8-dez-2014 Taxa de juros a curva de juros subiu; Taxa de câmbio o dólar valorizou-se 0,2% frente ao real; Bolsa de Valores o Ibovespa fechou a semana em queda de 2,4%. Em geral, na semana passada os vencimentos da curva de juros subiram. A exceção foi o contrato DI 16, que apresentou uma leve queda. Enquanto os contratos DI Janeiro 15, 17 e 21 variaram positivamente em 0,11 ponto percentual, 0,11 ponto percentual e 0,31 ponto percentual, respectivamente, o contrato DI 16 variou negativamente em somente 0,05 ponto percentual. As taxas alcançaram, em ordem crescente de vencimento, 11,59%, 12,41%, 12,29% e 11,94%. A explicação para a dinâmica da curva segue a mesma da semana anterior, quando, mesmo antes do Comitê de Política Monetária (COPOM) anunciar o aumento de juros, o mercado já precificava abertura nas taxas. Afinal, a inflação segue resiliente ao redor do topo da meta e o Banco Central do Brasil (BCB) tem se mostrado mais disposto a combatê-la. O dólar fechou a semana valendo R$ 2,596, apresentando uma desvalorização na semana de 0,2% e no ano de 10,2%. Mesmo assim segue se valorizando frente a várias moedas. Na semana passada, em especial, o número acima do esperado de geração de postos de trabalho na economia americana surpreendeu positivamente (314 mil novas vagas). Além disso, internamente, o Brasil segue apresentando um saldo em transações correntes (-3,74% do PIB) desconfortável, corroborando o cenário de haver valorização das moedas estrangeiras frente ao real. O Ibovespa alcançou 51.993 pontos, apresentando uma queda de 2,4% na semana. No ano, a bolsa acumula alta de 0,9%. As quedas consecutivas nos preços do petróleo e do minério de ferro têm afetado a projeção de lucro da Petrobras e da Vale, ambas com elevadas participações no índice.
Informativo Indicadores de Mercado Nome Unidade Nível % dia % mês % ano % 12m % 24m Fonte Renda Fixa (d-1 para índices da ANBIMA) CDI % ao ano 11,59% 0,04% 0,21% 9,99% 10,68% 19,40% CETIP IRFM Índice - - 0,11% 11,30% 10,46% 18,47% ANBIMA IMA Ex-C Índice - - -0,51% 12,36% 13,84% 12,36% ANBIMA IMA B5 Índice - - 0,24% 11,72% 12,83% 15,79% ANBIMA IMA B5+ Índice - - 0,83% 18,09% 21,31% -0,48% ANBIMA Inflação IPCA % - - 0,51% 5,58% 6,56% 12,71% IBGE IGP-M % - - 0,98% 3,05% 3,66% 9,47% FGV Prêmio de Risco / Commodities CRB Índice 252,33-0,30% -0,80% -9,94% -8,92% -15,67% BBG Moedas Dólar R$ 2,596 0,39% 1,13% 10,19% 8,34% 21,93% BCB Euro USD 1,229-0,69% -1,28% -10,55% -9,06% -5,30% BBG Euro R$ 3,182-0,59% -0,36% -1,96% -1,41% 15,42% BBB Ações - Brasil (em Reais) Ibovespa Índice 51992,89 1,10% -4,99% 0,94% 2,41% -11,64% BM&FBOVESPA Ibovespa USD 20086,11 1,19% -5,84% -7,89% -5,47% -27,53% BM&FBOVESPA IBX Índice 21468,77 0,99% -4,87% 0,82% 1,51% 0,29% BM&FBOVESPA IDIV Índice 2950,97 0,69% -5,80% -13,34% -12,92% -11,37% BM&FBOVESPA SMLL Índice 1122,16 0,10% -4,36% -14,29% -13,12% -23,10% BM&FBOVESPA ISE Índice 2468,59 0,75% -4,62% -0,44% 0,65% 5,72% BM&FBOVESPA Ações - Mundo (Índice - em moeda local) S&P500 EUA 2073,97 0,10% 0,31% 12,21% 15,70% 47,17% BBG FTSE Inglaterra 6742,84 0,95% 0,30% -0,09% 2,60% 13,76% BBG DAX Alemanha 10087,12 2,39% 1,06% 5,60% 7,78% 32,50% BBG Nikkey Japão 17920,45 0,19% 2,64% 10,00% 16,09% 89,12% BBG Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management
jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 Informativo Taxas de juros nominais - Mercado futuro (%) 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 Jan 15 Jan 17 Jan 21 Cotação do Dólar (em reais) 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0 1,9 Ibovespa vs S&P500 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000 40.000 2.100 2.000 1.900 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 Ibovespa S&P 500 Fonte: Banco Central do Brasil (BCB), BM&F Bovespa e Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management
Informativo Por dentro do Cenário Mesmo com demanda fraca, a inflação segue ao redor de 6,5%. Não por menos, os juros aumentaram. Se os ajustes necessários ocorrerem em 2015 e em 2016, no entanto, os dois anos seguintes provavelmente trarão números mais otimistas. De fato, não só o crescimento do PIB no 3T14 foi de apenas 0,1%, comparativamente ao trimestre imediatamente anterior (segundo dados do IBGE), como a produção industrial em outubro também ficou estável, comparando com setembro (segundo a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE - PIM-PF). Ainda assim, houve queda de 3,6% com relação ao mesmo mês do ano anterior. Conquanto a indústria de transformação tenha mostrado uma pequena melhora (0,2%), a extrativa ficou estagnada. Em particular, a redução no ritmo de alta da extração de petróleo pela Petrobras está influenciando o desempenho ruim recente do setor extrativo mineral. Alinhado à produção industrial, o PMI industrial em novembro (segundo HSBC) teve a sétima piora nas condições operacionais da indústria (indicador abaixo de 50 pontos) nos últimos oito meses. Era 49,1 em outubro e passou para 48,7 em novembro. Após um 3T14 desfavorável à economia, a indústria chega ao fim do ano com estoques altos, confiança baixa e fracos indicadores coincidentes. Um dado positivo, ainda que somente de curto prazo, diz respeito ao licenciamento total de veículos em novembro (segundo a Fenabrave). Apesar de ter ocorrido uma queda de 12% no acumulado no ano, esta foi melhor do que a que ocorreu no mês de outubro (retração de 13%). Isto porque em novembro foram licenciados 294,6 mil veículos, um aumento de 7,6% ante outubro, após ajuste sazonal. É possível que parte deste aumento seja devido ao anúncio em 20 de novembro da recomposição do IPI a partir de janeiro. Nesse caso, o aumento deste mês pode ser um adiantamento da demanda. Posto que a demanda agregada seja baixa, a inflação deveria estar menos pressionada. Não é o caso, entretanto. O IPCA ainda está em 6,56% (12 meses acumulado em novembro), com perspectiva de alcançar o final do ano 6,4% (projeções da Itaú Asset Management). Por causa desta inflação resiliente, dadas as pressões advindas de moedas estrangeiras valorizadas em relação ao real e de uma variação nos preços dos administrados mais vigorosa, o BCB optou por seguir aumentando a meta para a Selic nesta última quarta feira, dia 03/12. Nesta ocasião, optou-se por mais 0,50 ponto percentual, atingindo 11,75%. A medida, ainda que tenda a retrair o investimento e o consumo, se faz necessária em um cenário de inflação acima da meta desde agosto de 2010. Neste caso, a Itaú Asset Management entende que haverá mais duas elevações no ano que vem, de 0,50 ponto percentual (em janeiro) e de 0,25 ponto percentual (março), finalizando o ciclo de alta, com uma Selic- Meta de 12,50%. Os ajustes na política fiscal, anunciados pelo futuro Ministro da Fazenda Joaquim Levy, precisam seguir na agenda. Em particular, os números anunciados sobre o superávit primário (1,2% do PIB em 2015 e não menos do que 2% nos dois próximos anos). Sem esses, o BCB terá que ser ainda mais arrojado no aperto monetário para convergir a inflação para a meta de 4,5%. Pelo que tudo indica, haverá harmonia entre ambas as políticas, o que exigirá, em tese, um ajuste monetário menos forte. Se em 2015 e em 2016 estas expectativas de ajustes se concretizarem, os anos seguintes serão de crescimento mais elevado, inflação mais baixa e juros mais moderados.
China e Japão Zona do Euro EUA Brasil Informativo Agenda segunda terça quarta quinta sexta domingo 08 dezembro 09 dezembro 10 dezembro 11 dezembro 12 dezembro 14 dezembro sem definição 08:00 - IGP-M Inflation 1st Preview (Dec) 09:00 - Retail Sales 13:00 - JOLTS Job Openings 11:30 - Retail Sales Advance 11:30 - PPI Final Demand 13:00 - Wholesale Inventories 13:00 - Business Inventories 12:55 - Univ. of Michigan Confidence (Dec p) 05:00 - GER: 05:00 - GER: Trade Balance 05:45 - FR: Industrial Production 05:00 - GER: CPI (Nov f) 08:00 - Euro-Zone: 07:30 - UK: 07:30 - UK: Trade Balance 05:45 - FR: CPI 12/17 - GER: Wholesale Price Index 04:00 - JN: Machine Tool Orders (Nov p) 21:50 - JN: Machine Orders 02:30 - JN: Industrial Production (Oct f) 12/9-12/15 - CH: New Yuan Loans 23:30 - CH: PPI 03:30 - CH: Fixed Assets Ex Rural YTD 12/9-12/15 - CH: Money Supply M2 23:30 - CH: CPI 03:30 - CH: Retail Sales 03:30 - CH: YTD 12/13-12/18 - CH: Foreign Direct Investment 03:30 - CH: Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve
Informativo como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção da carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. A Itaú Asset Management é o segmento do Itaú Unibanco especializado em gestão de recursos de clientes. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Itaú Unibanco não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 18h00min da 6ª feira.