2.6 PONTO DE PEDIDO... 27 2.7 GESTÃO DE COMPRAS... 27 2.8 GIRO DE ESTOQUE...28 2.9 CUSTOS DE ESTOQUE... 29 2.10 CUSTOS DE ARMAZENAGEM... 31 2.11 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ESTOQUE... 32

9 3 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS/ ESTUDO DE CASO.. 32 3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO... 32 3.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS...33 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES... 37 4.1 CONCLUSÃO...37 4.2 RECOMENDAÇÕES... 38 5 REFERÊNCIAS... 39 APÊNDICE APÊNDICE A QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO... 42

10 1 INTRODUÇÃO A competitividade do mercado está cada vez maior e os administradores se deparam cotidianamente com o desafio de atrair e fidelizar clientes, não somente com a qualidade dos produtos oferecidos, mas também com a oferta de preços compatíveis e justos. Para tanto, vê-se a necessidade da diminuição dos custos destes produtos desde o fornecedor até sua chegada ao consumidor final. O caminho percorrido pelo produto, portanto, é minimizado ou maximizado em seus custos, o que deve ser repassado aos preços apresentados aos clientes. O estudo de todo o processo, inclusive a estocagem dos produtos, pode apresentar alternativas para fazer com que os preços se tornem mais competitivos e atraentes aos clientes. 1.1 JUSTIFICATIVA Para Pozo (2010, p. 27), a importância da correta administração de materiais pode ser mais facilmente percebida quando os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e correto para atender as necessidades de mercado. Desta forma, a boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de produção. Isso demonstra que se faz necessário aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento logístico, de modo a obter vantagem da contraposição da curva de custo, ou seja, o objetivo maior da administração de materiais é prover o material certo, no local de produção certo, no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimo para a plena satisfação do cliente e dos empresários (POZO, 2010, p. 27). Compreende-se, portanto, que se torna de fundamental importância ter um estoque bem gerido, já que ele compõe parte do ativo da empresa, e por isso é indispensável que esta tenha uma forma de controle bem elaborada e administrada, a fim de suprir quaisquer dificuldades oriundas da carência de produtos, tanto no presente como no futuro.

11 Sendo o momento atual de uma busca considerável por menos custos e esforços para maior produtividade e lucros, dentro de um universo cada vez mais competitivo, a redução de custos se torna aspecto importantíssimo para a sobrevivência das empresas no mercado. De acordo com Dias (2010, p. 31), todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, deterioração, obsolescência, seguros, salários e conservação. Sendo assim, a gestão de estoques oferece instrumentos que contribuem com a organização e planejamento, a fim de enfrentar a estabilidade do mercado e a oscilação de preços. O fator preponderante para o levantamento da discussão em relação à gestão de estoques é o quanto manter em estoque, a fim de suprir à demanda do mercado atendido pela empresa. No caso da organização aqui examinada o Supermercado Central de Compras Santo Antonio como este pode administrar da melhor forma possível seus estoques, sem comprometer o atendimento aos seus clientes e também minimizar os custos desta estocagem. Sobre o assunto, Arnold (2009, p. 247) destaca que, Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção. Todas as empresas e instituições precisam manter estoques. Frequentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos ativos totais. O tratamento com o estoque é, portanto, um modo da empresa buscar a redução de custo para fortalecer sua margem de lucro. Outro ponto determinante é observar a relação que existe entre o setor de compras e o setor de finanças. É natural que o setor de compras queira realizar sua atividade de forma econômica, aproveitando descontos e promoções, muitas vezes, sem observar os custos associados a aquisição e manutenção de materiais dentro da empresa, enquanto que o setor de finanças busca sempre equilibrar estes custos. É neste sentido que a administração precisa estabelecer regras de decisão sobre os

12 itens do estoque, de modo que o pessoal do controle de estoque possa desempenhar suas funções de forma eficiente (ARNOLD, 2009, p. 271). Desta forma, procurar-se-á examinar neste Trabalho de Conclusão de Curso, os aspectos positivos da gestão de estoque a realizar-se a partir da análise da realidade vivida pelo Supermercado Central de Compras Santo Antonio, empresa situada no município de São Mateus, Estado do Espírito Santo. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Tendo como tema a Administração de Materiais, este trabalho tem como delimitação do tema o seguinte: A importância de gestão de estoque no Supermercado Central de Compras Santo Antonio. 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Este trabalho pretende responder ao seguinte problema: Qual a importância das ferramentas utilizadas no processo de gestão de estoque no Supermercado Central de Compras Santo Antônio? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL Identificar a importância das ferramentas utilizadas no processo de gestão de estoque a partir da realidade vivenciada pelo Supermercado Central de Compras Santo Antônio.

13 1.4.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS Apresentar os aspectos teóricos e históricos da Gestão de Estoques na moderna administração; Identificar se a empresa possui controle de estoque; Discutir acerca dos fatores que se mostram positivos na administração de estoques, identificando o método de controle mais adequado a partir da experiência do Supermercado Central de Compras Santo Antônio. 1.5 HIPÓTESE Acredita-se que ao final do estudo obter-se-á como resultado que a utilização adequada das ferramentas de estoques é fator importante para o crescimento da empresa Supermercado Central de Compras Santo Antônio no mercado Mateense. 1.6 METODOLOGIA 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA De acordo com Andrade (2006), do ponto de vista dos objetivos da pesquisa que os acadêmicos desejam realizar, pode-se classificá-la como: exploratória, explicativa e descritiva. As finalidades de uma pesquisa exploratória estão em (ANDRADE, 2006): Proporcionar maiores informações sobre o assunto; Facilitar a delimitação de um tema; Definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou; Descobrir um novo enfoque para o trabalho que se tem em mente.

14 Segundo Vergara (2007, p. 47), a pesquisa exploratória, que não deve ser confundida com leitura exploratória, é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa. A descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis para definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. A pesquisa de opinião insere-se nessa classificação. É importante destacar ainda que, na pesquisa descritiva, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles, isto é, são estudados, porém não podem jamais ser manipulados pelo pesquisador. Já a pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais complexo, pois, além de registra, analisar e interpretar os fenômenos, procura também identificar suas causas. Ela tem por objetivo buscar o conhecimento da realidade, procurando o porquê das coisas. Desta forma, está mais sujeita a cometer erros. Pode-se afirmar que resultados de pesquisas explicativas fundamentam o conhecimento científico (ANDRADE, 2006). O presente trabalho abrangeu as pesquisas exploratórias e explicativas, pois administrou as informações que serviram de base para o resultado final e esteve verificando o conhecimento acerca do assunto pesquisado na empresa escolhida. 1.6.2 TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS As técnicas utilizadas para a coleta de dados da pesquisa podem ser definidas como: bibliográfica, documental, experimental, ex-post-facto, estudo de caso e estudo de campo. Vergara (2007, p.47) afirma que a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes ele-

15 trônicas, isto é, qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. Para Vergara (2007, p.47), a pesquisa documental é a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros. O estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ser ou não realizada no campo (VERGARA, 2007, p. 47) O presente trabalho tem como base as pesquisas bibliográficas e de estudo de caso, já que o material publicado em livros, revistas, jornais e meios eletrônicos serviu como apoio na pesquisa e no desenvolvimento do projeto a partir da realidade do Supermercado Central de Compras Santo Antonio, situado no município de São Mateus, Estado do Espírito Santo. 1.6.3 FONTES PARA COLETAS DE DADOS Os documentos de fonte primária são aqueles de primeira mão, proveniente dos próprios órgãos que realizaram as observações. Englobam todos os materiais, ainda não elaborados, escritos ou não, que podem servir como fonte de informação para a pesquisa científica. Podem ser encontrados em arquivos públicos ou particulares, assim como em fontes estatísticas complicadas por órgãos oficiais e particulares. Incluem-se aqui como fontes não escritas: fotografias, gravações, imprensa falada (televisão e rádio), desenhos, pinturas, canções, indumentárias, objetos de arte, folclore etc. A pesquisa de fontes secundárias trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o re-

16 forço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 43). Como fontes primárias foram utilizados os dados dos sistemas informatizados de gestão de estoques para subsidiar a elaboração de relatórios. Como fontes secundárias foram utilizadas as informações referentes aos custos de estoques e referencial teórico. 1.6.4 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS Os instrumentos para coletas de dados podem ser a análise de documentos, entrevista, questionário e formulário. Olabuenaga e Ispizúa (1989) afirmam que a análise de conteúdo é uma técnica para ler e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos, que analisados adequadamente nos abrem as portas ao conhecimento de aspectos e fenômenos da vida social de outro modo inacessível. Vergara (2007, p. 54) afirma que a entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas a alguém que, oralmente, lhe responde. A presença física de ambos é necessária no momento da entrevista, mas, se você dispõe de mídia interativa, ela se torna dispensável. A entrevista pode ser informal, focalizada ou por pautas. Entrevista informal ou aberta é quase um conversa jogada fora, mas tem um objetivo específico: coletar dados que você necessita. O questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao respondente, por escrito. Às vezes, é chamado de teste, como é bastante comum em pesquisa psicológica; outra é designada por escala, quando quantifica respostas. O questionário pode ser aberto, pouco ou não estruturado, ou fechado (VERGARA 2007, p. 55).

17 Vergara (2007, p.55) diz que o formulário é um meio-termo entre questionário e entrevista. É apresentado por escrito, como no questionário, mas é você quem assinala as respostas que o respondente dá oralmente. O presente trabalho coletou os dados através de entrevista, que teve a finalidade de estabelecer o atual padrão de como é feito o controle de estoque do Supermercado Central de Compras Santo Antonio. 1.6.5 POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS Vergara (2007, p. 59) refere-se ao tratamento dos dados como aquela seção na qual se explicita para o leitor como se pretende tratar os dados a coletar, justificando por que tal tratamento é adequado aos propósitos do projeto. Os dados foram tratados qualitativa e quantitativamente, estabelecendo-se categorias e agrupamentos de respostas, de acordo com as características comuns. Além disso, os dados foram tabulados e representados em tabelas e gráficos. 1.7 APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS PARTES DO CAPITULOS O conteúdo deste trabalho está estruturado em partes, as quais estão assim distribuídas: A primeira parte cuida dos dados introdutórios, que abrangem: a área de estudo, a justificativa da preferência pelo tema, sua delimitação, a formulação do problema, as hipóteses levantadas, os objetivos, a metodologia e apresentação dos conteúdos das partes. Na segunda parte são apresentados os argumentos acerca do referencial teórico, com dados que justificam vários aspectos sobre o tema da Gestão de Estoques na moderna administração, envolvendo a conceituação de termos: Supermercado, Estoque (gestão, controle e planejamento deste), curva ABC, lote econômico de com-

18 pra, estoque mínimo e máximo, ponto de pedido, gestão de compras, giro dês estoque, custo de estoque e custos de armazenagem. Na terceira parte visa-se identificar a empresa, sua história e seu modo de controle de estoque, a partir das entrevistas realizadas com seus gestores. Também discutese acerca dos fatores que se mostram positivos na administração de estoques, identificando o método de controle mais adequado a partir da experiência do Supermercado Central de Compras Santo Antônio. Na quarta parte encontra-se a conclusão e as recomendações, onde coloca-se os resultados obtidos na pesquisa e também recomenda-se ações para um desenvolvimento positivo das Gestão de Estoques. E, finalmente, na quinta e última parte, encontra-se a lista de referências, que são as fontes de dados que embasam a pesquisa aqui apresentada.

19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O SUPERMERCADO O Supermercado é uma das grandes inovações do mundo moderno, permitido comodidade e praticidade para os consumidores, frente à falta de tempo para fazer compras, caminhando de um lugar para outro a procura de produtos. Por isso é importante compreender tudo que envolve a dinâmica de existência deste modelo de empresa. Para tanto, é relevante destacar alguns pontos que se inserem no contexto de trabalho do supermarcado, em se tratando de gestão de estoques. Os supermercados são empresas varejistas, ou seja, representam o último elo da cadeia entre um produto e seu consumidor final, vendem proeminentemente alimentos perecíveis dispostos em formato para autoatendimento (self-service) e dispõem de caixas para pagamento (checkouts) na saída, tratando-se, portanto, de autosserviço (RINALDI et al, 2009, p. 1). O Supermercado pode ser considerado um amplo local onde as pessoas podem encontrar grande variedade de produtos, que vão desde gêneros alimentícios, passando por artigos de higiene, limpeza e beleza, frios, carnes, pães, verduras e hortaliças, até frios e congelados. Caracteriza-se pelo autosserviço, quando é possível fazer compras sem a necessidade de um atendimento direto por um vendedor, sendo que o contacto com este somente acontece, normalmente, no momento da finalização de sua compra. Outro aspecto que determina a existência de um Supermercado é o seu tamanho mínimo, que varia de 200 m² até 5000 m². 2.2 OS ESTOQUES Os estoques são acúmulos de recursos materiais entre fases específicas de processos de transformação (CORRÊA; CORRÊA, 2005, p. 355). O armazenamento se constitui, então, uma forma de garantir que a demanda existente, tanto no que se refere à venda quanto à produção não deixem de ser atendidos. Segundo ainda Arnold (2009, p. 265), os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou

20 suprimentos para o processo de produção. Os estoques têm como função dar um suporte às atividades produtivas, sendo necessário que haja sempre produtos disponíveis, em quantidade suficiente para suprir toda e qualquer necessidade de comercialização. Na função de suprir as vendas, os estoques visam atender às flutuações provenientes da demanda e, por consequência, melhorar o nível de serviço ao cliente. Viana (2002, p. 380) destaca que, manter itens em estoque para o caso de consumidores ou programas de produção, são uma espécie de garantia contra o inesperado. Desta forma, os estoques desempenham grande importância no processo de gestão da empresa, garantindo o processo produtivo, bem como a entrega de valor ao cliente e isso impacta diretamente no desempenho da mesma. Em termos financeiros, os estoques também possuem importância acentuada e a partir do momento que a empresa promove o giro desses estoques, o seu valor se transforma em dinheiro, o que vem a beneficiar o fluxo de caixa trazendo o retorno sobre o investimento. As empresas procuram preservar-se da demanda inconstante em que todas estão sujeitas, utilizando de técnicas para manter os seus estoques continuamente abastecidos. É para que se possa evitar o problema de falta de mercadorias e por consequência, os prejuízos relacionados às perdas de vendas, que os estoques são necessários, apesar dos custos a eles atribuídos. 2.2.1 A GESTÃO DE ESTOQUE Segundo Slack (2009, p. 356) o termo estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Segundo ele, o motivo pelo qual grande parte das organizações mantém variados níveis de estoque é reflexo de suas necessidades, e que não importa o que é armazenado no estoque, ou onde é posicionado na operação, pois ele existirá porque existe uma diferença de ritmo entre fornecimento e demanda.

21 O autor vê a criação do estoque como forma de compensar diferenças de ritmo entre fornecimento e demanda, ou seja, se entre estas duas operações as taxas de fornecimento e de demanda conseguissem se igualar à quantidade e estoque conseguiria ser reduzida. Gerentes de produção que se dedicam a estudos de armazenagem têm usualmente uma atitude ambivalente em relação a estoques. Veem os estoques como custosos, e algumas vezes empatam considerável quantidade de capital, gerando riscos, tais como deterioração, obsolescência ou perda. Por outro lado, proporciona certo nível de segurança em ambientes incertos, podendo a empresa entregar prontamente os itens quando demandados. Onde apesar dos custos e de outras desvantagens associadas à sua manutenção, eles facilitam a conciliação entre fornecimento e demanda, sendo este o dilema do gerenciamento de estoque. O estoque é criado para compensar diferença entre fornecimento e demanda, ou seja, o estoque é utilizado porque não sabemos quando é que irá acontecer uma demanda futura. Assim, entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados (MOREIRA, 2008, p. 67). Para Slack (2009, p. 360), existem algumas desvantagens de manter estoque tais como: Estoque congela dinheiro, na forma de capital de giro, que fica indisponível para outros usos; Estoque acarreta custos de armazenamento (aluguel de espaço); Estoque pode torna-se obsoleto á medida que novas alternativas de produtos apareçam; Estoque pode danificar-se ou deteriorar-se; Estoque pode ser perdido ou caro para recuperar; Estoque pode ser perigoso para armazenar (solventes inflamáveis, explosivos, químicos, drogas);

22 Estoque consome espaço que poderia ser usado para agregar valor; Estoque envolve custos administrativos e securitários. Sendo assim, entende-se que é preciso muita atenção e cuidado para que as desvantagens apontadas no armazenamento não sejam impedimento no desenvolvimento da empresa. 2.2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE Segundo Slack (2009, p. 283) o planejamento é a formalização do que se pretende que aconteça em determinado momento no futuro. Um plano não garante que um evento vá realmente acontecer. Enquanto o controle é o processo de lidar com essas variações. O controle faz os ajustes que permitem que a operação atinja os objetivos que o plano estabeleceu, mesmo que os pressupostos assumidos pelo plano não se confirmem. Desta forma, a função principal do controle de estoque é maximizar o capital e diminuir o desperdício, sendo de suma importância para a empresa, pois com o mesmo pode-se controlar todo o desperdício de uma empresa. Com essa ferramenta também é possível planejar, replanejar e controlar os produtos armazenados da empresa. Para muitas empresas manter um estoque acaba acarretando um custo muito alto, e muitas vezes esse custo são repassados para os clientes, com isso acaba levando uma desvantagem na concorrência. Quando se fala em estoque é necessário determinar um controle nos quais são associadas a várias funções como: Determinar o que deve permanecer em estoque. Trata-se do número de itens necessários; Determinar quando se devem reabastecer os seus estoques. Trata-se da periodicidade; Determinar quanto de estoque será necessário para manter-se em um período determinado;

23 Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; Controlar os estoques em termos de quantidade e valor; Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. Além disso, o controle de estoque eficaz permite à empresa uma vantagem competitiva em relação aos clientes, pois lhe proporciona agilidade na entrega do produto na quantidade requerida pelo cliente e evita o desperdício ou a falta de mercadorias no estoque. Entre os muitos problemas que o setor de estoques pode apresentar, estão os relacionados ao comportamento do administrador quanto às decisões de o que, quando, quanto e como estocar princípios básicos que devem ser criteriosamente observados (DIAS, 2010, p. 29). Entende-se que o planejamento e controle de estoque continuam sendo um grande desafio para as empresas, que atualmente pode influenciar no mercado competitivo. Entretanto, o principal objetivo de estoque é maximizar o capital investido das empresas. Assim, Dias (2010, p. 31) declara que os estoques não geram retorno, pois o simples fato de aumentar os estoques não provoca o aumento de vendas e nem dos lucros. 2.3 CURVA ABC Na área administrativa, a curva ABC tornou-se utilidade amplos nos mais diversos setores em que se necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se urgente. Dentro da logística empresarial, e mais especificamente na administração de materiais, a curva ABC tem seu uso mais específico para estudos de estoques de acabado, vendas, prioridades de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e dimensionamento de estoque.

24 Segundo Martins (2009, p. 211), a análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoque. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica de valor ou quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C. Para Arnold (2009, p. 266) o principio ABC baseia-se na observação de que um pequeno número de itens frequentemente domina os resultados atingidos em qualquer situação. Aplicada à administração de estoques, observa-se geralmente que a relação entre a porcentagem de itens e a porcentagem da utilização anual em valores monetários. De acordo com Carvalho (2002, p. 226), a curva ABC é um método de classificação de informações, para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. Teve sua origem em estudos realizados pelo economista e sociólogo italiano Vilfredo Pareto. Essa ferramenta gerencial classifica estatisticamente os materiais, através do Principio de Pareto, a fim de justificar os itens quanto a sua relativa importância. Ela é representada pelas letras A, B e C, que se classificam da seguinte forma: Classe A: Principais itens em estoque e de alta prioridade. 20% dos itens correspondem a 80% do valor; Classe B: itens que ainda são considerados economicamente preciosos. 30% dos itens correspondem a 15% do valor; Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do valor. 2.4 LOTE ECONOMICO DE COMPRA Lote econômico é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos