Do campo ao garfo: desperdício alimentar em Portugal 13 de Março 2013 Autores: Pedro Baptista Inês Campos Iva Pires Sofia Vaz
Projecto PERDA Prémio Ideias Verdes 2011 Coordenação David Sousa (Cestras) QUANTO é o desperdício Como se DISTRIBUI pela cadeia alimentar ÁREAS PRIORITÁRIAS de intervenção Equipa Iva Pires (Cesnova, FCSH-UNL) Sofia Vaz (Cense, FCT-UNL) Investigação Inês Campos (Cestras) Pedro Baptista (Cestras) Consultores Ana Silveira (FCT-UNL) Cláudia Soares (UCP) Graça Martinho (FCT-UNL) Susana Valente (Cestras)
DPSIR Desperdício alimentar FORÇAS MOTRIZES Crescimento populacional Urbanização Cadeias de aprovisionamento longas Alterações de dietas & mais desperdício Alteração da estrutura familiar PRESSÃO 3 700 M Procura nos alimentos 6 900 M Cadeia de Aprovisionamento Capitação diária energética em Portugal = 3640 kcal per capita/dia (9º maior) Características do produto (Shelflife, Regime de temperatura, Variabilidade na procura) Eficiência no abastecimento dos mercados e nas vendas Tecnologias e infraestruturas adequadas (e.g. cadeias de frio) Gestão sofisticada (e.g. redução dos stocks dentro da cadeia) 9 100 M 1970 2010 2050 Alimentação: 20-30% dos impactes ESTADO 1/5 dos alimentos perdem-se ao longo da FSC Principais contribuidores: Fim da cadeia: retailers e consumidores Produção RESPOSTA Melhoria da Calorias comunicação per entre capita os membros / dia da cadeia alimentar Controlo de stock computadorizado Mercados secundários (discounters) Excesso: Campanhas de educação para o consumidor 1 140 Planeamento das compras e refeições Diferenciar Consumir até de Consumir de preferência antes de Comportamento no descarte de alimentos Communicação da parte do orçamento familiar que é desperdiçado Plataformas de solidariedade social Banco Alimentar Movimento Zero Desperdício (Dariacordar) Re-Food Recomendado: 2 500 IMPACTO Económico: valor dos alimentos desperdiçados Ambientais: Deposição em aterro; Utilização de recursos Social: Segurança alimentar; questão moral; impactes na saúde
Metodologia Questionário para as famílias teste Grupo de foco melhoramento Inquérito online às famílias (804 respostas) Entrevistas por telefone / Email / Reuniões (cerca de 70) Balanços de aprovisionamento Definições Entrevistas & questionário Volumes de produção e consumo Fonte: INE Perdas e desperdícios alimentares de cada categoria de produtos Âmbito: produção, processamento, distribuição, famílias Dados extraídos: % de perdas nas actividades Distribuição dos produtos por destino (frescos versus processados) Factor de conversão para determinar a massa comestível Agricultores Retailers Cálculo das perdas Fluxo de massas com aplicação da % de perdas ao longo da cadeia Cooperativas Indústria agroalimentar Resultados 17% do que se produz para consumo humano é desperdiçado Predominância nas fases finais da cadeia e na produção
Balanço de aprovisionamento Portugal (ano 2008) Produtos Produçã o Comércio internacional Importaç Exportaç ões ões Variação de stock Total Disponível para consumo Alimentação animal Do qual: Consumo humano bruto Capitação anual bruta Capitação anual comestível Grau de autoprovision amento 10 3 t kg % Cereais 1.355 3.948 298 126 4.880 2.795 1.632 153,6 121,5 27,8 Raízes & tubérculos 595 486 61-29 1.049 44 944 88,8 77,1 56,7 Açúcares 486 95 232 6 342 ə 318 29,9 29,9 x Leguminosas 4 55 15-2 46 0 46 4,3 4,3 8,5 Hortícolas 2.087 376 1.318-80 1.226 0 1.215 114,3 82,7 170,3 Frutos 1.224 753 276 96 1.605 // 1.292 121,6 87,2 76,3 Carnes 809 279 66-3 1.026 // 1.024 96,4 73,0 71,8 Ovos 124 13 13 ə 124 // 96 9,0 7,9 99,9 Leite e produtos lácteos 1.410 452 323 20 1.519 54 1.392 131,0 129,6 92,8 Pescado 202 428 171-10 470 10 403 37,9 24,9 43,0 Óleos & gorduras 630 299 228-36 737 22 434 40,9 38,7 x
Volume de produção anual
Definições PERDAS ALIMENTARES diminuição da massa comestível ao longo da cadeia de aprovisionamento que dá origem a alimentos destinados ao consumo humano (etapas de produção e processamento) DESPERDÍCIO ALIMENTAR perdas alimentares que ocorrem no fim da cadeia (distribuição e consumo)
Recolha de dados Dificuldades encontradas: BUROCRACIA (autorização superior para fornecimento de dados) INDISPONIBILIDADE de tempo para responder a questões CONTACTOS PESSOAIS abrem portas PRESSÃO CONSTANTE via telefone e email
Desperdício nas famílias Bebidas alcoólicas Peixe Carne Queijo Iogurte Leite Ovos Biscoitos Pão Massa Arroz Batatas Leguminosas Hortícolas Frutos 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% % média do desperdício alimentar nas famílias Como REDUZIR? Planear refeições, fazer lista de compras e seguir a lista Usar o congelador para armazenar frescos que não venham a ser consumidos a curto prazo Pensar no que há para comer, em vez do que me apetece comer Cozinhar nas quantidades adequadas
O Desperdício alimentar Obesidade + Desperdício Alimentar 1/5 da produção Calorias per capita / dia Excesso: 1 140 Recomendado: 2 500 332 mil t 77 mil t 298 mil t 324 mil t 1 milhão t PERDAS ALIMENTARES ANUAIS EM PORTUGAL
Perdas alimentares em Portugal
Parte da produção inicial perdida ou desperdiçada Grau de autoprovisionamento Perdas alimentares em Portugal 40% 200% 35% 30% 160% 25% 120% 20% 15% 80% 10% 5% 0% 40% 0% Produção Processamento Distribuição Consumo Grau de autoprovisionamento
Perdas alimentares em Portugal
Composição das perdas alimentares em Portugal
Causas das perdas alimentares
Áreas prioritárias de intervenção METADE DAS PERDAS alimentares que ocorrem em Portugal: produção de hortícolas distribuição de frutos, hortícolas e cereais consumo de cereais, frutos e lacticínios.
Discussão Estudo Capitação anual de perdas Representatividade do consumidor final PERDA 97 kg per capita (Portugal) 31% das perdas FAO, 2011 280 kg per capita (Europa+Rússia) 34% das perdas Comissão Europeia, 2010 131 kg per capita (Portugal) 28% das perdas Estimativas pouco fiáveis devido à ESCASSEZ DE DADOS Resultados úteis na identificação de PRODUTOS e FASES DA CADEIA PRIORITÁRIOS Recurso a métodos inferenciais origina ERROS CUMULATIVOS Aproveitamento para ALIMENTAÇÃO ANIMAL É considerado como PERDA
Prevenção das perdas e desperdícios MELHORIA DA COMUNICAÇÃO entre os membros da cadeia alimentar Desenvolvimento dos MERCADOS TRADICIONAIS E ALTERNATIVOS menos exigentes a nível do calibre e aparência produtos fora do padrão produtos a aproximar dos prazos de validade PROCESSAMENTO COMO DESTINO para excessos de produção SENSIBILIZAÇÃO do consumidor Mecanismos de RESGATE DE ALIMENTOS
Do campo ao garfo: desperdício alimentar em Portugal 13 de Março 2013 Autores: Pedro Baptista Inês Campos Iva Pires Sofia Vaz
Famílias
Desperdício nas famílias Bebidas alcoólicas Peixe Carne Queijo Iogurte Leite Ovos Biscoitos Pão Massa Arroz Batatas Leguminosas Hortícolas Frutos 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% % média do desperdício alimentar nas famílias Como REDUZIR? Planear refeições, fazer lista de compras e seguir a lista Usar o congelador para armazenar frescos que não venham a ser consumidos a curto prazo Pensar no que há para comer, em vez do que me apetece comer Cozinhar nas quantidades adequadas
Desperdício nas famílias causalidade não linear Falta de Planeamento Gestão Ineficiente Cozinhar/preparar demais Embalagens Sobras Local de Compra Frequência Receber alimentos Tipo de alimentos
Desperdício nas famílias
Desperdício nas famílias Influências/pressões Tipo de família Idade Rotinas; valores; culturas Crise, austeridade Media
Possíveis respostas (famílias) Planeamento Organização Pensar no que há para comer, em vez do que me apetece comer Quantidade certa Reutilizar sobras MOTIVAÇÃO É A PEDRA DE TOQUE! SENSIBILIZAÇÃO DO CONSUMIDOR Entrega ao domicílio (online; cabaz) Incentivos ao desenvolvimento de mercados locais
Do campo ao garfo: desperdício alimentar em Portugal 13 de Março 2013 Autores: Pedro Baptista Inês Campos Iva Pires Sofia Vaz