3º Trabalho - Análise de um Projecto de Investimento Economia e Gestão



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Transcrição:

Trabalho realizado por: Alvaro Manuel Pinto de Magalhães Vitor Jesus Freitas Oliveira ee97029 ee97076 INTRODUÇÃO: Introduz-se aqui o relatório, relativo ao 3º trabalho da cadeira de, que tem como objectivo fazer a análise de um projecto de investimento. De uma forma simples trata-se de dizer sim ou não à construção e exploração de um parque eólico. O empreendedor pretende saber se valerá ou não prosseguir com esta ideia do projecto em função da sua rentabilidade, fornecendo para a sua análise aum conjunto de informações, relativas a estudos feitos; esta decisão será baseada na análise de custos e outras despesas de aquisição de bens imobilizados conjuntamente com os encargos que decorrerão, para a empresa, dessa aquisição. ANÁLISE DE INVESTIMENTO: Um projecto de investimento assenta em 4 pilares essenciais que são um conjunto de estudos feitos previamente, que serão o objecto de análise do gestor (neste caso somos nós), tendo nós que tê-los sempre presentes para preparar a decisão correcta; os estudos que falamos são : o estudo de mercado, o estudo técnico, a quantificação do investimento e o estudo financeiro. Do estudo de mercado esperam-se, como resultado, valores sobre quanto a empresa poderá vender e a que preço. Estes são, geralmente, dados sob forma probabilística ou através da formulação de cenários. A partir do estudo técnico pretende-se definir a base tecnológica que suportará o projecto bem como as suas condições de laboração e técnicas em geral. Na quantificação do investimento serão estimados os parâmetros de avaliação do projecto. No estudo de financiamento será analisada a forma como a empresa irá obter os fundos necessários para financiar o investimento ou seja, como a empresa irá suportar os encargos decorrentes da aquisição de activos imobilizados. Relatório pág. 1 de 18

CUSTOS E PROVEITOS NA ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: Ao fazer a análise económica de um projecto de investimento há que quantificar os seguintes cinco parâmetros: a) Capital investido b) Receitas e despesas de exploração c) Período de vida útil d) Valor residual e) Custo do capital Quanto ao capital investido é necessário quantificar os aumentos do activo resultantes da implementação do projecto de uinvestimento. É necessário definir, da forma mais precisa possível, os custos de aquisição e instalação dos imobolizados corpóreos (terrenos, edifícios, equipamentos,...). As imobilizações incorpóreas, necessárias ao início de produção, devem também ser incluídas. O capital investido será igual aos acréscimos imputáveis ao projecto nas contas de imobilizações corpóreas e incorpóreas e nas contas de clientes e de existências deduzidos do aumento nas contas de fornecedores. As receitas e despesas de exploração são todas aquelas que derivarão directamente do projecto para a empresa. É necessário estimar a totalidade dos custos em que a empresa incorre para tronar possíveis as vendas previstas. As estimativas devem ser feitas observando os seguintes aspectos: i) Periodoficação: a estimativa que nos interesa é quanto e quando se efectua o pagamento ou o recebimento. Trata-se de adoptar uma óptica de caixa, do desenbolso ou recebimento efectivo, e não da constituição do direito ou obrigação. ii) Custos antes de encargos financeiros: nã se incluem nos custos os encargos financeiros decorrentes do custo de capital necessário para financiar o projecto. A análise é feita apenas em termos económicos. iii) Amortizações: a depreciação de bens imobilizados não é incluída nos custos de cada período pois estas não representam uma saída de caixa. O período de vida útil do projecto representa o tempo em que é suposto o projecto estar em produção e, assim, gerar custos e proveitos para a empresa. Relatório pág. 2 de 18

Por valor residual entende-se o valor que a empresa virá a receber, no final da vida útil do projecto, pelavenda dos activos imobilizados adstritos ao projecto. O custo de capital corresponde à estimativa da empresa sobre qual a taxa de de juro de mercado a que se irá financiar. Esta estimativa deve ser a média ponderada das taxas que a empresa estimar para as diversas formas de financiamento que estejam disponíveis. No entanto, como os encargos financeiros são dedutíveis ao lucro apurado, o custo do capital mutuado não é a totalidade do que paga ao mutuário mas sim esse valor deduzido da poupança de imposto. Torna-se, contudo, necessário ter m conta que algumas formas de financiamento não implicam poupança de impostos - caso dos capitais próprios. Em termos prácticos e relativamente ao nosso trabalho, apresentámos em seguida alguns valores que definem alguns parâmetros, falados anteriormente, com o incremento de mais alguma informação toda ela resultante dos estudos quer técnico, de mercado e financeiro, que foram fornecidos pelo empreendedor, para que possamos então fazer a nossa análise: 2002 EQUIPAMENTOS 7.158.747,42 TRANSPORTES, SEGUROS E DESPESAS AFINS 59.855,75 MONTAGEM DO EQUIPAMENTO 473.858,00 TRANSFORMADORES 249.398,95 COMPENSADORES 99.759,58 CABLAGEM INTERNA 172.584,07 FUNDAÇÕES 299.278,74 EDIFÍCIOS E ESTRADAS 125.697,07 ESTUDOS, ELABORAÇÃO DO PROJECTO E CONSULTORIA 399.038,32 ESTIMATIVAS DE GASTOS IMPREVISTOS 89.783,62 INVESTIMENTO INICIAL TOTAL 9.128.001,52 Tab. 1 --- Investimento inicial 2002 SUBSÍDIOS 3.651.200,61 CAPITAIS PRÓPRIOS 1.825.600,30 EMPRÉSTIMO BANCÁRIO 3.651.200,61 Tab. 2 --- Financiamento do projecto TOTAL 9.128.001,52 Relatório pág. 3 de 18

PERÍODO DE CARÊNCIA 3 anos Nº PAGAMENTOS ANUAIS 2 Nº PAGAMENTOS 18 REEMBOLSO 202.844,48 Tab. 3 --- Características do Subsídeo TAXA DE JURO ANUAL 15 % TAXA DE JURO TRIMESTRAL 3,75 % Nº PAGAMENTOS (TRIMESTRAIS) 48 PERÍODO DE CARÊNCIA 15 meses REEMBOLSO 76.066,68 Tab. 4 --- Características do Empréstimo Bancário 2003 DESPESAS EM OPERAÇÃO DE MONTAGEM 107.381,21 PRÉMIO DE SEGURO 39.903,83 GASTOS COM A ADMINISTRAÇÃO 34.915,85 DESPESAS COM TERRENOS 7.980,77 Tab. 5 --- Custos Operacionais estimados TOTAL 190.181,66 2001 2002 2003 2004 2005 2006 52,02 55,15 58,73 62,84 67,55 72,96 2007 2008 2009 2010 2011 2012 79,16 86,29 94,48 103,46 113,29 124,05 2013 2014 2015 2016 2017 2018 135,83 148,74 162,87 178,34 195,28 213,83 2019 2020 2021 2022 2023 2024 234,15 256,39 280,75 307,42 336,63 368,61 2025 2026 2027 2028 2029 2030 403,62 441,97 483,95 529,93 580,27 635,40 Tab. 6 --- Evolução do preço da electricidade Relatório pág. 4 de 18

VIDA ÚTIL DO PROJECTO VIDA ÚTIL DE TRANSFORMADORES E COMPENSADORES 20 anos 10 anos TAXA DE INFLAÇÃO CONSTANTE 2,5 % IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 36 % AMORTIZAÇÕES EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS INVESTIMENTOS INCORPÓREOS 25 anos 10 anos 3 anos TAXA DE ACTUALIZAÇÃO 12 % Tab. 7 --- Dados de caractér geral Depois de apresentados todos os dados fornecidos e necessários, podemos então avançar com a análise do investimento em causa. Na primeira fase do nosso estudo, vamos considerar um ano de funcionamento normal ( o chamado Ano Cruzeiro) do parque éolico, já considerando todo o investimento inicial feito e em pleno funcionamento; para esse ano vamos calcular os proveitos de exploração e os custos de exploração e compará-los, sendo que os proveitos devem ser maiores do que os custos, para que análise de rentabilidade prossiga; caso contrário ficamos por aqui já que se num ano de funcionamento normal não se consegue obter um lucro não vale a pena avançar com o projecto; chama-se a isto Análise Custo/Benefício, eis de seguida o resultado: Ano Cruzeiro considerado >>>> 2003 proveitos 1.174.600,00 custos 190.181,63 Como se pode ver os proveitos excedem largamente os custos, por isso podemos avançar; A partir daqui começamos a fase de sistematização da informação; vamos então traçar o plano de investimento para o período de vida útil do projecto que consiste na discriminação de todos os investimentos feitos ao longo desse período; como só vamos ter o investimento inicial mais o investimento em transformadores e compensadores ao fim de 10 anos, a tabela seguinte aparece-nos bastante simplificada, sendo que os anos que não aparecem apresentados é porque não foi feito investimento; Relatório pág. 5 de 18

2002... 2012 2013... 2022 terrenos 0,00... 0,00 0,00... 0,00 edifícios, construções e infreestruturas 424.975,81... 0,00 0,00... 0,00 máquinas/equipamentos e peças de reserva 7.680.490,02... 458.126,25 0,00... 0,00 transporte, seguro e montagem de equipamento 533.713,75... 0,00 0,00... 0,00 material carga e transporte 0,00... 0,00 0,00... 0,00 diverso equipamento administrativo e outros 0,00... 0,00 0,00... 0,00 inv. Capital fixo corpóreo 8.639.179,58... 458.126,25 0,00... 0,00 inv. Capital fixo incorpóreo 399.038,32... 0,00 0,00... 0,00 inv. Capital fixo 9.038.217,90... 458.126,25 0,00... 0,00 inv. Fundo de maneio 0,00... 0,00 0,00... 0,00 inv. Técnicos 9.038.217,90... 458.126,25 0,00... 0,00 imprevistos 89.783,62... 0,00 0,00... 0,00 juros durante a construção 547.680,09... 0,00 0,00... 0,00 total despesas de investimento 9.675.681,61... 458.126,25 0,00... 0,00 Tab. 8 --- Plano de investimento Nesta tabela foram distribuídos diversos items que foram retirados de uma lista de custos de diversos equipamentos inicias; o inv. em Capital fixo Corpóreo é o somatório de todos os primeiros items que o precedem; o inv. em capital fixo incorpóreo trata-se de estudos, elaboração do projecto e consultoria; os juros durante a construção que já foram previamente calculados, serão demonstrados mais à frente. Em seguida vamos debruçar-nos sobre o Financiamento que a empresa conseguiu adquirir para cobrir o investimento inicial; uma parte desse financiamento é feito pela própria empresa através dos Capitais Próprios ( ver Tab.2 ) ; a restante parte é coberta através de um subsídio e de um empréstimo bancário, que terão de ser liquidados a médio prazo. As suas características estão apresentadas nas Tab.3 e 4, sendo o que os difere, o modo de pagamento e acima de tudo, o facto do subsídio não estar sujeito a nenhuma Taxa de Juro; Como já se referiu, estes dois tipos de financiamentos que são capitais alheios à empresa, terão que ser liquidados de formas diferentes; a forma como serão liquidados ao longo do tempo, é apresentada seguidamente através do chamado Mapa de serviço de dívida; Relatório pág. 6 de 18

EMPRÉSTIMO CAPITAL EM ENCARGOS REEMBOLSOS JUROS BANCÁRIO DIVÍDA 1º TR. 3.651.200,61 136.920,02 0,00 136.920,02 2002 2º TR 3.651.200,61 136.920,02 0,00 136.920,02 3º TR 3.651.200,61 136.920,02 0,00 136.920,02 4º TR 3.651.200,61 136.920,02 0,00 136.920,02 1º TR. 3.651.200,61 136.920,02 0,00 136.920,02 2003 2º TR 3.575.133,93 212.986,70 76.066,68 136.920,02 3º TR 3.499.067,25 210.134,20 76.066,68 134.067,52 4º TR 3.423.000,57 207.281,70 76.066,68 131.215,02 1º TR. 3.346.933,89 204.429,20 76.066,68 128.362,52 2004 2º TR 3.270.867,21 201.576,70 76.066,68 125.510,02 3º TR 3.194.800,53 198.724,20 76.066,68 122.657,52 4º TR 3.118.733,85 195.871,70 76.066,68 119.805,02 1º TR. 3.042.667,18 193.019,20 76.066,68 116.952,52 2005 2º TR 2.966.600,50 190.166,70 76.066,68 114.100,02 3º TR 2.890.533,82 187.314,20 76.066,68 111.247,52 4º TR 2.814.467,14 184.461,70 76.066,68 108.395,02 1º TR. 2.738.400,46 181.609,20 76.066,68 105.542,52 2006 2º TR 2.662.333,78 178.756,70 76.066,68 102.690,02 3º TR 2.586.267,10 175.904,20 76.066,68 99.837,52 4º TR 2.510.200,42 173.051,70 76.066,68 96.985,02 1º TR. 2.434.133,74 170.199,20 76.066,68 94.132,52 2007 2º TR 2.358.067,06 167.346,69 76.066,68 91.280,02 3º TR 2.282.000,38 164.494,19 76.066,68 88.427,51 4º TR 2.205.933,70 161.641,69 76.066,68 85.575,01 1º TR. 2.129.867,02 158.789,19 76.066,68 82.722,51 2008 2º TR 2.053.800,34 155.936,69 76.066,68 79.870,01 3º TR 1.977.733,66 153.084,19 76.066,68 77.017,51 4º TR 1.901.666,98 150.231,69 76.066,68 74.165,01 1º TR. 1.825.600,31 147.379,19 76.066,68 71.312,51 2009 2º TR 1.749.533,63 144.526,69 76.066,68 68.460,01 3º TR 1.673.466,95 141.674,19 76.066,68 65.607,51 4º TR 1.597.400,27 138.821,69 76.066,68 62.755,01 1º TR. 1.521.333,59 135.969,19 76.066,68 59.902,51 2010 2º TR 1.445.266,91 133.116,69 76.066,68 57.050,01 3º TR 1.369.200,23 130.264,19 76.066,68 54.197,51 4º TR 1.293.133,55 127.411,69 76.066,68 51.345,01 1º TR. 1.217.066,87 124.559,19 76.066,68 48.492,51 2011 2º TR 1.141.000,19 121.706,69 76.066,68 45.640,01 3º TR 1.064.933,51 118.854,19 76.066,68 42.787,51 4º TR 988.866,83 116.001,69 76.066,68 39.935,01 1º TR. 912.800,15 113.149,19 76.066,68 37.082,51 2012 2º TR 836.733,47 110.296,69 76.066,68 34.230,01 3º TR 760.666,79 107.444,18 76.066,68 31.377,51 4º TR 684.600,11 104.591,68 76.066,68 28.525,00 1º TR. 608.533,44 101.739,18 76.066,68 25.672,50 Relatório pág. 7 de 18

2013 2º TR 532.466,76 98.886,68 76.066,68 22.820,00 3º TR 456.400,08 96.034,18 76.066,68 19.967,50 4º TR 380.333,40 93.181,68 76.066,68 17.115,00 1º TR. 304.266,72 90.329,18 76.066,68 14.262,50 2014 2º TR 228.200,04 87.476,68 76.066,68 11.410,00 3º TR 152.133,36 84.624,18 76.066,68 8.557,50 4º TR 76.066,68 81.771,68 76.066,68 5.705,00 2015 1º TR. 0,00 78.919,18 76.066,68 2.852,50 TOTAL 7.690.341,28 3.651.200,61 4.039.140,67 Tab. 9 --- Mapa de serviço de dívida relativo ao Empréstimo Bancário SUBSÍDIO CAPITAL EM REEMBOLSOS DIVÍDA 1º SEM. 3.651.200,61 0,00 2002 2º SEM. 3.651.200,61 0,00 1º SEM. 3.651.200,61 0,00 2003 2º SEM. 3.651.200,61 0,00 1º SEM. 3.651.200,61 0,00 2004 2º SEM. 3.651.200,61 0,00 1º SEM. 3.448.356,13 202.844,48 2005 2º SEM. 3.245.511,65 202.844,48 1º SEM. 3.042.667,18 202.844,48 2006 2º SEM. 2.839.822,70 202.844,48 1º SEM. 2.636.978,22 202.844,48 2007 2º SEM. 2.434.133,74 202.844,48 1º SEM. 2.231.289,26 202.844,48 2008 2º SEM. 2.028.444,78 202.844,48 1º SEM. 1.825.600,31 202.844,48 2009 2º SEM. 1.622.755,83 202.844,48 1º SEM. 1.419.911,35 202.844,48 2010 2º SEM. 1.217.066,87 202.844,48 1º SEM. 1.014.222,39 202.844,48 2011 2º SEM. 811.377,91 202.844,48 1º SEM. 608.533,43 202.844,48 2012 2º SEM. 405.688,96 202.844,48 1º SEM. 202.844,48 202.844,48 2013 2º SEM. 0,00 202.844,48 TOTAL 3.651.200,61 Tab. 10 --- Mapa de serviço de dívida relativo ao Subsídeo Relatório pág. 8 de 18

Convém fazer referencia a alguns aspectos relativos a estas duas últimas tabelas, para se poder interpretar melhor o que elas contêm: o Capital em dívida, como a expressão o diz indica o que a empresa ficará a dever em cada ano da sua vida útil; este valor vai decrescendo ao longo do tempo conforme se vai saldando a dívida; o Reembolso é o capital que se liquida no respectivo período; é um valor constante pois é determinado em função do valor total do empréstimo a dividir pelo número de pagamentos a efectuar; no caso do Empréstimo, além de haver a necessidade de se ir liquidando ao longo do tempo o valor total da dívida, há também a obrigação de se pagar Juros que são determinados em função do valor fixo da sua taxa, e do capital em dívida do período anterior ao período em que se está a calcular o juro; finalmente, os Encargos serão a soma dos reembolsos mais os juros referentes a cada período; a soma dos reembolsos dará o Capital em dívida inicial; a soma dos reembolsos todos mais os juros totais dará os Encargos totais, que serão no fundo, o que a empresa pagará a longo prazo por ter contraído o Empréstimo e o Subsídio; para finalizar este assunto, refira-se que o facto de não se começar a liquidar logo no inicio as dívidas, deve-se ao período de carência que faz parte das características que constam nas Tabelas 3 e 4; Avancemos em seguida, para a fase seguinte, que consiste em determinar o evoluir das amortizações dos diversos bens que a empresa possuí, no futuro; para o seu cálculo, dividiu-se os bens amortizáveis da empresa em 3 grupos: equipamentos, edifícios e investimentos incorpóreos. O valor inicial dos diversos bens não é o mesmo ao longo do tempo; vai havendo uma constante desvalorização com o passar do tempo que pode ser quantificado de uma forma mais ou menos rigorosa; é isso que se pretende fazer em seguida, para cada um dos grupos e que consiste então em determinar o Mapa de Amortizações; Acitvo Bruto Amortizações Amortizações do Valor líquido acumuladas exercício 2003 424.975,81 16.999,03 16.999,03 407.976,78 2004 424.975,81 33.998,06 16.999,03 390.977,75 2005 424.975,81 50.997,10 16.999,03 373.978,71 2006 424.975,81 67.996,13 16.999,03 356.979,68 2007 424.975,81 84.995,16 16.999,03 339.980,65 2008 424.975,81 101.994,19 16.999,03 322.981,62 2009 424.975,81 118.993,23 16.999,03 305.982,58 2010 424.975,81 135.992,26 16.999,03 288.983,55 2011 424.975,81 152.991,29 16.999,03 271.984,52 2012 424.975,81 169.990,32 16.999,03 254.985,49 2013 424.975,81 186.989,36 16.999,03 237.986,45 2014 424.975,81 203.988,39 16.999,03 220.987,42 2015 424.975,81 220.987,42 16.999,03 203.988,39 2016 424.975,81 237.986,45 16.999,03 186.989,36 2017 424.975,81 254.985,49 16.999,03 169.990,32 2018 424.975,81 271.984,52 16.999,03 152.991,29 2019 424.975,81 288.983,55 16.999,03 135.992,26 2020 424.975,81 305.982,58 16.999,03 118.993,23 2021 424.975,81 322.981,62 16.999,03 101.994,19 2022 424.975,81 339.980,65 16.999,03 84.995,16 2023 424.975,81 356.979,68 16.999,03 67.996,13 Relatório pág. 9 de 18

2024 424.975,81 373.978,71 16.999,03 50.997,10 2025 424.975,81 390.977,75 16.999,03 33.998,06 2026 424.975,81 407.976,78 16.999,03 16.999,03 2027 424.975,81 424.975,81 16.999,03 0,00 Tab. 11 --- Mapa de Amortizações relativo a edifícios Acitvo Bruto Amortizações Amortizações do Valor líquido acumuladas exercício 2003 7.680.490,02 768.049,00 768.049,00 6.912.441,02 2004 7.680.490,02 1.536.098,00 768.049,00 6.144.392,02 2005 7.680.490,02 2.304.147,01 768.049,00 5.376.343,01 2006 7.680.490,02 3.072.196,01 768.049,00 4.608.294,01 2007 7.680.490,02 3.840.245,01 768.049,00 3.840.245,01 2008 7.680.490,02 4.608.294,01 768.049,00 3.072.196,01 2009 7.680.490,02 5.376.343,01 768.049,00 2.304.147,01 2010 7.680.490,02 6.144.392,02 768.049,00 1.536.098,00 2011 7.680.490,02 6.912.441,02 768.049,00 768.049,00 2012 7.680.490,02 7.680.490,02 768.049,00 0,00 2013 8.138.616,27 7.726.302,64 45.812,62 412.313,62 2014 8.138.616,27 7.772.115,27 45.812,62 366.501,00 2015 8.138.616,27 7.817.927,89 45.812,62 320.688,37 2016 8.138.616,27 7.863.740,52 45.812,62 274.875,75 2017 8.138.616,27 7.909.553,14 45.812,62 229.063,12 2018 8.138.616,27 7.955.365,77 45.812,62 183.250,50 2019 8.138.616,27 8.001.178,39 45.812,62 137.437,87 2020 8.138.616,27 8.046.991,02 45.812,62 91.625,25 2021 8.138.616,27 8.092.803,64 45.812,62 45.812,62 2022 8.138.616,27 8.138.616,27 45.812,62 0,00 Tab. 12 --- Mapa de Amortizações relativo a equipamentos Acitvo Bruto Amortizações Amortizações do Valor líquido acumuladas exercício 2003 1.022.535,69 340.845,23 340.845,23 681.690,46 2004 1.022.535,69 681.690,46 340.845,23 340.845,23 2005 1.022.535,69 1.022.535,69 340.845,23 0,00 Tab. 13 --- Mapa de Amortizações relativo a investimentos incorpóreos Todas estas 3 tabelas contém 4 colunas com os seguintes indicadores: Activo Bruto que é o valor inicial do respectivo grupo de bens, e que se mantém constante ao longo do tempo; Amortização do exercício é a desvalorização no período respectivo que é sempre constante, e que é determinada através do Activo Bruto e do tempo de duração dos bens referidos; note-se que relativamente aos equipamentos esse valor não é constante, havendo uma diminuição a partir do ano de 2013; isto acontece devido ao novo investimento em transformadores e compensadores que é feito em 2012, isto é, caso não se tivesse feito esse novo investimento, os equipamentos seriam todos amortizados até 2012, mas como haverá esse novo Relatório pág. 10 de 18

investimento, amortização de equipamentos continuará a partir daí, embora com valores mais baixos já que o valor de investimento em equipamentos será muito menor nesse período; o Valor liquido será o novo valor dos bens actualizado, para esse período, ou seja, será o Activo Bruto subtraído da Amortização Acumulada; as recém referidas Amortizações acumuladas serão então o acumular de todas as amortizações antecedentes ao período referido; refira-se também, que o período de tempo é em anos devido ao facto da duração dos diversos bens ter sido dada em anos precisamente; Finalmente apresenta-se em seguida a tabela que regista todas as amortizações totais referentes a todos os bens desvalorizáveis, que a empresa terá: Acitvo Bruto Amortizações Amortizações do Valor líquido acumuladas exercício 2003 9.128.001,52 1.125.893,26 1.125.893,26 8.002.108,26 2004 9.128.001,52 2.251.786,53 1.125.893,26 6.876.214,99 2005 9.128.001,52 3.377.679,79 1.125.893,26 5.750.321,73 2006 8.105.465,83 4.162.727,83 785.048,03 4.965.273,69 2007 8.105.465,83 4.947.775,86 785.048,03 4.180.225,66 2008 8.105.465,83 5.732.823,90 785.048,03 3.395.177,62 2009 8.105.465,83 6.517.871,93 785.048,03 2.610.129,59 2010 8.105.465,83 7.302.919,97 785.048,03 1.825.081,55 2011 8.105.465,83 8.087.968,00 785.048,03 1.040.033,52 2012 8.105.465,83 8.873.016,03 785.048,03 254.985,49 2013 8.563.592,08 8.935.827,69 62.811,66 650.300,08 2014 8.563.592,08 8.998.639,35 62.811,66 587.488,42 2015 8.563.592,08 9.061.451,01 62.811,66 524.676,76 2016 8.563.592,08 9.124.262,66 62.811,66 461.865,11 2017 8.563.592,08 9.187.074,32 62.811,66 399.053,45 2018 8.563.592,08 9.249.885,98 62.811,66 336.241,79 2019 8.563.592,08 9.312.697,63 62.811,66 273.430,13 2020 8.563.592,08 9.375.509,29 62.811,66 210.618,48 2021 8.563.592,08 9.438.320,95 62.811,66 147.806,82 2022 8.563.592,08 9.501.132,61 62.811,66 84.995,16 2023 424.975,81 9.518.131,64 16.999,03 67.996,13 2024 424.975,81 9.535.130,67 16.999,03 50.997,10 2025 424.975,81 9.552.129,70 16.999,03 33.998,06 2026 424.975,81 9.569.128,74 16.999,03 16.999,03 2027 424.975,81 9.586.127,77 16.999,03 0,00 Tab. 14 --- Mapa de Amortizações totais Relatório pág. 11 de 18

Assinale-se o facto de que todos os bens, serão completamente amortizados no ano de 2027, o que para já não é muito relevante, dado que a vida útil do projecto é de 20 anos, o que coincide com o ano de 2022; de facto é neste ano que convém centrarmos a nossa atenção, já que é dele que se retira um valor que será muito importante mais à frente; esse valor é o VALOR RESIDUAL que é o valor liquido no referido ano de 2022 (célula a azul). Entramos agora numa fase, em que depois de sistematizada toda a informação, relativamente a investimentos, financiamentos e amortizações, trataremos então de construir uma estimativa, de como evoluirão as sucessivas Demonstrações de Resultados, para o período de vida útil do projecto, em função não só destes valores calculados mas também em função das estimativas de outros custos e ganhos futuros; no final seremos capazes de determinar os meios libertos pela empresa ao longo da sua vida útil, a fim de já podermos ter uma ideia do possível sucesso do projecto; 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1. VENDAS 1.174.600,00 1.256.800,00 1.351.000,00 1.459.200,00 1.583.200,00 1.725.800,00 2. CUSTOS OPERACIONAIS 1.316.074,92 1.320.829,47 1.325.702,87 989.852,88 994.973,00 1.000.221,13 3. RESULTADOS OPERACIONAIS - 141.474,92-64.029,47 25.297,13 469.347,12 588.227,00 725.578,87 4. ENCARGOS FINANCEIROS 539.122,59 496.335,08 450.695,08 405.055,07 359.415,06 313.775,05 5. RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS - 680.597,51-560.364,55-425.397,95 64.292,05 228.811,94 411.803,82 6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 0,00 0,00 0,00 23.145,14 82.372,30 148.249,38 7. RESULTADOS LÍQUIDOS - 680.597,51-560.364,55-425.397,95 41.146,91 146.439,64 263.554,45 8. CASH FLOW 984.418,34 1.061.863,80 1.151.190,39 1.231.250,01 1.290.902,73 1.362.377,53 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1. VENDAS 1.889.600,00 2.069.200,00 2.265.800,00 2.481.000,00 2.716.600,00 2.974.800,00 2. CUSTOS OPERACIONAIS 1.005.600,45 1.011.114,26 1.016.765,92 1.022.558,87 306.260,26 312.346,48 3. RESULTADOS OPERACIONAIS 883.999,55 1.058.085,74 1.249.034,08 1.458.441,13 2.410.339,74 2.662.453,52 4. ENCARGOS FINANCEIROS 268.135,04 222.495,04 176.855,03 131.215,02 85.575,01 39.935,01 5. RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS 615.864,50 835.590,70 1.072.179,05 1.327.226,11 2.324.764,72 2.622.518,52 6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 221.711,22 300.812,65 385.984,46 477.801,40 836.915,30 944.106,67 7. RESULTADOS LÍQUIDOS 394.153,28 534.778,05 686.194,59 849.424,71 1.487.849,42 1.678.411,85 8. CASH FLOW 1.447.336,36 1.542.321,12 1.648.097,66 1.765.687,77 1.636.236,10 1.781.158,52 Relatório pág. 12 de 18

2015 2016 2017 2018 2019 2020 1. VENDAS 3.257.400,00 3.566.800,00 3.905.600,00 4.276.600,00 4.683.000,00 5.127.800,00 2. CUSTOS OPERACIONAIS 318.584,85 324.979,18 331.533,36 338.251,41 345.137,40 352.195,54 3. RESULTADOS OPERACIONAIS 2.938.815,15 3.241.820,82 3.574.066,64 3.938.348,59 4.337.862,60 4.775.604,46 4. ENCARGOS FINANCEIROS 2.852,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5. RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS 2.935.962,65 3.241.820,82 3.574.066,64 3.938.348,59 4.337.862,60 4.775.604,46 6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 1.056.946,56 1.167.055,50 1.286.663,99 1.417.805,49 1.561.630,54 1.719.217,60 7. RESULTADOS LÍQUIDOS 1.879.016,10 2.074.765,33 2.287.402,65 2.520.543,10 2.776.232,06 3.056.386,85 8. CASH FLOW 1.944.680,26 2.137.576,98 2.350.214,30 2.583.354,76 2.839.043,72 3.119.198,51 2021 2022 1. VENDAS 5.615.000,00 6.148.400,00 2. CUSTOS OPERACIONAIS 359.430,14 366.845,60 3. RESULTADOS OPERACIONAIS 5.255.569,86 5.781.554,40 4. ENCARGOS FINANCEIROS 0,00 0,00 5. RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS 5.255.569,86 5.781.554,40 6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 1.892.005,15 2.081.359,58 7. RESULTADOS LÍQUIDOS 3.363.564,71 3.700.194,81 8. CASH FLOW 3.426.376,37 3.763.006,47 Tab. 15 ---Demonstrações de Resultados estimadas para o peródo de vida útil Através destas tabelas de Demonstrações de Resultados estimadas para os 20 anos de vida útil do projecto, podemos retirar a seguinte informação: Vendas que são os proveitos que a empresa consegue adquirir, resultado da venda de energia, e que são calculadas em função do preço da electricidade para os sucessivos anos tendo em conta a inflação (ver Tab. 6) e da estimação da quantificação de energia fornecida à rede anualmente; Custos Operacionais que são o somatório das amortizações dos diversos equipamentos para o ano respectivo, mais os custos estimados para um ano de funcionamento normal da central (ver Tab. 5) acrescidos da inflação consoante o ano em causa; a subtracção dos Custos Operacionais às Vendas dá os Resultados Operacionais, que como é obvio quanto mais positivos melhor; em seguida aparecenos os Encargos Financeiros que são os juros que a empresa terá que pagar em cada ano relactivo ao empréstimo bancário contraído. Estes ultimos encargos referidos, subtraídos aos Resultados Operacionais resultarão nos Resultados antes dos Impostos, que por sua vez, ao ser-lhes retirados o Imposto sobre o Rendimento, obter-se-à os Resultados Líquidos. Para finalizar as referências a estas tabelas, estamos agora em condições de poder calcular o indicativo, talvez o mais importante para a nossa análise, que é o Cash Flow ou os meios financeiros que a empresa liberta; este valor é calculado e apresentado nas tabelas anteriores, resultado da soma dos Resultados Liquídos com as Amortizações e os Encargos Financeiros. Relatório pág. 13 de 18

Agora numa breve análise aos valores destas tabelas, refira-se alguns aspectos relevantes: apenas nos 3 primeiros anos de funcionamento, a empresa detém Resultados Liquídos negativos; nesses 3 anos também não é deduzido imposto sobre os rendimentos, já que os Resultados antes dos Impostos são negativos (ou seja não há rendimentos!!); como o Empréstimo Bancário é amortizado completamente em 2015, apartir de 2016 deixa de haver Encargos Financeiros a pagar, e finalmente, refira-se que a empresa consegue ter sempre meios libertos, e que a sua tendência é de crescimento contínuo ao longo do período de vida útil; de qualquer modo não será aconselhavél retirar desde já ilações definitivas acerca deste dado. A partir daqui estamos em condições de podermos determinar os principais critérios de Análise de Investimento, através dos quais seremos capazes de dar uma opnião mais segura, acerca da viabilidade deste projecto. PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: Trata-se de métodos de tratamento da informação sobre os parâmetros de avaliação do projecto que têm por fim permitir ao gestor avaliar o interesse económico, em termos absolutos, de um projecto, ou comparar, em termos relativos, vários projectos. Os critérios mais utilizados são: i) tempo de recuperação de capital (TRC) ii) iii) valor actual líquido (VAL) taxa interna de rentabilidade (TIR) O tempo de recuperação de capital é o período de funcionamento do projecto necessário para que o somatório dos fluxos de receitas e despesas iguale as despesas de investimento. Segundo este critério serão inaceitáveis projecto com período de recuperação de capital superior ao tempo de vida útil do projecto. Mesmo aqueles que sejam inferiores, mas próximos do valor da vida útil do projecto, serão inaceitáveis pois não estamos a considerar os custos financeiros. A aplicação deste critério justifica-se pela sua simplicidade de cálculo e análise, mas é um critério altamente simplista. O valor actual líquido corresponde ao valor calculado pelo somatório das receitas, custos de exploração e investimento, actualizados para o momento de arranque do projecto. Há que calcular o valor actual, em termos financeiros, dos diversos fluxos futuros, supondo uma dada taxa de actualização correspondente à estimativa do custo de capital. Como regra de decisão, apenas devem ser aceites projectos Relatório pág. 14 de 18

cujo VAL seja maior ou igual que zero. Este critério é o mais utilizado na análise de investimentos mas não podemos esquecer que o seu resultado é afectado, em grande parte, pela taxa de actualização escolhida e cuja estimativa é bastante complexa. A taxa interna de rentabilidade é o valor da taxa de actualização que torna nulo o VAL. Neste caso devemos aceitar os projectos cuja TIR seja superior ao custo de capital. Em termos relativos, o melhor projecto será aquele que apresentar o maior valor da TIR. A grande vantagem deste método sobre o VAL é a de que o seu valor não é influenciado pelo valor da estimativa do custo de capital. No entanto, será sempre necessário estimar esse custo para aplicação da regra de decisão. A TIR é, assim, especialmente útil para a eliminação de projectos, mas perigosa para escolher entre projectos alternativos igualmente aceitáveis em termos absolutos. Como já foi dito anteriormente, neste momento já temos os dados suficientes, para poder calcular estes 3 indíces referidos; em termos matemáticos o calculo destes valores, pressupõe o conhecimento da seguinte fórmula para o calculo do VAL, e que servirá para calcular também a TIR e o TRC: VAL= inv N 0 + t= 1 CFt inv (1 + TA) t t VR + (1 + TA) N LEGENDA: inv0 - investimento inicial, ou seja, investimento feito do ano de 2001; CF t - CASH FLOW obtido no período t; invt - investimento relativo ao período t; VR valor residual (ver Tab. 14); TA taxa de actualização, que revela a vontade do empreendedor em não querer investir num projecto com um custo de oportunidade do capital inferior a 12%; A TIR será a taxa de actualização (TA) que faz com que o VAL seja nulo; Relatório pág. 15 de 18

O TRC é a vida útil (N) que o projecto terá que ter, para que o VAL seja nulo; Estes 3 valores foram calculados usando as funcionalidades do excel; mais concretamente o TRC não era possível determinar um valor concreto já que apenas podíamos fazer aproximações aos limites superior e inferior (valores inteiros), por causa do somatório que só funciona com um limite superior inteiro; sendo assim e tendo os dois limites inteiros fizemos uma regra de três simples para fazer uma aproximação ao número de meses do respectivo ano em que o VAL seria aproximadamente zero; Em seguida mostrámos a tabela, em que são apresentados os resultados do cálculo destes valores referênciados: VAL 1.644.546,83 TIR 0,14043867 TRC 15 anos e 11 meses Tab. 16 VAL, TIR e TRC nas condições previstas desde o início do trabalho NOTA: Para não tornar o relatório demasiado extenso, e tendo em conta que é um bocado complicado, transcrever para este documento a forma exacta como foi calculado estes 3 valores, forneceremos em anexo a este relatório, os ficheiros excel em que pode ser comprovado e esclarecido a forma como foram calculados, para que não haja dúvidas... Olhando então para estes resultados, somos tentados a concluir que de facto este será um bom projecto, para ir para a frente ; de facto já tinhamos registado, através da Tab. 15, que a evolução dos meios libertos pela empresa, seria agradavél à primeira vista; agora, tendo mais estes elementos de análise, podemos dizer com alguma segurança que este será então um bom projecto; de facto, olhando para os valores da Tab. 16 registe-se o valor bastante POSITIVO que o VAL detém; este registo ainda é reforçado pelo valor do TRC ( cerca de 15 anos) que é significativamente inferior aos 20 anos de vida útil, previsto para o projecto; de qualquer forma poderá ser questionado, o facto do fluxo de receitas igualar o investimento feito apenas ao fim de 15 anos, o que poderá ser explicado pelo elevado investimento que teve que ser feito inicialmente; relativamente ao valor da TIR, conclui-se que o custo de oportunidade do capital poderá ir ainda até cerca de 14%, sem implicar a inviabilidade do projecto, o que é um registo mais do que Relatório pág. 16 de 18

aceitavél; em suma, se fossemos a limitar a nossa análise a estes resultados obtidos até aqui, era certo que este projectoteria rendibilidade e poderia prosseguir. No entanto, e embora o estudo feito até aqui, já tenha permitido tirar algumas conclusões, a segurança destas poderá ser um pouco questionável, dado que alguns dos valores usados na análise feita são estimativas. Para uma certeza maior deve ser realizada uma análise de sensibilidade para saber da variação dos parâmetros de decisão (VAL, TIR, TRC) em função dos valores da energia vendida e da vida útil do projecto. Em ambos os casos consideraram-se dois cenários: pessimista e optimista. No caso da energia estes valores foram 14 000 GWh e 26 000 GWh respectivamente. Para a vida útil, os valores foram 15 anos e 25 anos. Em termos praticos tivémos que refazer alguns cálculos, que basicamente foram os seguintes: para a vida útil, teve que haver novo investimento em transformadores e compensadores em 2022, na situação em que a vida útil se prolongava até 2027; o Mapa das Amortizações de equipamentos também foi alterado nesta situação devido a esse referido investimento; o Valor Residual mudou em função dos dois valores de vida útil (15 e 25 anos) e finalmente como é obvio, a Demonstração de Resultados final, foi afectada significativamente (para mais detalhes consultar anexos); Em relação ao parâmetro, energia vendida, a única alteração mais significativa teve a ver com o volume de vendas registado nas Demonstrações de Resultados; Para todos estes cenários que foram traçados, foram refeitos os calculos e determinados novos valores para o VAL, TIR e TRC. Os valores obtidos estão representados na tabela seguinte: cenários normal optimista energia pessimista energia optimista vida útil pessimista vida útil VAL 1.644.546,83 5.058.938,54-1.769.844,88 3.307.842,48-319.794,06 TIR 0,14043867 0,179937408 0,095771079 0,14070345 0,114645299 TRC 15 anos e 11 meses 10 anos e 11 meses >22 anos 15 anos e 10 meses 15 anos e 9 meses Tab. 17 VAL, TIR e TRC para os diversos cenários considerados Analisando estes valores podemos afirmar que a viabilidade do projecto é sensível aos dois parâmetros embora pareça mais afectada pelo valor da energia vendida. Em qualquer dos casos, a ocorrência do cenário pessimista leva ao fracasso do projecto. Perante isto, qualquer decisão involverá sempre um certo risco que o empreendedor terá que correr ou não. Relatório pág. 17 de 18

No caso da energia, e dado que não é possível controlar o principal factor da qual ela é função, que é um factor de ordem meteorológica, os valores previstos podem não corresponder depois, à realidade. Assim, torna-se necessário saber do grau de confiança que podemos depositar nesta estimativa. Se esse grau não for aceitável o projecto deve ser rejeitado. O caso da vida útil é diferente na medida em que a ocorrência do cenário pessimista não é tão grave como no caso da energia (como se pode ver comparando os valores do VAL e da TIR). Por outro lado a vida útil do projecto pode ser altamente influenciada pela manutenção dos equipamentos. Se esta for cuidada, a vida útil do projecto não será certamente, muito diferente do esperado (isto não se aplica a tecnologias novas, pela falta de dados que permitam dizer quanto é a vida útil com segurança). Quanto aos valores relativos ao TRC, os cenários pessimistas implicam que o capital apenas será recuperado depois do fim do período de vida útil do projecto sendo o cenário pior, o da energia mais uma vez. próximo de 18%). Os cenários normal e optimista são positivos, com especial relevo para o de energia (valor da TIR Conclusão: Da análise feita anteriormente surge como imprescindível, a necessidade de ter um bom grau de confiança nos valores apontados para: TA, energia vendida e vida útil. Se esta condição for satisfeita, parece credível que o projecto avance. Esta afirmação deve-se ao facto de não ser muito provável uma alteração muito grande nas condições do clima o que poderia levar à ocorrência do cenário pessimista. Fica, no entanto, uma dose de risco associada a esta decisão que deve ser ponderada pelo gestor. No caso da vida útil, é importante referir que a tecnologia a aplicar pode ser determinante na maior ou menor confiança a depositar no valor usado. Isto deve-se à incerteza associada a tecnologias novas. Para uma opinião mais fundamentada era necessária mais informação a que não temos acesso neste exercício. FIM Relatório pág. 18 de 18