Carta de Gestão Agosto 2009



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Transcrição:

Carta de Gestão Agosto 2009 O mês de agosto foi marcado pela continuidade no processo de recuperação da economia global, com indicadores econômicos surpreendendo positivamente as expectativas dos agentes. Esta recuperação, ainda muito dependente dos mais diversos estímulos monetários e fiscais em vigor, vem se desenvolvendo de forma heterogênea, com Ásia na liderança dos continentes, e países emergentes se recuperando mais rapidamente em relação aos desenvolvidos. Nos EUA, apesar da anemia no consumo, motivada pela necessidade de aumento na poupança das famílias e mercado de trabalho ainda em contração, o ISM (Índice de Gerentes de Compra) já aponta para um aumento de produção nos próximos meses, conforme já havíamos comentado em relatórios anteriores. Além disso, o mercado imobiliário, fundamental para um aumento na confiança dos consumidores e para a saúde financeira dos mesmos e dos bancos, segue mostrando aumento de vendas e quedas nos estoques acima das expectativas, além de certa estabilidade nos preços. Por último, vale destacar o discurso do FED e de autoridades do Tesouro americano, que, tendo por base expectativas benignas de inflação para os próximos anos, e alto grau de incerteza em relação à própria recuperação econômica atual, tem mantido as taxas de juros em patamares historicamente muito baixos, mesmo em um ambiente de menor aversão a risco. Após as valorizações expressivas de julho, o S&P e o Nasdaq fecharam em alta de 3,4% e 1,5% em agosto, respectivamente. Na Europa também, os PMIs (índices de gerentes de compras) seguem mostrando surpresas positivas, e apontam para uma recuperação econômica em breve, nos setores de manufaturas e serviços. Se o mercado de trabalho segue em contração no continente, na Alemanha, maior economia e país exportador da região, houve até mesmo uma pequena surpresa positiva. A taxa de desemprego de agosto ficou em 8,3%, contra expectativa de 8,4%, e houve estabilidade no número de vagas abertas. O Dow Jones Stoxx 600 teve alta de 4,9% no mês.

Carta de Gestão Agosto 2009 A Ásia, onde temos verificado índices de produção industrial, exportações, e evolução do PIB acima das expectativas em grande número de países, segue sendo o grande motor da recuperação econômica mundial. Na China, o PMI local voltou a mostrar expansão, e a produção industrial deve voltar a apresentar melhora significativa nos próximos meses. No entanto, desta vez, o país acabou sendo o grande vilão dos mercados. Embora as declarações oficiais sigam apontando para a continuidade de uma política fiscal pró-ativa, e uma política monetária moderadamente expansionista o que tendo em vista os índices de inflação muito bem comportados, faz todo o sentido o mercado acionário local, que já mostrava alguns sinais de exuberância, se viu atingido pela expectativa de queda acentuada no ritmo de expansão do crédito no segundo semestre (os dados de julho já mostraram isso), e, em graus diferentes, teve impacto nos mercados mundiais. O CSI-300 cedeu 24,2% em agosto, e o Hang Seng (Hong Kong) teve queda de 4,1%. Já o Nikkei teve alta moderada de 1,3%, em linha com os mercados desenvolvidos. No Brasil, os indicadores de produção industrial seguem mostrando recuperação gradual. Assim como o mercado de trabalho, onde voltamos a verificar queda na taxa de desemprego de 8,1% para 8% em julho, e o consumo das famílias, tais indicadores também surpreenderam positivamente. O comportamento da renda do trabalhador brasileiro deve possibilitar uma retomada mais acentuada da atividade econômica nos próximos trimestres. Além disso, o último IPCA-15 de agosto mostrou inflação de 0,23%, pouco acima das expectativas do mercado. No entanto, apesar do ritmo mais acentuado de recuperação da atividade, a inflação de 2010 deve permanecer abaixo do centro da meta de 4,5% devido aos reajustes moderados de preços administrados e outros preços com componente inercial relevante. Nesse sentido, tendo em vista os efeitos ainda por vir das últimas quedas nas taxas de juros, e expectativas bem ancoradas para a inflação em 2009 e 2010, o BC deve manter o nível da taxa Selic, atualmente em 8,75%, por um longo período.

Carta de Gestão Agosto 2009 Os ativos brasileiros tiveram um desempenho misto em agosto. O Ibovespa teve alta de 3,1% no mês beneficiado pela melhora nas economias desenvolvidas. No entanto, tal desempenho se mostrou volátil, sendo diversas vezes impactado pela piora no mercado chinês. Por outro lado, a moeda brasileira teve desvalorização de 0,8% em relação ao dólar, impactada pelas incertezas em relação à China e pela queda do CRB de 1,5% no mês. O contrato WTI de petróleo fechou com ligeira alta de 0,7%, em US$69 69,45 o barril.

Estratégias Platina Hedge O fundo Platina Hedge teve um rendimento de 0,29% no mês. A contribuição positiva do fundo veio do mercado de juros futuros. Neste mercado, mantivemos uma posição aplicada para Janeiro-11, mesmo com a divulgação de indicadores econômicos mais fortes, em função das nossas coletas de inflação, que vêm apontando desaceleração da mesma, e por nosso entendimento de que o hiato do produto corrobora o atual nível de juros por um longo período. Não obstante, vale ressaltar que nosso posicionamento foi significativamente menor em relação à exposição média do primeiro semestre. Tal contribuição foi de 0,37%. No mercado de ações, tivemos uma contribuição positiva das ações, sobretudo de GP investimentos, MPX e PDG Realty. No entanto, as operações em índice futuro, utilizadas como hedge dinâmico da carteira, tiveram contribuição negativa no decorrer do mês, que mais do que compensaram a alta nos preços das ações, e, desta forma, ficamos com uma contribuição total deste mercado de -0,12%. No mercado cambial, seguimos acreditando na continuidade da apreciação do real contra a moeda americana, em linha com a idéia de dólar mais fraco no mundo em um ambiente de menor aversão a risco, e manutenção de fluxos positivos para o Brasil. Tivemos uma contribuição negativa com a desvalorização do real no mês e, além disso, tivemos uma perda em decorrência de uma estratégia direcional de opções. Ambas totalizaram -0,48% do fundo.

Estratégias Long Short Direcional O fundo Platina Long Short Direcional teve um rendimento de 1,41% no mês. Tivemos um posicionamento otimista no mercado acionário. Nosso nível médio de exposição foi de 52,13 13% do PL do fundo, e oscilou entre 19,46 46% e 71,33 33%. As maiores contribuições positivas para a rentabilidade do mês vieram das ações de Banco do Brasil, GP Investimentos e PDG Realty. Além disso, tivemos contribuições positivas expressivas do setor de varejo, e de algumas companhias de menor porte. No caso das contribuições negativas, estas vieram principalmente de posições compradas em OGX, e das operações em índice futuro, utilizadas como hedge dinâmico da carteira. No final deste relatório de gestão, procuramos explicar a nossa interpretação em relação ao impacto do nova marco regulatório do setor de petróleo na Petrobras.

Perspectivas Tendo sempre em mente o nosso pano de fundo para os próximos anos, no qual o crescimento potencial, sobretudo dos países desenvolvidos, será mais baixo e mais volátil em relação aos anos pré-2008 2008, seguimos acreditando que, no curto prazo, estamos iniciando um período de recuperação acentuada da economia global. Se não esperamos uma melhora significativa do consumo nas nações desenvolvidas, o mesmo não pode ser dito em relação às principais economias emergentes. Além disso, nos EUA, na Europa, e mesmo no Japão, estamos observando uma melhora acentuada nas pesquisas de atividade ligadas à indústria e mesmo ao setor de serviços, e, em particular na economia americana (como também no Reino Unido), também a divulgação de indicadores mais promissores ligados ao mercado imobiliário. Por último, devemos ressaltar que uma pré-condição fundamental para a continuidade desse processo é a manutenção dos estímulos fiscais e monetários. Com a grande capacidade ociosa existente nestes países, e um discurso oficial que alia insegurança em relação à recuperação das economias, e expectativas bem ancoradas de inflação, não acreditamos em mudanças significativas em tais iniciativas. Assim, seguimos acreditando em um cenário de melhora para os ativos de risco, no Brasil e no mundo desenvolvido, fato ainda reforçado após a divulgação dos resultados corporativos nos EUA referentes ao trimestre passado, e as revisões para o final deste ano e para 2010. De qualquer forma, além dos indicadores econômicos correntes, seguiremos acompanhando especialmente a evolução do discurso e da prática em relação aos estímulos econômicos em vigor, sobretudo na China e nos EUA, além do comportamento dos setores de consumo e financeiro, como focos de eventuais questionamentos que possam nos levar em algum momento a adotar um maior conservadorismo em nossas posições.

PLATINA HEDGE TABELAS E ESTATÍSTICAS Platina Hedge FIM - Estatísticas e Rentabilidades Resultado até agosto-2009 Retorno Acumulado % CDI Maior Rentabilidade Mensal Menor Rentabilidade Mensal Rentabilidades Cota Mês de setembro 0,29% Ano 19,77% Últimos 3 Meses 1,69% Últimos 6 Meses 14,38% Últimos 12 Meses 20,10% Últimos 24 Meses 31,53% Rentabilidade Últimos 12 Meses 22,91% PL Médio Últimos 12 Meses 63,46% 146% 4,35% -2,63% %CDI 43% 287% 77% 177% 130% 199% R$ 16.970.147 mai-09 mar-08 Maior que 150% do CDI 100% e 150% do CDI 0 e 100% do CDI Rendimento Negativo Número de Meses 0 5 10 15 20 Distribuição de Retornos * ago-09 No Ano 12 Meses -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% Ações -0,12% 4,87% 1,86% Renda Fixa 0,37% 6,85% 10,11% Ações Câmbio -0,48% 4,34% 1,78% Renda Fixa Lastro 0,52% 2,56% 5,35% Total 0,29% 19,77% 20,10% Câmbio * O lastro inclui custos operacionais, administrativos e de performance. Abertura de VAR Média Diária de Performance por VAR Alocado * Outros Total ago-09 No Ano 12 Meses 3,00% ago/09 No ano 2,50% Acoes 2,00% 1,50% Moeda 1,00% Renda Fixa 0,50% 0,00% Total 02-jan 16-jan 30-jan 13-fev 03-mar 17-mar 31-mar 15-abr 30-abr 15-mai 29-mai 15-jun 29-jun 13-jul 27-jul 07-ago 21-ago -10% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% * Razão de performance média apropriada sobre VaR de abertura diário médio. Renda Fixa Acoes Moeda Total Os fundos multimercados com renda variável podem estar expostos a significativa concentração em poucos emissores, com riscos daí recorrentes. A rentabilidade dos fundos apresentada, não é liquida de imposto de renda.

PLATINA HEDGE TABELAS E ESTATÍSTICAS Platina Long Short Direcional - Estatísticas e Rentabilidades Resultado até agosto-2009* Retorno Acumulado % CDI Maior Rentabilidade Mensal Menor Rentabilidade Mensal Rentabilidades Mês Ano Últimos 3 Meses Últimos 6 Meses Rentabilidade Últimos 12 Meses PL Médio Últimos 12 Meses 36,24% 318% 18,10% abr-09-1,73% out-08 Cota %CDI 1,41% 203% 39,91% 579% 4,09% 185% 34,83% 726% 38,94% R$ 7.794.839 Número de Meses Maior que 150% do CDI 100% e 150% do CDI 0 e 100% do CDI Rendimento Negativo 0 5 10 *Período sob controle da atual equipe de gestão. Rentabilidade desde do início das atividades do fundo em 06/11/2007 é de 51,30%. Distribuição de Retornos -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Evento Direcional Long & Short Lastro * Total ago-09 No Ano 0,10% 0,79% 2,30% 35,69% -0,38% -0,61% 4,24% -1,58% 1,41% 39,91% Evento Direcional Long & Short Total * O lastro inclui custos operacionais, administrativos e de performance. ago-09 No Ano Exposição Líquida vs. Índice 80,0% 60.000 70,0% 60,0% 55.000 50,0% 40,0% 50.000 30,0% 20,0% 45.000 10,0% 40.000 0,0% -10,0% 35.000 2-jan 9-jan 16-jan 23-jan 3-fev 10-fev 17-fev 26-fev 5-mar 12-mar 19-mar 26-mar 2-abr 9-abr 17-abr 27-abr 5-mai 12-mai 19-mai 26-mai 2-jun 9-jun 17-jun 24-jun 1-jul 8-jul 15-jul 22-jul 29-jul 5-ago 12-ago 19-ago 26-ago Exposição IBOVESPA Os fundos multimercados com renda variável podem estar expostos a significativa concentração em poucos emissores, com riscos daí recorrentes. A rentabilidade dos fundos apresentada, não é liquida de imposto de renda.

Características dos Fundos * O Fundo Platina Hedge iniciou suas atividades em 12/01/2004 e mudou seu perfil de risco em 01/07/2006. **O Fundo Platina Long Short Direcional incorporou o Fundo Plenus Hedge FIM em 28/10/2008. ***O Fundo Platina Hedge iniciou suas atividades em 12/01/2004 com rentabilidade histórica de 115,26%. ESTES FUNDOS UTILIZAM ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO.TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQÜENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS PARA COBRIR O PREJUÍZO DO FUNDO.A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA.ESTES FUNDOS BUSCAM MANTER UMA CARTEIRA DE ATIVOS COM PRAZO MÉDIO SUPERIOR A 365 DIAS, O QUE PODE LEVAR A UMA MAIOR OSCILAÇÃO NO VALOR DA COTA COMPARADA À DE FUNDOS SIMILARES COM PRAZO INFERIOR. O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO APLICÁVEL AO INVESTIDOR DO FUNDO DEPENDE DO PERÍODO DE APLICAÇÃO DO INVESTIDOR BEM COMO DA MANUTENÇÃO DE UMA CARTEIRA DE ATIVOS COM PRAZO MÉDIO SUPERIOR A 365 DIAS.ESTE FUNDO ESTÁ AUTORIZADO A REALIZAR APLICAÇÕES EM ATIVOS FINANCEIROS NO EXTERIOR.

Case Marco Regulatório do Petróleo e Petrobrás Atualmente a maior posição individual dos fundos é em ações da Petrobras. Tendo em vista as recentes discussões sobre o novo marco regulatório, buscamos avaliar com as informações disponíveis até o momento os possíveis impactos e resultados para a empresa. A proposta de lei discutida tem alguns pontos-chave: A utilização do regime de partilha na exploração das áreas do pré-sal sal. É importante ressaltar que a adoção desse modelo já era indicada há meses pelo Governo e não foi nenhuma surpresa. O modelo de partilha já é utilizado há muitos anos em outros países com um cenário político e econômico menos favorável em relação ao Brasil, e os maiores players da indústria estão habituados com ele. Portanto, não é de se esperar que isso afaste o interesse de investidores no país para atuar em conjunto com a Petrobras. Além disso, estima-se se que para grandes reservas (acima de 2,1 bilhões de barris), a taxa interna de retorno sobre o investimento seria maior no regime de partilha, mesmo com o petróleo atingindo a casa dos US$90 90/barril. A Petrobras será empregada como operadora das áreas não licitadas previamente e terá uma participação mínima de 30%, podendo aumentar esse percentual. Nesse caso, a empresa não precisaria entrar num processo de licitação, e, eventualmente, derrotar os concorrentes nos leilões. Portanto, desde que os valores pagos pelas reservas sejam justos, isso não será nocivo para a companhia. Existe um debate do ponto de vista legal dessa medida, e, no que toca à questão da livre concorrência, é questionável seus efeitos sobre a indústria. Entretanto, no que se refere à Petrobras, a medida, se concretizada, será benéfica, tornando-a uma operadora monopolista da operação do pré-sal sal.

Case Marco Regulatório do Petróleo e Petrobrás O Governo é autorizado a participar de qualquer aumento de capital na Petrobras, caso este se realize. As declarações feitas a respeito da participação da União nessa operação indicam que ela injetará na companhia o valor necessário para pagar as reservas. Embora o direito de subscrição seja estendido aos minoritários, permitindo que estes participem da oferta nas mesmas condições do Governo, ainda existe um potencial de diluição, que poderá trazer uma turbulência para o desempenho das ações no curto prazo. Todavia, acreditamos que as medidas tomadas criarão valor para a Petrobras numa magnitude superior ao possível ajuste nos preços que uma diluição possa trazer. O maior risco dessa operação reside no preço a ser acordado entre o Governo e a Petrobras para a venda das reservas, que não podem ultrapassar os cinco bilhões de barris. Na ocasião do anúncio do novo marco membros do Governo citaram um aumento de capital para cobrir as reservas de US$50 50bilhões, utilizando-se um preço de US$10 10/barril. Tal valor não é fruto de nenhum estudo fundamentado, não tem embasamento técnico, e nem serve como parâmetro para se valorar as reservas. A Petrobras terá até 12 meses após aprovação da lei para estudar e delimitar as reservas, e só assim chegar a alguma decisão quanto ao preço. As estimativas usadas para avaliar as reservas de Tupi e Iara servem como um parâmetro razoável num exercício para avaliar o valor dos ativos a serem adquiridos. Tais estimativas variam entre US$2,4/barril e US$5,5/barril, dependendo do preço do petróleo, da taxa de desconto utilizada, e do regime tributário ao qual a reserva está sujeita. Mesmo que o preço pago seja acima do dito justo, digamos, US$7,5/barril, o downside risk ficaria em torno de 7,5%.

Case Marco Regulatório do Petróleo e Petrobrás Considerando um preço justo, a injeção de capital que acontecerá para pagar as reservas será entre US$22 22,8 e US$27 27,5 bilhões, número este bem menor do que fora antecipado por membros do Senado. Tomando como base uma injeção pela União num volume de US$25 bilhões, e esta não sendo acompanhada por nenhum minoritário, a diluição final será de até aproximadamente 9%, o que é perfeitamente aceitável em contrapartida de uma aquisição de ativos com bom potencial de retorno sobre o patrimônio. Concluímos que o novo marco regulatório deu muito mais forças à Petrobras com um ônus potencial relativamente baixo e, portanto, vemos com bons olhos para a companhia essas linhas gerais do projeto encaminhado ao Congresso.