Prefeitura Municipal de Apodi

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Transcrição:

1 www.rn.diariooficialdosmunicipios.org/prefeitura/apodi Prefeitura Municipal de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 Ano I N o 013 Lei PREFEITURA MUNICIPAL DE APODI/RN LEI N 479/2006 Institui o Plano Diretor Municipal de Apodi, nos termos do artigo 182, 1º da Constituição Federal, do capítulo III da Lei nº 10.257/2001, de 10 de julho de 2001-Estatuto da Cidade, e, do artigo 6º, inciso VII, da Lei Orgânica de Apodi e estabelece os instrumentos básicos para a Gestão da Política Urbana do município. TÍTULO I O PREFEITO MUNICIPAL DE APODI/RN. Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu sanciono a seguinte Lei: DA DEFINIÇÃO E PRINCÍPIOS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL. CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO. Art. 1º: O Plano Diretor Municipal de Apodi constitui-se o instrumento básico da Política de Desenvolvimento e da Política Urbana Municipal, orientando as atuações publicas e privadas de modo a assegurar o desenvolvimento ordenado da cidade e o pleno cumprimento da função social da cidade e da propriedade urbana. Art. 2º: Devem se adequar a este Plano Diretor, os instrumentos orçamentários municipais, a saber: I-Plano Plurianual. II-Lei de Diretrizes Orçamentárias. III-Lei Orçamentária Anual do Município. Art. 3º: O Plano Diretor Municipal estabelece as diretrizes de caráter físico-territorial referentes à estruturação e ao ordenamento do espaço urbano, constituindo-se instrumento norteador da promoção da qualidade de vida urbana do município. Art. 4º: O Plano Diretor Municipal constitui-se instrumento promotor do desenvolvimento integrado entre as áreas urbana e rural do município. CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL. Art. 5º: O Plano Diretor Municipal de Apodi é regido pelos seguintes princípios: I - Configuração de diretrizes de ordenamento territorial baseada em opções exeqüíveis e passiveis de aplicação no horizonte temporal de sua abrangência, em médios e longos prazos. II - Expansão do tecido urbano e o adensamento das ocupações no território municipal de modo progressivo ao longo do tempo, tendo por referência e limitação: a) As características ambientais. b) O provimento das infra-estruturas urbanas. c) A oferta de equipamentos e serviços urbanos. II I- Promoção do desenvolvimento municipal através da: a) Transparência administrativa. b) Expansão do desenvolvimento municipal a todas as áreas do município, urbanas e rurais, baseada na regionalização. c) Eficácia, eficiência, efetividade das ações e investimentos públicos. d) Continuidade e complementaridade destas ações e investimentos. IV - Garantia da participação dos cidadãos em todas as etapas do processo de gestão do desenvolvimento urbano, especialmente da Política Urbana Municipal. V - Adequação física e organizacional da administração publica municipal de modo a atender as exigências de implementação dos instrumentos previstos nesta Lei.

Rio Grande do Norte 2 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi VI - Investimentos públicos privilegiando os interesses e o bem-estar coletivo, em detrimento de interesses individuais e/ou de grupos sociais restritos. TÍTULO II DA POLÍTICA URBANA MUNICIPAL. CAPITULO I DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES. Art. 6º: Constituem-se princípios basilares da Política Urbana Municipal de Apodi: I - A regulação do uso e da ocupação da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. II - A instauração de uma Cultura de Planejamento Municipal, com foco na Gestão do Ordenamento Físico-Territorial Urbano. III - A garantia da plena participação da população do município ao longo de todo o processo de gestão desta política. Art. 7º: São objetivos da Política Urbana Municipal: I - O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. II - A garantia do bem-estar dos seus habitantes. III - A promoção do desenvolvimento local, com justa e equilibrada distribuição de oportunidades e benefícios gerados por este desenvolvimento. IV - A redução das desigualdades sociais e da pobreza, pela inclusão social. V - A preservação do meio ambiente natural e o manejo adequado dos recursos naturais locais, base necessária para o desenvolvimento equilibrado das atividades humanas no município. VI - O adequado desenvolvimento do espaço urbano de forma integrada e equilibrada com o meio ambiente natural. VII - A proteção e valorização do patrimônio cultural e natural do município, como elemento do desenvolvimento local. VIII-A garantia da mobilidade urbana a todos, em especial àqueles portadores de necessidades especiais. IX - A participação dos diversos agentes públicos e privados atuantes na cidade no processo de desenvolvimento urbano e de controle da implantação da política urbana. X - A integração de Apodi com os municípios vizinhos, visando consolidar seu papel de pólo regional na Microrregião da Chapada do Apodi. XI - A integração dos diversos núcleos urbanos do município entre si, bem como das áreas urbana e rural, garantindo a todos os seus habitantes o acesso às infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos básicos. Art. 8 : São diretrizes gerais da Política Urbana Municipal de Apodi: I - O ordenamento espacial do desenvolvimento urbano, considerando: a) A restrição ao parcelamento do solo, à edificação ou ao uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura urbana e ao equilíbrio ambiental. b) O desenvolvimento equilibrado e integrado das áreas urbana e rural, garantindo as características paisagísticas predominantes no município. c) A adequação das normas urbanísticas às características sociais, econômicas, culturais e físico-espaciais do município, dos diversos núcleos urbanos que o compõem e de seus ocupantes. d) A simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, visando reduzir custos e ampliar a oferta dos lotes e unidades habitacionais. e) A ampla e irrestrita divulgação dos direitos e deveres relacionados à legislação urbanística por todos os cidadãos, independente de condição social e localização no território municipal. II - A dotação de infra-estruturas e serviços urbanos e a conservação ambiental, considerando: a) O planejamento do desenvolvimento do município, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas municipais, de modo a evitar e corrigir distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente. b) A garantia da prestação de serviços urbanos básicos a toda a população, em especial aqueles relativos à Mobilidade e ao Saneamento Ambiental; c) A adequação da infra-estrutura urbana as necessidades do desenvolvimento local e da conservação ambiental, com garantia de acesso a todos os cidadãos. d) A conservação e recuperação do meio ambiente, da paisagem urbana e do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade. e) A garantia de pleno usufruto dos espaços de uso comum e das amenidades por eles oferecidas pelo conjunto da população. III - A promoção da cidadania e da gestão democrática de políticas públicas, considerando: a) A implantação do Sistema Municipal de Planejamento Urbano, constituído basicamente dos instrumentos normativos e das instâncias de gestão previstas na Lei Federal N 10.257/2001. b) A garantia da participação e controle social na gestão de políticas públicas. c) O desenvolvimento sócio-espacial equilibrado e justo no meio urbano. d) A distribuição equânime dos ganhos e benefícios advindos de investimentos públicos em melhorias urbanas. IV - Crescimento econômico local, com base em um Plano de Desenvolvimento Local Sustentável, a considerar: a) A priorização de investimentos que garantam a infra-estrutura e serviços urbanos necessários a este desenvolvimento.

Prefeitura de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 3 b) A integração das políticas públicas urbana e de desenvolvimento socioeconômico. CAPÍTULO II DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE URBANA. Art. 9 : São requisitos fundamentais para o cumprimento da função social da cidade: I - Desenvolvimento pleno de todas e quaisquer atividades urbanas segundo o principio da sustentabilidade, com base na: a) Eficiência econômica, com a geração e a distribuição de riquezas. b) Prudência ecológica, com o manejo e a conservação ambiental. c) Justiça social, com a participação da sociedade local no processo de gestão e nos ganhos dos benefícios do desenvolvimento gerado. II - Condições adequadas de habitabilidade para toda a população residente ou não no município, considerando: a) A recuperação e conservação do meio ambiente urbano, com atenção especial às áreas degradadas. b) A prestação de serviços públicos e comunitários básicos, como saúde, educação, abastecimento, segurança e transportes. c) A dotação de infra-estruturas urbanas em quantidade e qualidade suficiente para atender à demanda local. d) A prestação de serviços públicos e comunitários básicos, como saúde, educação, abastecimento, segurança e transportes. III - Proteção, conservação e recuperação do meio ambiente natural. IV - Conservação do patrimônio histórico-cultural, natural e arqueológico do município, em especial o Sítio do Lajedo de Soledade. Art. 10: São requisitos fundamentais para o cumprimento da função social da propriedade urbana: I - O efetivo uso das propriedades territoriais e prediais, em função do desenvolvimento das atividades urbanas. II - Uso e ocupação da propriedade urbana em condições adequadas ao desenvolvimento urbano equilibrado e à promoção da qualidade de vida urbana, considerando: a) A disponibilidade de infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos em quantidade e qualidade compatíveis com a intensidade deste uso e ocupação. b) O respeito ao principio de preservação ambiental, paisagística, do patrimônio histórico-cultural, natural e arqueológico. c) O respeito à segurança e à saúde dos proprietários, usuários, vizinhos e da comunidade em geral. d) A revitalização de áreas não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas com a instalação de usos indutores de desenvolvimento. III - A conservação e o adequado manejo dos recursos naturais, especialmente os recursos minerais e hídricos. Art. 11: Os proprietários de imóveis territoriais e prediais urbanos que venham a impedir a execução de atividades de interesse urbanístico em sua propriedade estão sujeitos às penas e sanções previstas em lei. Parágrafo único: Consideram-se atividades de interesse urbanístico todas aquelas relativas ao cumprimento das funções sociais da cidade, dentre elas: I - Habitação. II - Produção e comércio de bens. III - Prestação de serviços. IV - Lazer. V - Circulação de bens e pessoas. CAPITULO III DOS INSTRUMENTOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA URBANA MUNICIPAL. Art. 12: Constituem-se instrumentos de Planejamento utilizados na execução da Política Urbana Municipal: I - O Plano Diretor Municipal. II - A legislação pertinente ao ordenamento territorial urbano, como normas de parcelamento, uso e ocupação do solo, edificações e posturas. III - Os programas, planos e projetos de caráter urbano, sejam eles setoriais ou integrados. IV - As normas orçamentárias. Art. 13: Constituem-se instrumentos Fiscais e Financeiros na efetivação da Política Urbana Municipal: I - O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). II - Os Impostos Progressivos previstos no Estatuto da Cidade. III - As taxas e tarifas diferenciadas de serviços urbanos. IV - A Contribuição de Melhoria. V - Os incentivos e benefícios fiscais. Art. 14: Constituem-se instrumentos Jurídicos para a implantação da Política Urbana Municipal: I - A Servidão Administrativa. II - As Limitações Administrativas. III - O Tombamento de bens imóveis. IV - O Parcelamento, a Edificação ou a Utilização Compulsórios.

Rio Grande do Norte 4 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi V - A Desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública. VI - O Direito de Superfície. VII - O Direito de Preempção. VIII - As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). IX - A Concessão de Direito Real de Uso (CDRU). X - A Usucapião Especial Urbana. XI - A Regularização Fundiária. XII - As Operações Urbanas Consorciadas. XIII - Os Estudo Prévios de Impacto Ambiental (EIA) e de Impacto de Vizinhança (EIV). Art. 15: Constituem-se instrumentos Administrativos para a concretização da Política Urbana Municipal: I - A Concessão de Serviços Públicos. II - A constituição de Estoque de Terras. III - A aprovação de projetos de edificações e de parcelamento ou remembramento do solo. IV - Os Convênios e Acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional com entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, nacionais ou internacionais. Art. 16: Além dos instrumentos listados neste capítulo, devem ser utilizados todos os demais meios e instrumentos legais que permitam a execução da Política Urbana Municipal, bem como, a efetivação de seus objetivos. CAPÍTULO IV DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA MUNICIPAL. Art. 17: São instrumentos preferenciais da Política Urbana Municipal, sem prejuízos da adoção e implementação de outros, a seguinte previsão: I - Lei de Uso e Ocupação do Solo II - Código de Obras. III - Código de Postura. IV - Direito de Preempção. V - Operação Urbana Consorciada. VI - Edificação ou Utilização Compulsória, IPTU Progressivo no Tempo e Desapropriação com Pagamento em Títulos. Seção I DA LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. Art. 18. A Lei de Uso e Ocupação do Solo estabelece as normas e as condições para o parcelamento, ocupação e uso do solo em Apodi, conforme previsões normativas contidas na Seção I, Capítulo II, Título II, deste Plano Diretor. Art. 19: Estão sujeitas às disposições desta Lei: I - O parcelamento do solo. II - As obras de edificações no que se refere aos parâmetros urbanísticos, definidos na Seção II, Capítulo II, Título II, desta Lei. III - A localização de usos e o funcionamento de atividades. Art. 20: É conferido um prazo de 12(doze) meses, após a aprovação deste Plano Diretor, para aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Apodi. Seção II DO CÓDIGO DE OBRAS. Art. 21: O Código de Obras institui normas legais e administrativas, aplicadas em projetos de licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras, edificações e equipamentos, no âmbito dos imóveis situados no município, sejam eles destinados ao uso público ou privado, sem prejuízo da incidência de outras regras legais em vigor. Art. 22: É conferido um prazo de 12(doze) meses, após a aprovação deste Plano Diretor, para aprovação do Código de Obras. Seção III DO CÓDIGO DE POSTURA. Art. 23: O Código de Postura contem normas legais e administrativas, que tratam da policia administrativa, a cargo da Prefeitura Municipal de Apodi, em matéria de higiene, segurança, ordem e costume público, instituindo, ainda, normas disciplinando o funcionamento de estabelecimento industriais, comerciais e de serviços, bem como, regras sobre a utilização de logradouros públicos, a incidir sobre bens públicos e/ou privados. Parágrafo único: O Código de Postura tem como fundamento o interesse público e o bem estar dos cidadãos de Apodi. Art. 24: É conferido um prazo de 12(doze) meses, após a aprovação deste Plano Diretor, para aprovação do Código de Postura. Seção IV DO DIREITO DE PREEMPÇÃO. Art. 25: O Poder Público municipal poderá exercer o Direito de Preempção para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme disposto no Estatuto da Cidade, artigos 25, 26 e 27. Art. 26: O Direito de Preempção terá incidência prioritária no âmbito das Zonas Especiais de Centro (ZEC), da Zona Urbana Consolidada (ZUC), da Zona de Consolidação Urbana (ZCUR) e da Zona de Expansão Urbana (ZEU).

Prefeitura de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 5 Art. 27: Lei Municipal, com base no disposto no Estatuto da Cidade, poderá definir outras condições para a aplicação do instrumento. Seção V DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA. Art. 28: O Poder Público municipal poderá executar Operação Urbana Consorciada com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas, estruturais, valorização ambiental, ampliação dos espaços públicos, melhorias sociais, de infra-estrutura e do sistema viário, num determinado perímetro contínuo ou descontinuado, tudo em consonância com o previsto nos artigos 32, 33 e 34 do Estatuto da Cidade. Art. 29: Os recursos obtidos pelo Poder Público serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na Lei Municipal da Operação Urbana Consorciada. Art. 30: Lei Municipal da Operação Urbana Consorciada regula sua aplicação, execução, estabelecendo, ainda, requisitos e critérios. Art. 31: As Operações Urbanas Consorciadas terão aplicação prioritária nas Zonas Especiais de Centro (ZEC), Zonas de Urbanização Consolidada (ZUC) e nas Zonas de Consolidação Urbana (ZCUR). Seção VI EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA, IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DESAPROPRIAÇÃO COM PA- GAMENTO EM TÍTULOS. Art. 32: O parcelamento, edificação ou utilização compulsória, a tributação progressiva no tempo e a desapropriação, de que trata a Constituição Federal, artigo 182, 4º, e os artigos 5º, 6º, 7º e 8º, do Estatuto da Cidade, incidirão sobre lotes ou glebas não edificados ou subutilizados que não estejam atendendo à função social da propriedade urbana, nas Zonas Especiais de Centro (ZEC), nas Zonas de Urbanização Consolidada (ZUC) e nas Zonas de Consolidação Urbana (ZCUR). Art. 33: A aplicação da alíquota progressiva no tempo será suspensa imediatamente, a requerimento do contribuinte, a partir da data em que seja iniciado o processo administrativo de parcelamento ou iniciada a edificação ou utilização ou a recuperação, mediante licença municipal, sendo restabelecida em caso de fraude ou interrupção, quando não requerida e justificada pelo contribuinte. Art. 34: Lei específica disporá sobre os processos de interrupção, suspensão e restabelecimento da alíquota progressiva de que trata o parágrafo anterior, e das penalidades cabíveis em caso de dolo ou fraude. Art. 35: Caso a obrigação de parcelar e utilizar não esteja atendida no prazo de cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra à referida obrigação, garantida a aplicação da medida da desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública na forma prevista na Constituição Federal, art. 182 4º, inciso III, e em conformidade com o previsto no Estatuto da Cidade. 1º - O Município mediante prévia autorização do Senado Federal, emitirá títulos da dívida pública, com prazo de resgate de até dez anos, para pagamento do valor da desapropriação. 2º - O pagamento será efetuado em dez anos mediante parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 3º - Os imóveis desapropriados serão utilizados para a construção de habitações populares ou equipamentos urbanos, podendo ser alienados a particulares, mediante prévia licitação. Art. 36: É vedada à concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva para fazer cumprir a função social da propriedade. Art. 37: Lei Municipal específica, no âmbito de sua competência legal, poderá regulamentar ou complementar os instrumentos tratados nesta seção. TÍTULO III DO ORDENAMENTO ESPACIAL DO DESENVOLVIMENTO URBANO. CAPÍTULO I DA DIVISÃO DO TERRITÓRIO MUNICIPAL. Art. 38: O território do município de Apodi está dividido segundo 5 (cinco) tipos distintos de zonas urbanas e 1 (uma) de área rural, conforme suas características peculiares físico-territoriais e urbanísticas, a saber: I - Zona Especial de Ambiente Natural (ZEAN). II - Zona Especial de Centro (ZEC). III - Zona Urbana Consolidada (ZUC). IV - Zona de Consolidação Urbana (ZCUR). V - Zona de Expansão Urbana (ZEU). VI - Zona Especial de Interesse Histórico, Cultural e Natural (ZEIH). Seção I DA ZONA ESPECIAL DE AMBIENTE NATURAL (ZEAN). Art. 39: A Zona Especial de Ambiente Natural (ZEAN) são porções do território destinadas a proteger ocorrências ambientais isoladas de grande relevância para a conservação do meio ambiente natural e urbano, tais como: a) Paisagens naturais notáveis. b) Remanescentes de vegetação significativa. c) Áreas de reflorestamento. d) Áreas frágeis ou de exposição a riscos ambientais, onde qualquer intervenção está sujeita a análise específica. Art. 40 As Zonas Especiais de Ambiente Natural (ZEAN) é constituída pelas áreas que margeiam a Lagoa de Apodi, e, dentro do perímetro urbano, as margens do córrego de Cruz das Almas, até encontrar as margens da lagoa seca, a oeste do núcleo urbano da sede municipal.

Rio Grande do Norte 6 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi Art. 41: Os limites das Zonas Especial de Ambiente Urbano (ZEAN) estão descritos no Anexo IV desta Lei. Seção II DA ZONA ESPECIAL DE CENTRO (ZEC). Art. 42: A Zonas Especial de Centro (ZEC) é formada pela área mais antiga da cidade e apresenta edificações antigas de relevante valor histórico-arquitetônico, sendo caracterizada pela ocorrência de: I - Lotes estreitos em quadras longas. II - Presença de prédios públicos da administração municipal, serviços de saúde, educação e segurança pública. Art. 43: São objetivos da Zona Especial de Centro (ZEC): I - Permitir o incremento das atividades de comércio e serviços na área central da sede do município. II - Possibilitar um nível de adensamento construtivo mais elevado, segundo o limite de oferta das infra-estruturas e serviços urbanos. III - Preservar parâmetros morfológicos tradicionais. Art. 44: A Zona Especial de Centro (ZEC) é constituída pelas áreas de comércio, serviços e habitação cortadas pela BR-405. Parágrafo Único: A BR-405 divide a Zona Especial de Centro (ZEC) em duas porções, ao sul a parte de maior perímetro e densidade de ocupação do núcleo urbano da sede municipal, e ao norte com mesma densidade e perímetro menor. Art. 45: Os limites da Zona Especial de Centro (ZEC) estão descritos no Anexo IV desta Lei. Seção III DA ZONA URBANA CONSOLIDADA (ZUC). Art. 46: A Zona Urbana Consolidada (ZUC) compreende a área de ocupação urbana já consolidada imediatamente contígua ao Centro da sede municipal, apresentando as seguintes características: I - Ocupação predominantemente residencial. II - Lotes estreitos em quadras longas. III - Parcelamento predominantemente ortogonal que evidenciando certa regularidade da ocupação. Art. 47: A Zona Urbana Consolidada (ZUC) tem como objetivo à ocupação urbana em nível intermediário de adensamento construtivo. Art. 48: A Zona Urbana Consolidada (ZUC) é constituída pelas áreas que se apresentam estreitamente relacionadas à Zona Especial de Centro (ZEC), à qual se conectam através das vias secundárias que cruzam a rodovia BR-405, configurando em alguns trechos uma única malha urbana compreendida pelos bairros vizinhos ao Centro como Malvinas, São João, Cruz das Almas, Timbaúba do Campo e São Sebastião. Art. 49: Os limites da Zona Urbana Consolidada (ZUC) estão descritos no Anexo IV desta Lei. Seção IV DA ZONA DE CONSOLIDAÇÃO URBANA (ZCUR). Art. 50: A Zona de Consolidação Urbana (ZCUR) tem como objetivo conservar uma área de amenização da ocupação urbana nos limites da área ocupada, com parâmetros de adensamento construtivo mais restritivos compatíveis com a natureza de uma área em vias de ocupação, mas ainda não consolidada, compreendendo as áreas de ocupação ainda rarefeita em direção oposta ao Centro e que apresentam uma dinâmica urbana bastante influenciada pela ZUC. Art. 51: A Zona de Consolidação Urbana (ZCUR) é constituída por duas grandes áreas, a saber: I - A primeira às margens da BR-405, no acesso norte ao Centro, onde a ocupação apresenta lotes mais largos e quadras curtas. II - A segunda, vizinha aos Bairros de Cruz das Almas, Timbaúba do Campo e Betel, onde a ocupação apresenta-se ainda bastante esparsa. Art. 52: Os limites da Zona de Consolidação Urbana (ZURC) estão descritos no Anexo IV desta Lei. Seção V DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA (ZEU). Art. 53: São objetivos da Zona de Expansão Urbana (ZEU) garantir reservas de terra urbana que: I - Restrinjam a especulação imobiliária. II - Possibilitem a opção de adensamento construtivo mais ameno, com baixo índice de ocupação e presença ainda marcante de áreas livres. Parágrafo Único: As Zonas de Expansão Urbana (ZEU) são caracterizadas por grandes vazios e áreas verdes. Art. 54: A Zona de Expansão Urbana (ZEU) é constituída por sítios e propriedades rurais que se comunicam através de estradas vicinais não pavimentadas nas localidades de São José, Peque, Bicentenário, Bico Torto, Bacurau, Pody dos Encantos, e Portal da Chapada. Parágrafo único: Os Conjuntos Habitacionais de Interesse Social e as áreas industriais do município de Apodi estão inseridos na Zona de Expansão Urbana (ZEU), sujeitas a índices de uso e ocupação do solo, definidos no Anexo IV, desta Lei. Art. 55: Os limites da Zona de Expansão Urbana (ZEU) estão descritos no Anexo IV desta Lei. Seção VI DA ZONA ESPECIAL DE INTERESSE HISTÓRICO, CULTURAL E NATURAL (ZEIH). Art. 56: A Zona Especial de Interesse Histórico, Cultural e Natural (ZEIH) tem por objetivo a conservação do patrimônio histórico, cultural e natural do sitio do Lajedo de Soledade, onde existe ocorrência rara de afloramento calcário, com registros pré-históricos de presença humana na região. Art. 57: A Zona Especial de Interesse Histórico, Cultural e Natural (ZEIH) é constituída pela área do Parque Nacional de Lajedo de Soledade.

Prefeitura de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 7 Art. 58: A Zona Especial de Interesse Histórico, Cultural e Natural (ZEIH) dispõe de limites contidos na Lei que regulamenta o Parque Nacional de Lajedo de Soledade. CAPÍTULO II DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO. Seção I DA DEFINIÇÃO. Art. 59 Considera-se Uso do Solo Urbano qualquer destinação efetiva dos imóveis territoriais e prediais no município em que se abriguem atividades como: I - Moradia. II - Produção nos setores primário ou secundário. III - Comércio de bens. IV - Prestação de serviços públicos, como saúde, educação e segurança. V - Prestação de serviços privados. VI - Lazer e a diversão. VII - Conservação de áreas naturais e/ou de amenidades de uso coletivo e/ou privado. Art. 60: O direito de uso do solo só será efetivado sob a anuência dos órgãos responsáveis pelo ordenamento urbano, segundo os parâmetros estabelecidos nesta lei e nos instrumentos que a complementam. Art. 61: Não serão autorizados quaisquer usos que venham a representar incômodos, riscos à saúde publica e/ou conflitos com os demais usos predominantes nas zonas em que se desejem instalar estes primeiros. Art. 62: Consideram-se usos incômodos ou de risco aqueles que: I - Provoquem emissões de sons, de dejetos líquidos, sólidos e/ou gasosos. II - Representem ameaça à convivência com outros usos, ou seja, potencialmente promotores de acidentes. Art. 63: Os imóveis territoriais e prediais mantidos sem uso, para fins especulativos sofrerão as sanções previstas em lei, pelo não cumprimento de sua função social. Art. 64: O uso e a ocupação do solo urbano deve se desenvolver segundo a oferta das infra-estruturas urbanas, definidas na Seção II, Capítulo I, do Título IV, deste Plano Diretor, que condicionam a instalação das atividades urbanas e o nível de adensamento construtivo nas diversas zonas e regiões do território municipal. Seção II DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. Art. 65: Para regulação da ocupação do território municipal, ficam definidos os seguintes parâmetros reguladores da ocupação do solo: I - Os recuos, frontais, de fundos e laterais. II - A taxa de ocupação. III - O coeficiente de utilização dos terrenos. IV - O gabarito ou quantidade máxima de pavimentos. V - A taxa de solo natural. VI - As áreas mínimas de terrenos. VII - A testada ou largura frontal mínima dos terrenos. Art. 66: Os recuos são os afastamentos entre os diversos elementos dos imóveis prediais (edificações) e os limites dos imóveis territoriais (terrenos), a saber: I - Recuo frontal é aquele existente entre a face exterior da edificação e o limite da frente do terreno que a abriga. II - Recuos laterais são aqueles existentes entre a face exterior da edificação e os limites dos lados esquerdo e direito do terreno que a abriga. III - Recuo de fundos é aquele existente entre a face exterior da edificação e o limite de trás do terreno que a abriga. Art. 67: A taxa de ocupação é o percentual da área total do terreno efetivamente ocupada pela edificação. Art. 68: O coeficiente de utilização dos terrenos é o total máximo de área construída permitida numa determinada zona, obtido a partir de um multiplicador da área do terreno que abriga esta edificação. Parágrafo único: Para efeito do cálculo da área máxima de construção são considerados todos os pavimentos e áreas cobertas da edificação. Art. 69: O gabarito (quantidade máxima de pavimentos) é o total de pisos ou pavimentos de uma edificação. Parágrafo único: Os pavimentos semi-enterrados não serão computados no cálculo do gabarito das edificações. Art. 70: A taxa de solo natural é o índice que aponta o total de área do terreno que não foi alterado por construções ou movimentações de terras. Art. 71: As áreas mínimas de terrenos representam as dimensões de área mínimas aceitas para que uma edificação possa vir a ser abrigada em uma determinada zona do município. Art. 72: A testada é a largura frontal mínima dos terrenos aceita para que uma edificação possa vir a ser abrigada em uma determinada zona do município. Art. 73: Os parâmetros definidos nesta seção estão apresentados no Anexo II desta Lei.

Rio Grande do Norte 8 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi CAPÍTULO III DA MOBILIDADE URBANA, DOS TRANSPORTES E DO SISTEMA VIÁRIO. Seção I DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DA MOBILIDADE URBANA. Art. 74: Para os fins desta Lei, entende-se a mobilidade urbana como a capacidade de cada cidadão de se deslocar no espaço urbano para ter acesso aos bens e serviços, atividades e oportunidades de trabalho que nele se desenvolvem. Art. 75: O Plano Diretor Municipal tem por principio propiciar o mais amplo e democrático acesso ao espaço urbano a todos os seus usuários, através das políticas publicas municipais de transporte e circulação. Art. 76: São diretrizes básicas para a promoção da mobilidade urbana em Apodi: I - A priorização de meios de transportes coletivos em detrimento dos individuais. II - O incentivo ao uso de meios de transportes não motorizados. III - A garantia de segurança e conforto aos usuários dos transportes coletivos. Art. 77: São objetivos da Política Municipal de Mobilidade Municipal: I - Garantir a acessibilidade e a livre circulação de todos os cidadãos, II - Tornar possível a todos o acesso ao sistema de transporte. III - Promover o equilíbrio de oportunidades oferecidas pelos transportes aos cidadãos. respeitando o direito de ir e vir de cada indivíduo. IV - Promover a sensibilização e a educação da sociedade para o atendimento e o respeito aos princípios da mobilidade urbana. V - Adequar os ambientes e equipamentos urbanos para o favorecimento dos princípios da mobilidade urbana, com a eliminação das barreiras arquitetônicas. 1º: Constituem-se público alvo prioritário da promoção da mobilidade urbana os cidadãos portadores de necessidades especiais no que se refere ao exercício da circulação pelo espaço urbano. 2º: O poder publico municipal tem o prazo de 3 (três) anos para a regulamentação da Política Municipal de Mobilidade Urbana. 3º: Na Política Municipal de Mobilidade Urbana devem constar as definições do Sistema Municipal de Transportes e da Legislação de Erradicação de Barreiras Arquitetônicas. Seção II DO TRANSPORTE URBANO. Art. 78: Para os fins desta Lei, transporte coletivo é o serviço público regular e contínuo de transporte de passageiros em veículos que percorram linhas estabelecidas entre pontos perfeitamente delimitados, seguindo itinerários e horários previamente fixados, com pontos de embarque definidos e o pagamento individual de passagens fixado pelo poder público. Art. 79: São diretrizes do transporte urbano em Apodi: I - O gerenciamento da modalidade de passageiros e de cargas que compatibilize a oferta com a demanda de transportes, integrando diferentes modalidades, contemplando a incorporação adequada ou o desenvolvimento de novas tecnologias, para melhorar o desempenho do transporte urbano e disciplinar o tráfego urbano. II - Fomentar o transporte coletivo de passageiros em base tarifaria acessível a todos, como mecanismo de integração territorial e inclusão social. III - Favorecer o escoamento da produção, visando contribuir para a competitividade da economia local. IV - Desenvolver o transporte como mecanismo de atenuação das disparidades regionais e de inclusão social, com o apoio a estudos e o desenvolvimento de sistemas de transporte apropriados, visando à integração e a busca de oportunidades econômicas para as regiões menos favorecidas. V - Apoiar estudos e pesquisas que busque tornar o transporte um meio mais democrático em relação às oportunidades existentes no meio urbano. Seção III DO SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL. Art. 80: O sistema viário de Apodi é composto dos seguintes tipos de vias: I - Eixo Viário Estruturador. II - Via Principal. III - Via Secundária. IV - Anel Viário. V - Via Local. VI - Ciclovia. Art. 81: O Eixo Viário Estruturador configura-se como uma via a partir da qual se distribuem as demais, que suporta trânsito intenso e admite velocidades mais elevadas, sendo caracterizada por: I - Cruzamentos em nível controlados ou não. II - Por semáforos, que franqueiam o acesso aos lotes lindeiros e às vias principais, secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões do Município. Art. 82: A Via Principal é definida pelo seu papel de via coletora e distribuidora do tráfego, de trânsito de média intensidade e velocidade, com os seguintes objetivos:

Prefeitura de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 9 I - Coletar e distribuir o trânsito desde e a partir de vias arteriais. II - Franquear o acesso a quem tenha necessidade de entrar ou sair dessas vias. III - Possibilitar o trânsito pelas diversas zonas e regiões do Município. Art. 83: A Via Secundária é aquela caracterizada por: I - Interseções em nível, não semaforizada. II - Trafego de vizinhança de baixa intensidade e velocidade. III - Permitir acesso local ou a áreas restritas de uma determinada zona ou localidade municipal. Art. 84: O Anel Viário é constituída por uma via de contorno, com a função de desviar do Centro do município o trânsito de maior intensidade e velocidade, sendo ademais uma via igualmente coletora e distribuidora do tráfego desde o Eixo Viário Estruturador até as Vias Secundárias e vice-versa. Parágrafo único: O Anel Viário, em seu trecho de contorno da face leste da sede do município, terá seu traçado definido por projeto especifico. Art. 85: A Via Local é aquela caracterizada por interseções em nível, não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas. Art. 86: A Ciclovia é uma via exclusivamente dedicada ao trânsito de bicicletas, permitindo a redução dos riscos representados pelo fluxo concomitante de veículos automotores e pedestres. Parágrafo único: As Ciclovias terão seu traçado definido por projetos específicos. Art. 87: A relação das vias e dos traçado viários componentes do Sistema Viário Municipal encontram-se detalhados no Anexo I e III, respectivamente desta Lei. TÍTULO IV DA INFRA-ESTRUTURA URBANA, DA CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, OBJETIVOS E DIRETRIZES. Seção I DA DEFINIÇÃO, COMPOSIÇÃO E PRINCÍPIOS. Art. 88: A infra-estrutura urbana são redes físicas integradas a sistemas de organização e prestação de serviços que têm os seguintes objetivos: I - Possibilitar o desenvolvimento das atividades urbanas em geral e as atividades de interesse urbanístico em particular. II - Garantir a integração espacial entre as diversas zonas e regiões do município. III - Possibilitar salubridade, segurança, mobilidade e o aproveitamento de amenidades no ambiente urbano pelos cidadãos de Apodi. Art. 89: Constituem infra-estruturas urbanas: I - O sistema viário local e regional, integrado ao sistema de trânsito e transportes públicos. II - A rede de abastecimento d água, integrada ao sistema de captação, adução, tratamento e distribuição. III - A rede de coleta de esgotos, integrada ao sistema de coleta e tratamento de efluentes. IV - A rede de drenagem, integrada ao sistema viário e à dinâmica natural de drenagem das bacias hidrográficas. V - A rede de equipamentos de tratamento e destinação final de resíduos sólidos, integrada ao sistema de gestão de resíduos sólidos. VI - A rede de abastecimento de energia elétrica, integrada ao sistema de geração, transformação e distribuição. VII - A rede de telecomunicações, integrada ao sistema de comunicações nacional telefônica, radiofônica e televisiva. Art. 90: As infra-estruturas urbanas têm por princípio o desenvolvimento urbano sustentável, em sintonia com os regimes naturais dos ecossistemas locais e regionais, garantindo a conservação ambiental e a integração equilibrada entre o ambiente urbano e o ambiente natural. Art. 91: A implantação das infra-estruturas urbanas deve respeitar o principio de sua justa e equânime distribuição para todas as zonas e regiões do município, alcançando a população local e os usuários do espaço urbano em geral, sem distinção de condição social. Seção II DAS DIRETRIZES. Art. 92: A implementação das infra-estruturas urbanas pauta-se pelas seguintes diretrizes: I - Obedecer às prioridades estabelecidas, considerando de inicio as necessidades de atendimento das infra-estruturas básicas, em especial as componentes do Saneamento Ambiental. II - Respeitar os programas, planos e projetos de caráter municipal e regional, integrando-se as redes existentes ou projetadas. III - Submeter à conservação da infra-estrutura a plano especifico, que garanta a expansão progressiva e equilibrada e a manutenção programada das redes e serviços a elas vinculadas. IV - Integrar as diversas regiões e zonas do território municipal. V - Sujeitar a aprovação de parcelamentos urbanos à existência de infra-estruturas mínimas exigidas pela Lei Federal N 6.766/1979 e suas alterações. Art. 93: Para os fins desta Lei, consideram-se infra-estruturas básicas: I - Abastecimento de água. II - Energia elétrica.

Rio Grande do Norte 10 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi III - Sistema viário. IV -Drenagem. V - Esgotamento sanitário. CAPÍTULO II DO SANEAMENTO AMBIENTAL. Art. 94: O saneamento ambiental é elemento fundamental para o desenvolvimento municipal em bases sustentáveis, constituindo-se, dentre as infra-estruturas urbanas, alvo de especial atenção quando da definição de prioridades e investimentos voltados ao provimento das redes e serviços urbanos. Art. 95: O saneamento ambiental compreende o conjunto de redes de infra-estruturas e serviços compostos pelos seguintes elementos: I - O abastecimento d água. II - O esgotamento sanitário. III - A limpeza urbana, coleta e destinação final de resíduos sólidos. IV - A drenagem pluvial. Art. 96: São diretrizes para a gestão do saneamento ambiental: I - Implantação de redes e serviços subordinadas a indicativos de estudos técnicos com alternativas adequadas a cada situação particular encontrada nas diversas zonas e regiões. II - Elaboração de estudos e propostas de enfrentamento das situações de risco ambiental quanto aos aspectos do saneamento ambiental. III - Promover ações de educação ambiental junto à população do município, visando o desenvolvimento de uma cultura local de conservação ambiental. Art. 97: O planejamento dos investimentos e a implantação das redes e serviços de saneamento ambiental serão objeto de programas, planos e projetos específicos, respeitando-se as peculiaridades geofísicas e ambientais do Município e a sua integração com as demais redes de infra-estruturas, equipamentos e serviços municipais e regionais. Parágrafo único: Este planejamento tem por base as bacias hidrográficas e o nível de adensamento construtivo de cada zona do território municipal. CAPÍTULO III DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Seção I DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES. Art. 98: O Plano Diretor Municipal como instrumento de construção das condições básicas necessárias ao desenvolvimento sustentável de Apodi tem por princípios: I - A Eficiência Econômica, com a geração e a distribuição de riquezas. II - A Prudência Ecológica, com o manejo e a conservação ambiental. III - A Justiça Social, com a participação da sociedade local no processo de gestão e nos ganhos dos benefícios do desenvolvimento gerado. Art. 99: São diretrizes para a promoção do desenvolvimento municipal sustentável, com a geração e a distribuição de riquezas: I - O aproveitamento das vocações particulares do município, identificadas no processo de elaboração desta Lei. II - A integração das atividades econômicas do município àquelas da região em que se insere, de modo a consolidar seu papel de pólo microrregional. III - O investimento em infra-estruturas e serviços urbanos, de modo a possibilitar a otimização e ampliação das atividades econômicas locais. IV - A formação e a capacitação profissional para a inclusão qualificada da mão-de-obra local em atividades produtivas de interesse, centradas no atendimento da população jovem. V - A implementação de programas de incentivos fiscais como estimulo à implementação de novas atividades produtivas. VI - A participação ativa do poder público municipal e da sociedade civil organizada na gestão dos programas e projetos de desenvolvimento sócio-ambiental no entorno da Barragem de Santa Cruz. Art. 100: São diretrizes para a promoção do desenvolvimento municipal sustentável, com o manejo adequado dos recursos naturais e a conservação do meio ambiente natural: I - O investimento em infra-estruturas e serviços urbanos, como garantia à redução dos riscos ambientais e à erradicação das situações de degradação ambiental. II - O estabelecimento de convênios e cooperações técnicas e financeiras para a promoção de programas, projetos e ações de educação e conservação ambiental. III - O desenvolvimento de programas que visem ao conhecimento dos potenciais e problemas ecológicos do município, de modo a orientar os investimentos a serem realizados para a conservação ambiental. IV - A educação ambiental para a construção de uma cultura local de respeito e ação coletiva de proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais e ecossistemas a ele associados. V - A valorização e resgate da memória e da vivência coletiva com o patrimônio natural, histórico e cultural do município, como meio de estimular a responsabilidade ambiental. Art. 101: São diretrizes para a promoção do desenvolvimento municipal sustentável, com a participação social na gestão deste desenvolvimento e no usufruto dos benefícios materiais e imateriais do desenvolvimento gerado:

Prefeitura de Apodi Rio Grande do Norte Segunda-feira 30 de outubro de 2006 11 I - A implementação de políticas publicas de distribuição dos investimentos municipais para o atendimento às prioridades de intervenção físico-territorial em áreas mais carentes de infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos. II - O desenvolvimento de programas de inclusão social que considerem não apenas o caráter assistencialista, mas a formação e a capacitação profissional para o aproveitamento das oportunidades de trabalho. III - O estabelecimento de convênios e cooperações técnicas e financeiras para a promoção de programas, projetos e ações de inclusão e geração de oportunidades de trabalho e renda. IV - A educação social e política, como meio de conscientização e estimulo da sociedade local para o exercício de sua responsabilidade na gestão do desenvolvimento futuro do município. Seção II Art. 102: Este Plano Diretor cria os seguintes programas especiais: I - Programa Especial de Desenvolvimento Sustentável. DOS PROGRAMAS ESPECIAIS. II - Programa Especial de Conservação das Infra-Estruturas, Serviços e Próprios Municipais. III - Programa Especial de Desenvolvimento Agro-Ecológico e Ambiental. IV - Programa Especial de Enfrentamento de Riscos Ambientais. Parágrafo único: A definição das competências, diretrizes, objetivos e composição, bem como, a criação de outros programas é atribuição do Conselho de Desenvolvimento Urbano. Art. 103: Os programas especiais promoverão estudos e desenvolverão propostas e diretrizes para o uso e ocupação do solo, o desenvolvimento econômico e social, a conservação ambiental, definindo e coordenando as ações necessárias à elaboração de projetos e planos de desenvolvimento sustentável, bem como à implantação de redes de infra-estrutura, serviços e equipamentos urbanos. TÍTULO V DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA POLÍTICA URBANA. Art. 104: Como instrumento de construção da cultura de planejamento no município, o Plano Diretor Municipal de Apodi é o marco orientador dos instrumentos de gestão orçamentária, como os Planos Plurianuais (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA), que comporão o Sistema de Planejamento Municipal. Parágrafo único: Os instrumentos de gestão orçamentária deverão contemplar em sua elaboração os programas, planos, projetos e outras ações previstas neste Plano Diretor Municipal. Seção I DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES. Art. 105: A gestão do Plano Diretor Municipal e das ações nele previstas tem por princípios: I - O caráter democrático da gestão municipal, com a garantia a participação popular na gestão municipal, através dos Conselhos Municipais, e, outras instâncias de controle social. II - A regionalização da administração pública municipal, envolvendo os vários núcleos urbanos e sua população. Art. 106: O Plano Diretor Municipal de Apodi, em sua elaboração, implementação e revisão deve se pautar e/ou compatibilizar com as diretrizes emanadas por outros instrumentos de planejamento, tais como: I - A Lei de Responsabilidade na Gestão Fiscal. II - As Agendas 21 estadual e local. III - A Lei Orgânica do Município. IV - Os Planos setoriais do Governo do Estado do Rio Grande do Norte. V - Os Planos de Desenvolvimento Regional e Municipal. Art. 107: A gestão do Plano Diretor Municipal tem por base: I - A construção de uma estrutura gerencial municipal adequada. II - A instituição de Instâncias de Controle Social. Art. 108: A administração publica municipal é a responsável pela adequação da estrutura de gestão, cabendo à prefeitura municipal a definição de seus componentes e instâncias, bem como suas respectivas atribuições. Seção II DO PROCESSO DE GESTÃO DO PLANO DIRETOR. Art. 109: O processo de Gestão do Plano Diretor Municipal de Apodi comporta as seguintes etapas: I - Elaboração do Plano Diretor, englobando o levantamento e análise dos diversos aspectos da realidade local e a proposição de diretrizes para o desenvolvimento urbano. II - Implementação do Plano Diretor, com a institucionalização dos instrumentos previstos, desenvolvimento dos Programas, Planos e Projetos propostos seguidos de sua implantação, e, a necessária regulamentação legal de dispositivos normativos neste Plano contidos. III - Monitoramento do Plano Diretor, constando o acompanhamento e registro da sua evolução em sua implementação, conforme os indicadores estabelecidos. IV - Avaliação do Plano Diretor, realizada em diversas fases, a saber: a) Avaliação anterior e/ou prévia, ainda na fase proposição, de modo a permitir a crítica sobre a validade e relevância das propostas. b) Avaliação de Processo, realizada durante a implementação do Plano, dos instrumentos e ações por ele indicados, tendo por foco os indicadores recolhidos.

Rio Grande do Norte 12 30 de outubro de 2006 Segunda-feira Prefeitura de Apodi c) Avaliação posterior, realizada após a conclusão das ações e da aplicação dos instrumentos previstos no Plano. V - Revisão do Plano Diretor, redefinindo rumos e diretrizes, corrigindo-os ou complementado-os, conforme a avaliação. Seção III DO CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Art. 110: O Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) é a instância máxima de gestão da Política Urbana Municipal, tendo como atribuição, conforme normas contidas neste Plano Diretor, proceder à elaboração, implementação, monitoramento, avaliação e revisão desta política e deste Plano Diretor. Parágrafo único: O CDU tem caráter deliberativo, sendo composto de maneira paritária por representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e da sociedade civil local. Art. 111 O Conselho de Desenvolvimento Urbano será composto de 18 (dezoito) membros Titulares e 18 (dezoito) membros Suplentes distribuídos da seguinte forma: I - 9 (nove) representantes do Poder Público Municipal, assim distribuídos: a) 7 (sete) representantes das Secretarias municipais das áreas de planejamento, transporte, meio ambiente, fazenda, desenvolvimento econômico, turismo, patrimônio cultural, obras, serviços públicos, políticas sociais, habitação, saneamento, orçamento participativo. b) 2 (dois) representantes da Câmara Municipal. II - 9 (nove) representantes da Sociedade Civil Organizada, assim distribuídos: a) 1 (um) representante das entidades do setor imobiliário. b) 1 (um) representante das entidades do setor de comércio e serviços. c) 1 (um) representante de entidades sindicais da área urbana. d) 1 (um) representante de entidades sindicais da área rural. e) 1 (um) representante de ONGs com atuação no município. f) 1 (um) representante de entidades profissionais. g) 1 (um) representante de entidades acadêmicas com atuação no município. h) 2 (dois) representantes do segmento da sociedade civil no Conselho do Orçamento Participativo. 1º: O Conselho do Desenvolvimento Urbano será presidido pelo representante titular da secretaria municipal responsável pelo planejamento físico-territorial, conforme as atribuições definidas na reestruturação gerencial da administração pública municipal. 2º: Os membros do Conselho de Desenvolvimento Urbano não serão remunerados. TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS. Art. 112: O Município promoverá a edição popular deste Plano Diretor que será distribuído nas repartições públicas e perante entidades representativas da sociedade civil. Art. 113: O Poder Executivo Municipal terá um prazo de 12(doze) meses para efetuar a adaptação da legislação municipal em vigor, naquilo que for legalmente exigível, aos termos deste Plano Diretor. Art. 114: O Poder Executivo Municipal terá um prazo de 12(doze) meses para criar ou adaptar a estrutura administrativa aos termos desta Lei. Art. 115: O Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), terá seu funcionamento regulamentado por Decreto, no prazo máximo de 6(seis) meses, após a aprovação deste Plano Diretor. Art. 116: O município em um período de 24 (vinte e quatro), após a aprovação deste Plano Diretor, definirá o perímetro das comunidades rurais, consolidadas e assentadas no território municipal, em conformidade com as diretrizes gerais estabelecidas no Programa Especial de Desenvolvimento Sustentável para cada destas comunidades. Art. 117: Os bens públicos e os imóveis particulares, por iniciativa de seus representantes legais e proprietários particulares, respectivamente, terão um prazo de 12(doze) meses para ajustar situações desconformes, porventura existentes de tais bens, ao conteúdo deste Plano Diretor. Art. 118: O município terá a disposição um prazo de 12(doze) meses, após a aprovação deste Plano Diretor, para implantar a Lei de Parcelamento do Solo de Apodi. 1º: Para fins de parcelamento do solo urbano em Apodi, o interessado em parcelar terreno(s) de sua propriedade deverá requerer à Prefeitura Municipal as Diretrizes Municipais, instruído de planta do imóvel, em 03 (três) vias, e dos arquivos das plantas do imóvel, em meio magnético, conforme orientação da Prefeitura, contendo no mínimo: I - Identificação da propriedade e seu Registro Geral de Imóveis-RGI. II - Identificação do cadastro municipal da propriedade, quando houver. III - Locação e situação da propriedade e sua orientação magnética e geográfica (coordenadas UTM de geo-referência) nas escalas nas escalas solicitadas pela Prefeitura Municipal. IV - Dimensões lineares e angulares das divisas e área da propriedade. V - Propriedades confrontantes e loteamentos contíguos ressaltando o arruamento. VI - Localização de bens culturais, bens tombados, lâminas d água, rios, canais, lagos, charcos, áreas alagadiças, mangues, matas, árvores nativas de grande porte, depressões e buracos, estradas, ruas, caminhos carroçáveis e ruínas existentes e outros elementos exigidos. VII - Curvas de níveis a intervalo máximo de 10m(dez metros).