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Transcrição:

ESTADO DA PARAÍBA 24 PODER JUDICIÁRIO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível n 2004.009343-2 Relator: Des. Luiz Silvio Ramalho Júnior Apelante: José Caitano de Oliveira. Advogado: Em causa própria. Apelado: Condomínio Shopping Center Sul. Advogado: Luiz Antônio Marques Farias. 10 CIVIL. Condomínio. Prestação de contas. Procedência do pedido. Apelação. Irresignação quanto ao saldo a ser ressarcido e a condenação em despesas judiciais, periciais e honorários advocatícios. Provimento parcial. - Merece provimento o recurso quando demonstrado nos autos a prova, cuja ausência se fundou o magistrado para a estipulação do valor, o devido como saldo a ser ressarcido por ex-,\13 síndico. - Subsiste a condenação do ex-síndico em despesas judiciais, periciais e honorários advocatícios tendo em vista a sua resistência voluntária em prestar contas do seu encargo, dando causa, portanto, à ação de prestação de contas. VISTOS, relatados e discutidos estes autos acima identificados; ACORDA a Egrégia Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. RELATÓRIO O Condomínio Shopping Sul promoveu ação de prestação de contas em face do Sr. José Caetano de Oliveira para que o mesmo preste contas do período de junho/2000 a agosto/2001, em razão do exercício do encargo de síndico, tendo em vista o decurso de 8 (oito) meses do termino da gestão sem o respectivo adimplemento. (fis. 02/05) Preparo às fls. 15.

wiej ESTADO DA PARAÍBA n PODER JUDICIÁRIO ' TRIBUNAL DE JUSTIÇA O promovido apresentou as contas referentes a sua gestão de síndico no condominio/promovente, concordando, inclusive, com o pedido de perícia contábil, na hipótese de existir discordância com relação às contas por ele articuladas. (11s. 19/32). Documentos apresentados às fls. 40/4.275. O promovente apresentou impugnação às contas consignadas, afirmando não atender os requisitos do art. 917 do CPC, requerendo, assim, a realização de perícia contábil tendo em vista a impossibilidade de se pronunciar sobre as mesmas no prazo de 05 (cinco) dias. (fls. 4.278/4.279). Laudo Pericial Contábil às fls. 4.352/4.404 Carmen Virgínia Almeida Trajano. Impugnação ao Laudo Pericial apresentado por José Caetano de Oliveira, ocasião em que assinala novos quesitos, nos termos do art. 435 do CPC. (fls. 4.407/4.409). 4111 Impugnação ao Laudo Pericial apresentado pelo Condomínio Shopping Center Sul, através do qual pleiteia a reformulação dos tópicos impugnados, ou o acolhimento das considerações formuladas pela assistente técnica Rossana Guerra de Souza (parecer às fls. 4.412/4.426), esclarecendo, ao final, que durante a realização da perícia esta 1, não tivera acesso aos documentos contábeis. (fl. 4.411). A Perita Oficial apresentou resposta aos quesitos reformulados pelo promovido (fls. 4.429/4.445), que, em contrapartida ressalta, às fls. 4.450/4.463, a aparente confusão do arrazoado especificado. Audiência de instrução e julgamento e termo de assentada às fls. 4.472 e 4.477. Razões Finais às fls. 4.480/4.491. O d. Juízo a quo julgou procedente o pedido declarando por sentença a obrigação do promovido de prestar contas ao condomínio/promovente e como saldo a ser ressarcido o valor de R$ 799,51 (setecentos e noventa e nove reais e cinqüenta e um centavos), corrigidos monetariamente pelos índices do 1NPC a partir da data de cada pagamento, acrescido de juros de 1% ao mês a partir da citação, bem como em despesas judiciais, honorários periciais e advocatícios arbitrados em R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 20, 4 0 do CPC. (fls. 4.502/4.505).

*. swilk!g_ ESTADO DA PARAÍBA % ;' ".i :. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Irresignado, o promovido interpôs apelação ressaltando a existência do cheque de 11 0190564, localizado à fl. 362, dirigido a Coilav como diferença do mês de julho de 2000, bem como recibo desta, à fl. 401, no valor de R$ 3.138,30 (três mil cento e trinta e oito reais e trinta centavos), anexado a outro de R$ 10.361,70 (dez mil e trezentos e um reais e setenta centavos) onde se descriminou a emissão de diversos cheques, dentre os quais o de 110 190564 no valor de R$ 561,78 (quinhentos e sessenta e um reais e setenta e oito centavos), subscrito por - José Ednaldo dos Santos, concluindo que, nestes termos, não resta dávidas de que a aludida importância foi utilizada mediante comprovação de pagamento. (fls. 4.5084.512). 1111 Aduziu, ainda, que o valor de R$ 247,73 (duzentos e quarenta e sete reais e setenta e três centavos), despesas efetivadas no dia 23 de fevereiro de 2001, refere-se a "fundo de caixa", aprovado em. Assembléia Geral para fins emergenciais do condomínio, pois o dinheiro é contabilizado à medida de sua real utilização, dentro do mês ou nos meses seguintes. No que se refere à condenação das despesas judiciais, periciais e advocatícias, afirma apresentarem-se impertinentes, pois o apelado, na inicial, requereu tão somente a condenação em custas processuais e honorários advocatícios, atribuindo à causa o valor de R$ 100,00 (cem reais). 411 Requereu, ao final, pelo provimento do recurso. para que seja julgado improcedente o pedido da parte autora, bem como invertido o ônus da sucumbênciá, com a condenação da apelada no percentual de 20% sobre o total da receita, a título de honorários advocatícios (4.508/4.512). Preparo à fl. 4.513. Devidamente intimado conforme fl. 4.515, o apelado apresentou contra-razões pugnando pela manutenção da sentença. (fls. 4.516/4.521). Instada a se pronunciar, a douta Procuradoria de Justiça deixou de emitir parecer por entender que o feito não comporta a intervenção ministerial. (fls. 4.527/4.532). É o relatório. Relator: VOTO Des. Luiz Sílvio Ramallio Júnior-

134: ; ESTADO DA PARAÍBA, PODER JUDICIÁRIO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA A irresignação merece provimento parcial. Imperioso esclarecermos, inicialmente, que a condenação do apelante refere-se à dívida desprovida de comprovação de pagamento, quantificada pelo d. magistrado, à fl. 4.504, no valor de R$ 799,51 (setecentos e noventa e nove reais e cinqüenta e um centavos), com base na inexistência de recibo ou nota fiscal no valor de R$ 551,78 (quinhentos e cinqüenta e um reais e setenta e oito centavos), destinado Coilav em julho/2000, bem corno despesas realizadas em fevereiro/2001 na importância de R$ 247,73 (duzentos e quarenta e sete reais e setenta e três centavos), correspondente à diferença de R$ 300,00 (trezentos reais) e R$ 52,27 (cinqüenta e dois reais e vinte e sete centavos), este com recibo. Com efeito, apresentam-se pertinentes as alegações do apelante no que pertine a existência de recibo, à fl. 462, no valor de R$ 551,78 (quinhentos e cinqüenta e um reais e setenta e oito centavos), datado em 09 de agosto de 2000 e destinado a Coilav, ilidindo, deste modo, a cominação do juízo relativo a esse valor. Contudo, no que se refere à importância de R$ 247,73 (duzentos e quarenta e sete reais e setenta e três centavos), intitulado - pelo apelante como quantia correspondente ao "fundo de caixa", apresentam-se insuficientes suas argumentações, tendo em vista persistir na inércia de demonstrar o pagamento das despesas através de recibo ou nota - fiscal.,11 4 á Insurge-se, ainda, o apelante quanto à condenação em despesas judiciais, honorários periciais e advocatícios, imposta, esta, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), arbitrados com base no art. 20, 4, do CPC. Neste aspecto não merece reparo a r. sentença, pois dita imposição decorre de infração cometida pelo apelante no que pertine ao seu dever de prestar contas findo o exercício do encargo de síndico do condomínio Shopping Center Sul, ora apelado. O apelante, in casu, deu causa a ação de prestação de contas e, deste modo, deve arcar com o ônus respectivo. jurisprudencial. Observe-se, ainda, o posicionamento - Não ofende a lei a atribuição, ao réu, de honorários de advogado, na segunda fase da prestação de contas (STJ-3 Turma, Resp 10.147-

Ixed - ' ESTADO!. DA PARAÍBA,.. -fk.;. :"í PODER JUDICIÁRIO,r.-". TRIBUNAL DE JUSTIÇA SP, Rel. Min. Nilson Naves, j. 18.06.91, não conheceram, v.u., DJU 5.8.91, p. 10.001). Igualmente, se o réu deu causa à ação, cabe condena-lo em honorários, ainda que na segunda fase se apure saldo em seu favor (JTJ 162/113, RJTJERGS 172/278). Ademais, com acerto fixou o magistrado os - honorários com fulcro no 4 0, do art. 20 do CPC, pois a causa em questão apresenta-se corno de pequeno valor e, portanto, necessita de estimativa equânime pelo juiz a fim de estabelecer um equilíbrio entre o labor do causídico e a respectiva contraprestação. Isto posto, dou provimento parcial a apelação para deduzir do valor estabelecido pelo d. juízo a quo importância de R$ 551,78 (quinhentos e cinqüenta e um reais e setenta e oito centavos). É o voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Des. Abraham Lincoln da Cunha Ramos. Participaram do julgamento, além do relator, Eminente Des. Luiz Sílvio Ramalho Júnior, o Exmo.Des. Abraham Lincoln da Cunha Ramos e o Exmo. Des. Antônio de Pádua Lima Montenegro. Presente ao julgamento o Exmo. Dr. Cláudio Antônio Cavalcanti, Promotor de Justiça Convocado. Sala das 'Sessões da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, João Pessoa, 07 de junho de 2005. Desembargador Luiz Sílvio Ranzalho Júnior RELATOR Cglm/MF

. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Coordm. ner1:- : ' 13 e,6 Ç