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1 PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 2.2 CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES (art. 65 e 66 do CP) Circunstâncias Atenuantes Art São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; II - o desconhecimento da lei; III - ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 1ª) Menoridade (art. 65, I) Ser o agente menor de 21 anos na data do fato. O fato do CC ter baixado a maioridade para 18 não alterou a regra do CP, pois este leva em consideração à idade cronológica do autor, e não a sua capacidade civil. Por esse mesmo motivo, é irrelevante e emancipação. Súmula 74 do STJ: Efeitos Penais - Reconhecimento da Menoridade - Prova Documental 1

2 Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil. 2ª) Senilidade (art. 65, I) Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença. De acordo com o STJ e STF, deve o agente ser maior de 70 anos até a decisão que primeiro o condena. Assim, se a sentença de 1º grau o condena e o acórdão confirma, o que vale a sentença de 1º grau, pois o condenou primeiro. Porém, se a sentença de 1º grau o absolve e o acórdão condena, os 70 anos são observados na data do acórdão (pois foi o primeiro que o condenou). Ocorre que existem decisões no sentido de que, se o agente tiver menos de 70 anos na data da sentença condenatória e completá-los somente na data do acórdão, poderá incidir a atenuante caso o acórdão tenha reformado para maior a pena. O Estatuto do Idoso, apesar de considerar idoso aquele maior de 60 anos, não alterou o CP. 3ª) Desconhecimento da lei (art. 65, II) O desconhecimento da lei não isenta o réu de pena, mas poderá reduzi-la. 4ª) Agente ter cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral (art. 65, III, a) Valor moral são sentimentos do próprio agente, que pratica o delito por motivo nobre. Ex: palmadas do pai no filho, mas que eventualmente causou hematomas. Valor social pratica o crime por valor pertencente à coletividade. Se for reconhecido como privilégio no homicídio (art. 121, 1º) ou lesões corporais (art. 129, 4º), por ser CDP, não será aplicada como atenuante genérica. 5ª) Agente ter procurado espontaneamente e com eficiência, logo após a prática do crime (consumação), reduzir ou evitar as consequências do crime; ou ter procurado, antes do julgamento, reparar o dano; (art. 65, III, b) 2

3 Não se confunde com arrependimento eficaz (art. 15, CP), pois neste o agente consegue evitar, após todos os atos de execução, a consumação do crime. A atenuante genérica, o crime se consuma, mas o agente procura reduzir ou evitar as consequências do crime. Art O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Na 2ª parte, o agente repara o dano antes que o juiz profira a sentença condenatória. 6ª) Agente ter cometido o crime sob coação moral resistível; ou cometido o crime por ordem de autoridade superior (ordem ilegal); ou cometido o crime sob influência violenta emoção após provocação injusta da vítima (art. 65, III, c) Coação moral resistível é atenuante, enquanto que se for irresistível exclui a culpabilidade (art. 22). Se a ordem de superior for manifestamente ilegal será atenuante. Mas se a ordem for aparentemente legal haverá exclusão da culpabilidade (art. 22). A vítima provoca injustamente e o autor, por influência de violenta emoção, mata a vítima haverá atenuante. Se sob domínio de violenta emoção, será causa de diminuição de pena (art. 121, 1º, CP - 3ª fase de aplicação da pena). Art. 121, 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 7ª) O agente confessa espontaneamente a autoria do crime à autoridade (art. 65, III, d) Requisitos: - Espontaneidade da confissão (não basta voluntariedade) 3

4 Obs: Espontaneidade não existe intervenção externa. O autor confessa por desejo que parte de si mesmo. Voluntariedade admite intervenção externa (é convencido a confessar). - Confissão simples (não abrange a confissão qualificada); Obs: confissão qualificada é aquela em que o agente confessa, mas acrescenta tese defensiva (confissão + tese defensiva (descriminante ou dirimente). Ex: matei, mas em legítima defesa. Na Confissão simples, ele apenas confessa. Obs2: O STJ não aplica a atenuante genérica no caso de confissão qualificada (HC ). Já o STF permite a atenuante quando a confissão é qualificada (HC 99436). Se o agente confessa na Polícia, mas se retrata em juízo, poderá ser utilizada como atenuante? R Prevalece nos Tribunais Superiores o entendimento de que se a confissão extrajudicial (na Polícia) foi efetivamente utilizada para embasar a sentença condenatória (a confissão perante a autoridade policial fora utilizada pelo juiz como argumento para a condenação), a atenuante deverá ser aplicada, mesmo que posteriormente haja retratação em juízo. 8ª) Ter o agente cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, desde que não tenha provocado este (art. 65, III, e). Ex: Brigas com muitas pessoas CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES INOMINADAS (art. 66, CP) Art A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. As agravantes são reguladas pelo princípio da legalidade. Já as atenuantes estão num rol exemplificativo. Por isso, o juiz poderá utilizar-se de atenuante não prevista em lei. Ex: o juiz pode utilizar a confissão voluntária como atenuante inominada. Coculpabilidade é um princípio que nasce da inevitável conclusão de que as sociedade é, muitas vezes, desorganizada, discriminatória, marginalizadora, coloca as 4

5 pessoas à margem, etc, criando condições sociais que reduzem o âmbito de determinação e de liberdade do agente (não dá à algumas pessoas qualquer oportunidade), contribuindo, portanto, para o delito. Esta postura social deve acarretar no reconhecimento de atenuante inominada, reduzindo a pena do agente. A sociedade também é responsabilizada por contribuir para a formação do criminoso, e tal responsabilidade é realizada atenuando a pena do agente. A coculpabilidade possui algumas críticas: - Parte da premissa equivocada de que a pobreza é a causa do delito; - Por isso, pode conduzir à redução de garantias quando se trata de réu rico, criando um direito penal seletivo. Surgiu nova teoria para substituir a coculpabilidade. É a Teoria da Vulnerabilidade: quem conta com alta vulnerabilidade de sofrer a incidência do direito penal (de cometer crimes), e esse é o caso de quem não tem instrução, família estruturada, rica, etc, tem a sua culpabilidade reduzida. O que importa não é a pobreza, mas sim a vulnerabilidade. Vulnerabilidade é para rico ou para pobre. Ex: se o agente é filho de família rica, cujo dinheiro decorre do tráfico, é vulnerável ao direito penal, pela probabilidade de cometer crimes. Obs: coculpabilidade apresentada aos avessos: aquele que desfruta de baixa vulnerabilidade social (conta com família estruturada, instrução, boa condição financeira, bom grau de intelectualidade, etc), tem, em tese, maior culpabilidade. 5

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