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3 - Modalidades. Modalidades comuns: concorrência, tomada de preços, convite utilização definida a partir do valor estimativo da licitação.

Transcrição:

LICITAÇÕES (LEI Nº 8.666/93) 1. Competência para legislar: Normas de caráter geral: A União tem competência para legislar. Normas de caráter específico: Competência concorrente: Cada um dos entes da administração pública podem legislar a respeito. Em razão da dificuldade de diferenciar norma geral da específica, os entes acabam por u- tilizar a Lei federal nº 8.666/93 2. Finalidades/objetivos da licitação (art. 3º): A licitação é um procedimento administrativo utilizado pela Administração Pública, como regra obrigatório, para a contratação de terceiros a fim de obter a melhor proposta e preservar a isonomia entre os licitantes. Atualmente, existem outros objetivos/finalidades: A promoção do desenvolvimento nacional em favor da sociedade (política pública por intermédio de licitações):pode inserir em alguns casos uma margem de preferência, ou seja, a Administração contrata empresas nacionais, podendo pagar até 25% a mais de uma proposta estrangeira. A promoção do desenvolvimento nacional sustentável/ sustentabilidade em favor do meio ambiente: Buscar o desenvolvimento nacional em relação à preservação do meio ambiente. Noção de sustentabilidade por intermédio da lei de licitações. 3. Princípios aplicáveis à licitação (art. 3º): A- Princípio do procedimento formal: A administração, quando realiza uma licitação, deve observar as formas previstas em lei (Lei nº 8.666/93)e as normas previstas no edital. Caso não observada uma norma, há a anulação do procedimento licitatório (diferentemente dos processos administrativos em geral, em que vigora o princípio do formalismo moderado). B- Princípio da publicidade dos atos: Os atos da licitação devem ser públicos. A publicidade de uma licitação almeja obter o maior número de participantes, de interessados na licitação: A ideia de ampliação da competição com a publicidade. A publicidade serve ainda para o controle da licitação. Qualquer cidadão pode participar de uma licitação. C- Princípio do sigilo das propostas: Exceção à publicidade. O sigilo das propostas serve para ampliar a competição dos interessados. Em relação às modalidades leilão e pregão eletrônico não há o princípio do sigilo das propostas, pois estão amparados no sistema de lances. D- Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: A Administração fica vinculada aos requisitos estabelecidos no edital (instrumento convocatório). E- Princípio da adjudicação compulsória: 1

A Administração Pública fica obrigada a entregar o objeto da licitação ao vencedor. Majoritariamente, entende-se que este princípio gera uma mera expectativa de direito em relação ao contrato. O vencedor não tem direito subjetivo ao contrato. Ou seja, o vencedor não pode obrigar a Administração a contratá-lo. Se a Administração entender por revogar, adiar a licitação, por conveniência e oportunidade, poderá fazê-lo. 4. Regra da obrigatoriedade da licitação: Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedade de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 1º, lei nº 8666/93). Quando se fala em sociedade de economia mista e empresa pública deve-se fazer a seguinte divisão: ü Quando um contrato que pretendem realizar é denominado de contratomeio entram na regra da obrigatoriedade. E quando realizam contratofim, não entram na regra da obrigatoriedade. ü O contrato-fim é aquele que envolve atividade relacionada à própria existência da sociedade de economia mista e empresa pública. A sua existência foi para realizar aquela atividade. Desse modo, não haverá a regra da licitação. Ex: contrato de poupança, contrato de financiamento do Banco do Brasil ou do Banrisul. Entretanto, quando pretendem construir um prédio para abrir uma agencia, é um contrato-meio, logo estão submetidos à regra da obrigatoriedade da licitação. As entidades controladas direta ou indiretamente da Administração Pública: Pessoas jurídicas privadas controladas pela Administração, até estes se submetem à regra da licitação. Ex: Os administradores, escolhidos pela Administração, e repasse de verbas públicas estão submetidos à regra da obrigatoriedade da licitação. Organizações sociais/ Organizações da sociedade de interesse públicos: ü Estão submetidas em relação aos contratos pagos com verbas públicas. Se as organizações sociais utilizarem verba privada, logo, não entrarão à obrigatoriedade da licitação. ü Quando a Administração pretende contratar uma organização social, a administração fica dispensada de licitar. 5. Exceções à obrigatoriedade da licitação: 1- Dispensa de licitação (Arts. 17 e 24): Não tem conceito legal. Dispensa envolve apenas aqueles casos expressamente previstos no artigo 24 (taxatividade/numerus clausus). Efeito jurídico: ü Regra: Dispensa dispensável:o efeito da aplicação de uma dispensa ensejará um ato discricionário para Administração. Ou seja, a Administração terá a faculdade de realizar ou não a Administração. ü Exceção: Dispensa dispensada:é aquela em que o próprio legislador já fez a opção, já dispensou a licitação, logo, não há a faculdade de realiza-la ou não. Ex: doação. 2- Inexigibilidade de licitação (art. 25): 2

Conceito: É inexigível quando houver inviabilidade competição. Logo, os casos expressos na lei são exemplificativos. Efeito jurídico: ü Não se faz a licitação, porque é inviável competir. 6. Modalidades de licitação (art. 22): A- Leilão (Art. 22, 5º): Em relação ao objeto: ü Hipótese de alienação de bens móveis inservíveis/desafetados/bens móveis dominicais: Está sem destinação, finalidade pública. ü Hipótese de alienação de bens móveis empenhados/ objeto de penhor: É a- quele em que parar tirar financiamento, poderá empenhar algum objeto de valor. Se o cidadão não pagar o valor que recebeu como empréstimo, o banco poderá empenhar em leilão o objeto. ü Hipótese de bens móveis legalmente apreendidos: Bens em que há o descaminho. Não cabe o leilão para bens móveis objetos de contrabando. ü Hipótese de bens imóveis: Quando a Administração recebe o bem imóvel em pagamento de dívida. São os casos típicos de dação em pagamento (pagamento extrajudicial) ou de penhora (pagamento judicial). Admitem a modalidade concorrência, ou seja, a Administração poderá optar entre a modalidade leilão ou concorrência. B- Concurso (art. 22, 4º): Para a seleção de trabalhos técnicos, científicos ou artísticos. Ex: Quando a Administração pretende fazer um concurso para obter a melhor logomarca. Premiação. C- Concorrência (art. 22, 1º): Modalidade mais completa. Pode ser utilizada em qualquer valor. Hipótese de obras e serviços de engenharia: Cabe para qualquer valor, sendo exclusiva quando acima de R$ 1.500.000,00. Abaixo, a Administração poderá escolher. Podem participar quaisquer interessados. Compras e outros serviços: Acima de R$ 650.000,00 obrigatoriamente deverá ser concorrência. Abaixo, a Administração poderá escolher. D- Convite (art. 22, 3º): 1ª fase: Mínimo de três interessados, salvo se não houver três naquela praça. 2ª fase: Publicidade. A Administração irá afixar a carta convite. Única modalidade que não utiliza o edital como instrumento convocatório. 3ª fase: Extensão do convite para demais interessados cadastrados. Eles ingressam, se quiserem, até 24 horas antes da entrega das propostas. E- Tomada de preços (art. 22, 2º): Apenas para os cadastrados ou que venham a se cadastrar até 3 dias anteriores à data de recebimento das propostas. F- Pregão (Lei nº 10.520/02): 3

Objeto: Bens e serviços comuns. No âmbito federal, em razão de decretos, é obrigatória a utilização de pregão em se tratando de bens e serviços comuns. Bens e serviços são aqueles que podem ser objetivamente definidos no edital.considerados usuais, padronizados, que tem várias empresas que fornecem, realizam. O pregão utiliza o tipo de julgamento menor preço. O pregão envolve a inversão das fases da licitação. A primeira fase não é a habilitação e sim, a entrega e julgamento das propostas. A fase de habilitação é posterior e somente se aplica ao vencedor. Pregão pode ser dividido em duas espécies: ü Pregão presencial: Envolve a presença física de um representante da empresa, do profissional, numa data, hora, local definido no edital.1ª fase: Envelope lacrado (sigilo). Fase sigilosa. Somente após a abertura dos envelopes e a verificação do preço, e todos os demais até 10 %acima, irão para a segunda fase. Se entre esses, a diferença for de mais de 10 %, pegar-se-á os três menores valores. 2ª fase: Lances. Todos podem dar quantas propostas entenderem cabíveis, dentro do tempo estabelecido. ü Pregão eletrônico:presença eletrônica. O edital fixará site, hora determinada. Todos ingressam diretamente na fase dos lances. 4

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1. Contratos da Administração: Inclui os contratos de direito privado e os contratos administrativos: ü Os contratos de direito privado serão regulados por normas de direito privado. Ex: contrato de locação, de venda de bem imóvel. 2. Características dos contratos Administrativos: A- Comutativos: Envolve obrigações recíprocas. Tanto a Administração quanto o contratado têm obrigações um em relação ao outro. B- Intuitu personae: Têm a característica de que somente podem ser realizados por aqueles que venceu a licitação. Não caberá a transferência para terceiros.art. 13, 3º: Nos contratos de serviços técnicos especializados não cabe nenhuma hipótese de subcontratação. Exceções: Art. 72, lei nº 8.666/93: É possível a denominada subcontratação, quando a Administração aceita. C- Cláusulas exorbitantes: Significa que exorbita do direito comum. É aquela cláusula que tem regras especiais aplicáveis para a Administração. Ex: Cláusulas que estabelecem as prerrogativas da Administração. 3. Cláusula Exorbitante: 1ª - Possibilidade de alteração unilateral: Pode impor a alteração e o contratado é obrigado a aceitar. Princípio da mutabilidade. A Administração pode alterar o contrato somente até 25% do valor original do contrato (Obras, serviços ou compras). Exceção: Quando se tratar de reformas de prédios ou de equipamentos, o percentual que se admite passa a ser até 50% do valor original do contato. Aumenta somente para os acréscimos. No entanto, se a mudança é para diminuir, a reforma se mantém no percentual de 25%. Só podem ser alteradas clausulas quantitativas (quantidade: Pode aumentar ou reduzir a quantidade de objetos que pretende contratar) e qualitativas (qualidade), desde que não acarrete no aumento de 25% do valor do contrato. Não cabe mudar diretamente cláusulas econômico-financeiras. 2ª- Rescisão Unilateral: A rescisão pode impor a extinção sem a aceitação do contratado. Isso não impede o contratado de entrar em juízo. 3ªExceptio non adimpleti contratus: No direito privado, se uma das partes deixa de cumprir o contato, a outra parte fica autorizada a descumprir também. Contudo, aadministração Pública possui autorização para descumprir o contrato por 90 dias. Logo, somente após esse período, poderá alegar a exceção de contrato não-cumprido e deixará de fazer sua parte em face do descumprimento do contratopela Administração. Ex: A Administração parar de pagar. 4ª- Controle do contrato: É a ideia de que a Administração pode exercer o controle pleno do contrato. Este controle pode se dar em todas as fases do contrato administrativo. 5ª-Aplicaçaõ das penalidades contratuais: Não necessita do consentimento do contratado para sancioná-lo. 4. Formas extraordinárias de extinção/ inexecução do contrato: 5

A- Anulação: Decorre de qualquer ilegalidade do contrato com o ordenamento. B- Rescisão (resilição ou resolução): Hipóteses: A- Por descumprimento culposo do contratado (art. 58, II, c/c 79, I, c/c 78, I a XI e XVIII): O contrato não é ilegal, apenas não foi cumprido. Qualquer situação de descumprimento do contrato em razão do contratado. B- Por descumprimento sem culpa do contratado (art. 78, XIII, XIV, XV, XVI, XVII):Hipóteses que podem ser atribuídas à Administração ou decorrente de caso Art. 7º, XXXIII, CF- Proibiçãode trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos. O contrato não é ilegal, apenas não foi cumprido. b.1- Teoria da imprevisão ou da imprevisibilidade: Situações imprevisíveis na data da celebração do contrato derivadas de evento da natureza ou de atividade humana (terceiro não contratado). a- caso fortuito; b-força maior: 1- Eventos novos (superveniente):superveniente à data de celebração do contrato. 2- Imprevistos e inevitáveis: Não só era imprevisível como também inevitável. Admite-se também o fato previsível, mas cujos efeitos são imprevisíveis. Ex: crise econômica. 3- Às partes não imputáveis: Na teoria da imprevisão, nenhuma das partes têm responsabilidade. 4- Geradores de grande desequilíbrio: b.2 Fato do príncipe: Requisitos: a-seja imprevisível para o contratado, pois se previsível, deve ser contornado na fixação do preço; b-ato praticado pela mesma pessoa jurídica que é parte no contrato; seja contratante seja contratado c- ato praticado em outras esfera de competência, sem relação direta com o contrato: ato fora do contrato mas que repercute no contrato. Ex: administração cria um tributo, proíbe a importação de determinado tributo. d- cause prejuízo ao contratado de forma a provocar desequilíbrio anormal na equação financeira; b.3 fato da administração. Requisitos: a-seja imprevisível para o contratado, pois se previsível, deve ser contornado na fixação do preço. b- conduta ou comportamento da administração como parte no contrato; Apenas a administração contratante c- envolvendo determinação específica do contrato; d- onerar demasiadamente o particular. 6