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Transcrição:

Revisão de Cenário - Brasil Março 2012 Todos Motores Ligados Embora as condições apontem para o crescimento, a recuperação lenta e a apreciação da moeda preocupam o governo. A resposta tem sido queda mais rápida dos juros, barreiras ao capital, e promessas de mais estímulo 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4% Mantemos o cenário de queda da Selic para 9% (um corte de 0,75 p.p. em abril). Nossa projeção para o IPCA de 2012 subiu para 5,5%, refletindo novas pressões em grãos e combustíveis. Por conta ainda de ajustes de estoque, o crescimento do PIB no primeiro trimestre deve ficar em 0,5% (em vez de 0,8%). Mesmo assim, mantivemos a projeção para o ano em 3,5%. Para 2013, reduzimos a projeção de crescimento de 5,4% para 5,1% devido à nossa reavaliação dos impactos dos estímulos na atividade econômica, e fizemos pequeno ajuste na inflação, para 5,7%. Mantemos a expectativa de alta da Selic para 10,50% no próximo ano. O aperto de juros será provavelmente precedido por medidas macroprudenciais. Mantemos a projeção de um déficit em conta corrente de 3% do PIB em 2012, com dólar em torno de R$1,75 no final do ano. Para o superávit primário, elevamos a projeção para 2,8% do PIB este ano (de 2,5%). Crescimento Brasil: PIB e Juros Crescimento PIB t/t-4 (esquerda), em t Taxa de juros real % a.a. (direita), em t-2 2004 2006 2008 2010 2012 Fonte: IBGE, BCB e Itaú Projeção A economia está voltando gradualmente a crescer. Os últimos números de varejo do IBGE (dezembro) mostram uma lenta recuperação da demanda, tendência que outros dados mais recentes, como os da Associação Brasileira de Supermercados, também atestam. O crédito ao consumidor cresceu 1,3% em janeiro (novas concessões ajustadas para sazonalidade, inflação e dias úteis), um resultado forte depois de uma queda também forte em dezembro. Enfim, os empréstimos estão voltando aos poucos. A confiança do consumidor se sustenta em nível alto. Os salários estão crescendo. Nossa projeção de crescimento global vem subindo (0,4 p.p. nos últimos dois meses), reduzindo riscos. A demanda não está explodindo, mas não há dúvida de que está melhorando. 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% A produção industrial, no entanto, ainda sofre. Recuou 2,1% em janeiro (dessazonalizado), um resultado pior do que o esperado (já esperávamos queda). Houve queda pontual na produção de minério de ferro, e uma contração forte em veículos e autopeças. Na verdade, a produção caiu em mais da metade dos setores pesquisados pelo IBGE. O ritmo da produção ainda reflete, em nossa visão, ajustes de estoques depois das vendas fracas da segunda metade do ano passado. À luz dos dados disponíveis, reduzimos nossa projeção de Please refer to the last page of this report for important disclosures, analyst and additional information. Itaú Unibanco or its subsidiaries may do or seek to do business with companies covered in this research report. As a result, investors should be aware that the firm may have a conflict of interest that could affect the objectivity of this report. Investors should not consider this report as the single factor in making their investment decision.

crescimento no primeiro trimestre para 0,5% (trimestral com ajuste sazonal). Antes, a projeção era 0,8%. Se a produção reflete um ajuste de estoque, o fim deste ajuste tende a permitir uma recuperação mais vigorosa, desde que demanda continue a crescer, como é provável. Além disso, desenha-se um quadro de mais estímulos ao crescimento, em um cenário global melhor. Por essas razões, mantivemos em 3,5% nossa projeção de crescimento em 2012, apesar do primeiro trimestre mais fraco. Para 2013, reavaliamos os impactos dos estímulos na atividade econômica, e reduzimos a projeção de crescimento do PIB de 5,4% para 5,1%. Esse início de ano mais lento naturalmente gera risco de que o crescimento final de 2012 seja um pouco mais baixo, o que não muda, entretanto, a tendência para o ano. Fluxo de Capitais e o Balanço de Pagamentos O afrouxamento das condições monetárias nas economias centrais vêm contribuindo para um forte aumento do fluxo de capitais para o Brasil. O real, de fato, se apreciou durante algum tempo, gerando temores de que o dólar poderia ainda cair muito mais. O Banco Central e o Ministério da Fazenda tentam segurar os ingressos especulativos : ampliando o alcance do IOF para operações de empréstimo de prazo cada vez mais longo, fechando potenciais brechas aos ingressos não tributados, e de maneira geral comprometendo-se a fazer o que for preciso para manter a taxa de câmbio em nível adequado. Há alguns dias, o governo impôs regras mais restritas ao financiamento das exportações, fechando uma porta por onde possivelmente passavam ingressos não tributados disfarçados de financiamento ao comércio. A resposta mais eficiente a um surto de ingresso de capitais é tornar a política fiscal mais apertada. Abre-se espaço para cortes sustentáveis dos juros, e pode-se enveredar por um projeto mais arrojado de redução de impostos, com benefícios de médio prazo para a competitividade. O Brasil registrou um déficit em conta corrente de US$ 7,1 bilhões em janeiro, incluído aí um déficit comercial de US$ 1,3 bilhão (que refletiu, em boa parte, uma queda pontual na produção de minério de ferro em função de chuvas fortes em regiões produtoras). O financiamento do déficit, entretanto, continua amplo e diversificado. Os ingressos para investimentos em renda fixa e bolsa alcançaram US$ 4,8 bilhões. O investimento estrangeiro direto totalizou US$ 5,4 bilhões, e os empréstimos de médio e longo prazo somaram mais US$ 1,9 bilhões. O saldo comercial ainda fraco de fevereiro (US$ 1,7 bilhões) reforça nossa visão de que o saldo está em queda e vai fechar o ano em US$ 11 bilhões (US$ 29,8 bilhões em 2011). Essa queda do saldo virá, em nossa visão, de uma piora dos termos de troca e do crescimento melhor no Brasil em comparação ao resto do mundo. Mantivemos nossa projeção para o déficit em conta corrente de 2012 em 3,0% do PIB, e o dólar a 1,75 reais no final do ano. Inflação A inflação continua a cair, como esperado. Em fevereiro, o IPCA em doze meses subia 5,85%, o quinto recuo consecutivo desde o pico de 7,31% em setembro passado. O IPCA mensal também está em queda. Mais adiante, porém, a inflação deve voltar a subir. A alta recente nos preços de grãos especialmente soja e o reajuste esperado em combustíveis são fatores de alta que até aqui não faziam parte das nossas projeções de inflação. Page 2

No caso dos combustíveis, nossa hipótese atual é de que a gasolina vai subir 8%, nas refinarias, no segundo semestre. Consideramos, por outro lado, que a CIDE incidente na bomba vai sair dos atuais 8% para zero, tornando o reajuste neutro do ponto de vista do consumidor e dos índices de inflação. Para o óleo diesel, nossa premissa é de um reajuste de 20%, sem compensação na CIDE. O impacto direto do diesel é quase nenhum na inflação ao consumidor. Porém, o efeito indireto é significativo (embora de difícil estimação). Nossa hipótese é de um impacto de 0,3 p.p. no IPCA de 2012. Mais adiante, em 2013, o diesel volta a afetar a inflação através dos reajustes de preços administrados, como o transporte coletivo. Além de combustíveis, as expectativas de inflação voltaram a subir, e o mercado de trabalho continua aquecido. Revisamos nossa projeção do IPCA para 5,5% em 2012 (antes 5,2%). Para 2013, fizemos um pequeno ajuste, para 5,7% (antes 5,6%). Fiscal O superávit primário de janeiro foi o mais alto para um mês de janeiro desde 2008. Houve supresa na receita (para cima) e na despesa (para baixo). Numa perspectiva para o ano, porém, as receitas estão subindo menos e os gastos tendem a crescer em função de mais investimento e do impacto do salário mínimo nas transferências. Dito isso, reduzimos nossa projeção para gasto com o funcionalismo federal para R$ 190 bilhões (antes R$ 195 bilhões). Tudo indica que o governo conseguirá exercer, novamente em 2012, o comedimento nos aumentos de salário dos servidores que se viu em 2010 e 2011. Com isso, nossa expectativa de crescimento real do gasto total passa para 7,5% (em vez de 8,2%) ainda assim um aumento em relação aos 3,5% do ano passado. Finalmente, há sinais de que o governo federal vai buscar mais receitas extraordinárias, por exemplo, em concessões. Subimos em R$ 6 bilhões nossa projeção para receitas não tributárias, levando o total a R$ 135 bilhões. Tudo considerado, nossa projeção para o superávit primário em 2012 subiu para 2,8% do PIB (antes, 2,5%), um pouco abaixo da meta de 3,1% e do resultado de 2011, também 3,1%. Política Monetária A economia está crescendo lentamente, mas as políticas monetária e fiscal sugerem ritmo mais forte à frente. Este é o pano de fundo da decisão do Banco Central de reduzir a Selic em 0,75 p.p. no dia 7 de março, levando-a para 9,75% - um dígito, pela segunda vez na história recente (a primeira foi em 2009). A maioria dos economistas, nós inclusive, esperava que o BC mantivesse o ritmo de 0,50 p.p. Dado que as expectativas de inflação estão subindo, o BC provavelmente considerou, na decisão, a pressão sobre a taxa de câmbio e uma avaliação menos favorável do cenário de crescimento. Considerando a explícita sinalização da ata da reunião do Copom de março de que é elevada a probabilidade de redução dos juros para um patamar ligeiramente acima dos mínimos históricos, e admitindo que o ritmo do crescimento não deve mudar subitamente, assim como a pressão sobre a moeda não irá desaparecer tão rápido, mantivemos a expectativa de queda da taxa Selic para 9%, mas agora com um corte de 0,75 p.p. na reunião de abril, encerrando o ciclo de Page 3

afrouxamento monetário (antes tínhamos cortes de 0,50 p.p. até alcançar 9% na reunião de maio). Um cenário alternativo é o BC estender o corte de juros para além dos 9% (8,5%, por exemplo), caso a recuperação mostre-se mais lenta do que o antecipado pelo Comitê. No entanto, este patamar fica muito próximo do piso determinado pelo rendimento da caderneta de poupança, hoje em torno de 7,5% (sem impostos nos saldos até R$ 100 mil, e garantido pelo governo). Para não fechar as opções ao Banco Central, é possível que o governo se apresse a apresentar uma proposta ao Congresso de mudança nas regras da poupança. O assunto já voltou ao noticiário. E 2013? Apesar de reavaliarmos os impactos dos estímulos na atividade econômica no próximo ano, a perspectiva ainda é de crescimento elevado. Isto significa que não deve haver folga na inflação, que tende a ficar ligeiramente mais alta no ano que vem entre outras razões, pelo impacto defasado do preço do diesel. Mantivemos a expectativa de alta da Selic de 1,5 ponto percentual em 2013 (alcançando 10,5%). Nossa expectativa é de que a alta da Selic seja precedida por medidas macroprudenciais. Brasil: Projeções Macroeconômicas Fonte: IBGE, BCB e Itaú Page 4

Pesquisa macroeconômica no Itaú Ilan Goldfajn Economista-Chefe Artur Passos Adriano Lopes Aurelio Bicalho Caio Megale Felipe Salles Gabriela Fernandes Fernando Barbosa Giovanna Siniscalchi Guilherme da Nóbrega Guilherme Martins Ítalo Franca Luiz G. Cherman Laura Haralyi Luka Barbosa João Pedro Bumachar Juan Carlos Barboza Mauricio Oreng Natasha Daher Roberto Prado Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site: http://www.itau.com.br/itaubba-pt/pesquisa-economica/analises-economicas/ Informação relevante As informações contidas neste relatório foram produzidas pelo Itaú Unibanco Holding, dentro das condições atuais de mercado e conjuntura econômica, com base em informações e dados obtidos de fontes públicas. Tais informações não constituem, tampouco devem ser interpretadas como sendo uma oferta ou solicitação de compra ou venda de um instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Itaú Unibanco Holding não se responsabiliza por quaisquer decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Este relatório foi preparado e publicado pelo Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Itaú BBA S.A. ( Itaú BBA). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú BBA e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 483, de 6 de Julho de 2010. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Itaú Unibanco Holding. Page 5