Competitividade do Agronegócio Soja Desafio da Agregação de Valor Reunião das Câmara Setoriais Agosto de 2013 Fabio Trigueirinho
Importância do Agronegócio Soja Ano comercial 2013/2014 Safra 81,6 Processamento 36,7 Exportações Farelo 13,8 27,9 Consumo Interno 14,0 Exportações Óleo 1,5 7,0 Consumo Interno 5,5 Biodiesel 2,0 Exportação 39,5 Aproximadamente 67% da produção é exportada O crescimento da indústria depende da competitividade das exportações Fonte: ABIOVE. Obs.: dados em milhões de toneladas.
Fretes Fonte: MDIC/SECEX, ESALQ-LOG, ABIOVE
Desafio Brasileiro Brasil: Mix de exportações do complexo soja 100 90 Grão 80 87% Farelo + Óleo 73 % 70 60 50 40 30 20 10 0 13% Lei Kandir 27 % 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 O Brasil tem perdido representatividade na exportação de produtos devido à falta de isonomia tributária Fonte: ABIOVE. * Percentual da receita de exportação.
Desafio Brasileiro Competitividade Principais Processadores Políticas Públicas China Argentina Brasil EUA Proteção ao mercado de produtos Apoio à exportação de produtos Incentivo à exportação de matérias-primas Proteção ao mercado interno de produtos Apoio governamental ao investimento Diferencial tributário de exportação (DTE) Falta de isonomia na exportação ICMS Tarifa elevada no óleo de soja Fornecimento de matériaprima pelo governo Fornecimento de energia subsidiada Falta de isonomia na exportação FUNRURAL Escalada tarifária Acumulo forte de créditos Falta de saídas tributadas Barreira técnica ao óleo de soja. Crédito Presumido - Falta total de liquidez após Lei 12.839 Controle das licenças de importação do farelo de soja Redução do crédito presumido
Estudo OMC The soybean value chain is a good example. About 95 per cent of Brazil s soybean exports to China in 2009 were unprocessed beans. In contrast, there were virtually no exports of soybean meal, flour or oil to China. In order to pursue its strategy of promoting the Chinese soybean processing industry, China imposed a tariff of nine per cent on soybean oil imports, while the tariff on unprocessed soybean imports was only three per cent. Imports of products based on processed soybeans were also levied at a higher value-added tax rate in China than were unprocessed beans. 6
Desafio Brasileiro 1. Falta de isonomia entre matéria-prima e produtos na exportação: a) Na Contribuição Social Rural (Funrural): não incidência nas exportações diretas pelo produtor. b) No ICMS: incidência nas operações interestaduais de matéria-prima. 2. Forte Acúmulo de créditos de PIS e Cofins após a Lei 12.839/13: (Novo ônus a exportação de valor agregado) a)redução do crédito presumido do óleo e farelo b)perda de liquidez nos créditos ordinário e presumido 3. Falta de isonomia tributária com a Argentina - Diferencial Tributário
O PRODUTOR RURALpode exportar diretamente sua soja, não havendo necessidade de formar empresa para isto, podendo fazê com seu CPF. Quais as principais vantagens de exportação direta? - A não-incidência de INSS (Funrural) 2,3 % -Melhor forma de fixação do preço final que éfeito diretamente na CBOT - Acesso a linhas de crédito mais baratas, somente disponíveis para exportadores (ACC) Fonte: http://www.centrograos.com.br/site/cg/site/exportacao.php
Desafio Brasileiro Alíquota de ICMS: Exportação de soja in natura: antes da Lei Kandir após a Lei Kandir Tributação na exportação de matéria-prima Sobra de ICMS Em qualquer Estado SOJA 13% Mercado Externo Exportação de farelo e óleo: Tributação na compra de matéria-prima Tributação na exportação de produtos Sobra de ICMS A B No mesmo Estado da indústria Em outro Estado SOJA SOJA Diferimento do ICMS ICMS interestadual 12% Indústria Processadora Produção de Farelo e Óleo Farelo e Óleo Farelo e Óleo Alíquota média de ICMS Mercado Externo Óleo Externo Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 1 Alíquota média de ICMS 1 Mercado Externo 2% 12%
Crédito Presumido Lei 10.925/04 Lei 12.350/10 Lei 12.839/13 PLV da MP 615 1) Alíquota (%) 4,625 4,625 4,625 2,5 2) Base de Cálculo Tributação da Indústria Processadora de Soja Compra de soja Compra de soja Compra de soja, na proporção das vendas de farelo Venda dos produtos (farelo, óleo) Redução significativa do valor do crédito presumido
1) Mercado Interno Tributação da Indústria Processadora de Soja Tributação PIS e COFINS (%) Lei 10925/04 Lei 12350/10 Lei 12.839/13 a) Farelo 9,25 Suspensão Suspensão b) Óleo 9,25 9,25 Zero 2) Exportação Não incidência Não incidência Não incidência A indústria não tem mais saídas tributadas e acumula créditos
1) Compensação com débitos de PIS/Cofins Farelo e Óleo 2) Compensação com outros tributos federais (RFB) 3) Ressarcimento em dinheiro (Fiscalização in loco) 4) Ressarcimento expresso (Fiscalização eletrônica) Tributação da Indústria Processadora de Soja Aproveitamento dos Créditos - Proposta Lei 10.925/04 Lei 12.350/10 Lei 12.839/13 PLV da MP 615 Sim Só óleo Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Crédito Ordinário Crédito Presumido A competitividade da indústria passaráa ser dependente da agilidade no ressarcimento do crédito presumido.
Estratégia para a Agregação de Valor Medidas imediatas - restabelecer a competitividade internacional 1.Implementar o programa de ressarcimento acelerado de crédito presumido de PIS/Cofins da indústria de óleos vegetais (MP 615). 2.Incluir o farelo e o óleo bruto de soja no Reintegra. 3.Desonerar a indústria do Funrural.