MUDANÇAS NA PRODUTIVIDADE DA PESCA ARTESANAL EM CABO VERDE NO PERÍODO DE 1990 A 1999



Documentos relacionados
Evolução da Produtividade das Empresas em Cabo Verde no Período de 1997 a 2002 Antonio José Medina dos Santos Baptista 1

Acção da neve: quantificação de acordo com o EC1

v t Unidade de Medida: Como a aceleração é dada pela razão entre velocidade e tempo, dividi-se também suas unidades de medida.

TENSÕES E CORRENTES TRANSITÓRIAS E TRANSFORMADA LAPLACE

Edital Nº. 04/2009-DIGPE 10 de maio de 2009

MODELAGEM ECONOMÉTRICA TEMPORAL DOS ÍNDICES INCC E IGPM: UMA EXPLICAÇÃO PARA A REDUÇÃO DAS DIMENSÕES DOS IMÓVEIS E O AUMENTO DOS SEUS PREÇOS

ABERTURA COMERCIAL E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES NA AGRICULTURA PAULISTA

REATOR ELETRÔNICO DE BAIXO CUSTO E ALTO FATOR DE POTÊNCIA

PROGRESSO TECNOLÓGICO, EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES DO SETOR AGROPECUÁRIO NA REGIÃO DO TRIÂNGULO/ALTO PARANAÍBA MG,

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE MANGA EXPORTADA DO BRASIL: ANÁLISE NO DOMÍNIO DO TEMPO

3. Apreçamento CDS. 3.1 Risco-Neutro

Capítulo 10 Inversores PWM Conversor CC-CA

5 Cálculo do Diâmetro e Espaçamento entre Estribos Utilizando a Formulação Proposta

exercício e o preço do ativo são iguais, é dito que a opção está no dinheiro (at-themoney).

Curso de preparação para a prova de matemática do ENEM Professor Renato Tião

Testes Acelerados de Confiabilidade

NOTA TÉCNICA IDENTIFICANDO A DEMANDA E A OFERTA DE CRÉDITO BANCÁRIO NO BRASIL. ipea (1) y =α +α r +α X +ν (2) (1 ) (2 )

Universidade Federal de Pelotas UFPEL Departamento de Economia - DECON. Economia Ecológica. Professor Rodrigo Nobre Fernandez

EFICIÊNCIA E TECNOLOGIA NA AGRICULTURA PAULISTA ENTRE 1985 E 2001

v =? a =? E para o ângulo: ( v ) 37,5 37,5i Cinemática de uma Partícula Cap Exercícios v v Velocidade (a t )A (a t )B (a n )A (a n )B

Uma experiência de planejamento estratégico em universidade: o caso do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFRN*

Testes Acelerados de Confiabilidade

CAPÍTULO 5: CISALHAMENTO

Análise Matemática IV

INTRODUÇÃO TEÓRICA - EXPERIÊNCIA 3. Comportamento de Componentes Passivos

Valor do Trabalho Realizado 16.

MODELOS CONSTITUTIVOS

Capítulo VII. Elementos Armazenadores de Energia

Índices Físicos ÍNDICES

4 Modificações realizadas

Conidere uma rampa plana, inclinada de um ângulo em relação à horizonal, no início da qual enconra-e um carrinho. Ele enão recebe uma pancada que o fa

MÉTODO MARSHALL. Os corpos de prova deverão ter a seguinte composição em peso:

PRODUTIVIDADE, VARIAÇÃO TECNOLÓGICA E VARIAÇÃO DE EFICIÊNCIA TÉCNICA DAS REGIÕES E ESTADOS BRASILEIROS

O Fluxo de Caixa Livre para a Empresa e o Fluxo de Caixa Livre para os Sócios

7.5. EXEMPLO: PROJETO TÉRMICO DE UM CONDENSADOR

Geração de calor em sólidos

3 Fundamentos do Comportamento dos Hidrocarbonetos Fluidos

12 Integral Indefinida

Professor: Danilo Dacar

Professor: Danilo Dacar

Equações Simultâneas. Aula 16. Gujarati, 2011 Capítulos 18 a 20 Wooldridge, 2011 Capítulo 16

Otimização de Sistemas de Aterramento em Subestações 34,5 / 13,8 kv

Física A Extensivo V. 2

Campo magnético variável

4 Cenários de estresse

Capítulo 2 - Limites e Derivadas (pág. 75 a 150 do livro texto 7ª edição) Reta secante e reta tangente ao gráfico de uma função

Economia da Construção e do Imobiliário

Se um sinal arbitrário x(t) for aplicado à entrada do filtro de quadratura, o sinal na saída será

INQUÉRITO - PROJECTO DE TUTORIA A ESTUDANTES ERAMUS OUT

VOLTA. AS HIPÓTESES DE ARISTARCO. 1 A Lua recebe a sua luz do Sol. 2 A Terra está no centro da órbita circular da Lua.

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

PROJETO: Conferência Ethos 2011

QUESTÃO 01 Considere os conjuntos A = {x R / 0 x 3} e B = {y Z / 1 y 1}. A representação gráfica do produto cartesiano A B corresponde a:

Buck-BoostBoost. Prof. Amauri Assef. UTFPR Campus Curitiba 1

O Papel das Empresas

Operação Metalose orientações básicas à população

Cinco sentidos da Economia Social. Américo M. S. Carvalho Mendes

Escola E.B. 2,3 / S do Pinheiro

Módulo 07 Capítulo 06 - Viscosímetro de Cannon-Fensk

INICIATIVAS GULBENKIAN PARA A INOVAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO. Concurso para apoio a iniciativas-piloto no âmbito das economias criativas

A nova metodologia de apuração do DI propõe que o cálculo seja baseado em grupos de taxas e volumes, não mais em operações.

Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes

Influência de Variáveis Meteorológicas sobre a Incidência de Meningite em Campina Grande PB

Taxa de Câmbio e Taxa de Juros no Brasil, Chile e México

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

Função definida por várias sentenças

Nota técnica. Resultados do DETER de Abril de 2008

CONTROLE POR REALIMENTAÇÃO DOS ESTADOS SISTEMAS SERVOS

Compreender a placa de interface WAN serial 2- Port (WIC-2T)

EXERCÍCIOS. 1. Comentar a ordem e molecularidade das seguintes reações, bem como a possibilidade da reação ser elementar. + 3H 2

EXERCÍCIOS. 1. Comentar a ordem e molecularidade das seguintes reações, bem como a possibilidade da reação ser elementar. + 3H 2

Estratégia Nacional de Especialização Inteligente. Lisboa, 2 de fevereiro de 2017 José Carlos Caldeira

Resolução de Matemática da Prova Objetiva FGV Administração

CIRCULAR Nº 3.640, DE 4 DE MARÇO DE 2013

SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS ANTERIORES (EXERCÍCIO II)

matemática 2 Questão 7

Estudo comparativo de processo produtivo com esteira alimentadora em uma indústria de embalagens

Administração AULA- 7. Economia Mercados [3] Oferta & Procura

Conceitos macroeconômicos, conjuntura e as bases para retomar a sustentabilidade da dívida pública

Dimensionar um trocador de calor para resfriar lbm de gasolina de 219 F. Gasolina Água?

5.4.1 Dados iniciais Localização dos fluidos água de resfriamento no lado dos tubos gasolina no lado do casco ( F)

Microeconomia. UNIDADE 7 Aula 7.2

O projeto Key for Schools PORTUGAL

Experiências para o Ensino de Queda Livre

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

CIRCULAR Nº I - Abordagem do Indicador Básico; II - Abordagem Padronizada Alternativa; III - Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada.

Geometria Analítica 60h- MA036 LICA GA. 60h- EC h-CTA002. Álgebra Linear 1 60h- MA046. LICA AL 30h-CTA003. Programação 1

Transdutor de Potência (analógico)

EFEITO DA ROTAÇÃO DE CULTURAS SOBRE O TRIGO, EM SISTEMA PLANTIO DIRETO, EM GUARAPUAVA, PR 1. Resumo

Modelos Não-Lineares

O equilíbrio económico e financeiro de uma concessão de transportes

Administração AULA- 6. Economia Mercados [2] Oferta & Procura. Pressupostos do conflito: Rentabilidade em sua atividade


AULA PRÉ-TEÓRICA 03 CONVERSORES CC-CC 2 GERAÇÃO DOS SINAIS DE COMANDO (PWM) NO ARDUINO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

SCC Laboratório de Algoritmos Avançados. Grafos: Fluxo Máximo. Fluxo Máximo. Fluxo Máximo. Fluxo Máximo 6/2/2009 5:33 PM

..1INÁRIO SOBRE A CULTURA DO MILHO 'SAFRINHA AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA A "SAFRINHA" NA REGIÃO CENTRO-SUL EM 1996

Teoria de Circuitos e Fundamentos de Electrónica: Linearidade. Teoria de Circuitos e Fundamentos de Electrónica: técnicas adicionais de análise

Programação para a Terceira Prova

Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles)

Transcrição:

A pequia Operacinal e Recur Renvávei 4 a 7 de nvembr de 2003, Naal-RN MUDANÇAS NA PRODUTIVIDADE DA PESCA ARTESANAL EM CABO VERDE NO PERÍODO DE 1990 A 1999 Anni Je Medina d San Bapia Durand em Ecnmia Aplicada (Blia CAPES / PEC-PG) Univeridade Federal de Viça Deparamen de Ecnmia Rural CEP: 36571-000; Viça - MG E-mail: zecv@yah.cm Jã Euáqui de Lima Ph.D, Prfer Tiular d Deparamen de Ecnmia Rural UFV. CEP: 36571-000; Viça - MG E-mail: : jelima@ufv.br Helen d Nacimen San DS, Prfer Tiular d Deparamen de Infrmáica UFV. CEP: 36571-000; Viça - MG E-mail: : hn@ufv.br RESUMO Ee eud uilizu a abrdagem nã-paramérica de análie envlória de dad na análie da mudança na prduividade, d prgre ecnlógic e da mudança na eficiência da ilha de Cab Verde na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999. Na análie da prduividade al d fare uilizu-e índice Malmqui de prduividade, calculad pela funçõe diância eimada pela abrdagem nã-paramérica de análie envlória de dad, que permiiu a ua decmpiçã em mudança na eficiência e mudança na ecnlgia. A análie da prduividade al d fare, pel u d índice Malmqui de prduividade, demnru que huve crecimen na prduividade al d fare durane períd, deerminad, principalmene, pel prgre ecnlógic verificad n períd. O reulad encnrad fram cerene cm que e eperava, end a ilha de Saniag, Sã Vicene e Fg a que apreenaram melhre reulad. Ee reulad e juificam em pare pel fa de ea ilha erem principai cenr cmerciai, ferecend melhre infraeruura de api a er da peca. PALAVRAS CHAVE: Prduividade, Prgre ecnlógic, Eficiência écnica, Peca areanal, Cab Verde ABSTRACT In hi udy wa applied he nm-parameric apprach f he daa envelpmen analyi in analyzing he prduciviy change, echnlgical prgre, and he change in efficiency f he arianal fihing prducin in he Cab Verde iland, ver he perid frm 1990 1999. In analyzing he al facr prduciviy, he Malmqui prduciviy index wa ued and calculaed by he diance funcin eimaed by he nm-parameric apprach f he daa envelpmen analyi, ha allwed fr he decmpiin f hee facr in bh efficiency and echnlgical change. The analyi f he al facr prduciviy, by he Malmqui prduciviy index, demnraed ha he al facr prduciviy increaed during he perid, which wa mainly deermined by he ccurrence f echnlgical prgre in he perid. The

reul were cheren wih wha i wa waied, being he iland f Saniag, Sã Vicene and Fg he ne ha preened beer reul. Thee reul are juified parly fr he fac f hee iland be he principal cmmercial cener, ffering beer uppr infrarucure he arianal fiherie. KEYWORDS: Prduciviy, Technlgical prgre, Efficiency, Arianal fiherie, Cape Verde. 1. INTRODUÇÃO A eficiência e a prduividade ã apec freqüenemene abrdad pr madre de deciã, principalmene em e raand de ambiene cmpeiiv e dinâmic. Embra exia preenã de analiar a eficiência, a écnica empregada nã ã, geralmene, a mai adequada e ideai, vi que e caracerizam pela análie da prduividade parcial u pr medida ubjeiva de eficiência. A explraçã uenável d recur pequeir, cm recur naurai renvávei, é mui influenciada pela dinâmica d prgre ecnlógic e da eficiência, já que, na preença de prgre ecnlógic e melhria em eficiência écnica, pdem-e prduzir maire quanidade dee recur, cm a mema quanidade de inum uilizad na prduçã, levand em cna impac d prgre ecnlógic e da eficiência na prduçã pequeira. Dea frma, a mea eabelecida para a uenabilidade da prduçã n er erã maire pibilidade de erem alcançada (MORRISON PAUL, 2000). A peca é um er ecnômic imediaamene explrável, que, de acrd cm MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANO - MFP (1996), vem end elei cm er eraégic para deenvlvimen ecnômic d paí, na medida em que paricipa, ignificaivamene, n al da expraçõe de mercadria, a mem emp que cmbae deempreg, que aflige principalmene mai jven e de baix nível de educaçã, e a fme e a ubnuriçã d pv d arquipélag, quebrand círcul vici da pbreza - baixa renda, denuriçã, baixa prduividade n rabalh e prblema de aúde, que levam a deempreg e à permanência da pbreza. O er em papel fundamenal na queã da egurança alimenar, já que cnribui, ambém, para diminuir a dependência da impraçã de alimen d exerir e, em cera prprçõe, para garanir rern em divia, que pderã er realcada na ecnmia para alavancar ur ere e prmver deenvlvimen ecnômic. A menuraçã da eficiência e da prduividade na peca é imprane pr divera razõe, paricularmene quand cnrle d efrç de peca é inrumen que garane a prduçã uenável. Daí, a análie d pencial d efrç de peca em relaçã à capacidade aual, idenificand verdadeir pencial da expanã da prduçã, e da mudança na eficiência, n prgre ecnlógic e na prduividade a lng d emp é cndiçã neceária para idenificar caua da ineficiência e cnrle efeiv d efrç de peca. De acrd cm FAO (1997b), êm-e verificad queda uceiva na prduividade d paíe prdure de pecad, devid à brepeca d recur pequeir, razã pel qual e recmenda que d paíe enham eimaiva da real capacidade de prduçã da unidade de prduçã, para que ejam prevenida pívei iuaçõe de brepeca. O códig de cndua para a peca uenável, de acrd cm FAO (2002), em cm uma da principai precupaçõe a explraçã uenável d recur pequeir e, para que ee inen eja alcançad, é imprecindível cnhecimen d nível de eficiência écnica e prduividade na prduçã. 22

METODOLOGIA O índice Malmqui de prduividade al de fare A medida de mudança na prduividade, geralmene, eá baeada n cncei de prduividade al de fare, que é definida pel aumen n prdu líquid devid a aumen n inum uilizad na prduçã (FARE e al., 1994b). Para analiar a mudança na prduividade, uilizam-e númer índice. Na lieraura, pde-e encnrar uma variedade de númer índice, enre quai de Lapeyre e Paahe, cuja média frnece índice de Fiher. Our índice mui uilizad é de Trnqvi. O de Malmqui, a cnrári d de Trnqvi e Fiher, nã requer infrmaçõe bre preç, daí a ua preferência na análie de mudança na prduividade al d fare, uilizand-e a análie envlória de dad. Cm via em analiar a mudança na prduividade al d fare enre di períd de emp diferene, uilizu-e índice de Malmqui. De acrd cm FARE e al. (1994a, 1994b), ee índice fi inicialmene prp pr MALMQUIST (1953) na análie d cmpramen d cnumidr. Enrean, fram CAVES e al. (1982), a uilizarem a funçã diância, que inrduziram cncei de índice de Malmqui na análie da prduçã. FARE e al. (1994a, 1994b) recnheceram que a funçã diância, implícia n índice de Malmqui, era recíprca da medida de eficiência écnica prpa pr FARELL (1957) e enã uilizaram a prgramaçã maemáica, epecificamene a análie envlória de dad, écnica nã-paramérica, para calcular índice de Malmqui. O índice de Malmqui é definid pela funçã diância, que é empregada para incrprar a naureza muliprdu e muliinum na análie de prduividade, em neceidade de epecificar bjeiv cmpramenai d madre de deciã (ex.: minimizar cu u maximizar lucr). A funçã diância pde er definida cm rienaçã-inum u rienaçã-prdu. A funçã diância cm rienaçã-inum caraceriza a ecnlgia de prduçã pela minimizaçã prprcinal (cnraçã) d ver inum, dad um ver de prdu, enquan a funçã diância cm rienaçã-prdu caraceriza a ecnlgia de prduçã pela maximizaçã prprcinal d ver prdu, dad um ver de inum. Segund FARE e al. (1994b), a frma cnveniene de decrever a caraceríica muliprdu da prduçã é pela ecnlgia de prduçã, definida pel cnjun S: S = {(x,y) : x pde prduzir y}, (1) que é definid pel cnjun de d vere de inum e prdu (x,y), al que x pa prduzir y, em que x é um ver (kx1) nã-negaiv de inum e y, um ver (mx1) nãnegaiv de prdu. O cnjun de ecnlgia de prduçã pde, de frma equivalene, er definid pel cnjun de pibilidade de prduçã P(x), que repreena cnjun de d vere de prdu y, que pde er prduzid pel ver de inum x, i é, P(x) = {y: x pde prduzir y}. (2) A funçã diância cm rienaçã-prdu, de acrd cm Shephard (1970), ciad pr FARE e al. (1994b), pde er definida pel cnjun de prdu P(x), cm d (x,y) = min{φ : (y/φ) P(x), (3) = (max{φ: (φy) P(x)}) -1, (4) em que φ, na expreã (3), é um far mínim, pel qual prdu pde er cnraíd e, ainda aim, perencer a cnjun de pibilidade de prduçã. A funçã diância d (x,y) pderá er valre menre u iguai a 1, e ver de prdu y fr um elemen d cnjun de pibilidade de prduçã P(x); e fr igual a 1, (x,y) 23

eará bre a frneira ecnlógica; nee enid, a prduçã erá ecnicamene eficiene. A funçã diância pde admiir valre maire que 1, n ca de ver de prdu y nã er um elemen d cnjun de pibilidade de prduçã P(x). Cm via em analiar a mudança na prduividade enre períd e, em que prdu para cada períd ã denad pr y e y e inum, pr x e x, a ecnlgia de prduçã para cada períd é denada pr S(x ) e S(x ), em que S(x ) = {(x, y ) : x pde prduzir y }, (5) S(x ) = {(x, y ) : x pde prduzir y }. (6) Para calcular índice de Malmqui, é neceári eimar quar funçõe diância: d (x, y ) = min{φ : (y /φ) P(x )}, (7) d (x, y ) = min{φ : (y /φ) P(x )}, (8) d (x, y ) = min{φ : (y /φ) P(x )}, (9) d (x, y ) = min{φ : (y /φ) P(x )}. (10) A eimaçã d índice de Malmqui pel u da análie envlória de dad, egund FARE e al. (1994a), permie decmpr a mudança na prduividade al d fare em di cmpnene, quai ejam, mudança na eficiência e mudança na ecnlgia, que, pr ua vez, pdem er prgre ecnlógic u regre ecnlógic. De acrd cm FARE e al. (1994a), índice de Malmqui (rienaçã-prdu), cm via em analiar mudança na prduividade al d fare enre períd-bae e períd, é repreenad pr m (y, x, y ) d d 1 2 (y ) d (y ) x (y ) d (y ) =, (11) em que a naçã d (x, y ) repreena a diância da bervaçã d períd em relaçã à ecnlgia d períd-bae. Um valr de m mair que 1 (um) indica crecimen na prduividade al d fare, d períd para períd, enquan um valr menr que 1 (um) indica queda na prduividade al d fare. Na-e que a equaçã (11) é, de fa, a média gemérica d di índice de prduividade al d fare. O primeir é analiad em relaçã à ecnlgia d períd-bae e egund, em relaçã à d períd. De frma alernaiva, índice de prduividade [equaçã (11)] pde er repreenad pr m (y, x, y ) d d Ee índice pde er decmp em: (y ) d (y, x ) d (y ) x (y ) d (y, x ) d (y ) =. (12) 1 2 Mudança na eficiência = d d (y (y ) ), (13) Mudança na ecnlgia = d d 1 2 (y ) d (y ) x (y ) d (y ). (14) Segund FARE e al. (1994b), quand há dad dipnívei em painel, pdeme calcular a medida de diância neceária para índice de Malmqui, uilizand-e 24

a écnica DEA. Para a i-éima unidade de prduçã, calculam-e quar funçõe diância para eimar a mudança na prduividade al d fare, enre perídbae e períd. De acrd cm GRIFFELL-TATJÉ e LOVELL (1995), é neceári cniderar rern cnane à ecala, para que a mudança na prduividade al d fare ejam crreamene eimada. Para i, relvem-e quar Prblema de Prgramaçã Linear, admiind-e rern cnane à ecala e rienaçã-prdu, aim dicriminad: [d (y, x )] -1 = max φ,λ φ, S.a -φy i + Y λ 0, x i - X λ 0, λ 0; (15) [d (y, x )] -1 = max φ,λ φ S.a -φy i + Y λ 0, x i - X λ 0, λ 0; (16) [d (y, x )] -1 = max φ,λ φ S.a -φy i + Y λ 0, x i - X λ 0, λ 0; (17) [d (y, x )] -1 = max φ,λ φ S.a -φy i + Y λ 0, x i - X λ 0, λ 0. (18) em que y i é um ver (m x 1) de quanidade de prdu da i-éima DMU; x i é um ver (k x 1) de quanidade de inum da i-éima DMU; Y é uma mariz (n x m) de prdu da n DMU; X é uma mariz (n x k) de inum da n DMU; λ é um ver (n x 1) de pe; e φ é uma ecalar que em valre iguai u maire d que 1 e indica ecre de eficiência da DMU, em que um valr igual a um indica eficiência écnica relaiva da i-éima DMU, em relaçã à demai, e um valr mair d que um evidencia a preença de ineficiência écnica relaiva. Ne-e que, e iver T períd de emp, erã cmpuad 3T-2 Prblema de Prgramaçã Linear para cada unidade de prduçã em análie. Freqüenemene, de acrd cm FARE e al. (1994a), pde-e rnar neceári idenificar quai unidade de prduçã eã delcand a frneira ecnlógica d períd para. Nee enid, a verificar a eguine cndiçõe, pdem-e idenificar a unidade que eã cnribuind para efei frnier hif, i é, para mudança n prgre ecnlógic: d d (y ) d (y ) x (y ) d (y ) Mudança n prgre écnic > 1, (19) d (x,y ) > 1, (20) d (x,y ) = 1, (21) em que a primeira cndiçã, apreenada em (19), refere-e à preença de prgre ecnlógic. A egunda cndiçã (20) indica que, e prdu de uma unidade de prduçã n períd fr uperir a máxim prdu pencial que pderia er bid n períd, uilizand-e a mema quanidade de fare de prduçã d períd, haverá prgre ecnlógic, e a 1 2 25

unidade de prduçã pderá ear delcand a frneira. A erceira e úlima cndiçã (21) indica que, e huver delcamen da frneira, a unidade de prduçã que fazem deverã ear iuada bre ela, de acrd cm Marinh e Barre (2000), ciad pr GOMES e DIAS (2001). Dad uilizad n eud e prcedimen Nee eud biveram-e dad anuai referene à prduçã pequeira em cada ilha d arquipélag de Cab Verde e repeciv númer de embarcaçõe, pecadre e viagen efeuada n períd. Ee dad fram bid d blein eaíic (INDP, 1990 a 1999) publicad pel Iniu Nacinal de Deenvlvimen da Peca em Cab Verde. A unidade de prduçã analiada referem-e à ilha d arquipélag (nve ilha) que prduzem pecad. Pr uilizarem inum emelhane na prduçã d mem prdu e erem cera aunmia na mada de deciã, encaixam-e perfeiamene na definiçõe de DMU analiada pela écnica DEA. Quan à variávei, uilizaram-e di prdu 1 (pelágic e diver); pelágic referem-e à ma da quanidade de grande pelágic (uníde) e pequen pelágic, e diver, à ma da quanidade de demerai e ur. Ee valre eã expre em nelada de peixe/an. Fram uilizada dua variávei referene a inum, númer de embarcaçã aiva e númer de pecadre aiv durane períd e cnideru-e ambém uma variável (CPUE) 2 (inum), exprea em quilgrama de pecad/an, que fi uilizada cm prxy da dipnibilidade de recur. Ea variável, embra nã eja um inum, fi raada cm al, dada a ua imprância para a prduçã pequeira, de acrd cm HANNESON (1983) e ALVAREZ (2001). Nee enid, egund HANNESON (1983), a capura (prduçã) ã prprcinai à dimenõe d eque e a efrç de peca, razã da neceidade de incrprar capial naural (dipnibilidade de peixe) na análie da prduçã pequeira, end, pran, mai cerene uilizar a funçã de prduçã biecnômica para analiar a prduçã. De acrd cm ALVAREZ (2001) e cm prcedimen uilizad em ur eud 3, cnideru-e que a Capura Pr Unidade de Efrç (CPUE) eja um índice da abundância d eque. Segund HANNESON (1983), um mdel que reraa, de frma mai realia, uma funçã de prduçã relaiva à peca deveria incrprar a dipnibilidade de recur pequeir, pi a prduçã é direamene prprcinal à dipnibilidade. Para eimar a funçõe diância uilizada n cálcul d índice Malmqui, fram cmpuad 28 PPL para cada unidade de prduçã b análie. Na reluçã d PPL fi uilizad fware DEAP, verã 2.1, deenvlvid pr COELLI (1996). A análie crrepndeu a períd de 1990 a 1999 e fi deerminada pela dipnibilidade de dad. 1 Quan a prdu, cnvém alienar que grande pelágic (unide), pequen pelágic, demerai e diver referem-e a grande grup em que ã claificad diferene ip de pecad prduzid em Cab Verde. 2 Nee eud, a variável CPUE fi cniderada igual à quanidade prduzida pela peca areanal, exprea em quilgrama de pecad/an, dividida pel númer de viagen efeuada pela embarcaçõe da peca areanal/an. 3 Para maire dealhe bre análie de eficiência na peca, cnular ALVAREZ e PEREZ (2000) e ALVAREZ e OREA (2001). 26

RESULTADOS E DISCUSSÃO Ea eçã apreena principai reulad da análie empírica deenvlvida n eud da eficiência, prgre ecnlógic e prduividade na peca areanal em Cab Verde, bid pela análie envlória de dad e índice Malmqui de prduividade al d fare. Cm via em analiar a mudança na prduividade al d fare, fi uilizad índice de Malmqui, cuj reulad ã apreenad e analiad nea eçã. O índice Malmqui de prduividade al d fare fi decmp em mudança na eficiência, que reflee delcamen da unidade em relaçã à frneira ecnlógica (efei caching-up), e mudança n prgre ecnlógic, que reflee delcamen da própria frneira ecnlógica (efei frnier-hif). O reulad de cada ilha eã apreenad na Tabela a eguir. Cm ciad anerirmene, na inerpreaçã uual d índice Malmqui, valre maire que 1 indicam crecimen na prduividade al d fare; valre menre que 1, queda na prduividade al d fare; e nã há mudança na prduividade al d fare e valr eimad para índice fr igual a 1. A mema inerpreaçã pde er dada a cmpnene mudança na eficiência e ecnlgia, eimad pel índice Malmqui. Primeiramene, ã apreenad reulad da mudança na eficiência de cada ilha, durane períd de 1990 a 1999; em eguida, ã apreenad reulad da mudança na ecnlgia e na prduividade. Na Tabela 1 encnram-e índice de mudança na eficiência. Cm e pde bervar, n geral, a média 4 nacinal d índice de mudança na eficiência fi de 1,005, valr que indica que a eficiência creceu, em média, 0,5%. Tabela 1 - Mudança na eficiência da ilha de Cab Verde na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999 Ilha 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 Média San Anã 0,663 1,304 1,097 1,053 1,000 1,000 0,993 0,988 0,768 0,969 Sã Vicene 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 Sã Niclau 1,000 0,883 1,133 0,974 1,027 1,000 0,799 0,723 1,425 0,979 Sal 0,842 1,108 0,835 1,283 1,000 0,993 0,772 1,049 0,873 0,961 Ba Via 1,801 1,158 1,330 1,000 1,000 0,975 0,666 1,282 1,061 1,105 Mai 1,297 1,225 0,771 1,296 0,980 1,021 1,000 1,000 1,000 1,053 Saniag 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 Fg 0,968 1,100 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,007 Brava 0,677 1,477 0,816 1,042 1,177 0,847 1,013 0,880 1,133 0,983 Média 0,983 1,127 0,984 1,066 1,019 0,980 0,906 0,982 1,016 1,005 Fne: Dad da pequia. Pde-e verificar, pel reulad da Tabela 1, que a ilha de Saniag e Sã Vicene nã apreenaram nenhuma variaçã na eficiência, durane d períd analiad, enquan a de Ba Via e Mai apreenaram a maire axa de crecimen da eficiência, em média, 10,5% e 5,3%, repecivamene. A mair queda fi verificada na ilha d Sal (-3,9%). N períd de 1991 a 1992, huve mair média de mudança na eficiência, dada uma axa de 4 A média refere-e à média gemérica. 27

mudança média de 12,7%, end a ilha da Brava apreenad a mair axa de mudança (47,7%). Enrean, n mem períd, a de Sã Niclau eve a mair queda na eficiência (-11,7%), a única a apreenar al reulad em 1992. N períd de 1990 a 1991, a maire queda na eficiência fram verificada na ilha de San Anã (-33,7%) e Brava (-32,3%), enquan mair crecimen, em nível de eficiência, fi verificad na da Ba Via (80,1%). O reulad da mudança na eficiência, de frma acumulada 5, indicam que a ilha d Sal, San Anã, Sã Niclau e Brava apreenaram queda de -29,8%, -24,8%, -17,6% e - 14,4% n índice de mudança na eficiência, repecivamene, enquan a de Ba Via e Mai apreenaram crecimen elevad de 145% e 59%, repecivamene, durane períd. Na Tabela 1. Na-e cmpramen irregular da eficiência n emp, enrean, verifica-e que, em praicamene da a ilha, períd de crecimen fram eguid de períd de queda e aim uceivamene, que dificula a idenificaçã de endência n índice de mudança na eficiência. O reulad da análie da mudança ecnlógica encnram-e na Tabela 2 e indicam que a média nacinal d índice de mudança na ecnlgia, eimada n períd, fi de 1,010, que demnra que prgre ecnlógic creceu, em média, 1%. Verifica-e, pel reulad apreenad na Tabela 2, que a ilha de Sã Niclau e Mai apreenaram a maire axa de prgre ecnlógic, 3,8% e 6,7%, repecivamene. A mair queda n índice de mudança ecnlógica fi verificada na de Ba Via (-43,1%), n períd de 1991 a 1992, aim cm a pir média de mudança na ecnlgia, cm uma axa de mudança média de -13,5%, end a ilha da Ba Via mai cnribuíd para ea iuaçã. Durane períd analiad, verifica-e que a mair axa de prgre ecnlógic fi verificada na de Ba Via (83%), n períd 1996 a 1997, que cnribuiu, ignificaivamene, para que ee an fe cniderad cm de mair média da axa de prgre ecnlógic (20,8%). Tabela 2 - Mudança na ecnlgia da ilha de Cab Verde na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999 Ilha 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 Média San Anã 1,117 0,841 1,045 0,963 1,023 1,121 1,007 0,975 1,294 1,036 Sã Vicene 1,058 0,958 0,943 0,700 1,189 1,158 1,078 0,959 1,147 1,010 Sã Niclau 1,248 0,840 1,130 0,895 0,926 1,275 0,961 0,982 1,184 1,038 Sal 0,768 1,170 1,073 0,980 0,796 1,182 1,296 0,954 1,108 1,022 Ba Via 1,508 0,569 0,631 0,740 1,095 0,941 1,830 0,993 0,951 0,963 Mai 0,988 1,390 0,906 0,800 1,099 1,153 1,528 1,032 0,901 1,067 Saniag 0,929 0,665 1,027 1,075 0,917 0,983 0,963 1,185 1,326 0,992 Fg 1,034 0,772 1,069 1,016 0,776 1,080 1,049 1,069 1,140 0,992 Brava 1,181 0,846 0,623 0,838 0,936 1,169 1,439 1,075 0,908 0,976 Média 1,075 0,865 0,919 0,881 0,964 1,114 1,208 1,023 1,096 1,010 Fne: Dad da pequia. Em erm acumulad, índice de mudança na ecnlgia indicu regre ecnlógic, na ilha da Ba Via, Brava, Fg e Saniag, de -28,7%, -19,8%, -7,1% e -7%, 5 O reulad acumulad fram calculad pel prduóri eqüencial e cumulaiv d índice calculad durane períd. 28

repecivamene, enquan na reane, Mai, Sã Niclau e San Anã, huve prgre ecnlógic de 79%, 39,9% e 37,7%, repecivamene. Na Tabela 2, na-e cmpramen irregular da mudança na ecnlgia n emp, que dificula a idenificaçã de uma níida endência nee índice. O prdu da mudança na eficiência e na ecnlgia ferece uma eimaiva da mudança na prduividade al d fare. O reulad dea eimaçã encnram-e na Tabela 3. Tabela 3 - Mudança na prduividade da ilha de Cab Verde na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999 Ilha 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 Média San Anã 0,741 1,097 1,147 1,014 1,023 1,121 1,000 0,963 0,994 1,004 Sã Vicene 1,058 0,958 0,943 0,700 1,189 1,158 1,078 0,959 1,147 1,010 Sã Niclau 1,248 0,742 1,280 0,872 0,951 1,275 0,768 0,709 1,687 1,016 Sal 0,647 1,297 0,896 1,257 0,796 1,174 1,000 1,000 0,968 0,983 Ba Via 2,716 0,659 0,839 0,740 1,095 0,917 1,218 1,273 1,009 1,064 Mai 1,282 1,704 0,699 1,037 1,077 1,177 1,528 1,032 0,901 1,123 Saniag 0,929 0,665 1,027 1,075 0,917 0,983 0,963 1,185 1,326 0,992 Fg 1,001 0,848 1,069 1,016 0,776 1,080 1,049 1,069 1,140 0,999 Brava 0,799 1,250 0,508 0,873 1,102 0,990 1,458 0,946 1,029 0,959 Média 1,056 0,976 0,905 0,939 0,982 1,092 1,095 1,003 1,114 1,016 Fne: Dad da pequia. Na-e que índice médi, em d períd, fi de 1,016, que indica crecimen médi de 1,6% na prduividade al d fare. Ee valr fi deerminad, principalmene, pel prgre ecnlógic verificad n períd. A ilha d Mai e Ba Via apreenaram a maire média n índice de mudança na prduividade n períd, 12,3% e 6,4%, repecivamene. A e analiar a média d períd, verifica-e que a mair média de crecimen (11,4%), crreu n an de 98/99, enquan a pir (-9,05%), n de 92/93. A ilha da Ba Via apreenu mair índice de mudança na prduividade, durane períd 90/91. A mudança na prduividade al d fare ã explicada, na mairia da ilha, pela mudança na ecnlgia, cnfrme análie de crrelaçã enre a mudança na prduividade e mudança na eficiência e crrelaçã enre a mudança na prduividade e mudança na ecnlgia. A ilha de Sã Vicene, Mai, Saniag, Fg e Brava apreenaram maire ceficiene de crrelaçã enre mudança na prduividade e mudança na ecnlgia, enquan a de San Anã, Sã Niclau, Ba Via e Sal apreenaram maire ceficiene de crrelaçã enre mudança na prduividade e mudança na eficiência, razã de a mudança na prduividade er mai influenciada pela eficiência. A queda n índice de prduividade al d fare da ilha de Saniag e Fg fram deerminada pela queda n prgre ecnlógic, -0,8% e -0,14%, repecivamene. É inereane nar que ea ilha, embra pam er apreenad queda na prduividade durane períd, n úlim an, apreenaram níid aumen na prduividade, deerminad, principalmene, pel prgre ecnlógic, end em via que a eficiência nea ilha e maneve inalerada nee períd. 29

Em erm acumulad, índice n períd indica que a ilha d Mai e Ba Via apreenaram maire crecimen em prduividade d fare, cm axa de 185,2% e 74,6%, repecivamene. A ilha da Brava, Sal, Saniag e Fg fram a única que iveram queda na prduividade al d fare, -31,4%, -14,5%, -7% e -7%, repecivamene. O reulad apreenad na Tabela 3, indica cmpramen da prduividade. A ilha apreenaram cmpramen irregular na prduividade al de fare, cm queda e crecimen freqüene a lng d períd. A cada períd de queda eguiu-e um períd de crecimen e aim uceivamene, a lng d períd analiad. A análie de crrelaçã, em que e uilizaram dad referene à média anuai da mudança na prduividade e a média da mudança na ecnlgia e eficiência, na-e que, em média, a mudança na prduividade eã crrelacinada, piivamene, cm a mudança na ecnlgia (89%) e, em relaçã à mudança na eficiência, eã negaivamene relacinada (-46%). Enrean, a analiar a crrelaçã enre a mudança na prduividade e mudança na eficiência e, ambém, crrelaçã enre mudança na prduividade e mudança na ecnlgia, em d painel de dad, verifica-e que a mudança na ecnlgia apreenaram maire ceficiene de crrelaçã cm a mudança na prduividade (68%), e a mudança na eficiência apreenaram ceficiene de crrelaçã de 64% cm a mudança na prduividade. O cmpramen da prduividade al d fare, durane períd, fi emelhane a da mudança na ecnlgia, que pde cnfirmar fa de que a mudança na ecnlgia fi principal deerminane d cmpramen da prduividade durane períd. O cmpramen da mudança na eficiência, na mairia da veze, fi cnrári à direçã apreenada na prduividade e mudança na ecnlgia, que crrbra a afirmaçã de que a mudança na eficiência iveram puc impac n cmpramen da prduividade al d fare, n períd analiad. Na Tabela 4, pde-e idenificar a ilha que cnribuíram para delcamen na frneira ecnlógica, em cada períd. Tabela 4 - Ilha de Cab Verde repnávei pel delcamen da frneira ecnlógica na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 S. Anã S. Vicene S. Vicene S. Niclau B. Via Mai Saniag Saniag Saniag Saniag Fg Fg Fg Fg Fg Fg Fne: Dad da pequia. Na-e que a ilha de Saniag, Fg e Sã Vicene fram a invadra, já que cnribuíram para mudança n prgre ecnlógic. N primeir an, a ilha de Sã Vicene e Sã Niclau fram repnávei pel delcamen da frneira ecnlógica, n períd. A parir de 1993, huve cera predminância da ilha de Saniag e Fg na deerminaçã da mudança n prgre ecnlógic. 30

Ee reulad e devem a fa de ea ilha ediarem a principai iniuiçõe de pequia e exenã n er pequeir. Na ilha de Saniag e Sã Vicene, Iniu Nacinal de Deenvlvimen da Peca (INDP) deenvlve pequia, ferece crédi e frmaçã para pecadre, e prmve aividade de exenã e divulgaçã de nva ecnlgia na prduçã. Na ilha d Fg encnra-e prje FOPESCA, implemenad pela cperaçã alemã, cuj bjeiv ã prmçã da peca areanal na ilha pr mei de aividade de frmaçã, inrduçã de nva ecnlgia de capura e raamen de pecad mai cerene cm a caraceríica de cada regiã, além da cnceã de crédi. 4. RESUMO E CONCLUSÕES Evidência bre eficiência écnica, prgre ecnlógic e prduividade a lng d emp ã algun d principai indicadre que madre de deciã neceiam para eabelecer plíica para er, razã pel qual a análie da mudança na eficiência, na ecnlgia e na prduividade, a lng d emp, é uma da cndiçõe neceária para idenificar caua da ineficiência e cnrle efeiv d efrç de peca e garanir a uenabilidade d er. Ee eud uilizu a abrdagem nã-paramérica de envlória de dad na análie da mudança na prduividade, n prgre ecnlógic e na eficiência da ilha de Cab Verde na prduçã areanal de pecad, n períd de 1990 a 1999. Para analiar a prduividade al d fare uilizu-e índice Malmqui de prduividade, calculad pela funçõe diância eimada pela abrdagem nã-paramérica de envlória de dad. O cálcul d índice Malmqui, pela écnica DEA, permiiu a ua decmpiçã em mudança na eficiência, que evidenciam efei caching-up, u melhr, delcamen da unidade de prduçã em direçã à frneira eficiene, e mudança na ecnlgia (frnier-hif), que refleem delcamen da própria frneira de eficiência em decrrência d prgre (regre) ecnlógic. N geral, verifica-e que reulad encnrad indicam que, enre a ilha, a explraçã pequeira areanal apreena diferença na eficiência prduiva e a plíica de prmçã d er devem er diferenciada enre a ilha. Tend em via a exiência de ilha que peram ineficienemene, há neceidade de plíica que viem melhrar a eficiência e, pr cneguine, a prduçã nacinal. Cnvém alienar que a cndiçõe para uma peca uenável, n lng praz, requer uma paricipaçã fundamenal d gvern, de acrd cm PAEZ (1991), já que a plíica e medida adada na geã dee recur deverã garanir a prduçã máxima que pde er uenável n emp e cnrle d efrç de peca, limiand númer de embarcaçõe aiva durane an. Ea medida ã cruciai, na medida em que ace livre e a fala de uma definiçã clara d direi de prpriedade, cm acnece n ca da explraçã de recur naurai renvávei, a exempl da peca, endem a faciliar a pibilidade de exinçã d recur. Finalmene, acredia-e que, dada a recmendaçõe da FAO (2002), ee reulad ejam imprecindívei para madre de deciã, para que ejam adada plíica mai cerene cm a neceidade de geã d er de peca, pr mei da quai eja garanida a uenabilidade da explraçã d recur pequeir e eja permiida a paricipaçã d er pequeir, efeivamene, n prce de deenvlvimen da ecnmia de Cab Verde. 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVAREZ, A. Sme iue n he eimain f echnical efficiency in fiherie. Efficiency Serie Paper, Univeridad de Ovied, Epanha, v. 2, 2001. ALVAREZ, A., OREA, L. Differen apprache mdel muli-pecie fiherie uing a primal apprach. Efficiency Serie Paper, Univeridad de Ovied, Epanha, v. 3, 2001. ALVAREZ, A., PEREZ, L. Eimaing echnical efficiency in a fihery. In: NORTH AMERICAN PRODUCTIVITY WORKSHOP, 2000, Unin Cllege. Prceeding... 2000. CAVES, D.W., CHRISTENSEN, L.R., DIEWERT, W.E. The ecnmic hery f index number and he meauremen f inpu, upu and prduciviy. Ecnmerica, v. 50, n. 6, p. 1393-1414, 1982. COELLI, T.J. A Guide DEAP Verin 2.1: A Daa Envelpmen Analyi (Cmpuer Prgram). Armidale, Aurália: Univeriy f New England, 1996. (CEPA Wrking Paper, 96/08). FARE, R., GROSSKOPF, S., NORRIS, M., ZHANG, Z. Prduciviy grwh, echnical prgre, and efficiency change in indurialized cunrie. American Ecnmic Review, v. 84, p. 66-83, 1994a. FARE, R., GROSSKOPF, S., LOVELL, C.A.K. Prducin frnier. Cambridge: Cambridge Univeriy, 1994b. 295 p. FARRELL, M.J. The meauremen f prducive efficiency. Jurnal f he Ryal Saiical Sciey, v. 120, p. 252-290, 1957. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION - FAO. The ae f wrld fiherie and aquaculure. Rme, 1997b. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION - FAO. Cde f cnduc fr repnible fiherie. [11 abr. 2002]. (hp://www.fa.rg/fi/agreem/ cdecnd/fincde.ap). GOMES, A.P., DIAS, R.S. Medida de prduividade na agrpecuária braileira: 1985-1995. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 39, 2001, Recife. Anai... Braília: SOBER, 2001. GRIFFELL-TATJÉ, E., LOVELL, C.A.K. A ne n he Malmqui prduciviy index. Ecnmic Leer, v. 47, p. 169-175, 1995. HANNESON, R. Biecnmic prducin funcin in fiherie: ereical and empirical analyi. Can. J. Fih. Aqua. Sci., v. 40, p. 968-982, 1983. INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DAS PESCAS - INDP. Bleim eaíic (vári númer). Mindel, 1990. MALMQUIST, S. Index number and indifference curve. Trabaj de Eaiica, v. 4, n. 1, p. 209-242, 1953. MARINHO, E.L.L., BARRETO, F.A.F.D. Análie da prduividade e prgre ecnlógic d ead d Nrdee. Ceará: CAEN, 2000. 30 p. 32

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANO - MFP. Plan nacinal de deenvlvimen: 1997-2000. Cab Verde, 1996. 321 p. MORRISON PAUL, C.J. Thugh n prduciviy, efficiency and capaciy uilizain meauremen fr fiherie. In: IIFET, 10, 2000, Oregn. Prceeding... Oregn: Oregn Sae Univeriy, 2000. PAEZ, M.L.A. Prduçã uenável d recur pequeir: prpriedade cmum u privada? Revia de Ecnmia e Scilgia Rural, Braília, v. 29, n. 2, p. 95-102, 1991. SHEPHARD, R.W. The hery f c and prducin funcin. Princen: Princen Univeriy, 1970. 33