COnSU[tOr Snior - Qualidade e Ambiente



Documentos relacionados
DPS1036 SISTEMAS DA QUALIDADE I METODOLOGIA SEIS SIGMA E MÉTODO DMAIC

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Gabinete do Ministro INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS

NCE/09/02087 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.5

Modelos de Gestão Ferramentas de Gestão

TRABALHO FINAL EMPRESA:

REGRAS DE FACTURAÇÃO DE ENERGIA REACTIVA. APIGCEE Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Eléctrica

Gestão da inovação A avaliação e a medição das actividades de IDI

Visão de Futuro F3M Information Systems, S.A.

NCE/12/00971 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

Espaço t Associação para o Apoio à Integração Social e Comunitária. Instituição Particular de Solidariedade Social

Qualidade e Inovação. CONTROLO DA QUALIDADE Qualidade e Inovação Trabalho de grupo

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS?

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade:

NCE/09/02097 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

Exemplos de Exercícios da Cadeira Gestão de Projectos. Qualidade e Manutenção. Ano Lectivo 2006/2007

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

PROCESSO DE AUDITORIA AO SISTEMA DE GESTÃO IDI. Coimbra / Instituto Pedro Nunes 28 de Outubro de 2014

Caso Compal. Docente: Professor Doutor Fernando Gaspar Disciplina: Distribuição

Apresentação do Manual de Gestão de IDI

EDITAL. Iniciativa OTIC Oficinas de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005.

Controlo da Qualidade Aula 05

Projecto GTBC. leading excellence 1. Portugal: Espanha:

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03

Formas de criar uma empresa

eficiência energética. Quando a sustentabilidade dá lugar a novos negócios

Apostar na cadeia de valor

Observatório da Criação de Empresas. Observatório da Criação de Empresas

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking

SISTEMA DE APOIO À MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 2.3 E 11.1)

FUNDAÇÃO MINERVA CULTURA ENSINO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NOTA EXPLICATIVA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA ELÉCTRICA E ELECTRÓNICA

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura

Gestão Estratégica da Inovação e da Tecnologia

XI Mestrado em Gestão do Desporto

Inovação em sistemas de informação aplicada ao apoio do cliente de retalho

QUALIDADE E INOVAÇÃO. Docente: Dr. José Carlos Marques

Licenciatura em Comunicação Empresarial

Fábrica das Marcas(R) A Criatividade na construção de Marca para PME S

39º Aniversário da Universidade de Aveiro 17 de Dezembro de 2012

B U S I N E S S I M P R O V E M E N T

MALÓ DE ABREU, LDA. A Maló de Abreu, Lda é uma empresa cujo objecto social se define como exploração de clínica médico-dentária.

Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas

Conferência Prós e Contras sobre o Setor da Construção Civil e Obras Públicas na unidade curricular de Economia e Gestão

E- Marketing - Estratégia e Plano

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

1. IDT Consulting. 2. Gestão da Inovação: importância e ferramentas. 3. Promoção da Criatividade e Gestão de Ideias

Estudo Empresas Darwin em Portugal

GPP TREINAMENTO E CONSULTORIA. Apresentação Básica de Portfólio

NERSANT Torres Novas. Apresentação e assinatura do contrato e-pme. Tópicos de intervenção

A Gestão de Competências na Modernização da Administração Pública

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

Intervenção do Secretário Regional da Presidência Apresentação do projecto Incube = Incubadora de Empresas + Júnior Empresa.

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº Daniel Jesus nº Fábio Bota nº Stephane Fernandes nº 28591

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores

Marketing Turístico e Hoteleiro

Aspectos Comportamentais no desenvolvimento organizacional

A inovação e essencial à competitividade

Como Abordar os Investidores?

Permanente actualização tecnológica e de Recursos Humanos qualificados e motivados;

3. RELATÓRIO DE GESTÃO ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

yourstep TOOL KIT ISO 9001:2015

Segmentação e Posicionamento

in ter curso COMPRAS INTERNACIONAIS NEEDLES NEEDLES NEEDLES NEEDLES fast delivery good price

A Certificação das atividades de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI) Alter do Chão 12 Novembro. Miguel Taborda - SPI

Selling Tools. Dale Carnegie Training Portugal

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

Referenciais da Qualidade

MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA

Marketing Pessoal. aumentem de valor.

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Workshop sobre Empreendedorismo

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS ENTER TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO

Medidas de apoio à inovação

Ministérios da Administração Interna, do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação PROTOCOLO. Entre MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA,

01. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA. MOMSteelPor, S.A.

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

i9social Social Innovation Management Sobre

Introdução Ao Marketing

O Contributo do Cluster da Electrónica e Telecomunicações para o Desenvolvimento Económico Espanhol

Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

HR Analytics Impacto na gestão de pessoas e negócio

Melhor Contabilidade, Condição de Planeamento e Gestão Eficaz da Despesa Pública

Lean Seis Sigma e Benchmarking

As Compras Electrónicas no Grupo Águas de Portugal

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

Transcrição:

6 Sigma: A Apost:a na Qualidade Ruz' ureiro COnSU[tOr Snior - Qualidade e Ambiente Introdu30 Este artigo pretende apresentar a metodologia 6 sigma, estandarte da Qualidade de muitas grandes multinacionais na dtistria e nos Seios. Numa altura em Que os Sistemas de Informao so a primeira prioridade das OrganizJes e em )O de mais 3o EncontroNacionaJ para 1 a QuaJidade nas Tecnologias de Informao e Comunica6es 4-6 de Novembro 1998 197

6 Sigma: A Aposta na Qualidade 1 Qualidade Afinal fala-se muito em Qualidade mas o entendimento que dela Se faz de dois nlveis: por um lado o mvel do consumidor do produto e por outro lado um mero argumento de Marketing. Se defmirmos a Qualidade como a propriedade de um produto de satisfazer o Cliente (ao mais baixo custo) a questo que Se coloca imediatamente : como Que, objectivamente, se sabe que um cliente est satisfeito? Ou seja: como se mede a Qualidade? 2 Identlncao de vari8vets a controlar 2.1 Caracteristicas de Produto Em primeiro Ingar necesso Que sejam identificados os requisitos do Cliente, Os implicitos e os explicitos, ou seja definir as Caractensticas do Produto que Ihe conferem adequabilidade ao uso. Estas caractensticas so as Caractensticas da Qualidade do Produto quais Se associa, individualmente, um intervalo dentro do qual a Caracteristica pode variar conservando, no entanto, o Produto a adequabilidade mencionada. - 2.2 Par&metros de Processo paretros As Caracteristicas de um Produto so a consequ8ncia instantea do seu processo. dos Os factores Que condicionarn um Processo so indmeros. No entanto, usando a lei de Pareto, um pequeno conjunto de Paretros e maioritariamente responsvel pelo Produto Burn dado instante. Estes devero 2 30 Encontm Nacional para a Qualidade nas Tecnologias de InformaCgo e ComunicagSes 4-G de Novembro 1998 198

6 Sigma: A o na Qualidade ser Os paretros do Processo assumindo que os outros so Ruido muit vezes existem coela6es ene eles. 3 O Processo Sso, - Lea, DO o- O :;ndo, i um ~1,, ale numa uma a de ia de., )ea e -3 im-se 3o EncontrclNacional para 3 a Qualidade mas Tecnologias de InformaCSo e ComunicaVSes 6 de Novembro 1998 199

6 Sigma: A ^pasta na Qualldade 3.3 Capacidade de Processo A Capacidade do Processo um indicador Que surge naturalmente comparando a variabilidade real do Processo com a sua variabilidade esperada. Este indicador representa um objectivo explfcito dum Fomecedor, uma medida de Qualidade que poder ser controlado. Tipicamente o valor alvo da Capacidade de Processo na inddstria autom6vel 6 de 1,33 o Que significa Que a variabilidade real 6 75% da variabilidade esperada 3o Encontro NadamsI para 4 a Qualidade nas Tecnologias de Informago e Comunicaes Universidade do Minke 46 de Novembrc 1998 200

6 Sigma: A Ape na Qualidade 4.1 Hi6ria e Dennio A metodologia desenvolvida pela Motorola na d6cada dos 80 com o objectivo de aumentar o nivel de satisfao dos Clientes, reduzir custos e criar aiparesas \cuts ' no uma sa na ) no com ICiaS. ::edor stava :;:::esso ;::::esso [O O o em \TeZ dos O,002 previcute mencionados" 3o EncontroNacional para 5 a Qualidade mas Tecnologias de Informat;:80 e ComunicaBes 4-6 de Novembro 1998 201

A metodologia 6 sigma mede a capacidade do Processo desempenhar um trabalho livre de defeitos. O desafio que a Motorola Se colocou foi o de pretender um Processo limitado em 6 e no em 3 Sigma (Desvios Padro) Se hem que aceitasse um descentramento do Processo na ordem dos 1,5 Sigma. 4.2 Metodologia A originalidade da metodologia no reside tanto no conceito estaristico Que j est presente nos conceitos de Controlo de Processo e nas Cartas de Controlo mas Sim no Projecto de implementavgo desta teoria e na estrutura Que Ihe serve de sustento. Uma companhia Que implementa uma filosofia 6 Sigma basicamente implementa um Projecto de formao ambicioso e abrangente, precisando de uma estrutura humana de base que facilite a divulgao dos conceitos e conhecimentos aos diferentes nfveis dos colaboradores. Esta - 6 30 Encontlro Naciona! para a Quaiidade mas Tecnologias de Inform@o e ComunicagSes 46 de Novembro 1998 202 -

6 Sigma: A Ap.os;ta na Qualidade estrutura assenta num grupo de facilitadores, e optou-se For um modelo P conbecirnento diferenciados polo cinturo; Master Black Belt, Black Belt, een Belt. Os mentores ou facilitadores devero ensinar, ajudar, transferir estratgias, identificar oportunidades de melhoria e usar a metodologia como aroaumento de venda. s as o de ^ s de endo onal. ticos "^ OS Se a stica. nuito :>r de 3o EncontroNacional para 7 a QualJdade nas Tecnologias de Informa8o e ComunJca9Ses UnJversidade do Minho 46 de Novembro 1998 203

6 Sigma: A ^postal na Qualidade Nesta fase efectua-se a identificao dos crit6rios Que diferenciam o desempenho "best-in-class". Efectua-Se um benchmarng do Produto e em ocasi6es necessio redesenhar Produtos on Processos. E ento Que Se definem Os objectivos a atingir identificando tarnbm as potenciais fontes de variao. A hist6ria da Motorola tern origem numa proposta de reduo de custos feito por um quadro da empresa. Num sector muito competitivo em Que Os custos tm de ser reduzidos ao mimo a utilizao do Controlo Estatfstico de Processo no uma ideia inovadora, inovador e, sem dnvida, torno o estandarte e o padro a seguir. 30 Encontro Nadonal para 8 a Qualidade nos Tecnologias de Informa(;;5o e Comunicaes 4 de Novembro 1998 204

6 Sigma: A Aposfa na QuaJidade As empresas que esto a aderir a uma fllosofia 6 Sigma no se limitam servios. Assim a GE, por exemplo, alargou Os 6 Sia de para as suas empresas 5 6 Sig!ma e as TIC "^ lente ;lade",ria a Ls de etam lente 550 e ector Lents..xiste SSOS 'ouco ificar s de ionar 3o EncontroNacionat para 9 a Qualidade Has Tecnologias de Informs5o e Comunicaes 4-6 de Novembro 1998 205

6 Sigma: A Aposta na Qualidade 6 ReIaC:So com a Qualidade Total Pode-se tentar estabelecer Se 6 Sigma uma metodologia, uma f1losofia ou uma ferramenta, talvez no seja relevante para o bito deste artigo. No entanto importante salientar aquilo Que 6 Sigma traz de inovador a sua contribuiao para a Qualidade Total. Os maiores contributos so sem dtivida a utilizao do Controlo EstatisticO e a forma em Que Se enquadra com outras ferramentas como o QFD, sendo o envolvimento do trabalho em equipa e a liderana outros dos pectos Se Se analisar "friamente" 6 Sigma de facto, n5o Se inventou nada. No entanto, os projectos de implementao tm sido projectos de mudana de grande dinamismo em Que a Besto de topo lidera e "obriga" a ntilizao de meios adequados. Esta dinca tern levado as organiza6es a identificar em detalhe Os sens Processos, definir objectivos e efectuar o sen follow-"up, e subretudo a investir nas pessoas, formando-as e responsabilizando-as. Temas abrangidos: Ferramentas e tcnicas para a gesto da Qualidade Palavras chave: melhoria continua, capacidade de processo, qualidade total, reduo de custos, excelncia 10 30 Encontro Naciona! para a Qualidade nas Tecnologias de Informao 46 de Novembro 1998 e ComunicagBes 206