São Paulo, Multimodalidade e a Cadeia de Suprimentos A importância de Plataformas Logísticas Vice-Presidente
Financial Times (London), June 4, 1982 Arnold Kransdorff reports on Supply Chain Management Cadbury Schweppes is one of eight international clients which are currently using s rather grandly titled supply chain management concept Explains Keith Oliver...: Addressing the problem at the control systems level would have produced major emphasis on trying to improve the accuracy of forecasting demand. Given the characteristics of the demand -- high variety and uniqueness of the component specifications there was a limited chance of success. Fundada em 1914 Edwin Booz, ao fundar a Booz, criou a profissão de consultoria de gestão estratégica Keith Oliver, ao trabalhar para Cadbury Schweppes, cunhou o termo Supply Chain Management Luiz Vieira Sócio VP, Líder da Prática de Operações e Infra-Estrutura na A. Latina Professor de Estratégia em Cursos de Pós-graduação do Insper PhD, MSc pelo MIT/USA e COPPE/RJ Primeira Consultoria de Alta Gestão a estabelecerse no Brasil, em 1965 1
Nos últimos anos, as cadeias de suprimentos têm ficado cada vez mais complexas Cadeia de Suprimentos Tradicional Cadeia de Suprimentos Atual Fornecedor Matéria-Prima Fábrica Loja Clientes Planta Própria Loja Fornecedor 1 Armazém Complexidade da Cadeia de Suprimentos Milhares de SKUs Vários Canais com requerimentos distintos Clientes Diretos e Distribuidores Plantas Próprias e Terceirizadas Diversos Fornecedores Fornecedor 2 Co-packer JV / Aliança Distribuidor Cross-dock Drogaria Mass Merchandiser Clientes 2
Entretanto, ineficiências na cadeia de suprimentos continuam a oferecer oportunidades de geração de valor Ineficiências na Cadeia de Suprimentos Escopo de Criação de Valor Redes logísticas redundantes e ineficientes 100% 10% of GDP 9% 4% Indústria e distribuidor muitas vezes operam redes dedicadas em geografias comuns 20% Falta de uma perspectiva dos economics Mecanismos/Ferramentas são muitas vezes insuficientes para avaliar o trade-off dos economics da cadeia com a equação de demanda 50% 32% 16% 4% 3% 3% 1% 1% 8% Fluxos físicos e financeiros não alinhados Separação entre transferência de fundos e fluxos físicos deixa de capturar oportunidades de geração de valor 0% Aumento da relevância da cadeia de suprimentos Globalização da configuração fabril re-enfatiza os custos da cadeia de suprimentos e de logística TRANSPORTES Source: CASS 2001 3
Transportes é o maior componente de custo cada modalidade tem o seu papel dependendo da cadeia de suprimentos CARACTERÍSTICAS RODOVIA FERROVIA AÉREO NAVEGAÇÃO DUTO Econômicas Custo (Operação) Moderado Baixo Alto Baixo Baixo Cobertura Ponto-a-Ponto Entre Terminais Entre Terminais Entre Terminais Entre Terminais Grau de Competição Alto Moderado Moderado Baixo Baixo Tráfego Predominante Valor Todos Baixo-Moderado Alto Baixo Baixo Densidade Moderada-Alta Baixa-Moderada Alta Alta Distância Média (km) 500-800 800-1.000 1.300-1.500 1.200-1.400 400-600 Capacidade do Veículo (t) 10-40 50-12.000 5-125 1.000-200.000 30K-2.500K Serviço Velocidade em Trânsito Moderada Baixa Alta Baixa Baixa Disponibilidade Alta Moderada Moderada Baixa Baixa Confiabilidade Alta Moderada Alta Baixa-Moderada Alta Perdas e Danos Baixo Moderado-Alto Baixa Baixa-Moderada Baixa Flexibilidade Alta Moderada Baixa-Moderada Baixa-Moderada Baixa 4
Diferenças na estrutura de custos entre as modalidades influenciam na escolha modal Participação nos Custos 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Distribuição de Custos por Modalidade de Transporte Combustível Manutenção Pneus Pedágios Remuner. Capital Reposição Ativos Seguro Impostos/Taxas Combustível Tração Manutenção de via e material rodante Outros Rodoviário Ferroviário Marítmo Aéreo Variável Mão-de-Obra Fixo (1) Não considera pagamento de Concessão ao poder concedente (2) Não considera custos portuários/aeroportuários Nota: Não considera custos administrativos Fonte: Banco de Dados (1) Combustível Custo de Capital Manutenção Combustível Serviço a passageiros Tarifas de pouso Auxilio a Navegação Arrendamento de aeronaves Manutenção (2) (2) Custo Fixo por Viagem CUSTO POR CARGA $2,000 1,800 1,600 1,400 1,200 1,000 800 600 400 200 Até 400 km Rodoviário 400-1500 km Ferroviário Acima 1500 km -- Marítimo LTL 530 Milhas Truckload Piggyback/Rail 0 0 500 1,000 1,500 MILHAS 5
A multimodalidade permite combinar modalidades de transporte trazendo maior eficiência e menor custo à cadeia de suprimentos Exemplos de Multimodalidade no Brasil Rodo-Ferroviário: combinando a agilidade na coleta de grãos das fazendas em Goiás por rodovia para armazéns de consolidação para ferrovia (EFVM) de grande capacidade para o porto (TPD/Tubarão) Ferro-Hidroviário: combinação de modalidades de grande capacidade de carga utilizada para grandes volumes e longas distâncias Rodo-Hidroviário: combinando o transporte rodoviário de álcool das regiões produtoras de MT até a base em Porto Velho, de onde o produto é transportado pelo modo hidroviário até a base de Manaus, onde então é distribuído pelo modo rodoviário Rodo-Ferro-Hidroviário: combinando a coleta de grãos nas fazendas de Goiás até hidrovia Tietê-Paraná (S. Simão-Pederneiras) e depois por ferrovia até o porto de Santos Aero-Rodoviário: mercadorias com limitação de peso e espaço, são coletadas em veículos pequenos e transportadas para o aeroporto, onde são acondicionadas nas aeronaves 6
Para tanto, o desenvolvimento de plataformas logísticas eficientes que conectem as diferentes modalidades de transporte é crítico Tipos de Plataformas Terrestres Tipo I Centro de Serviços Tipo II Centro Logístico Urbano Centro intramodal rodoviário com serviços de apoio e especializados (p.ex. atendimento de cargas perigosas) Agrega players no mercado p.ex. central de fretes Plataformas Terrestres Instalação de interface entre transporte de longa distância e transporte local, principalmente urbano (City Logistics) Agregação de valor a produtos específicos Tipo III Centro Logístico Integrado Tipo IV Plataforma Logística Instalação de interface visando principalmente a intermodalidade Ênfase contêineres (porto seco) Centro logístico multimodal infraestrutura tecnológica para integração de informações logísticas e mercadológicas Serviços aduaneiros Agregação de valor a produtos específicos 7
Plataformas logísticas consolidam diferentes negócios na mesma infraestrutura -- presença de diferentes agentes intervenientes Plataforma Logística Características Gerais Área Logística Multimodal de governança única e neutra, com presença de diversos embarcadores e operadores logísticos, que realizam operações de armazenamento, transporte intermodal, transbordo, e utilização de área de serviços gerais, com objetivo de redução de custos e aumento do nível de serviço Centro de Armazenagem com área para estoque com diferentes finalidades Estoque de produto acabado Armazém Avançado Estoque do Terminal Intermodal Armazéns Área Indústrial Área Industrial com vocação para operações de montagem final de produtos Área de Cross Docking para transbordo de caminhões de longa distância (alta capacidade) para caminhões de distribuição urbana Cross Docking Terminais Serviços Gerais Área de Serviços Gerais como agência bancária, restaurante, hotel, estacionamento, posto de gasolina Terminal Intermodal, geralmente entre os modais rodoviário e ferroviário. Em alguns casos, pode ser representado pela presença de porto ou aeroporto 8
Uma parceria entre os agentes intervenientes deve ser promovida para maior captura de valor na plataforma logística Contrapartida Desenvolvimento econômico Redução da saturação de rodovias Governo Construção/ Manutenção de acessos Alteração nas regras fiscais Apoio para licenças ambientais Agenda com Parceiros Críticos Plataforma Logística Operador Ferroviário Projeto de Terminal Ferroviário/ Terminal Construção do Ramal Trem expresso, quando houver volume Acesso a embarcadores âncora Contrapartida Captação de cargas Participação no valor capturado Suporte para identificação e avaliação da área Projeto de infraestrutura Plano de venda Contrato de locação de área antecipado Adesão de operadores menores sub-contratados Redução de custo logístico Incorporadora Imobiliária Operadores Âncoras 9
Em sua essência, portos são plataformas logísticas com importantes desafios no caso brasileiro Configuração Física Atual Conflitos urbanos na maior parte dos portos existentes envolvidos por áreas urbanas Restrições com relação aos acessos terrestres Falta de capacidade para o volume movimentado / esperado para o porto Espaços limitados para a movimentação e operação de trens e caminhões Áreas limitadas para a expansão tanto em cais quanto em retroáreas Desenvolvimento das Instalações Portuárias Aspectos Regulatórios e Institucionais Necessidade de fortalecimento do planejamento setorial Planejamento integrado entre os diferentes modais, os fluxos prioritários de cargas e os investimentos associados Planejamento para o desenvolvimento / zoneamento de cada um dos portos Lenta / restrita execução de novos projetos de expansão das áreas portuárias nos portos organizados Atuação limitada e pouco eficiente das Autoridades Portuárias na coordenação dos diferentes agentes e realização dos investimentos necessários para o desenvolvimento dos portos Falta de coordenação e atuação integrada entre os diferentes agentes intervenientes dentro dos portos Processo de mudança regulatória em curso com necessidade de consolidação do marco legal e sua regulamentação decorrente 10
Obrigado! Q&A Contatos Luiz Vieira (11) 5501-6212 luiz.vieira@booz.com 11