Construção da inovação os oito papéis da área de Recursos Humanos ebook
A inovação não depende apenas de aspectos tecnológicos ou recursos. Grande parte do potencial de mudança está nas pessoas dentro das organizações. Por isso, a área de Recursos Humanos pode ter um forte impacto na construção de uma estratégia inovadora. Para Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa, os líderes da gestão de pessoas devem intervir nos mecanismos que geram comportamentos em prol da inovação, como estrutura, cultura, liderança e pessoas. Durante sua participação no comitê de Gestão de Pessoas da Amcham - São Paulo, realizado no dia 29/06, o especialista apontou oito papéis do RH dentro do tema inovação.
#1. Desenho da estrutura organizacional e de papéis de responsabilidades Para transformar a inovação como parte da cultura da empresa, a área de gestão de pessoas deve fazer uma configuração nova para estruturar o tema, organizando os papéis e responsabilidades para fomentar essas mudanças. Para Livia Gandarra, Head de Inovação da Libbs, uma sugestão é ter um programa de ideias direcionado por um problema e praticar uma metodologia em cima dessa questão. O que a inovação tem que ser? Uma competência. E aí que começa o trabalho do RH. Tem que instituir uma competência de inovação dentro da organização, precisa esquematizar. Fontes: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa, e Livia Gandarra, Head de Inovação da Libbs.
#2. Desenvolver líderes com o entendimento dos benefícios, riscos e abordagens de inovação Não há inovação sem liderança. Segundo Carlomagno, esse é um dos temas mais críticos. O líder deve engajar seu time no tema, entendendo os riscos, benefícios e diferentes abordagens. Uma coisa é fazer aplicativo para melhorar equipamento de mensuração de glicose de quem tem diabetes. Outra é desenvolver insulina inalável e outra coisa é desenvolver o pâncreas biossintético. São desafios tecnológicos distintos, com potenciais de impacto distintos e que demandam gestões diferentes de inovação, exemplifica. Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
Carlomagno destaca que o tempo é um dos recursos mais escassos nas organizações. Por outro lado, é um dos ingredientes mais importantes dentro da inovação. Portanto, o RH deve pensar em como treinar e formar seus times, reservando um tempo ao tema e de forma que não prejudique o dia a dia operacional. #3. Treinar e desenvolver as competências e ferramentas de inovação Um exemplo positivo é a Embraer. Como conta Daniela Sena, Diretora de Recursos Humanos da Embraer, a organização trouxe para seu programa de desenvolvimento de lideranças atividades e conhecimentos mais amplos. Como somos uma empresa formada basicamente por engenheiros, investimos há quatro anos em novos conceitos pra abrir o mindset das pessoas. Tem uma ida para o Instituto Inhotim, por exemplo, para inspirar os colaboradores através da arte. E o resultado é muito positivo. Fontes: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa, e Daniela Sena, Diretora de Recursos Humanos da Embraer.
#4. Conectar a inovação ao processo de avaliação de desempenho Se a inovação faz parte da estratégia do negócio, é preciso conectar esse processo na avaliação de desempenho dos líderes e colaboradores. Fonte: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
#5. Recompensar e reconhecer comportamentos e resultados Por outro lado, não basta apenas incluir a inovação no processo de avaliação: para incentivar e engajar os colaboradores, é preciso recompensar e reconhecer comportamentos e resultados nessas atividades. Fonte: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
#6. Valorizar o comportamento empreendedor e de aprendizado com o erro Por outro lado, não basta apenas incluir a inovação no processo de avaliação: para incentivar e engajar os colaboradores, é preciso recompensar e reconhecer comportamentos e resultados nessas atividades. Fonte: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
#7. Comunicar internamente a estratégia Outro papel da área é tratar da parte de comunicação interna do processo de inovação: onde, como e porquê inovar. Assim, além de fortalecer a estratégia, outros colaboradores podem se engajar nos projetos. Fonte: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
#8. Recrutar, avaliar e selecionar considerando as competências para inovar A seleção e retenção de talentos também faz parte de uma boa estratégia de inovação. Na Mastercard, segundo Erika Takahashi, Vice-presidente de Recursos Humanos para América Latina da organização, a diversidade e inclusão são dois aspectos que ajudam. O RH precisa trazer outras pessoas para a organização, que saibam inovar e que pensam diferente. São eles que vão nos levar a clientes diferentes e a saber lidar com eles, trazendo novas oportunidades para a companhia. Fonte: Maximiliano Carlomagno, Sócio-fundador na Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação Corporativa.
Expediente Amcham Brasil CEO Deborah Vieitas Presidente do Conselho de Administração Hélio Magalhães Diretora de Produtos e Serviços Camila Moura Gerente de Comunicação/editor Dirceu Pinto Repórter André Inohara Projeto Gráfico Renato Orlandini Santos