SEGUIMENTO DO ENFERMEIRO GRADUADO NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP: SUA INSERÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA



Documentos relacionados
Carteiras de Mínimo VAR ( Value at Risk ) no Brasil

O erro da pesquisa é de 3% - o que significa isto? A Matemática das pesquisas eleitorais

O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE li

Sistema Computacional para Medidas de Posição - FATEST

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

Dispensa e Redução de Contribuições

PARECER SOBRE A PROVA DE MATEMATICA FINANCEIRA CAGE SEFAZ RS

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Estáticos

PRESTAÇÃO = JUROS + AMORTIZAÇÃO

CAPÍTULO 8 - Noções de técnicas de amostragem

Faculdade de Engenharia Investigação Operacional. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu

Testes de Hipóteses para a Diferença Entre Duas Médias Populacionais

CAPÍTULO 5 - INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

INTRODUÇÃO. Exemplos. Comparar três lojas quanto ao volume médio de vendas. ...

Séries de Potências AULA LIVRO

Portanto, os juros podem induzir o adiamento do consumo, permitindo a formação de uma poupança.

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

ALOCAÇÃO DE VAGAS NO VESTIBULAR PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

1.4- Técnicas de Amostragem

Prof. Eugênio Carlos Stieler

ATIVIDADE DE CÁLCULO, FÍSICA E QUÍMICA ZERO

Otimização e complexidade de algoritmos: problematizando o cálculo do mínimo múltiplo comum

Esta Norma estabelece o procedimento para calibração de medidas materializadas de volume, de construção metálica, pelo método gravimétrico.

AMOSTRAGEM. metodologia de estudar as populações por meio de amostras. Amostragem ou Censo?

CAPÍTULO 5 CIRCUITOS SEQUENCIAIS III: CONTADORES SÍNCRONOS

Os juros compostos são conhecidos, popularmente, como juros sobre juros.

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

Introdução ao Estudo de Sistemas Lineares

A TORRE DE HANÓI Carlos Yuzo Shine - Colégio Etapa

INE ESTATÍSTICA APLICADA I - TURMA GABARITO LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE AMOSTRAGEM E PLANEJAMENTO DA PESQUISA

AVALIAÇÃO DE UMA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA POR GRADUANDOS DE ENFERMAGEM

Aplicação de geomarketing em uma cidade de médio porte

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E A SEGURANÇA DO ALIMENTO: UMA PESQUISA EXPLORATÓRIA NA CADEIA EXPORTADORA DE CARNE SUÍNA

UFRGS MATEMÁTICA

Capitulo 6 Resolução de Exercícios

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ECV

Lista 9 - Introdução à Probabilidade e Estatística

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Ano 1º Semestre 1º. Teóricas

UNIVERSIDADE DA MADEIRA

Guia do Professor. Matemática e Saúde. Experimentos

VII Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem

JUROS COMPOSTOS. Questão 01 A aplicação de R$ 5.000, 00 à taxa de juros compostos de 20% a.m irá gerar após 4 meses, um montante de: letra b

A AUTO-AVALIAÇÃO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: UMA IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO PARA A GESTÃO EDUCACIONAL

Prova Específica para o Curso de Administração e Ciências Contábeis

APOSTILA MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS

CONTRIBUIÇÕES DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO: ÂNGULO DE VISÃO DAS CORES DO ARCO-ÍRIS

Estatística stica para Metrologia

OTIMIZAÇÃO DA OPERAÇÃO DE TORRES DE RESFRIAMENTO

CUSTOS AMBIENTAIS E RESPONSABILIDADE SOCIAL NA BIOSSEGURANÇA

PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA

Lista de Exercícios #4. in Noções de Probabilidade e Estatística (Marcos N. Magalhães et al, 4ª. edição), Capítulo 4, seção 4.4, páginas

Modelo Matemático para Estudo da Viabilidade Econômica da Implantação de Sistemas Eólicos em Propriedades Rurais

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

MATEMÁTICA FINANCEIRA

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

Módulo 4 Matemática Financeira

Analise de Investimentos e Custos Prof. Adilson C. Bassan adilsonbassan@adilsonbassan.com

MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE Instituto do Ambiente PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS DE MEDIÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE

INTRODUÇÃO A TEORIA DE CONJUNTOS

Simone de Melo COSTA I Suely de Lima BRAGA II Mauro Henrique Nogueira Guimarães de ABREU III Paulo Rogério Ferreti BONAN IV

Capitulo 2 Resolução de Exercícios

SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO

Conceito 31/10/2015. Módulo VI Séries ou Fluxos de Caixas Uniformes. SÉRIES OU FLUXOS DE CAIXAS UNIFORMES Fluxo de Caixa

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E NUTRIÇÃO EM JOÃO PESSOA, PARAÍBA RESUMO

PG Progressão Geométrica

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo"

Juros Simples e Compostos

Modelando o Tempo de Execução de Tarefas em Projetos: uma Aplicação das Curvas de Aprendizagem

REGRESSÃO MÚLTIPLA: FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO NAS PESQUISAS MARKETING INSTITUCIONAL

A ESEC para o Novo Aluno...

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

LAYOUT CONSIDERAÇÕES GERAIS DEFINIÇÃO. Fabrício Quadros Borges*

UM ESTUDO DO MODELO ARBITRAGE PRICING THEORY (APT) APLICADO NA DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTOS

Pesquisa Operacional

Aplicação de Técnicas de Visão Computacional para Avaliar Qualidade de Radiografias Odontológicas

SEGUIMENTO DO ENFERMEIRO GRADUADO NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP: SUA INSERÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Características das Empresas Inovadoras no Brasil: Uma análise empírica a partir da PINTEC

Jackknife, Bootstrap e outros métodos de reamostragem

UM NOVO OLHAR PARA O TEOREMA DE EULER

ANÁLISE DO PERFIL DOS FUNDOS DE RENDA FIXA DO MERCADO BRASILEIRO

Capítulo 2 Análise Descritiva e Exploratória de Dados

Lista 2 - Introdução à Probabilidade e Estatística

Matemática Financeira. Ernesto Coutinho Puccini

ESTIMATIVA DA EMISSIVIDADE ATMOSFÉRICA E DO BALANÇO DE ONDAS LONGAS EM PIRACICABA, SP

M = 4320 CERTO. O montante será

5 Proposta de Melhoria para o Sistema de Medição de Desempenho Atual

Problema de Fluxo de Custo Mínimo

O QUE NOS UNE NO TRANSPORTE É A SEGURANÇA

ESPECIALISTA EM EVENTOS E CONVENÇÕES

Evaluation of medical X-ray machines in Paraíba state radiology centers between 2008 and 2009

Análise de Pobreza com Indicadores Multidimensionais: Uma Aplicação para Brasil e Minas Gerais *

Perfil socioeconômico dos idosos de Florianópolis: Análise comparativa dos estudos Perfil do Idoso 2002 e EpiFloripa Idoso 2009

PLANEJAMENTO DE CENTRAIS DE DISTRIBUIÇÃO A PARTIR DA ANÁLISE DO NÍVEL DE SERVIÇO E DA CAPACIDADE PRODUTIVA

CURTOSE. Teremos, portanto, no tocante às situações de Curtose de um conjunto, as seguintes possibilidades:

AVALIAÇÃO DA PRÁTICA DE GINÁSTICA LABORAL PELOS FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL PÚBLICO

6º Benchmarking. Paranaense de. Recursos Humanos. Dados de 2013

1. GENERALIDADES 2. CHEIA DE PROJETO

Curso MIX. Matemática Financeira. Juros compostos com testes resolvidos. 1.1 Conceito. 1.2 Período de Capitalização

Transcrição:

SEGUIMENTO DO ENFERMEIRO GRADUADO NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP: SUA INSERÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA FOLLOWING UP OF THE NURSES GRADUATED AT THE SCHOOL OF NURSING OF THE UNIVERSITY OF SAO PAULO: THEIR INSERTION IN INTENSIVE CARE UNITS Paula Hatsuye Kitahara* Miako Kimura** Katia Grillo Padilha** KITAHARA, P.H.; KIMURA, M.; PADILHA, K.G Seguimeto do efermeiro graduado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção - em Uidades de Terapia Itesiva. Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p.284-93, set. 1999. RESUMO O estudo foi realizado com os objetivos de idetificar as atividades desevolvidas após a formatura pelos efermeiros graduados a Escola de Efermagem da USP (EEUSP) e caracterizar a iserção destes efermeiros em Uidades de Terapia Itesiva (UTIs) o que se refere a ter sido ou ão sua primeira área de atuação, à experiêcia aterior de trabalho em UTI, ao treiameto iicial específico e às dificuldades efretadas para assumir as atividades essas Uidades. A população foi composta pelos egressos da EEUSP os aos de 1991 a 1995. Uma listagem dos aluos formados o período, com os respectivos edereços e telefoes, foi obtida juto à Seção de Graduação. Foi utilizado um questioário para a coleta de dados. Detre os 235 questioários eviados, 117 (49,8) retoraram com resposta. Quato as atividades após a formatura, 90,5 iformaram estar exercedo a profissão; o hospital,foi o local de trabalho mais idicado, totalizado 76,2 das respostas. Em todos os aos do período estudado, um cotigete sigificativo de efermeiros foi absorvido as UTls. Dos 117 respodetes, 55 (47,0) iformaram que trabalham ou trabalharam em UTI, sedo que para 54,5 deles, este foi o primeiro emprego. A maioria (52,8) ão tiha experiêcia de trabalho aterior em UTI. Apesar de 64,1 dos efermeiros terem recebido treiameto iicial específico, foram mecioadas dificuldades para assumir as atividades a UTI, detre as quais destacaram-se: a falta de destreza maual e de cohecimeto teórico (45,4), o mauseio de equipametos (25,8) e o relacioameto com as equipes de efermagem. e multiprofissioal (8,2). UNITERMOS: Educação em efermagem. Exercício da efermagem. Uidades de terapia itesiva. ABSTRACT The purposes of this research was to idetify the activities developed by the urses after udergraduatio course at the School of Nursig of the Uiversity of São Paulo ad to characterize their isertio i Itesive Care Uits (ICUs), i relatio to have bee or ot their first area of job, their previous experiece i ICU, the specific iitial traiig ad difficulties faced to take o the ICU activities. The populatio was composed by urses graduated betwee 1991 ad 1995. A rol of ames, addresses ad telephoe umbers was obtaied at the school office. Two hudred ad thirty five questioaires were set by mail ad 117 (49,8) were retured. The majority of the respodets (90,5) were workig as urses, maily i hospitals, which was the most idicated area of work (76,2). Almost half of the iformats (47,0) said they worked or were workig i ICUs ad for 54,5 of them, this was their first job; 52,8 had o previous experiece i ICU. Although 64,1 of these urses had received a specific iitial traiig, some difficulties to take o the ICU activities were faced: lack of kowledge ad psychomotor skills (45,4), hadlig equipmets (25,8) ad relatioship with the multiprofessioal ad the ursig team (8,2). UNITERMS: Educatio, Nursig. Nursig professio. Itesive care uits. * Alua do Curso de Graduação da Escola de Efermagem da Uiversidade de São Paulo.Bolsista PIBIC-CNPq/USP. ** Professor Livre Docete do Departameto de Efermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Efermagem da USP Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 284-93, set. 1999. 284

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... 1 INTRODUÇÃO A iserção do graduado em efermagem o campo de trabalho tem sido motivo de preocupação dos profissioais ligados à docêcia e aos serviços. Tal preocupação traduz o compromisso comum de todos que atuam as istâcias resposáveis pela formação e pelo desempeho o exercício profissioal do graduado em efermagem. Ao térmio do Curso de Graduação, o efermeiro recém-formado efreta o impacto da realidade profissioal que, com freqüêcia, é geradora de asiedade. Iúmeras dificuldades estão presetes este iício de vida profissioal, pricipalmete aquelas relacioadas à falta de correlação etre teoria e prática, à falta de habilidade para a execução das tarefas e para o desempeho.de fuções preestabelecidas pela istituição hospitalar (IDE et al, 1985; KREUTZ, 1996). Nos últimos aos temos observado, com certa freqüêcia, que efermeiros recém-formados estão sedo chamados para a prática em Uidades de Terapia Itesiva (UTIs), a despeito de cotrovérsias sobre a adequação desta área para efermeiros iiciates. Segudo OERMANN (1991) e KURCGANT (1991) a complexidade do paciete de UTI requer do efermeiro uma base sólida de cohecimetos, habilidade os aspectos tecológicos e emocioais do cuidado, habilidade para fazer julgametos clíicos frete a situações que se alteram rapidamete, além de um sistema de valores que o leve a tomar decisões éticas a prática diária. O desevolvimeto destes requisitos e competêcias é um processo gradual e, tradicioalmete, só profissioais com maior experiêcia têm sido selecioados para a assistêcia ao paciete critico. Em experiêcias passadas, o esio de efermagem em UTI era iiciado já a Graduação, como uma sub-uidade da disciplia Efermagem Médico- Cirúrgica, o 4o. semestre do Curso, embora ão costasse formalmete da grade curricular (KIMURA et al., 1986). Apesar de terem sido estágios bastate valorizados pelos aluos, este coteúdo deixou de ser miistrado a partir de 1986, em decorrêcia de dificuldades operacioais, tato dos campos de prática como do grupo de docetes. Com a implemetação do ovo currículo de graduação a Escola de Efermagem da USP (EEUSP), o esio de efermagem em UTI passa a itegrar a grade curricular, como disciplia oferecida o 7 semestre. Aspectos importates como as especificidades regioais e a legislação sobre o exercício profissioal da efermagem justificam a iclusão desse coteúdo a formação do efermeiro. Estudos realizados por IDE; CHAVES (1989) e por KIMURA; MIYADAHIRA (1991) costataram uma acetuada cocetração de UTIs a Região Sudeste, o Estado e o Muicípio de São Paulo o que, por si só, impõe às escolas a ecessidade do esio da assistêcia de efermagem ao doete critico iterado em UTI. As características sócio-ecoômicas, demográficas e do perfil epidemiológico das citadas regiões favoreceram um maior desevolvimeto da assistêcia itesiva, cofigurado uma demada assistecial e um mercado de trabalho bem defiidos para o efermeiro, que ecessita de base técico-cietifica sólida para o desempeho profissioal juto aos pacietes graves. Além disso, a capacitação dos efermeiros para atuar em UTI também faz-se imprescidível se cosiderarmos que a Lei 7498/86, em seu artigo 11, determia como sedo de competêcia privativa do efermeiro " prestar cuidados diretos de efermagem a pacietes graves, em risco de vida" (BRASIL, 1986). Dessa forma, o aspecto legal do exercício profissioal rafirma também a ecessidade de coteúdos específicos sobre UTI o esio de efermagem. No mometo em que se vivecia um marco importate do esio de graduação em efermagem, sobretudo o âmbito do esio da assistêcia em UTI, acreditamos ser oportua a proposição deste estudo com a fialidade de aalisar como tem sido, os últimos aos, a iserção do efermeiro graduado esta Escola, o campo de trabalho, mais especificamete em UTI. São, portato, objetivos deste estudo: -Idetificar as atividades desevolvidas pelo efermeiro graduado a EEUSP, após a formatura. -Caracterizar a iserção do efermeiro graduado esta Escola em UTI, o que se refere a: ter sido ou ão a sua primeira área de atuação, experiêcia aterior de trabalho a UTI, realização ou ão de treiameto iicial específico e dificuldades efretadas para assumir as fuções como efermeiro de UTI. 2 METODOLOGIA 2.1 População A população deste trabalho foi composta pelos efermeiros formados a EEUSP o período de 1991 a 1995. A listagem, por ao, do total de 256 efermeiros formados o período, com os respectivos edereços e telefoes foi obtida juto à Seção de Graduação da Escola. Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 285

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... 2.2 Coleta de Dados Istrumeto: Foi utilizado um questioário (Aexo I) com questões abertas e fechadas, cotedo duas partes descritas a seguir: Parte I: Dados gerais - destiada a obter iformações sobre idade, sexo, experiêcia de trabalho a fermagem durate a graduação e cursos realizados após a formatura. Parte II: Dados específicos - esta parte, foram obtidos dados relativos às atividades desevolvidas a efermagem, após a formatura, particularmete as relacioadas à iserção e atuação em UTIs. Procedimetos: Mediate cotato prévio por telefoe, foram cofirmados os edereços dos efermeiros, para os quais foram eviados os questioários acompahados de uma carta com iformações sobre o estudo. Foi também eviado um evelope selado para a devolução do questioário, estabelecedo-se o prazo de um mês cotado a partir da data de postagem. 2.3 Tratameto de Dados Os dados obtidos foram tabulados e distribuídos em tabelas e aalisados com base em úmeros absolutos e percetuais. As respostas abertas foram agrupadas de acordo com suas semelhaças. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 apreseta a distribuição, por ao, do úmero de efermeiros formados o período, dos questioários eviados e respectiva proporção de respostas recebidas. Tabela 1. Efermeiros formados a EEUSP etre 1991 e 1995, segudo o úmero de questioários eviados respodidos e o ao de formatura. São Paulo, 1996. Ao Efermeiros Formados Questioários Eviados Questioários respodidos 1991 27 26 15 (57,7) 1992 51 44 27 (61,4) 1993 56 47 29 (61,7) 1994 61 57 21 (36,8) 1995 61 61 25 (41,0) Total 256 235 117 (49,8) Do total de 256 efermeiros formados o período, 21 foram excluídos previamete pelos seguites motivos: 11 por mudaça de telefoe/ edereço; 9 por estarem fora do pais e 1 por ter-se recusado a participar. Foram, assim, eviados 235 questioários. Destes, 8 foram devolvidos ao remetete sem resposta por ão terem sido localizados os destiatários e 117 (49,8) retoraram respodidos; foram estes, portato, os questioários cosiderados o presete estudo. Observa-se que os percetuais de retoro foram maiores etre os aluos dos três primeiros aos ivestigados (91,92 e 93), quado comparados aos dos aos mais recetes (94 e 95). Quato à caracterização da faixa etária dos efermeiros respodetes, observou-se que 54,3 tiham idade etre 20 e 23 aos à época da formatura. Cosiderado que o curso de graduação em efermagem tem duração de quatro aos, podese iferir que a maioria dos efermeiros deste estudo igressou a Uiversidade com idade etre 17 e 20 aos, época que, em geral, aluos com trajetória escolar ormal, realizam o exame vestibular. No estudo de NAKAMAE (1976), que comparou o perfil dos estudates de efermagem do Estado de São Paulo os aos de 1973 e 1976, já se costatava a tedêcia de um úmero cada vez maior de estudates com escolaridade ormal. Corroborado a hegemoia do sexo femiio a efermagem, os efermeiros do presete estudo apresetaram também um perfil quase que exclusivamete femiio (98,3). Nas Tabelas 2, 3 e 4 apresetadas a seguir, podemse observar as características dos efermeiros formados o período cosiderado, quato a sua experiêcia de trabalho durate a graduação, a cotiuidade dos estudos após_ a formatura e aos locais de atuação profissioal. 286 Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 284-93, set. 1999.

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... Tabela 2. Experiêcia de trabalho a efermagem durate a graduação, segudo o ao de formatura. São Paulo, 1996. Experiêcia de trabalho durate a graduação Total Ao Sim Não 1991 10 66,7 5 33,3 15 100,0 1992* 18 69,2 8 30,8 26 100,0 1993 25 86,2 4 13,8 29 100,0 1994 17 81 4 19 21 100,0 1995 12 48 13. 52 25 100,0 Total 82 70,7 34 29,3 116 100,0 *Um questioário sem iformação Verifica-se que os aalisados, a maioria dos efermeiros respodetes (70,7) teve alguma experiêcia de trabalho a efermagem equato aluos de graduação. Com exceção do grupo de 1995, em que 52,0 iformou ão ter tido outra atividade cocomitate à graduação, os demais aos houve sempre predomiâcia dos que trabalharam durate o curso, com destaque para o ao de 1993 (86,2). Detre as atividades extracurriculares desevolvidas pelos 82 efermeiros com experiêcia de trabalho a efermagem durate a faculdade, o estágio remuerado, aqui cosiderado como uma atividade laborativa, foi mecioado de maeira prepoderate sobre as demais atividades, totalizado 67,7 das respostas. O estágio volutário (13,5) e o trabalho como técico de efermagem (12,5) foram as atividades idicadas a seguir. Embora esses dados possam refletir, de um lado, as dificuldades ecoômicas dos aluos (ecessidade de trabalhar), por outro lado, parecem idicar uma preocupação em buscar outras experiêcias além daquelas proporcioadas pelo esio formal, que lhes possibilitassem melhor preparo e maior seguraça a prestação da assistêcia aos pacietes. Tabela 3. Cursos realizados após a formatura pelos efermeiros, segudo o ao de formatura. São Paulo, 1996. Ao de formatura Total Cursos 91 92 93 94 95 Especialização 14 15 4 5 3 41 41,0 Atualização 6 6 9 6 7 34 34,0 Liceciatura 1 4 2 5 2 14 14,0 Aprimorameto 1-1 3 2 7 7,0 Mestrado - - 2 2-4 4,0 Total 22 25 18 21 14 100 100,0 Os cursos especificados a Tabela 3 referem-se às idicados pelos efermeiros deste estudo (41,0), respostas de 81 efermeiros (69,2) que seguidos dos cursos de Atualização (34,0) e de realizaram algum tipo de curso após a graduação. Chama à ateção o fato de que 30,8 deles Liceciatura (14,0). Os cursos meos freqüetados foram os de Mestrado (4,0). iformou ão ter feito ehum curso após a formatura. Coforme se pode observar, dos 100 Detre os cursos de Especialização, os mais cursos mecioados, os de Especialização foram freqüetemete citados foram os de Efermagem em os mais UTI (9), de Efermagem do Trabalho (9), de Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 287

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... Admiistração Hospitalar (7) e de Efermagem Obstétrica (4). Quato as atividades desevolvidas após a formatura, dos 116 efermeiros que respoderam a esta questão, 105 (90,5) iformaram que exerciam a profissão, o que reflete um baixo percetual de evasão profissioal. Quato aos demais efermeiros, 5 (4,3) haviam abadoado a efermagem, 3 (2,6) uca trabalharam como efermeiros e 3 (2,6) apeas cotiuavam a estudar ou eram bolsistas em projetos de pesquisa de efermagem. Tabela 4. Locais de atuação profissioal dos efermeiros após a formatura, segudo o ao de formatura. São Paulo, 1996. Locais 91 92 Ao de formatura 93 94 95 Total N Hospital 15 78,9 27 69,2 27 73,0.21 77,8 22 88,0 112 76,2 Escola 2 10,5 9 23,1 5 13,5 - - 2 8,0 18 12,2 Idústria 1 5,3 2 5,1 2 5,4 1 3,7 - - 6 4,1 Clíica particular 1 5,3 - - 2 5,4 1 3,7 - - 4 2,7 Outros* - - 1 2,6 1 2,7 4 14,8 1 4 7 4,8 Total 19 100,0 39 100,0 37 100,0 27 100,0 25 100,0 147 100,0 * Outros: Fudação Istituto de Pesquisas Ecoômicas (1-94; 1-95); Uidade Básica de Saúde (1-94); Secretaria da Saúde (1-93); Curso ATLS para médicos (1-94); Atedimeto em codomíio de férias (1-92); Baco de Sague (1-94). Verifica-se a Tabela 4, que o hospital foi a área de trabalho mais citada como local de atuação pelos efermeiros formados a EEUSP em todos os aos aalisados este estudo, totalizado 76,2 das idicações. Observa-se, também, que 12,2 dos profissioais atuaram a área de esio de efermagem, sobretudo em cursos para auxiliares de efermagem (12 das 18 idicações). Além desses, foram também mecioadas atuação a Idústria (4,1), em Cliicas particulares (2,7), bem como em áreas diversas, o que deota o amplo leque de possibilidades de atuação dos efermeiros o mercado de trabalho, embora aida com pequea frequêcia. Nas Tabelas a seguir, estão apresetados os resultados referetes à iserção dos efermeiros em Uidades de Terapia Itesiva. Tabela 5. Efermeiros que atuam ou atuaram em UTI, segudo o ao de formatura. São Paulo, 1966 Ao Efermeiros Respodetes Efermeiros que atuam ou atuaram em UTI 1991 15 9 (60,0) 1992 27 14 (51,9) 1993 29 10 (34,5) 1994 21 9 (42,9) 1995 25 13 (52,0) Total 117 55 (47,0) Verifica-se que, dos 117 efermeiros respodestes, 55 (47,0) atuam ou atuaram em UTI após a formatura. É iteressate observar que, em todos os aos do período estudado, um cotigete sigificativo de efermeiros foi absorvido as UTIs com percetuais acima de 50,0 os aos de 91 (60,0), 92 (51,9), e 95 (52,0). Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 288

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... Tabela 6. Distribuição dos efermeiros que atuam ou atuaram em UTI como 1 emprego e ao de formatura. São Paulo, 1996. Ao Sim UTI como 1 emprego Não Total 1991 5 55,6 4 44,4 9 100,0 1992 6 42,9 8 57,1 14 100,0 1993 5 50,0 5 50,0 10 100,0 1994 5 55,6 4 44,4 9 100,0 1995 9 69,2 4 30,8 13 100,0 Total 30 54,5 25 45,5 55 100,0 Observa-se, a Tabela 6, que para 54,5 dos. efermeiros que atuam ou atuaram a UTI após a formatura, esta foi a primeira área de atuação. Esta predomiâcia foi observada sobretudo o ao de 1995, quado aproximadamete 70 dos formados atuaram a UTI, como seu primeiro emprego. É importate ressaltar que mais da metade dos 55 efermeiras (52,8) iformou que ão tiha qualquer tipo de experiêcia aterior de trabalho em UTI. Os demais efermeiros (47,2) relataram que a experiêcia aterior com a assistêcia itesiva foi adquirida em estágios remuerados (54,2), como técico de efermagem (20,8), em estágios volutários (12,5), como auxiliares de efermagem (8,3) e em estágio curricular de admiistração em efermagem(4,2). Diversos autores têm aalisado a questão da admissão de efermeiros recém-formados as UTIs (CANFIELD, 1982; GOTTSCHALL et al, 1983; OERMANN, 1991; BURNS; HUTCHENS, 1992). Embora existam cotrovérsias a esse respeito, verificou-se que muitos dos hospitais icluídos os estudos citados empregavam efermeiros sem experiêcia em cuidados itesivos, iclusive, recém-formados. Nestes estudos, o percetual de hospitais que adotavam tal prática variou de 40 a 87. Tabela 7. Distribuição dos efermeiros segudo treiameto iicial especifico para atuar a UTI e ao de formatura. São Paulo, 1996. Treiameto iicial especifico Total Ao Sim Não N 1991 5 55,6 4 44,4 9 100,0 1992* 8 61,5 5 38,5 13 100,0 1993 6 60,0 4 40 10 100,0 1994 6 66,7 3 33,3 9 100,0 1995* 9 75,0 3 25,0 12 100,0 Total 34 64,2 19 35,8 53 100,0 *Um questioário sem iformação Observa-se a Tabela 7 que, detre os efermeiros com atuação em UTI, a maioria (64,2) recebeu treiameto iicial especifico para o trabalho essa Uidade. Nota-se, também, em todos os aos aalisados, elevado percetual de efermeiros que receberam esse tipo de treiameto ocorredo, a partir de 93, um aumeto progressivo desse percetual. 0 treiameto dos efermeiros recém-admitidos em uidades especificas faz parte de um programa de orietação mais abragete oferecido pelas istituições, visado a itrodução e a Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 289

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... adaptação do ovo fucioário em seu local de trabalho e auxiliado-o a aquisição de habilidades e cohecimetos específicos dessa Uidade. WIRCHOWISKI; KUBSCH (1995) alertam sobre a importâcia de se proporcioar programas educacioais que atedam adequadamete às ecessidades do efermeiro de UTI, dada a complexidade da assistêcia ao paciete critico e a preseça de alta tecologia. Em levatameto realizado os hospitais com UTI dos EUA, SULLIVAN; BREU (1982) verificaram que 83 deles ofereciam programas de orietação em serviço para a equipe de efermagem. No estudo de KOIZUMI et al (1997), abragedo 43 UTIs do Muicípio de São Paulo, costatou-se que em 79,1 delas havia um programa especifico para o iício das atividades doefermeiro a Uidade. A comparação desse percetual com o de 46,4 obtido em estudo aterior (GOMES et al, 1987), evidecia uma crescete preocupação das istituições com o preparo iicial dos efermeiros de UTI, embora aida se teha observado, o presete estudo, que 35,8 dos efermeiros assumiram suas fuções sem treiameto prévio. Tal fato certamete traz dificuldades ao desempeho profissioal do efermeiro, podedo comprometer a qualidade da assistêcia prestada. Para a maioria dos respodetes deste estudo, a duração do treiameto foi de 30 dias. O período mais freqüetemete ecotrado as UTIs estudadas por KOIZUMI et al (1997) foi igualmete o de até um mês, ão se tedo observado modificações os últimos aos quato a esse aspecto, comparativamete aos resultados de GOMES et al (1987). Outros estudos serão ecessários para se averiguar se esse período tem sido suficiete para o treiameto iicial a Uidade. E preciso cosiderar, etretato, que tal treiameto é apeas uma etapa iicial do processo de formação do efermeiro itesivista, processo esse que deve ser assumido tato como um compromisso idividual de cada profissioal, como uma resposabilidade istitucioal. Tabela 8. Coteúdo abordado durate o treiameto especifico dos efermeiros para atuação a UTI. São Paulo, 1996. Coteúdo Aspectos técicos da assistêcia 29 43,2 Aspectos admiistrativos 25 37,3 Avaliação das codições físicas do paciete 4 6,0 Revisão de fisiopatologia 3 4,5 Medicações 3 4,5 Aspectos psicossociais da assistêcia ao paciete e à família 2 3,0 Postura profissioal 1 1,5 Total 67 100,0 Os dados desta Tabela evideciam uma êfase em coteúdos voltados para os aspectos, técicos (43,2) e admiistrativos da UTI (37,3). Etre os primeiros, foram destacados o uso de equipametos e materiais, como respiradores, moitores e catéteres e a execução de procedimetos técicos o cuidado direto ao paciete. Nos aspectos admiistrativos, foram mecioadas as orietações gerais sobre a plata física e a diâmica da UTI, a cofecção de relatórios, estatísticas e as rotias da Uidade. Aspectos igualmete relevates para a assistêcia ao paciete critico, como a avaliação de suas codições físicas e a fudametação dos processos fisiopatológicos, bem como os aspectos psicossociais da assistêcia ao paciete e à família foram pouco abordados. Resultados semelhates foram ecotrados o estudo de KOIZUMI et al (1997) e CHABOYER et al (1997). Tabela 9. Dificuldades efretadas para assumir as fuções como efermeiro de UTI. São Paulo, 1996. Dificuldades N Falta de destreza maual e de cohecimeto teórico 44 45,4 Descohecimeto do mauseio de equipametos 25 25,8 Relacioameto com equipes de efermagem e multiprofissioal 8 8,2 Avaliação do paciete 5 5,1 Descohecimeto de rotias/diâmica de UTI 3 3,1 Número elevado de pacietes 3 3,1 Falta de estimulo para o desevolvimeto da efermagem 3 3,1 Falta de visão da UTI como um todo 2 2,1 Outras* 4 4,1 Total 97 100,0 Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 290

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... Coforme se observa a Tabela 9, a pricipal dificuldade efretada pelos efermeiros ao assumirem as fuções a UTI foi a falta de destreza maual e de cohecimeto teórico para prestar assistêcia de efermagem a pacietes graves (45,4). Os efermeiros mecioaram a falta desse preparo sobretudo quato à atuação em situações de emergêcia e de outras itercorrêcias e à diversidade de procedimetos e medicações requeridos pelo paciete grave. O mauseio de equipametos represetou 25,8 do total de dificuldades mecioadas É iteressate otar que as dificuldades relacioadas às habilidades e cohecimetos técicos foram prepoderates a despeito de terem sido justamete estes os aspectos mais abordados durate a fase de treiameto. Pode-se, assim,, supor que o período de um mês a ele destiado teha sido isuficiete para o domíio de toda a gama de habilidades e cohecimetos que habitualmete se espera do efermeiro de UTI. Isso se tora particularmete relevate se lembrarmos que mais da metade dos profissioais que se destiaram às UTIs, ão tiham experiêcia aterior essa área e que ehum deles teve esse coteúdo o esio formal, durate a graduação. 4 CONCLUSÕES Os resultados do presete estudo permitem cocluir que: os 117 efermeiros participates eram predomiatemete do sexo femiio (98,3), com idade etre 20 e 23 aos à época de formatura (54,3). 70.7 tiveram algum tipo de experiêcia de trabalho a efermagem durate a graduação, cocomitate ao curso, em praticamete todos os aos estudados. o estágio remuerado foi a atividade extracurricular mais freqüetemete mecioada, totalizado 67,7 das respostas. 69,2 dos efermeiros fizeram outros cursos após a graduação, sedo os de Especialização os mais mecioados (41,0). a área hospitalar foi a que mais absorveu os efermeiros formados esta Escola, o período cosiderado (76,2 das idicações). quato à iserção em UTIs, um percetual cosiderável de efermeiros destiou-se ao trabalho estas Uidades; 47,0 iformaram que trabalham ou trabalharam em UTI, sedo que para 54,5 deles, esta foi 'a primeira área de atuação. dos efermeiros que trabalham ou trabalharam em UTI, 52,8 ão tiham experiêcia de atuação aterior essa área. 64,1 receberam treiameto especifico para o iicio das atividades como efermeiro de UTI. apesar do treiameto recebido, houve dificuldades para assumir as atividades, sedo as pricipais: a falta de destreza maual e de cohecimeto teórico (45,4), o mauseio de equipametos (25,8) e o relacioameto com as equipes de efermagem e multiprofissioal (8,2). 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Leis etc. Lei 7498 de 25 de Juho de 1986. Dispõe sobre a regulametação do exercício da efermagem e dá. outras providêcias. Diário Oficial da Uião, Brasília, 26 Ju. de 1986. Seção 1, p. 9273-5. BURNS, S.; HUTCHENS, A. L. New graduates i critical care: how log do they stay?. J. Care Nurse, v. 12,. 8, p.'74-9, 1992. CANFIELD, A. Cotroversy over cliical competeces. Heart & Lug, v.19, p.197-9, 1982. CHABOYER, W. et al. Critical care urse's perceptios of their educatioal eeds. Austr. J. Adv. Nurs, v.14,.3, p.15-20, 1997. GOMES, A.M. et al. Tedêcias o treiameto e reciclagem do pessoal de UTI. /Trabalho apresetado o III Ecotro de Efermagem em Terapia Itesiva, São Paulo, 1987./ GOTTSCHALL, M. et al. Critical care orietatio programs. Nurs.Maag., v.14,.10,p.32-4, 1983. IDE, C.A.C.; CHAVES, E.C. A distribuição geopolítica das uidades de terapia itesiva. Rev. Esc. Ef. USP, v.23,.3, p.193-204, 1989. IDE, C.A.C. et al. O seguimeto do graduado em efermagem. Rev.Esc.Ef.USP, v. 19,.3, p. 195-211, 1985. KIMURA, M.; MIYADAHIRA, A..M..K. Aspectos da assistêcia hospitalar o Muicípio de São Paulo - a situação da assistêcia itesiva. Rev. Esc. Ef. USP, v.25,.1, p.61-72, 1991. KIMURA, M. et al. Avaliação sistematizada do processo esio-apredizagem em efermagem médico-cirúrgica. Rev.Esc.Ef.USP, v.20,.1, p. 27-38, 1986. KOIZUMI, M.S. et al. Educação cotiuada da equipe de efermagem as UTIs do Muicípio de São Paulo. Rev.Lat.Am.Ef., v. 6,. 5, p. 33-41, 1998. KREUTZ, I. A realidade hospitalar como primeira experiêcia profissioal do efermeiro. I: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM, 48, São Paulo, 1986. Resumos, Salvador, ABE, 1986. p. 268. KURCGANT, P. Formação e competêcia do efermeiro de terapia itesiva. Efoque, v.19,. 1, p.4-6, 1991. NAKAMAE, D. D. O perfil do estudate de efermagem. São Paulo, 1976. 68p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Efermagem, Uiversidade de São Paulo. OERMANN, M.H. Effectiveess of a critical care ursig course: preparig studets for practice i critical care. Heart & Lug, v.20, p.2'78-83, 1991. SULLIVAN, S.; BREU, C. Survey of critical care ursig practice. Part IVstaffig ad traiig of itesive care uit persoel. Heart & Lug, v.11,.3, p.237-41, 1982. WIRCHOWISKI, H. C.; KUBSCH, S. How urses react to ad cope with the ucertaity of ufamiliar techology: validatio for cotiuig educatio. J.Coti.Educ.Nurs., v.26,.4, p.174-8, 1995. Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 291

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... ANEXO QUESTIONÁRIO o. I DADOS GERAIS -Idade... -Sexo. Experiêcia de trabalho a efermagem durate a graduação: ( ) ão ( ) sim. Especifique... -Cursos realizados após a formatura: ( ) ehum ( ) doutorado ( ) mestrado ( ) atualização ( ) especialização. Especifique.... ( ) aprimorameto. Especifique- ( ) outros. Especifique... II DADOS ESPECÍFICOS -Quato às atividades desevolvidas por você a área de efermagem, após a formatura, assiale a alterativa que se aplica ao seu caso. Justifique se a sua resposta tiver um asterisco (*). (Obs.: o termo trabalhar implica em ter viculo empregatício) ( ) sempre trabalhei como efermeiro(a) () trabalhei como efermeiro(a) e depois abadoei as atividades de efermagem* ( ) trabalhei como efermeiro(a), abadoei e depois retorei às atividades de efermagem* ( ) apeas estudei e/ou fui bolsista a área de efermagem* ( ) uca trabalhei como efermeiro(a) após a formatura* ( ) outros. Especifique... Justifique a alterativa assialada... Locais ode atuou após a formatura: ( ) Hospital ( ) Uidade Básica de Saúde ( ) Idústria/Empresa ( ) Escola. Especifique o ível- ( ) outros. Especifique... Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 292

Seguimeto do efermeiro guardado a Escola de Efermagem da USP: sua iserção... Respoda as questões a seguir, apeas se você atua ou atuou como efermeiro(a) em UTI, após a formatura: A UTI foi a sua primeira área de atuação como efermeiro? ( ) sim ( ) ão. Tiha experiêcia aterior de trabalho em UTI? ( ) ão ( ) sim Como: ( ) auxiliar de efermagem ( ) técico de efermagem ( ) estagiário remuerado ( ) outro. Especifique- Recebeu treiameto especifico para atuar como efermeiro(a) a UTI? ( ) ão ( ) sim. Especifique o tempo:-... Em lihas gerais, o que cosistiu esse treiameto? Quais foram as pricipais dificuldades que você efretou para assumir as fuções como efermeiro(a) de UTI? Rev.Esc.Ef.USP, v.33,.3, p. 265-78, set. 1999. 293