PLANO CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

Documentos relacionados
23.2 Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa Disciplina - Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa

3. Pré-requisitos - Nenhuma disciplina

Universidade Pedagógica. Programa Temático de Métodos de Estudo e Investigação Científica

ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

UNIVERSIDADE PEDAGOGICA ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Economia

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE UDM DIRECÇÃO ACADÉMICA CURRÍCULO DA ÁREA DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE EMPRESAS AFAGE

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

ACEF/1415/15122 Relatório preliminar da CAE

Licenciatura em Relações Públicas e Assessoria de Direcção (LRPAD)

ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS. Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Contabilidade

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DELEGAÇÃO DE NAMPULA CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE MATEMÁTICA

ACEF/1112/02302 Relatório preliminar da CAE

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO E PSICOLOGIA

PERA/1617/ Relatório preliminar da CAE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSÓFICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO PROCESSO DE BOLONHA 2008/2009

Instituto Superior de Engenharia do Porto. 7. bro de 2011 HJJRS

NCE/12/00711 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

PADRÕES de DESEMPENHO DOCENTE

ACEF/1314/22807 Relatório preliminar da CAE

PERA/1516/ Relatório preliminar da CAE

Curricullum Vitae Dino M.P. Rendição. Apelido: Rendição. Nome: Dino Manuel Pedro. Nascimento: 18 de Outubro/1984, Gondola-Manica

RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA

ACEF/1314/02747 Relatório preliminar da CAE

NCE/11/00456 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

República de Moçambique Ministério da Educação e Cultura INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

APRESENTAÇÃO DO DOUTORAMENTO EM PAZ, DEMOCRACIA, MOVIMENTOS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE UDM

Resultados-Chave Relatório de Bolonha do ISCTE-IUL (2010/2011)

NCE/11/01256 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

PROGRAMA INTEGRADO DE FORMAÇÃO AVANÇADA EM TURISMO (2º E 3º CICLOS)

PERA/1516/ Relatório preliminar da CAE

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO (AACEF) (Ensino Universitário)

ACEF/1213/18822 Relatório preliminar da CAE

ACEF/1314/02792 Relatório final da CAE

ACEF/1112/16972 Relatório preliminar da CAE

Instituto Superior Politécnico Tocoísta Decreto Presidencial N.º 83/16, de 18 de Abril Diário da República I Série N.º61

COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DESEJADO DO EGRESSO

PERA/1617/ Relatório preliminar da CAE

RESOLUÇÃO CA Nº 005/2006

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

CATÁLOGO DE CURSOS ISG Instituto Superior de Gestão, Administração e Educação Maputo Moçambique 2019

NCE/10/00311 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/00921 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

ANEXO II RELATÓRIO DE AUTO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS DOCENTES DO IPS

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Prestação de Serviço dos Docentes. Regulamento. Artigo 1º

NCE/10/02111 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

Universidade Portucalense Departamento de Direito NORMAS REGULAMENTARES DO 1.º CICLO DE ESTUDOS EM DIREITO

NCE/10/02671 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

INSTITUTO UNIVERSITÁRIO ATLÂNTICO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A REALIZAR NO BRASIL CERTIFICADO POR UMA IES BRASILEIRA

TERMOS DE REFERÊNCIA. Contratação de um Consultor Individual para a Elaboração do Estudo de Base

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ANEXO II AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE RELATÓRIO DE AUTO AVALIAÇÃO. Identificação do avaliado

NCE/11/01116 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/00036 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

NCE/17/00044 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

PREÂMBULO REGULAMENTO

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Fiscalidade

ESTRUTURA CURRICULAR ECTS ÁREA CIENTÍFICA OBRIGATÓRIOS OPCIONAIS

RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA

ACEF/1213/20572 Relatório final da CAE

A COORDENAÇÃO RECOMENDÁVEL ENTRE OS SISTEMAS: CRITÉRIOS E COMPETÊNCIAS

REFERENTES E LEMENTOS CONSTITUTIVOS C RITÉRIOS I NDICADORES. Oferta formativa. . Projecto de Auto-avaliação da Escola Secundária de Alberto Sampaio

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO Sede - Escola Secundária do Restelo

EESTÁGIO PROFISSIONAL

Regulamento de Prestação de Serviço dos Docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco

NCE/12/00176 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/00531 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

VERSÃO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE DIREITO

NCE/14/01631 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Fiscalidade

Instrumento de Registo (Artigo 10º, ponto 1 1 e 2 do Decreto Regulamentar n.º 2/2010)

Apresentação Missão, Visão e Projetos Estratégicos

PROJECTO EDUCATIVO, CIENTÍFICO E CULTURAL

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

ACEF/1314/15752 Relatório preliminar da CAE

Catálogo de Formação 2017

LEGISLAÇÃO IMPORTANTE

Agrupamento de Escolas de S. João do Estoril - Ano Letivo 2018/2019. Critérios de Avaliação - 1º ciclo do ensino básico

O Social pela Governança. Mestrados Profissionalizantes Planos Curriculares Tecnologias e Sistemas da Informação

Artigo 1.º. Alteração

CARTA DE MISSÃO. - Desenvolver estudos sobre a organização pedagógica das escolas e propor medidas de reorganização;

FACULDADE EDUCAMAIS COORDENAÇÃO DE PESQUISA E EXTENSÃO PROGRAMA DE PESQUISA - INICIAÇÃO CIENTÍFICA EDITAL Nº 02/2018

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Psicologia Educacional

4ª Conferência Internacional Educação Financeira Desafios e oportunidades

D23. PROGRAMA DE TEORIA DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR 11ª Classe. Formação de Professores para o Pré-Escolar e para o Ensino Primário

NCE/10/01456 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA PRÁTICA SIMULADA DOS CURSOS VOCACIONAIS (9º ANO)

NCE/13/00536 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA A - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

NCE/14/00731 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/00236 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/02576 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/01736 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

Plano Estratégico do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos (LRH)

Transcrição:

ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO PLANO CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS Maputo 2014 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 1 DE 234

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO Departamento de Economia e Gestão PLANO CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS Plano curricular elaborado pelos docentes do Departamento de Economia e Gestão, sob coordenação do dr. Elvis Miambo Maputo 2014 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 2 DE 234

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 5 2. VISÃO E MISSÃO DA UP... 8 3. DESIGNAÇÃO DA LICENCIATURA... 8 4. OBJECTIVOS GERAIS DO CURSO... 9 5. REQUISITOS DE ACESSO... 9 6. PERFIL PROFISSIONAL... 9 7. PERFIL DO GRADUADO... 11 8. DURAÇÃO DO CURSO... 12 9. COMPONENTES DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO... 12 10. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO CURSO (MAJOR E MINOR)... 15 11. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE GESTÃO DE EMPRESAS... 16 12. PLANOS DE ESTUDOS... 21 13. TABELA DE PRECEDÊNCIAS... 25 14. TABELA DE EQUIVALÊNCIAS... 26 15. PLANO DE TRANSIÇÃO... 26 16. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM... 27 17. FORMAS DE CULMINAÇÃO... 27 18. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EXISTENTES... 27 19. CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO EXISTENTE... 28 20. ANÁLISE DE NECESSIDADES... 30 RECURSOS MATERIAIS... 31 RECURSOS MATERIAIS... 31 21. CONCLUSÕES... 32 22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 33 23. PROGRAMAS TEMÁTICOS DAS DISCIPLINAS E TEMAS TRANSVERSAIS.. 34 PROGRAMAS TEMÁTICOS COMPONENTE DE FORMAÇÃO GERAL... 35 Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa... 36 Disciplina: Informática de Gestão... 49 Disciplina: Antropologia Cultural de Moçambique... 63 PROGRAMAS TEMÁTICOS COMPONENTE DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA... 72 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 3 DE 234

Disciplina: Introdução à Economia... 73 Disciplina: Matemática I... 76 Disciplina: Matemática II... 79 Disciplina: Prática Técnico-Profissional I: Introdução à Empresa... 82 Disciplina: Introdução à Gestão... 85 Disciplina: Contabilidade Financeira I... 88 Disciplina: Contabilidade Financeira II... 91 Disciplina: Introdução ao Direito... 94 Disciplina: Macroeconomia... 97 Disciplina: Contabilidade Analítica... 100 Disciplina: Microeconomia I... 103 Disciplina: Microeconomia II... 106 Disciplina: Estratégia Empresarial I... 109 Disciplina: Prática Técnico-Profissional II - em Estratégia Empresarial... 113 Disciplina: Estatística I... 117 Disciplina: Estatística II... 120 Disciplina: Introducao ao Marketing... 123 Disciplina: Gestão Financeira I... 126 Disciplina: Cálculo Financeiro I... 129 Disciplina: Cálculo Financeiro II... 132 Disciplina: Direito Empresarial... 135 Disciplina: Fiscalidade... 139 Disciplina: Logística Empresarial... 142 Disciplina: Comportamento Organizacional... 148 Disciplina: Marketing Estrategico... 153 Disciplina: Gestão Financeira II... 156 Disciplina: Auditoria Interna... 159 Disciplina: Auditoria Financeira... 162 Disciplina: Gestão de Recursos Humanos... 165 Disciplina: Mercados e Produtos Financeiros... 168 Disciplina: Finanças Públicas... 175 Disciplina: Contabilidade Internacional... 182 Disciplina: Finanças Internacionais... 185 Disciplina: Investigação Operacional... 188 Disciplina: Análise e Gestão de Projectos... 191 Disciplina: Empreendedorismo... 196 Disciplina: Ética Empresarial... 200 Disciplina: Teoria Geral de Banca e Seguros... 203 DEPARTAMENTO DE MONITORIA E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA... 206 Disciplina: Prática Técnico-Profissional III: Gestão Financeira... 209 TEMA TRANSVERSAL: EDUCAÇÃO AMBIENTAL... 212 TEMA TRANSVERSAL: HIV/SIDA... 224 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 4 DE 234

1. Introdução O presente Plano Curricular do curso de Licenciatura em Gestão de Empresas, com Habilitação em Gestão Financeira surge no âmbito da Reforma Curricular da Universidade Pedagógica. Em 2007, a UP deu início a revisão do antigo curriculo do Curso de Bacharelato e Licenciatura em Gestão de Empresas e Gestão Financeira. Assim, numa primeira fase, este curso foi reformulado tendo resultado no novo Curso que entrou em vigor em 2007. A partir do mesmo ano, iniciou-se a elaboração do novo Curriculo do Curso de Licenciatura em Gestão de Empresas, com Habilitação em Gestão Financeira, à semelhança do que acontecia com os outros currículos em todos os cursos leccionados na Universidade Pedagógica, resultantes do processo de Revisão Curricular. O curso tinha como principal fragilidade a falta de Práticas Profissionalizantes e Estágio Técnico Profissional. Por outro, a carência de bibliografia apriopriada não permitia uma formação equilibrada. Esta situação deviase à carência de livros e outros materiais, ao elevado número de estudantes por turma, aspectos estes que impedem que se promovam métodos e estratégias mais adequados à prossecução dos objectivos. Deste modo, desde 2007 emergiu a reflexão sobre as mudanças e inovações que se pretendem na formação de técnicos e profissionais na Universidade Pedagogica. O objectivo de colocar no mercado laboral graduados com o nível de Bacharel não foi cumprido, uma vez que a quase totalidade dos estudantes que terminavam o nível de Bacharelato continuava os seus estudos na Licenciatura. As actividades de leccionação ocupam quase todo o tempo dos docentes, prejudicando em grande medida as actividades de pesquisa e extensão. Os estudantes têm pouca iniciativa em termos de estudo individual. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 5 DE 234

As condições de trabalho são pouco adequadas para a leccionação, com destaque para a insuficiência de salas de aulas, facto que leva ao uso de infraestruturas fora da instituição, o elevado número de estudantes por sala que dificulta o arrejamento e o próoprio decurso do Processo de Ensino e Aprendizagem, para além de que os docentes não possuem gabinetes de trabalho. O método de ensino ainda continua a ser predominantemente expositivo, devido às deficientes condições, aliado á falta de material didáctico como, por exemplo livros, documentos primários, data-show, uma biblioteca electónica, internet, etc. A avaliação da aprendizagem é mais ao nível da memorização e de reflexão teórica do que prática, baseando-se muitas vezes em testes escritos; com poucas possibilidades de realização de trabalhos de pesquisa individuais. O diagnóstico curricular mostrou também que se deve potenciar no processo de ensino-aprendizagem conteúdos científicos-técnicos que têm a ver com a realidade moçambicana. Deste modo, este processo de Revisão Curricular tem como principais objectivos: I. actualizar o currículo do curso de Licenciatura em Gestão de Empresas tendo em conta os novos desenvolvimentos a nível internacional, regional, nacional, provincial, distrital e local; II. contribuir para a melhoria da qualidade de formação de técnicos-profissionais em Moçambique. A justificativa para a construção desta nova proposta curricular está relacionada com a contribuição que os gestores de empresas e financeiros em Moçambique devem dar para o combate à pobreza e para uma melhor qualidade de vida dos moçambicanos. A Gestão é um instrumento poderoso e extremamente importante para garantir a rentabilidade das unidades produtivas, económicas e financeiras, contribuindo para o combate a corrupção, a construção da unidade nacional, para o desenvolvimento económico do país, afirmando-se igualmente a UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 6 DE 234

integração dos cidadãos na sociedade em constantes mudanças no âmbito social, económico, político, cultural, científico e tecnológico. Assumimos que a pesquisa em Gestão Empresarial permite ao estudante o acesso a várias metodologias de ensino-aprendizagem, exercita a sua capacidade de fazer opções relativas aos conteúdos e promove a sua capacidade de concepção de novas abordagens dos paradigmas organizacionais. Estudos recentes indicamnos que a orientação para um curso de Gestão de Empresas deve acompanhar a evolução das novas tecnologias de informação e comunicação, para formar bons profissionais compromentidos com a necessidade de desenvolver o país. A mudança e inovação justifica-se ainda para dar resposta ao preconizado na Agenda 2025, no Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA), no Plano Estratégico da Educação e Cultura (PEEC), nas Transformações curriculares do Ensino Básico (EB) e Ensino Secundário Geral (ESG), no Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior, no Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos (SNATCA), no Protocolo da SADC sobre educação e formação, na Declaração de Bolonha relativa à reorganização dos sistemas de Ensino Superior na Europa e nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A metodologia usada para a elaboração deste plano curricular foi participativa. Primeiro fez-se um diagnóstico do actual currículo em duas Delegações (Nampula, e Quelimane) e na UP- Sede, tendo-se identificado os seus pontos fortes e os fracos. Neste diagnóstico participaram activamente os estudantes, graduados, funcionários e docentes. Depois de elaborado o relatório de avaliação curricular, passou-se à fase de concepção do novo currículo. Esta fase contou com a participação das Delegações. Para melhor integração dos docentes e coordenadores dos Planos Curriculares a ESCOG organizou um seminário nacional cujos resultados se traduzem nos novos curricula da Escola. Em Maputo recebemos ainda subsídios do Conselho Académico e do Conselho Universitário. Uma vez aprovados, os curriculos foram reformulados, apresentando-se na sua versão actual. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 7 DE 234

As dificuldades e limitações para a elaboração deste plano curricular estiveram relacionadas com o facto de existirem poucos docentes a tempo inteiro na ESCOG aliada à ocupação da maior parte dos docentes da Escola. Este novo plano curricular entra em vigor em 2015, oferecendo o curso de Licenciatura em Gestão de Empresas, com duas habilitações distintas: habilitação em Gestão Financeira e em Gestão de Empresas. 2. Visão e Missão da UP A UP, como instituição do ensino superior, actua de acordo com os seguintes princípios: a) democracia e respeito pelos Direitos Humanos; b) igualdade e não discriminação; c) valorização dos ideais da pátria, ciência e humanidade; d) liberdade de criação cultural, artística, científica e tecnológica; e) participação no desenvolvimento económico, científico, social e cultural do país, da região e do Mundo. A Universidade Pedagógica orienta-se pelos princípios gerais e pedagógicos definidos nos artigos 1 e 2 da Lei nº 6/92 de 6 de Maio que aprova o Sistema Nacional de Educação (Universidade Pedagógica, 1995: 26). A visão da Universidade Pedagógica é tornar-se um Centro de Excelência na área da educação e formação de professores e de outros técnicos. 3. Designação da Licenciatura O diploma de Licenciatura terá a designação de Licenciatura em Gestão de Empresas. O curso oferece as seguintes habilitações: UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 8 DE 234

a) em Gestão Financeira; b) em Gestão de Empresas 4. Objectivos gerais do curso São objectivos do curso de licenciatura em Gestão de Empresas: fornecer ao mercado de trabalho licenciados capazes de identificar, analisar e solucionar problemas empresariais, qualquer que seja a dimensão das empresas em que estejam integrados; o graduar técnicos capazes de resolver problemas aplicando conhecimentos integrados das suas especialidades bem como os saberes multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. 5. Requisitos de acesso O acesso aos cursos da Universidade Pedagógica, como instituição do Ensino Superior, será de acordo com a legislação em vigor na República de Moçambique, designadamente, a Lei nº 5/2003 do Ensino Superior, no seu artigo 4. Sendo assim, têm acesso aos cursos da Universidade: graduados do Ensino Secundário Geral que tenham concluído a 12ª classe do Sistema Nacional de Educação (SNE); graduados habilitados com nível equivalente à 12ª classe do SNE para efeitos de continuação dos estudos. 6. Perfil profissional Os graduados destas áreas terão um perfil caracterizado pela capacidade de adaptação, flexibilidade e liderança ao nível da gestão e da direcção das empresas ou instituições onde se integram e, dada a importância crescente da área da UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 9 DE 234

consultoria, terão ainda capacidades para desenvolver, também, nessa área, a sua actividade profissional. Os licenciados serão formados no âmbito da articulação do ensino profissionalizante com as necessidades do país sendo que a maioria do tecido empresarial moçambicano de norte a sul é constituído por Pequenas e Médias Empresas, muitas delas de cariz familiar e estrutura flexível. Os profissionais graduados nestas áreas possuirão uma formação genérica nos vários domínios da gestão e conhecimentos básicos em áreas como a Contabilidade, Economia, Direito, Informática para assim responder aos desafios que se colocam ao país. No ambiente de desafio empresarial, estes, serão habilitados para promover um desenvolvimento sustentável do país, bem como a criação da própria empresa com consequências significativas na revitalização do tecido empresarial do país. são: As principais tarefas ocupacionais do licenciado em Gestão de Empresas - Gerir pequenas, medias e grandes empresas; - Elaborar e gerir projectos de investimento; - Trabalhar na área de consultoria empresarial; - Participa em actividades de gestão na área marketing, recursos humanos e finanças. Os sectores de trabalho dos licenciados em Gestão de Empresas e Gestão Financeira são: Instituições Públicas ligadas as actividades económicas e financeira, tais como Ministérios das Finanças, de Administração Estatal, Plano e Desenvolvimento, de Industria e Comércio, dos Transportes e Comunicação, do Trabalho, dos Negócios Estrangeiros; nos Governos provinciais e distritais; UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 10 DE 234

Instituições Privadas, nomeadamente, instituições financeiras (banca, microfinanças, de seguro), de prestação de serviços, como instituições aduaneiras, agências de turismo entre outras. 7. Perfil do graduado Constituem competências do graduado do curso de licenciatura em Gestão de Empresas ao nível do saber-conhecer: a. dominar conceitos fundamentais da respectiva área científica e dos métodos de trabalho adequados; b. estruturar o raciocínio de uma forma lógica e coerente; c. conhecer teorias e modelos nas áreas de Gestão de Empresas e Gestão Financeira; Ao nível do saber-fazer: d. utilizar Tecnologias de Informação e Comunicação em Gestão; e. participar na elaboração de projectos de desenvolvimento e estratégias empresariais; f. desenvolver o espírito de trabalho em equipas intra e multi-sectorial, previlegiando a partilha de saberes e das experiências; g. respeitar valores, culturas e individualidades; h. integrar-se em projectos de desenvolvimneto comunitário e sustentável; i. reflectir sobre aspectos éticos e deontológicos inerentes à profissão, avaliando os efeitos das decisões tomadas; j. manter-se aberto a novas ideias, teorias, metodologias, concepções e inovações; k. Promover aprendizagem nos domínios da Gestão, Finanças, Contabilidade, Gestão Estratégica e Empreendedorismo; l. Usar estratégias adequadas na tomada de decisões; m. Dotar o graduado de conhecimentos teóricos e práticos necessários a alcançar empregabilidade no mercado de trabalho; UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 11 DE 234

n. Utilizar conhecimentos para manter-se actualizado em relação à evolução da ciência; o. Usar resultados de pesquisa para melhorar a sua prática profissional; p. Utilizar a sua criatividade de forma autónoma, recorrendo às fontes de informação disponíveis para a resolução de problemas; q. Integrar nos seus projectos saberes e práticas sociais e culturais da comunidade, conferindo-lhes relevância científica; Ao nível do saber ser e estar: r. saber gerir conflitos; s. Estar sensibilizado para a necessidade de aprendizagem permanente e ao longo da vida; t. Respeitar e considerar as diferenças sociais, económicas e culturais (de género, raça, sexo, etnia, religião e língua) da sua comunidade; u. Promover o respeito e preservar o meio ambiente e a biodiversidade; v. ser dotado de capacidades científicas e profissionais no domínio de Gestão e áreas afins. 8. Duração do curso A duração do curso é de 4 anos (8 semestres), correspondentes a 240 créditos de Bolonha. 9. Componentes de organização do curso COMPONENTE DE FORMAÇÃO GERAL Métodos de Estudos e Investigação Científica Técnicas de Expressão em Lingua Portuguesa Inglês Técnico Antropologia Cultural de Mocambique UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 12 DE 234

Informatica de Gestão Estudos Contemporaneos Tema Transversal I Educação para a Saude Tema Transversal II Educação Rodoviaria Tema Transversal III - Educação para a igualdade de Genero Tema Transversal IV Educação Ambiental COMPONENTE DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA Introdução à Gestão Inrodução à Economia Introdução ao Direito Contabilidade Financeira I Matemática I Direito Empresarial Contabilidade Financeira II Matemática II Microeconomia I Estratégia Empresarial I Estatística I Microeconomia II Cálculo Financeiro I UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 13 DE 234

Estatística II Estratégia Empresarial II Macroeconomia Cálculo Financeiro II Contabilidade Analítica Auditoria Interna Introdução ao Marketing Gestão de Recursos Humanos Gestão Financeira I Comportamento das Organizações Marketing Estrategico Logística Empresarial Gestão Financeira II Auditoria Financeira Fiscalidade Empreendedorismo Mercados e Produtos Financeiros Contabilidade Internacional Investigação Operacional Teoria Geral de Banca e Seguros Finanças Internacionais UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 14 DE 234

Análise e Gestão de Projectos Finanças Públicas Etica Empresarial Trabalho de Culminação do Curso Componente de Formação Prática Prática Técnico-Profissional I - Introdução à Empresa Prática Técnico-Profissional II Estrategia Empresarial Prática Técnico-Profissional III Gestão Financeira Estágio Tecnico-Profissional 10. Áreas de concentração do curso (major e minor) Para o presente Plano Curricular, considra-se como área de concentração Major (Maior) a formação na Gestão de Empresas sendo complementado pela área de Gestão Financeira, ou seja, correspondente à área de concentração Minor (Menor). Deste modo, e de acordo com as Bases e Directrizes da Reforma Curricular, a área de concentração Maior corresponde 75% de toda a componente de formação (180 créditos), sendo à área de concentração Menor correspondente a 25%, isto é, 60 créditos. De modo a permitir uma inserção adequada, os primeiros dois anos do curso correspondem à disciplinas da área de concentração Maior, com algumas excepções para disciplinas gerais, como Técnicas de Expressão, Inglês, Métodos de Estudos e Investigação. No Terceiro serão introduzidas as disciplinas da área de concentração Menor, como mostra a matriz de organização curricular que a seguir se apresenta. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 15 DE 234

11. Matriz de organização curricular do curso de Gestão de Empresas 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 1º ANO Major em Gestão de Empresas Código da Disciplina Disciplina Componente Área Científica de Formação Componentes Créditos Académicos Horas Semestrais Nuclear Complementar Total Semestral Contacto Estudo Total Métodos de Estudo e CFG Investigação X 5 48 Investigação Científica 77 125 Introducao a Gestão CFEs Gestão X 6 64 86 150 Introducao a Economia CFEs Economia X 5 64 61 125 Introdução ao Direito CFEs Direito X 5 64 61 125 Contabilidade Financeira I CFEs Contabilidade X 5 64 61 125 Matematica I CFEs Matemática X 5 64 61 125 TOTAL 1º SEMESTRE 31 368 407 775 Técnicas de Expressão em LP CFG Línguas X 4 48 52 100 Tema Transversal I: Educação para a saúde CFG Transversal X 1 15 10 25 Direito Empresarial CFEs Direito X 5 64 61 125 Contabilidade Financeira II CFEs Contabilidade X 5 64 61 125 Matematica II CFEs Matemática X 5 64 61 125 Microeconomia I CFEs Economia X 6 64 86 150 PTP I Introdução a Empresa CFP Práticas X 3 48 27 75 TOTAL 2º SEMESTRE 29 367 358 725 TOTAL ANUAL - 1º ANO 60 735 765 1500 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 16 DE 234

1º SEMESTRE 2º ANO - Major em Gestão de Empresas Código da Disciplina Disciplina Componente Área Científica de Formação Componentes Créditos Académicos Horas Semestrais Semestral Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Total Inglês Tecnico CFG Línguas X 4 48 52 100 Estrategia Empresarial I CFEs Gestão X 6 64 86 150 Estatistica I CFEs Matemática X 5 64 61 125 Microeconoma II CFEs Economia X 6 64 86 150 Cálculo Financeiro I CFEs Gestão X 6 64 86 150 2º SEMESTRE PTP II Estrategia Empresarial CFP Práticas X 3 48 27 75 TOTAL 1º SEMESTRE 30 352 398 750 Antropologia Cultural de Moçambique CFG Antropologia X 4 48 52 100 Tema Transversal II: Educação Rodoviaria CFG Transversal X 1 15 10 25 Estatistica II CFEs Matemática X 5 64 61 125 Estrategia Empresarial II CFEs Gestão X 5 64 61 125 Macroeconomia CFEs Economia X 5 64 61 125 Cálculo Financeiro II CFEs Gestão X 5 64 61 125 Contabilidade Analitica CFEs Contabilidade X 5 64 61 125 TOTAL 2º SEMESTRE 30 383 367 750 TOTAL ANUAL - 2º ANO 60 735 765 1500 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 17 DE 234

1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 3º ANO - Minor em Gestão Financeira Código da Disciplina Disciplina Componente Área de Formação Científica Componentes Créditos Académicos Horas Semestrais Semestral Nuclear Complementar Total Contacto Estudo Total Informática de Gestão CFG Informatica X 4 64 36 100 Tema Transversal III: Educação para a igualdade de Género CFG Transversal X 1 15 10 25 Auditoria Interna CFEs Gestão X 5 64 61 125 Introdução ao Marketing CFEs Marketing X 4 64 36 100 Gestao de Recursos Humanos CFEs Gestão X 4 64 36 100 Comportamento Organizacional CFEs Gestão X 4 64 36 100 Gestao Financeira I CFEs Finanças X 7 64 111 175 TOTAL 1º SEMESTRE 29 399 326 725 Auditoria Financeira CFEs Finanças X 5 64 61 125 Logistica Empresarial CFEs Gestão X 4 64 36 100 Marketing Estrategico CFEs Marketing X 5 64 61 125 Gestão Financeira II CFEs Finanças X 6 64 86 150 Fiscalidade CFEs Direito X 7 64 111 175 Prática Técnico Profissional III Gestão Financeira CFP Praticas X 4 48 52 100 TOTAL 2º SEMESTRE 31 368 407 775 TOTAL ANUAL - 3º ANO 60 767 733 1500 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 18 DE 234

1º SEMESTRE 4º ANO - Minor em Gestão Financeira Código da Disciplina Disciplina Componente Área Científica de Formação Estudos Contemporaneos de Gestão de Empresas Tema Transversal IV: Educação Ambiental Componentes Créditos Académicos Nuclear Complementar Total Horas Semestrais Semestral Contacto Estudo Total CFG Gestão X 4 48 52 100 CFG Transversal X 1 15 10 25 Empreendedorismo CFEs Gestão X 4 64 36 100 Mercados e Produtos Financeiros CFEs Finanças X 6 64 86 150 Contabilidade Internacional CFEs Contabilidade X 6 64 86 150 Investigação Operacional CFEs Gestão X 4 64 36 100 Estágio Tecnico-Profissional CFP Praticas X 6 48 102 150 TOTAL 1º SEMESTRE 31 367 408 775 Teoria Geral de Banca e Seguros CFEs Finanças X 5 64 61 125 Finanças Internacionais CFEs Finanças X 5 64 61 125 2º SEMESTRE Finanças Públicas CFEs Finanças X 4 64 36 100 Analise e Gestão de Projectos CFEs Gestão X 5 64 61 125 Ética Empresarial CFP Filosofia X 4 64 36 100 Trabalho de culminação do curso CFEs Praticas X 6 32 118 150 TOTAL 2º SEMESTRE 29 352 373 725 TOTAL ANUAL - 4º ANO 60 719 781 1500 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 19 DE 234

Minor em Gestão de Empresas (para outros cursos da UP) O minor em Gestao de Empresas, destinam-se a estudantes de outros cursos da UP, que pretendam ter a habilitação e Gestao de Empresas. O mesmo é composto por 14 cadeiras que correspondem a aproximadamente 60 creditos. Nr. Disciplinas Creditos H.C. Ano Semestre Semestral 1 Introdução a Gestão 6 64 1º 1º 2 PTP I Introdução a Empresa 3 48 1º 2º 3 Estrategia Empresarial I 6 64 2º 1º 4 Introdução ao Marketing 5 64 3º 1º 5 Comportamento Organizacional 4 64 3º 1º 6 Gestao Financeira I 7 64 3º 1º 7 Gestao de Recursos Humanos 4 64 3º 1º 8 Informatica de Gestão 4 64 3º 1º 9 Tema Transversal III: Educação para a igualdade de Genero 1 15 3º 1º 10 Tema Transversal IV: Educação Ambiental 1 15 4º 1º 11 Estudos Contemporaneos de 4 48 4º 1º Gestão de Empresas 12 Analise e Gestão de Projectos 5 64 4º 2º 13 Estrategia Empresarial II 5 64 2º 2º 14 Direito Empresarial 5 64 1º 2º Total 60 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 20 DE 234

12. Planos de Estudos 1º Ano Major em Gestão de Empresas Código Denominação CF AC Métodos de Estudo e Investigação Científica Introdução à Gestão Introdução à Economia Semestre 1º 2º HCS Horas HCT CFG Investigação X 3 48 CFEs Gestão X 4 64 CFEs Economia X Introdução a Direito CFEs Direito X Contabilidade Financeira I CFEs Contabilidade X Matematica I CFEs Matemática X 4 4 4 4 64 64 64 64 Cr PR 5-6 - 5-5 - 5-5 - Técnicas de Expressão em LP CFG Línguas X 3 64 4 - Tema Transversal I: Educação para a Saude CFG Transversal X 1 15 Direito Empresarial CFEs Direito X 4 64 1-5 - Contabilidade Financeira II CFEs Contabilidade X 4 64 5 Contabilidade Financeira I Matematica II CFEs Matemática X 4 64 Microeconomia I CFEs Economia X 4 64 5 Matematica I 6 - PTP I - Introdução a Empresa CFEs Práticas X 3 48 3 - UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 21 DE 234

2º Ano - Major em Gestão de Empresas Semestre Horas Código Denominação CF AC 1º 2º HCS HCT Cr PR Inglês Técnico CFG Línguas X 3 48 4 - Estratégia Empresarial I CFEs Gestão X 4 64 Estatistica I CFEs Matemática X 4 64 Microeconoma II CFEs Economia X 4 64 Cálculo Financeiro I CFEs Gestão X 4 64 PTP II - Estratégia Empresarial Antropologia Cultural de Mocambique Tema Transversal II: Educação Rodoviaria CFP Práticas X 3 48 CFG Antropologia X 3 48 CFG Transversal X 1 15 Estatistica II CFEs Matemática X 4 64 Estratégia Empresarial II CFEs Gestão X 4 64 Macroeconomia CFEs Economia X 4 64 Cálculo Financeiro II Contabilidade Analitica CFEs Gestão X 4 64 CFEs Contabilidade X 4 64 6 5-6 Microeconoma I 6-3 - 4 1 5 Estatistica I 5 Estratégia Empresarial I 5-5 Cálculo Financeiro I 5 - - - - UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 22 DE 234

3º Ano Minor em Gestão Financeira Semestre Horas Código Denominação CF AC 1º 2º HCS HCT Cr PR Informática de Gestão Tema Transversal III Educação Para a Igualdade de Genero CFG Informatica X 4 64 4 CFG Transversal X 1 15 1 Auditoria Interna CFEs Gestão X 4 64 5 Introducao ao Marketing Gestao de Recursos Humanos Comportamento Organizacional CFEs Marketing X 4 64 4 CFEs Gestão X 4 64 4 CFEs Gestão X 4 64 4 Gestao Financeira I CFEs Finanças X 4 64 7 Auditoria Financeira CFEs Finanças X 4 64 5 Logística Empresarial Marketing Estrategico CFEs Gestão X 4 64 4 CFEs Marketing X 4 64 5 Gestão Financeira II CFEs Finanças X 4 64 6 Fiscalidade CFEs Direito X 4 64 7 - - - - - - - - - - Gestão Financeira I - PTP III Gestão Financeira CFP Práticas X 3 48 4 - UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 23 DE 234

4º Ano Minor em Gestão Financeira Semestre Horas Código Denominação CF AC 1º 2º HCS HCT Cr PR Estudos Contemporaneos de Gestão de Empresas Tema Transversal IV Educação Ambiental CFG Gestão X 3 48 CFG Transversal X 1 15 Empreendedorismo CFEs Gestão X 4 64 Mercados e Produtos Financeiros Contabilidade Internacional Investigação Operacional Estágio Tecnico Profissional Teoria Geral de Banca e Seguros Finanças Internacionais CFEs Finanças X 4 64 CFEs Contabilidad e X 4 64 CFEs Gestão X 4 64 CFP Praticas X 3 48 CFEs Finanças X 4 64 CFEs Finanças X 4 64 Finanças Públicas CFEs Gestão X 4 64 Análise e Gestão de Projectos CFEs Finanças X 4 64 Ética Empresarial CFP Filosofia X 4 64 Trabalho de Culminação do Curso CFEs Práticas X 2 32 4-1 - 4-6 - 6-4 - 6-5 - 5-4 - 5-4 - 6 - UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 24 DE 234

13. Tabela de precedências A inscrição em: Contabilidade Financeira II Gestão Financeira II Microeconomia II Estratégia Empresarial II Matematica II Estatistica II Cálculo Financeiro II Depende da aprovação em: Contabilidade Financeira I Gestão Financeira I Microeconomia I Estratégia Empresarial I Matemática I Estatistica I Cálculo Financeiro I UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 25 DE 234

14. Tabela de equivalências Novo Plano de Estudos Introdução ao Marketing Marketing Estratégico Gestão Financeira I Gestão Financeira II Gestão de Recursos Humanos Mercados e Produtos Financeiros Informática de Gestão Plano de Estudos Anterior Marketing I Marketing II Finanças Empresariais I Finanças Empresariais II Introdução a Gestão de Recursos Humanos Mercados e Instituições Financeiras Informática Aplicada 15. Plano de transição O plano de transição deve ser elaborado a seguir ao plano de estudos novo e ele deve estabelecer as estratégias e os prazos que devem ser seguidos para a integração dos estudantes no novo currículo. O plano de transição é o documento que estabelece as formas de integração e enquadramento dos estudantes do actual currículo no novo currículo. Exemplo de alguns itens de um plano de transição: 1) Os estudantes que tiverem transitado para o 4º ano continuam a reger-se pelo planos de estudos actual; 2) Os estudantes que tenham transitado para o 4º ano e que tenham reprovado em disciplinas do 1º, 2º e 3º anos, terão mais uma oportunidade de fazer a disciplina do antigo currículo por via de um Exame Extraordinário e/ou Aulas Especiais. Se o estudante tornar a reprovar mais uma vez, numa disciplina do actual currículo terá de se integrar no novo currículo; 3) Todos os estudantes que, nos anos subsequentes à introdução do novo currículo, reprovarem de ano e não conseguirem completar o curso, nos UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 26 DE 234

moldes do actual currículo, só deverão realizar as suas inscrições depois de consultarem a tabela de equivalências, a fim de serem devidamente enquadrados no novo currículo. 16. Avaliação da aprendizagem Neste item o curso deverá apresentar a sua concepção de avaliação definindo os critérios, processos e instrumentos que serão usados para aferir como é que o estudante está a construir as competências. A concepção de avaliação tem de ser consensual com o estipulado no Regulamento Académico. O currículo, por adoptar a abordagem por competências, usará metodologias dinâmicas e activas e, por essa razão, a avaliação terá de ser processual, inclusiva e formativa. 17. Formas de culminação As formas de culminação do curso segue o estipulado nas BDC, a saber: Monografia e Exame de Conclusão. 18. Instalações e equipamentos existentes A ESCOG, sita na Avenida Ahmed Sekou Touré, 1230. As suas salas se encontram na ESCOG Sede (4 salas de aulas) e as restantes salas de aulas nos edifícios dos correios de Moçambique (13 salas de aulas). Dispõe, ainda, de um centro de recursos (espaços da biblioteca e sala de informática) e de duas (2) salas para os docentes. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 27 DE 234

19. Corpo docente e técnico-administrativo existente Nome do Docente Area de Formação Disciplinas por leccionar Americo Nhaduco Mestre em Economia Microeconomia Macroeconomia Empreendedorismo Anisio Bande Lic. em Economia Microeconomia Introdução a Economia Aristides Machiane Mestre em Marketing Marketing Estrategico Noções de Marketing Augusto Mondlane Mestre em Gestão Introdução a Gestão Estrategia Empresarial Gestão de Recursos Humanos Bernardo Tivane Lic. em Administração Gestão de Recursos Humanos Celso Cunha Lic. em Contabilidade Auditoria Interna Auditoria Financeira Contabilidade Financeira Contabilidade de Custos David Pinto Mestre em Economia Introdução a Economia Microeconomia Macroeconomia Finanças Publicas Dinis Canda Mestre em Administração Gestão de Recursos Publica Humanos Edson Garrine Lic. em Economia Microeconomia Macroeconomia Investigação Operacional Elvis Miambo Analise e Gestão de MBA em Finanças Projectos Mestre em Economia Gestão Financeira UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 28 DE 234

Introdução a Economia Mercados e Produtos Financeiros Finanças Internacionais Francisco Moiane Lic. em Economia/ Contabilidade Financeira Contabilidade Contabilidade de Custos Isabel Manhique Mestre em Gestão Relações Publicas Joaquim Tchamo Mestre em Gestão Comportamento Organizacional Introdução a Gestão Estrategia Empresarial Gestão de Recursos Humanos Leonitt Silvério Lic. em Administração Introdução a Gestão Marketing Mansur Valabdas Lic. em Gestão Cálculo Financeiro Contabilidade Analitica Milagre Macandja Mestre em Gestão e Marketing Estrategico Marketing Noções de Marketing Gestão Financeira Nilsio Manjate Analise e Gestão de Mestre em Gestão e Projectos Finanças Gestão de recursos Humanos UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 29 DE 234

20. Análise de necessidades Dada a necessidade de se dar resposta positiva aos novos modelos de pedagogia, principalmente a pedagogia centrada no aluno, na qual, procura-se despertar a capacidade deste realizar coisas através de transformação de ideias em prática através de um processo de ensino e aprendizagem motivador, a ESCOG necessita de ser apetrechada em termos de: Mobiliário apropriado para o desenvolvimento do PEA; Material informático com vista a permitir aulas interactivas entre docentes e estudantes de outras delegações da UP e das outras instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras conveniadas com a UP; Material bibliográfico temático, com vista a permitir que os estudantes sejam munidos de um referencial teórico diversificado, que lhes permita fazer estudos comparados sobre os vários paradigmas de gestão empresarial e integrá-los nos vários sistemas de administração em cursos nas várias partes do universo. Formação e/ou capacitação de professores e investigadores em matéria de empreendedorismo, com vista a formar graduados empreendedores, empregados e não empregados. Capacidade em termos humano tanto a nível académico assim como administrativo, de modo, que de forma coordenada as duas áreas desenvolvam actividades sinérgicas com vista ao sucesso do PEA. Meios de locomoção que possam facilitar deslocações internas tanto para a troca de experiências entre os funcionários das delegações com vista a permitir desenvolvimento de actividades harmoniosas em todas delegações com cursos da ESCOG. Em suma: UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 30 DE 234

Tabela nº 5 Descrição das necessidades do curso de licenciatura TIPO DE NECESSIDADES DESCRIÇÃO DAS NECESSIDADES RECURSOS MATERIAIS RECURSOS HUMANOS SEMINÁRIOS Duas salas de informática Gabinete de trabalho para docentes devidamente apetrechado Bibliografia em conformidade com as componentes de formação Quatro retroprojectores Dez tela Seis data-show Oitenta computadores para duas salas de informática dos estudantes com internet ligado Duas máquinas fotocopiadoras Seis impressoras lazer Duas impressoras Jet Noventa UPS 6 scanners Docentes das disciplinas contidas no plano de estudos Serventes Realização de um seminário interno para a divulgação e discussão de todos os aspectos inerentes a implementação e funcionamento dos cursos: motivos da reforma, filosofia dos novos cursos, seu contributo económico e social, circulação de estudantes entre os cursos da ESCOG, da UP, de outas Instituição Nacionais e instiutições internacionais, formas de cooperação com os parceiros, condições materiais e humanas, etc. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 31 DE 234

ACORDOS DE COOPERAÇÃO COM INSTITUIÇÕES CONGÉNERA Acordos de cooperação com as instituições de formação superior em Administração e Gestão para troca de experiência e capacitação dos docentes da UP, incluindo participação em cursos de pós-graduação Acordos com as instituições governamentais, nãogovernamentais, comunitárias, etc., que realizam programas e actividades inerentes aos cursos ministrados na ESCOG com vista ao enriquecimento dos currículos e assegurar espaço de realização de actividades práticas dos estudantes. Os condicionalismos acima expostos, visam assegurar que a ESCOG dê resposta positiva aos novos modelos de pedagogia, principalmente a pedagogia centrada no aluno, na qual, procura-se despertar a capacidade deste realizar coisas através de transformação de ideias em prática através de um processo de ensino e aprendizagem motivador, desta forma a ESCOG necessita de ser apetrechada. 21. Conclusões O curso de Licenciatura em Gestão de Empresas com habilitação em Gestão Financeira surgiu no âmbito da expansão de cursos de formação de outros profissionais na UP. Neste sentido, durante a sua concepção vária foram as lacunas, facto que justifica a presente revisão do curso, com vista a conferir-lhe uma nova estrutura para dar resposta às expectativas do momento. Neste contexto, o processo de reforma do curso afigura-se de importância, considerando que este é de muita aceitação. A reforma que o curso conhece singe-se principalmente no seguinte: Adequação do curso às realidades nacional, regional, global e a nível da CPLP; UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 32 DE 234

Ordenação das disciplinas de forma lógica e harmoniosa, com vista a formar quadros capacitados em matérias de gestão, estratégia, contabilidade, finanças, economia, e outras áreas afins; Desenvolver uma visão integrada do mundo de negócios embasado em diversas áreas de conhecimento, conferindo ao graduado uma visão multifacetado de modo a responder aos vários desafios colocados aos profissionais da área; Produção de um currículo dinâmico e que permite a mobilidade de estudantes em instituições de ensino superior a nível interno da UP e em outras instituições de ensino superior. Nesse contexto, justifica-se a presente reforma que se afigura oportuna senão necessária, dada a dinâmica do momento. 22. Referências bibliográficas MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Plano Estratégico da Educação (Revisto) 2006-2011. Maputo. MEC. 2006. UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA.Normas para Produção e Publicação de Trabalhos Científicos na Universidade Pedagógica. Maputo. U.P.. 2003 Regulamento Académico para os Cursos de Bacharelato e Licenciatura. Maputo. UP. 2003 CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Projecto de Reforma Curricular da UP. Maputo, UP, 2007. CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Bases e directrizes curriculares para os cursos de graduação da Universidade Pedagógica. Maputo, UP, 2008. CEPE. Comissão Central de Reforma Curricular. Guia para a apresentação do Plano Curricular do Curso. Maputo, UP, 2009. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 33 DE 234

23. Programas temáticos das disciplinas e temas transversais UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 34 DE 234

Programas Temáticos Componente de Formação Geral UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 35 DE 234

ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO Departamento de Economia e Gestão Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa Código - Tipo- Nuclear Nível - II Ano - 1º Semestre - 1º Créditos 4 = 100 horas (48 de contacto e 52 de estudo) 1. Introdução O reconhecimento da importância de que a língua se reveste para o Homem a ela estar vinculado de modo que nela e por ela manifesta as suas diversas formas de pensar, sentir, agir e comunicar, implica que ela seja entendida como elemento mediador da compreensão / expressão oral e escrita, meio de conhecimento, apropriação e intervenção na realidade exterior e interior. Ela assegura o desenvolvimento integrado das competências comunicativas e linguística. Considerando que é a Língua Portuguesa a que organiza os saberes curriculares das outras disciplinas, este programa preconiza, por um lado, a aquisição de determinadas técnicas de expressão e, por outro, o desenvolvimento de capacidades e aptidões que permitam ao sujeito de aprendizagem uma compreensão crítica das outras matérias de estudo e uma preparação eficiente para a sua profissão. Numa perspectiva de que o programa se destina a discentes de diferentes cursos, cada um com a sua especificidade, optou-se por uma apresentação genérica dos objectivos e conteúdos programáticos. Orientando-se os objectivos para o desenvolvimento da competência comunicativa e produtiva, será da responsabilidade do professor, a partir da análise da textualidade dos discentes, fazer o levantamento dos conteúdos gramaticais, a par dos propostos, que considera necessários para a reflexão, de modo a serem supridos os problemas existentes ao nível da competência linguística. Assim, cabe ao professor organizar exercícios gramaticais, estruturais ou de conceitualização, consoante os objectivos e as necessidades reais dos sujeitos de aprendizagem. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 36 DE 234

Nesse espírito, apresentamos o presente programa de Língua Portuguesa e Técnicas de Expressão, reformulado no âmbito da revisão curricular em 2003, passando a disciplina semestral e novamente revisto tendo em conta as constatações e observações feitas ao programa anterior e a necessidade cada vez crescente de responder às exigências dos discentes, candidatos a professores, dos diferentes cursos ministrados pela UP. O programa visa desenvolver a compreensão oral e escrita em diferentes situações e fornecer instrumentos que permitam a manipulação de diferentes tipos de texto, tendo em conta o público a que se destina. 2. Competências Os estudantes deverão: Utilizar a língua como instrumento de aquisição de novas aprendizagens para a compreensão e análise da realidade; Aperfeiçoar o uso da língua tendo em conta as suas componentes e seu funcionamento. 3. Objectivos gerais Desenvolver a competência comunicativa em Língua Portuguesa, na oralidade e na escrita, de forma apropriada a diferentes situações de comunicação, perspectivando os discursos tendo em vista a integração do sujeito de aprendizagem no seu meio socioprofissional; Conhecer o funcionamento específico da pluralidade de discursos que os discentes manipulam quotidianamente nas disciplinas curriculares. Desenvolver o conhecimento da língua e da comunicação, através de uma reflexão metódica e crítica sobre a estrutura do sistema linguístico, nas componentes fonológica, morfo-sintáctica, lexical, semântica e pragmática. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 37 DE 234

4. Conteúdos (plano temático) Conteúdos Temas 1. Textos escritos de organização e pesquisa de dados Tomada de notas Técnicas de economia textual Resumo Plano do texto Unidades de significação Regras de elaboração de resumo 2. Textos orais ou escritos de natureza didáctica ou cientifica Texto Expositivo-Explicativo A intenção de comunicação A organização retórica e discursiva As características linguísticas A coerência e progressão textual 3 Texto Argumentativo Conceito de argumentação A organização retórica do texto Organização discursiva do texto Teses e argumentos Práticas discursivas 4. Composição Escrita Planificação Produção Reconhecimento de esquemas de compreensão global 5. Expressão e compreensão oral Princípios orientadores da conversação Formas de tratamento Tipos e formas de frase Horas contacto estudo 06 06 09 08 09 08 07 10 06 08 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 38 DE 234

Oralidade 6, Textos Funcionais /administrativos A Acta O Relatório O Sumário O CV 06 06 7. Reflexão sobre a língua Ortografia, acentuação, pontuação, translineação. A Frase Complexa coordenação e subordinação Categoriais gramaticais Campos semânticos e relações lexicais. 05 06 Sub-total 48 52 Total 100 5. Métodos e Estratégias de Ensino-Aprendizagem Do ponto de vista metodológico considera-se que, para atingir os objectivos traçados, o discente tem que praticar a língua portuguesa na oralidade e na escrita. Deste modo, todas as actividades seleccionadas pelo professor devem partir essencialmente da prática do sujeito de aprendizagem. Aconselha-se a escolha de textos relacionados com as temáticas de cada curso assim como, sempre que possível e outros materiais para o alargamento da cultura geral. Da mesma forma, aconselha-se a utilização de textos completos, reflectindo sobre as estruturas textuais, não se limitando apenas a nível oracional. O professor deverá procurar diversificar os meios de ensino em função dos temas a abordar e, naturalmente, de acordo com as condições reais da instituição. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 39 DE 234

6. Avaliação A avaliação deverá processar-se de uma forma contínua, sistemática e periódica. O tipo de avaliação corresponderá aos objectivos definidos incidindo sobre: - Composição oral e escrita; - Expressão oral e escrita. Assim, são considerados instrumentos de avaliação: - Trabalhos individuais, orais e escritos, a elaborar dentro das horas de contacto e/ ou do tempo de estudo; - Testes escritos (mínimo de dois). A nota de frequência a atribuir no fim do Semestre será a média dos resultados obtidos em cada um dos objectivos definidos, avaliados nos trabalhos e / ou testes. Haverá um exame final do Semestre que consistirá numa prova escrita. A nota final do Semestre será calculada com base na nota de frequência (com peso de 60%) e na nota de exame (com peso 40%). 7. Língua de ensino - Português 8. Bibliografia Básica BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia de Pesquisa: Monografia, Dissertação, Teses. São Paulo. Atlas, 2003. CARRILHO, M.J. e ARROJA, M. Programa de Língua Portuguesa e Técnicas de Expressão. Maputo,Instituto Superior Pedagógico, 199... CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. 14ª ed. Lisboa, Sá da Costa, 2001. DIAS, D., Cordas, J. & MOTA, M. Em Português Claro. Porto editora, 2006. FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramatica de Língua Portuguesa. Porto, ASA, 1999. FILHO, d Silva. Prontuário: Erros Corrigidos de Português. 4ª ed. Lisboa, Textos editores. JUCQUOIS, Gui. Redacção e Composição. Lisboa. Editorial presença, 1998. LAKATOS, E.M. & MARCONI, M. de Andrade.Metodologia Científica.5ª ed., São Paulo, Atlas, sd. LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo. Ática, 2002. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 40 DE 234

MARQUES, A.L. Motivar para a Escrita: Um Guia para Professores, Lisboa, 2003. MATEUS, et. al.. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed.,lisboa, caminho, 1989 MAVALE, Cecília. Resumo(Apontamentos). Maputo, UP, 1997. SANTOS, Odete et.al. Outras Palavras.Português. Lisboa, Textos Editora, 1990. PRONTUÁRIO ORTOGRÁFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 47ª ed., Lisboa. Editorial Notícias, 2004. REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Portoeditora. 1995. SAMPAIO, J. & MCLNTYRE, B. Coloquial Portuguise-The complete course for beginners.2ªed. Landon and New York, 2002. SERAFINI, Maria Teresa. Como se Faz um Trabalho Escolar. Lisboa, Editorial Presença, 1996. SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. Lisboa, Editorial Presença, 2001. SOARES, M.A. Como Fazer um Resumo. 2ª edição, Lisboa. Editorial, presença, 2004. TRIVINOS, A.N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa qualitativaem Educação. São Paulo. Atlas, s.d. VENTURA, H. & CASEIRO, M.. Dicionário prático de verbos seguidos de preposições. 2ª editorial Lisboa. Fim de Século, 1992. VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Almedina, 1999. 9. Docentes A disciplina será leccionada por docentes da FCLCA. UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 41 DE 234

ESCOLA SUPERIOR DE CONTABILIDADE E GESTÃO Departamento de Economia e Gestão Disciplina: Métodos de Estudo e Investigação Científica Código -... Tipo Nuclear Nível II Ano 1º Semestre 1º Créditos 5 = 125 (48 de contacto e 77 de estudo) 1. Competências a. Desenvolve técnicas de estudo e iniciação à pesquisa; b. Usa as ferramentas das TICs no estudo e na pesquisa; c. Elabora um projecto de pesquisa; d. Desenvolve um pansamento crítico e de rigor científico. 2. Objectivos Gerais a. Compreender a Ciência como um processo crítico de reconstrução permanente do saber humano; b. Dominar os métodos de estudo na universidade e de pesquisa científica; c. Conhecer as ferramentas de estudo e da pesquisa científica virtuais c. Conhecer as etapas de elaboração de um projecto de pesquisa; d. Conhecer as normas para a elaboração e publicação de trabalhos científicos da UP; e. Desenvolver o pensamento crítico e de rigor científico. 3. Pré-requisitos - Nenhuma disciplina UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 42 DE 234

4. Conteúdos (plano temático) No Temas Horas de contacto Horas de estudo 1 I. Introdução 2 2 Exigências e desafios no ensino universitário: - Oportunidades e privilégios que o ensino superior oferece. - Responsabilidade do estudante no ensino superior. 2 II. Métodos de estudo na universidade 6 10 II.1. Planificação do estudo: II.1.1. Importância da planificação do estudo; II.1.2. Condições ambientais e psicológicas para o estudo; II.1.3. Organização, planificação e métodos de estudo: Gestão do tempo/ horários de estudo; revisão e sistematização das matérias; realização das tarefas (exercícios, pesquisa, projectos, actividades laboratoriais, actividades de campo entre outras) Técnicas de estudo na modalidade presencial e a distância: - individual - em grupo 3 II.2. Suporte tecnológico (TICs) para estudo e 9 15 pesquisa II.2.1. Internet como instrumento de pesquisa Motores de busca na Internet Categorização das buscas na Internet Técnicas de busca na Web UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 43 DE 234

Combinação de várias técnicas de busca II.2.2. A Web 2.0 Uma visão das ferramentas da web 2.0 para a educação Como usar a web 2.0 na pesquisa II.2.3. Bibliotecas virtuais Revistas científicas eletrônicas Os e-books Os e-readers Revistas indexadas 4 II.2.4. Ferramentas de produtividade Mapas conceptuais O CmapTools O MS Word O MS Excel O MS PowerPoint 5 III. Pesquisa científica III. 1. Pesquisar para quê? - Resolver problemas; - Formular teorias; - Testar teorias. III. 2. Tipos de conhecimentos - Senso comum (conhecimento ordinário); - A ciência (conhecimento científico); - O corte epistemológico entre os saberes (Gaston Bachelard) III. 3. Postura do pesquisador e questões éticas da pesquisa Postura do pequisador - Modéstia, humildade, honestidade, equidistância, autonomia, beneficência, justiça e equidade. Questões éticas da pesquisa - O plágio Conceito de plágio 9 12 10 16 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 44 DE 234

Os diversos tipos de plágio III. 4. A estrutura do projecto de pesquisa - Conceito de projecto de pesquisa; - Elementos básicos da pesquisa: Linha de pesquisa; Tema; Justificativa; Revisão da literatura; Delimitação do tema de estudo (A linha de pesquisa, o tema, o objecto,o aspecto de estudo - conteúdo explícito, espaço e tempo justificados) O problema de pesquisa; Os objectivos (Geral e específicos); A hipótese; Métodos de abordagem da pesquisa: Quantitativos e Qualitativos; Metodologia: análise dos materiais, tratamento dos resultados, sintectização e apresentação dos resultados Referencial teórico de análise Relevância da pesquisa ou grau de universalização da pesquisa; Orçamento e cronograma. Etapas de elaboração de uma pesquisa - Concepção do projecto (Plano provisório); - Levantamento das fontes bibliograficas e documentais (Leitura exploratória, analítica e interpretativa - Ficha de leitura); - Trabalho de Campo; - Apresentação e discussão dos resultados da pesquisa (Cruzamento de dados bibliograficos e de campo); - Elaboração do relatório: 6 10 UP DP 3ª REFORMA CURRICULAR PÁG 45 DE 234