TRIBUTAÇÃO ESTADUAL INCENTIVOS FISCAIS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REGRAS E LIMITES DE IMPLEMENTAÇÃO
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- David Canejo Sampaio
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1 X Congresso de Direito Tributário em Questão TRIBUTAÇÃO ESTADUAL INCENTIVOS FISCAIS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REGRAS E LIMITES DE IMPLEMENTAÇÃO Gramado, julho de 2011 André Luiz Barreto de Paiva Filho
2 TRIBUTAÇÃO ESTADUAL: INCENTIVOS FISCAIS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: REGRAS E LIMITES DE IMPLEMENTAÇÃO OS IMPOSTOS DE VALOR ADICIONADO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO O ICMS, SUAS PECULIARIDADES E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO O CONFAZ ICMS, POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E A GUERRA FISCAL SIMPLES
3 OS IMPOSTOS SOBRE VALOR ADICIONADO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TRIBUTO SOBRE CONSUMO Ônus recai sobre o consumidor CARACTERÍSTICAS NORMAIS E/OU DESEJÁVEIS Neutralidade: interna e no comércio internacional (incide nas importações; não incide nas exportações) Não-cumulatividade (crédito financeiro): bens de capital e de uso e consumo geram crédito para compensar débito de etapas seguintes Alíquotas: poucas e representam o ônus da incidência (há quem defenda alíquota única) Isenções e benefícios fiscais: políticas sociais e mitigação da regressividade (há quem defenda nenhuma isenção (políticas sociais pelo gasto) Baixa extra-fiscalidade => eminentemente arrecadatório (política de desenvolvimento pelo gasto)
4 ICMS, SUAS PECULIARIDADES E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Tributo de caráter nacional de titularidade de ente subnacional Parte do imposto pertence ao Estado de origem (produção) mecanismo alíquotas interestaduais 12% e 7% resistência dos Estados a ressarcir os créditos acumulados das empresas exportadoras relativo ao ICMS pago em outras unidades da federação Crédito físico (bens de uso e consumo não dão crédito) prejudica exportações (residual); beneficia importações Crédito de bens de capital apropriados em 48 meses só justificável pela questão origem/destino Multiplicidade de alíquotas e tratamentos tributários Benefícios fiscais dependeriam de acordo no Confaz Guerra fiscal
5 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO NO CONFAZ ECONÔMICAS Bens de capital (máquinas e equipamentos da indústria e da agropecuária): redução na carga interna e interestadual Isenções relacionadas a infraestrutura, implantação de usinas de energia elétrica, ferrovias, gasodutos, metrôs, etc. Políticas dirigidas a setores econômicos Políticas especiais comércio exterior: Drawback; Regime Especial Aduaneiro; Repetro; Zona Franca e Áreas de Livre Comércio; etc. SOCIAIS Isenções relacionadas à área de saúde: compras públicas de medicamentos; máquinas e equipamentos Isenções sociais: cesta básica; medicamentos; energia para baixo consumo, etc.
6 ICMS, POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E A GUERRA FISCAL Política de desenvolvimento regional e os incentivos de ICMS Estados atribuem o uso dos incentivos do ICMS à ausência de uma política nacional de desenvolvimento regional ICMS como instrumento de atração de investimentos Estado renuncia imposto de uma produção que não tem, com vistas a atrair determinada produção nova para seu território Estados que já tem determinada produção, têm potencial limitado ou usam como instrumento a redução generalizada da carga Transcendendo a questão do Estado concedente: transferência de recursos públicos ao setor privado (gasto tributário) Incentivo mais comum: créditos presumidos do imposto
7 ICMS, POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E A GUERRA FISCAL Esgotamento do instrumento Todos os Estados praticam Diferença relativa pequena ou inexistente Perda de receita: R$ 25 bi Incerteza no investimento Insegurança jurídica: benefícios são inconstitucionais Glosas de créditos Decisões STF Permissividade: atração de arrecadação Guerra fiscal do atacado Guerra fiscal da importação Guerra fiscal do varejo: as vendas diretas na Internet
8 ICMS, POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E A GUERRA FISCAL Inconsistência com características desejáveis de uma política de desenvolvimento mais eficiente Infraestrutura Capacitação das pessoas (educação) Geração de economia de agregação, emprego e renda Arrecadação do ICMS em outro patamar poderia contribuir para a formação de uma política de desenvolvimento mais efetiva
9 SIMPLES NACIONAL Política voltada para o desenvolvimento das empresas Reduz o pagamento de tributos, conforme faturamento da empresa Um dos maiores programas de desenvolvimento do País Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) É administrado por Comitê Gestor (8 integrantes): 4 da Receita Federal do Brasil (RFB), 2 dos Estados e DF e 2 dos Municípios. 4,2 milhões de empresas (out/2010) Cerca 70% das empresas nacionais Fora do regime de apuração ICMS Fora da guerra fiscal Renúncia expressiva de ICMS RS R$ 440 milhões (2009 3% do ICMS) MODALIDADE LIMITE ANUAL QUANTIDADE MEI ME EPP R$ 36 mil 590 mil R$ 240 mil R$ 2,4 milhões* 3,6 milhões SIMPLES 4,2 milhões
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