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Sumário Entenda porque você tem direito a Restituição do ICMS pago indevidamente... 3 Demais pontos que você precisa saber de antemão sobre a matéria... 8 QUEM TEM DIREITO A RESTITUIÇÃO?...12 CONTRA QUEM SERÁ O PROCESSO?...13 QUE TIPO DE AÇÃO DEVO ENTRAR E QUEM SERÁ O JUÍZO COMPETENTE?...14 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:...16 DOCUMENTAÇÃO TODA EM MÃOS, O QUE FAZER?...17 CONSIDERAÇÕES FINAIS:...18 2
Entenda porque você tem direito a 3 Restituição do ICMS pago indevidamente Primeiramente, parabéns pela aquisição desse Guia de Informações para Restituição do ICMS nas Contas de Energia! Aqui está tudo o que você precisa saber antes de Iniciar sua Ação de Restituição para fazer Valer seu Direito e Cancelar Essa Cobrança Indevida das Faturas Futuras.
O primeiro aspecto que você deve levar em consideração é que na fatura de energia elétrica de todos os consumidores do Brasil incide o ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, cuja arrecadação é encaminhada para os Estados e usada por eles para diversas funções. 4 O ICMS, como o próprio nome revela, deve incidir sobre mercadorias e serviços em circulação. Logo, a conclusão que se chega é de que na conta de energia elétrica o ICMS incide sobre o valor da energia efetivamente utilizada pelo consumidor. Mas, não é isso o que vem ocorrendo em todo o Brasil! Isto porque, além de incidir sobre a energia efetivamente utilizada pelo consumidor, o ICMS também é cobrado sobre tarifas de uso do sistema elétrico e, em algumas situações, sobre outros encargos.
Para melhor compreensão do tema, é importante entender como se dá o transporte de energia desde a sua geração (em usinas hidrelétricas ou termoelétricas) até a unidade consumidora (a residência do consumidor). 5 O transporte da energia é dividido em dois segmentos: a transmissão e a distribuição. A transmissão é a entrega da energia da geradora à distribuidora, ou seja, é o transporte da energia entre a hidroelétrica e a Light, Ampla, Celesc e todas as outras Distribuidoras de Energia ao longo do país, e a distribuição, por sua vez, é a transmissão da energia entre as Distribuidoras e o usuário final. O legislador, ciente de que o transporte da energia nesses dois segmentos envolve custos, tanto para a geradora quanto para as distribuidoras de energia, autorizou a criação de tarifas para o uso dos sistemas
elétricos, a TUSD (Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição) e a TUST (Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão), que seria repassada aos consumidores. 6 O que se discute na presente não é a legalidade da cobrança da TUSD ou da TUST nas faturas de energia, mas a incidência do ICMS sobre essas tarifas. Como o ICMS incide sobre a circulação de mercadorias ou serviços, o fato gerador do imposto só pode ocorrer pela entrega e efetivo consumo da energia elétrica ao consumidor, conforme disposição do art. 12, inciso I, da Lei Complementar n. 87/1996:
Portanto, a cobrança do ICMS nas faturas de energia elétrica com a inclusão dos encargos TUST e TUSD na sua base de cálculo atenta frontalmente contra o disposto no art. 97, inciso IV, do Código Tributário Nacional, in verbis. 7 À luz dos apontamentos acima alinhados, pode concluir, sem sombras de dúvidas que as atividades de disponibilização do uso das redes de transmissão e distribuição, remuneradas pela TUST e TUSD, não se subsumam à hipótese de incidência do ICMS por não implicarem circulação de energia elétrica. Esses serviços tão e simplesmente permitem que a energia elétrica esteja ao alcance do usuário. Definida está, desta forma, nossa tese jurídica!
Demais pontos que você precisa saber 8 de antemão sobre a matéria Competência para processamento da ação: Justiça Estadual, tanto nos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei n. 12.153/2009), quanto nas Varas Cíveis Comuns ou nas Varas da Fazenda Pública (quando houver).
Sujeito ativo: as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, tanto no Juizado Especial da Vara da Fazenda Pública, quanto nas Varas Comuns. Também poderão ingressar com a ação pessoas jurídicas de médio e grande porte, apenas não no Juizado Especial da Vara da Fazenda Pública, apenas nas Varas da Fazenda ou Varas Comuns. 9 Sujeito passivo: há controvérsias, uma vez que o imposto é cobrado pelas Distribuidoras de Energia. Todavia, como são os Estados os beneficiários do ICMS, bem como os responsáveis pela forma como ele é calculado e cobrado nas faturas, será ele a parte passiva da ação.
Valor da ação: caso você tenha acesso as faturas dos últimos 5 anos do seu cliente, seja através do requerimento administrativo ou de ação de antecipação de provas (vide guia das peças) é possível realizar o cálculo do valor total que deverá ser devolvido ao seu cliente através da planilha de cálculos (BÔNUS). 10 Caso você opte por ajuizar a ação sem todas as faturas, o que também é possível, um valor de alçada deverá ser informado. Audiência de Conciliação: é dispensável, uma vez que os Estados não costumam transigir em casos similares. Prescrição: é quinquenal, ou seja, somente poderão ser cobrados os valores pagos indevidamente nos últimos 5 anos.
Documentos para ajuizamento da ação e dos recursos: estão devidamente listados no guia das peças e ao final de cada modelo. 11
QUEM TEM DIREITO A RESTITUIÇÃO? 12 Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica. No caso das pessoas físicas, a identificação pode ser simples, conforme foi demonstrado. No entanto, em grande parte das contas das pessoas jurídicas, o valor cobrado pela TUST, TUSD e encargos não vêm discriminado, sendo possível apenas perceber que ambos fazem parte do cálculo.
CONTRA QUEM SERÁ O PROCESSO? 13 A ação deverá ser proposta contra o Estado que está efetuando a cobrança indevida, uma vez que a Concessionária de Energia Elétrica é apenas encarregada de repassar os valores, não compondo a relação jurídica tributária.
QUE TIPO DE AÇÃO DEVO ENTRAR E 14 QUEM SERÁ O JUÍZO COMPETENTE? Deverá entrar com uma ação declaratória de inexistência da relação jurídico tributária cumulada com a repetição do indébito (Ação Ordinária).
A ação deverá ser pleiteada na Vara da Fazenda Púbica Estadual. Nas causas com valor de até 60 salários mínimos, a ação poderá ser proposta no Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual, conforme o artigo 2º da Lei 12.153/2009. 15 Além disso, nos termos do artigo 52, parágrafo único do CPC/15, a ação poderá ser proposta no foro do domicílio do autor ou na capital do respectivo ente federado.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: 16 1) Cópia Autenticada RG e CPF; 2) Comprovante de Residência; 3) Declaração de Hipossuficiência ( Autenticada ); 4) Contas de energia elétrica dos últimos 5 anos; 5) Cálculo demonstrando a diferença dos valores devidos (BÔNUS). PS: Verifique Junto aos Bônus Todos os Formulários Citados Acima.
DOCUMENTAÇÃO TODA EM MÃOS, O QUE 17 FAZER? Assim que você estiver com toda documentação em Mãos, basta dirigir-se a Vara da Fazenda Pública ou Vara Cível da Comarca mais próximo da sua residência munido de toda documentação Citada Nesse Guia para Solicitar o Início do Processo (ação declaratória de inexistência da relação jurídico tributária cumulada com a repetição do indébito).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 18 A partir desse momento você tem todas as informações em mãos para Iniciar uma Ação e Solicitar a Restituição dos Valores que você JÁ PAGOU INDEVIDAMENTE, esse é um Direito SEU!