RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA E A JURISPRUDÊNCIA BRASILEIRA Eladio Lecey Escola Nacional da Magistratura Escola Brasileira de Direito e Política Ambiental Instituto O Direito por um Planeta Verde 1
A problemática da criminalidade através da pessoa jurídica Imputação restrita à pessoa natural. Direito Penal tradicional. Dificuldades na tutela do ambiente: não apuração do(s) sujeito(s) ativo imputação ao homem de palha injusta responsabilização do peixe miúdo 2
Responsabilidade penal da pessoa jurídica. Necessidade social Repercussão na esfera jurídico penal Teorias da ficção e da realidade 3
RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO? 'não pode cometer ilícito penal no seu interesse ou benefício. Elas, ao contrário das pessoas de natureza privada, só podem perseguir fins que alcancem o interesse público (TJRS, ACR nº 70057449340, Quarta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, Julgado em 29/05/2014). 4
Apel.Crim. 0000574-90.2009.404.7200/SC, TRF4a.R, 7ª.Turma, Rel.Salise Monteiro Sanchotene, 01/07/2014 A responsabilização criminal de pessoa jurídica de direito público encontra farto suporte jurídico, decorrente: 2.1) do princípio da legalidade, na medida em que, ao atribuir a responsabilidade criminal de pessoas jurídicas pela prática de ilícito ambiental, o art. 225, 3º da CF e o art. 3º da Lei 9.605/98 não fizeram distinção alguma entre as pessoas de direito público e as de direito privado; 2.2) das regras de hermenêutica jurídica, tendo em vista a orientação de que não compete ao intérprete distinguir o texto legal quando, podendo, o legislador não o fez; 2.3) do princípio da isonomia, porquanto não se justifica tal isenção em detrimento das pessoas jurídicas de direito privado, precipuamente levando em conta que é obrigação constitucional dos entes públicos a garantia 5 do meio ambiente ecologicamente equilibrado;
Apel.Crim. 0000574-90.2009.404.7200/SC, TRF4a.R, 7ª.Turma, Rel. Salise Monteiro Sanchotene, 01/07/2014 2.4) do princípio da eficiência, eis que o meio ambiente será melhor salvaguardado se os entes públicos puderem, também, ser responsabilizados criminalmente, mormente porque não é incomum que tais entidades atuem como sujeitos ativos de delitos ambientais; 2.5) do fato de que, embora tenham sido criadas para defender o interesse público, as entidades em tela muitas vezes cometem arbitrariedades, devendo existir instrumento apto a coibir agressões a direitos que deveriam ser, por aqueles mesmos, garantidos; 2.6) da possibilidade de aplicação de pena, em simetria ao que ocorre na esfera cível, isto é, imposição de pagamento em pecúnia ao ente público, assegurada ação regressiva contra a pessoa física que causou o dano. 3. Portanto, na hipótese, a Prefeitura Municipal 6 de Florianópolis pode figurar como ré.
RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES CONTRA O AMBIENTE Pessoa física e pessoa jurídica: Concurso necessário de agentes? Impossibilidade de denúncia isolada (dupla imputação)? 7
DENÚNCIA IMPUTAÇÃO À PESSOA JURÍDICA REQUISITOS: Artigo 3, Lei 9605/98: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade. 8
CONCURSO NECESSÁRIO DE AGENTES? Teoria da dupla imputação. Impossibilidade de acusação isolada da pessoa jurídica. Acórdãos paradigmas: É certo que não se pode compreender a responsabilização do ente moral dissociada da atuação de uma pessoa física, que age com elemento subjetivo próprio (dolo ou culpa). RESP 564.960/SC, STJ,, 5a. Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJ 13.06.2005. Admite-se a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais desde que haja a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício, uma vez que não se pode compreender a responsabilização do ente moral dissociada da atuação de uma pessoa física, que age com elemento subjetivo próprio RMS 20.601/SP, 5ª. Turma, Rel. Min. Felix Fischer 9
CONCURSO NECESSÁRIO DE AGENTES? Teoria da dupla imputação. Impossibilidade de acusação isolada da pessoa jurídica. No mesmo sentido, dentre tantos: Superior Tribunal de Justiça: RESP 610.114 RN (20003/0210087-0), 17.11.2005 Min. Gilson Dipp RESP 16.696 PR (2003/0113614-4), 13.03.2006, Rel. Min. Hamilton Carvalhido. RESP 585.615 SC (2003/0163035-0), 09.05.2006, Rel. Min. Gilson Dipp RH 19119-MG (2006/0042690-1), 12.06.2006, Rel. Min.Felix Fischer RMS 20601-SP(2005/0143968-7),29.06.2006, Rel. Min. Felix Fischer RE 889.528-SC(2006/0200330-2),17.04.2007, Rel. Min. Felix Fischer HC 93867-GO(2007/0259606-6), 08.04.2008, Rel. Min. Felix Fischer AgRg na MC 14663/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j.6/11/2008, Dje 24.11.2008) 10
Teoria da dupla imputação. Impossibilidade de acusação isolada da pessoa jurídica. No mesmo sentido, dentre tantos: Superior Tribunal de Justiça: RESP 969160/RJ, Rel.Min. Arnaldo Esteves Lima, j.6.08.2009, Dje 31.08.2009) RESP 989089, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 18.8.2009) RESP 800817/SC,Rel. Celso Limongi, Des.convocado, j. 04.2.2010, Dje 22.02.2010 RHC 24239-ES, Rel. Min. Og Fernandes, j. 10.06.2010 HC 147541, Rel. Celso Limongi, Des.convocado, j. 16/12/2010 Ag.em RESP 898302-PR (2006/0224608-0), Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moutra, j. 07/12/2010, Dje 17/12/2010 Emb.Declaração no RESP 865.864-PR, Rel. Des.Conv.Adilson Vieira Macabu, j.20/10/2011 Rec.em MS 27593,-SP (2008/0182967-4), Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 04/09/2012 11
Nos tribunais de segundo grau: Teoria da dupla imputação. Impossibilidade de acusação isolada da pessoa jurídica. No mesmo sentido, dentre tantos: TJDFT, Câmara Criminal, MS 20120020194567, Rel. Des. Sandra De Santis, j.19/11/2012 TJRS, 4ª.Câmara Criminal, MS 70047045877, Rel. Marco Antonio Ribeiro de Oliveira, j. 15/03/2012 TJSC, 3ª.Câmara Criminal, Apel.Crim. 2008078472-2, Rel.Des. Torres Marques, j. 30/06/2009 TJPR, 2ª.Câmara Criminal, HC 639387-9, Rel. Des. Noeval de Quadros, j. 17/12/2009 TJSP, 11ª. Câmara Criminal, MS 0181555-33. 2012.8.26.0000, Rel. Des.Guilherme Strenger, j.6/02/2013 12
Nos tribunais de segundo grau: Teoria da dupla imputação. Impossibilidade de acusação isolada da pessoa jurídica. No mesmo sentido, dentre tantos: TRF2ª.Região, 2ª.Turma Espec., MS 2010.02.01.006555-7, Rel. Marcelo Leonardo Tavares, Juiz Federal Convocado, j. 14/09/2010 TRF3ª.Região, 5ª. Turma, Apelação Criminal 0000076-2006.4.03.6118/SP, Rel. Des.Fed. Ramza Tartuce, j. 10/09/2012 TRF4ª.Região, 7ª. Turma, Apelação Criminal 0006260-14.2005.4004.7100/RS, Rel. Des.Fed.Tadaaqui Hirose, j. 14/12/2010 TRF4ª.Região, 7ª. Turma, Rec. Sent. Estrito 5010872-51,2012.404.7200/SC, Rel. Des.Fed. Élcio Pinheiro de Castro, j. 03/12/2012 13
FORMAS DO CONCURSO DE PESSOAS EM MATÉRIA PENAL Concurso necessário de agentes elemento do tipo, integra a definição do crime (exemplo: quadrilha ou bando - artigo 288, CP) Concurso eventual de agentes o crime pode ser realizado por uma pessoa isoladamente e, eventualmente, por mais de uma (maioria dos delitos, exemplos: homicídio art. 121 CP, poluição art. 54 Lei 9605/98) 14
FORMAS DO CONCURSO EVENTUAL DE PESSOAS Co-autoria (autoria mais autoria) Participação (acessória da autoria) Autor e co-autor.teorias: extensiva ou subjetiva-causal (critério material-objetivo) todo aquele que concorre p/crime restrita ou da tipicidade (critério formal-objetivo) quem pratica a conduta típica do domínio do fato (critério final-objetivo) também é co-autor quem domina finalisticamente mesmo que não realize a figura típica 15
CONCURSO NECESSÁRIO DE AGENTES Nossa posição: Art. 3, Lei 9605/98 vincula responsabilidade da pessoa jurídica a decisão de pessoa física há concurso necessário de agentes co-autoria entre pessoa jurídica e pessoa(s) física(s) que delibera(m) Eventualmente poderá haver concurso (não necessário) com demais pessoas que concorram para o mesmo crime art. 3, parágrafo único, Lei 9605/98 16
CONCURSO NECESSÁRIO DE AGENTES De regra incluir na denúncia pessoa física, co-autora ou partícipe juntamente com a pessoa jurídica Possível não inclusão acaso não identificada a pessoa física mas evidenciada a deliberação por quem de direito (ex.: votação majoritária secreta do colegiado). Ou noutras situações em que, identificada a pessoa física, não puder ser incluída na peça acusatória, ou deva ser afastada do processo por exemplo: aceitou transação penal e a pessoa jurídica não; morte da pessoa física após a prática do crime no interesse ou benefício da pessoa jurídica, prescrição da pretensão punitiva com relação à pessoa física. Possibilidade de denúncia isolada da pessoa jurídica (hipóteses restritas) 17
RE 548181, Primeira Turma, Supremo Tribunal de Justiça, Relatora Ministra Rosa Weber, 06/08/2013, publicação DJE 30/10/2014, Boletim 714 RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO PENAL. CRIME AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA. CONDICIONAMENTO DA AÇÃO PENAL À IDENTIICAÇÃO E À PERSECUÇÃO CONCOMITANTE DA PESSOA FÍSICA QUE NÃO ENCONTRA AMPARO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1. O art. 225, 3, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação. 2. As organizações corporativas complexas da atualidade se caracterizam pela descentralização e distribuição de atribuições e responsabilidades, sendo inerentes, a esta realidade, as dificuldades para imputar o fato ilícito a uma pessoa concreta 18
RE 548181, Primeira Turma, Supremo Tribunal de Justiça, Relatora Ministra Rosa Weber 3. Condicionar a aplicação do art. 225, 3, da Carta Política a uma concreta imputação também a pessoa física implica indevida restrição da norma constitucional, expressa a intenção do constituinte originário não apenas de ampliar o alcance das sanções penais, mas também de evitar a impunidade pelos crimes ambientais frente às imensas dificuldade de individualização dos responsáveis internamente às corporações, além de reforçar a tutela do bem jurídico ambiental. 19
RE 548181, Primeira Turma, Supremo Tribunal de Justiça, Relatora Ministra Rosa Weber 4. A identificação dos setores e agentes internos da empresa determinantes da produção do fato ilícito tem relevância e deve ser buscada no caso concreto como forma de esclarecer se esses indivíduos ou órgãos atuaram ou deliberaram no exercício regular de suas atribuições internas à sociedade, e ainda para verificar se a atuação se deu no interesse ou benefício da entidade coletiva. Tal esclarecimento, relevante para fins de imputar determinado delito à pessoa jurídica, não se confunde, todavia, com subordinar a responsabilização da pessoa jurídica à responsabilização conjunta e cumulativa das pessoas físicas envolvidas. Em não raras oportunidades, as responsabilidades internas pelo fato estarão diluídas ou parcializadas de tal modo que não permitirão a imputação da responsabilidade penal individual. 20
Desnecessidade de acusação simultânea da pessoa física que representa a pessoa jurídica TRF4ª.Região, 8ª. Turma, Apelação Criminal 0010064-78.2005.404.7200/SC, Rel.Des.Fed.Paulo Afonso Brum Vaz: Responsabilidade penal da pessoa jurídica. Natureza subjetiva. Possibilidade e autonomia da persecução criminal... Conforme bem apontou Eugênio Raúl Zaffaroni, a análise cuidadosa do dispositivo legal revela que a norma não exige, para a instauração de persecutio criminis in iudicio contra a pessoa jurídica, a simultânea propositura de ação penal em desfavor dos administradores pessoas físicas, mas, sim que a prática delitiva seja decorrência de decisão desses gestores. Vagueza normativa que deve ser compreendida apenas no sentido de obstar a responsabilização do ente coletivo por atos de terceiros alheios a seu quadro diretivo, tais como empregados ou prepostos sem poder de comando 21
Desnecessidade de acusação simultânea da pessoa física que representa a pessoa jurídica ALTERAÇÃO JURISPRUDÊNCIA STJ a pessoa jurídica também denunciada deve permanecer no polo passivo da ação penal. Alertese, em obiter dictum, que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal reconheceu que a necessidade de dupla imputação nos crimes ambientais viola o disposto no art. 225, 3.º, da Constituição Federal (RE 548.818 AgR/PR, 1.ª Turma, Rel. Min. ROSA WEBER, Informativo n.º 714/STF).HC248073, STJ, Quinta Turma, Relatora Ministra Laurita Vaz, 01/02/2014 22
Recurso em mandado de segurança Nº 39.173 -BA (2012/0203137-9), Superior Tribunal de Justiça, Quinta Turma, Relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, 6/08/2015, DJe. 13/08/2015 PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA POR CRIME AMBIENTAL: DESNECESSIDADE DE DUPLA IMPUTAÇÃO CONCOMITANTE À PESSOA FÍSICA E À PESSOA JURÍDICA. 1. Conforme orientação da 1ª Turma do STF, O art. 225, 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação. (RE 548181, Relatora Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 6/8/2013, acórdão eletrônico DJe- 213, divulg. 29/10/2014, public. 30/10/2014). 23
Recurso em mandado de segurança Nº 39.173 -BA (2012/0203137-9), Superior Tribunal de Justiça, Quinta Turma, Relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca 2. Tem-se, assim, que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. Precedentes desta Corte. 3. A personalidade fictícia atribuída à pessoa jurídica não pode servir de artifício para a prática de condutas espúrias por parte das pessoas naturais responsáveis pela sua condução. 4. Recurso ordinário a que se nega provimento. 24
Desnecessidade de acusação simultânea da pessoa física que representa a pessoa jurídica REFLEXO NO TRF4a.REGIÃO De acordo com recentes entendimentos dos Tribunais Superiores, a teoria da dupla imputação, segundo a qual a responsabilidade penal da pessoa jurídica não poderia ser dissociada da pessoa física atuante em seu benefício, não encontra suporte jurídico, já que não há tal exigência no art. 225, 3º, da Constituição Federal. Logo, é possível a responsabilização, em isolado, da pessoa jurídica envolvida na prática de crime ambiental. (Apel.Crim. 0000574-90.2009.404.7200/SC, TRF4a.R, 7ª.Turma, Relatora Salise Monteiro Sanchotene,01/07/2014) 25
PROJETO NOVO CÓDIGO PENAL PL 236/2012 Art. 41. As pessoas jurídicas de direito privado serão responsabilizadas penalmente pelos atos praticados contra a administração pública, a ordem econômica, o sistema financeiro e o meio ambiente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 1º A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato, nem é dependente da responsabilização destas. 26
PROJETO NOVO CÓDIGO PENAL PL 236/2012 SUBSTITUTIVO RELATOR SEN. PEDRO TACQUES Art. 39. As pessoas jurídicas de direito privado serão responsabilizadas penalmente pelos atos praticados contra a administração pública, a ordem econômico-financeira e o meio ambiente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 1º A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato, nem é dependente da identificação ou da responsabilização destas. 27
PROJETO NOVO CÓDIGO PENAL SUBSTITUTIVO PL 236/2012 SUGESTÕES DO GRUPO DE TRABALHO AO RELATOR Proposta prioritária: Art. 39. As pessoas jurídicas de direito privado serão responsabilizadas penalmente pelos atos praticados contra a ordem econômica, o sistema financeiro e o meio ambiente, nos casos em que a infração seja cometida no interesse ou benefício da sua entidade. 28
DENÚNCIA IMPUTAÇÃO À PESSOA JURÍDICA. REQUISITOS: Interesse ou benefício da pessoa jurídica Apontar na denúncia MS2002.04.01.054936-SC, TRF4a.Região RE331929-SP(2001/0086677-9),STJ,(vide parecer/ recomendações) Suficiente: desenvolvimento empresarial MS2002.04.01.013843-0/PR, TRF4a.Região 29
PRAZOS DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA Lei 9605, art.79 aplicação subsidiária do CP Restritivas de direito e prestação de serviços à comunidade art. 109, par.único, CP Apelação Criminal 00403124.3/5-0000-000, Tribunal de Justiça de SP,6a.Câmara, 3 Grupo, Seção Criminal mesmo prazo à pessoa física (referência penas privativas de liberdade cominadas) Nossa posição: Prazo de prescrição da pretensão punitiva deve ser norteado pela pena máxima cominada ou pela aplicada na sentença condenatória na ausência de recurso da acusação Pena máxima cominada à pessoa jurídica: 10 anos (art. 22, parágrafo 3o.). Prazo de prescrição: 16 anos (art. 109, II, CP) 30
MUITO OBRIGADO! 31