Masterclass do LHCb: Medir o tempo de vida do D 0 no LHC

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Masterclass do LHCb: Medir o temo de vida do D 0 no LHC 1 Introdução O Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider, ou LHC) não é aenas uma ferramenta de busca de novas artículas exóticas, mas também é uma fábrica de artículas, as quais sabemos existir, entretanto sem conhecer suficientemente suas roriedades. Um exemlo são as artículas charmosas, isto é, artículas que contêm um quark charme (também conhecido como quark c), que foram encontradas ela rimeira vez há mais de 30 anos. Aroximadamente uma em cada dez interações do LHC roduz uma artícula charmosa, e o exerimento LHCb no LHC já registrou mais de um bilhão de eventos que contêm artículas desse tio. Além de grande número de artículas charmosas, as colisões do LHC roduzem um número ainda maior de outras artículas que são detectadas e odem ser confundidas como sinal ( ruído ). A fim de extrair informações a artir das tais grandes amostras de sinal, é necessário alcançar um excelente controle sobre este ruído. Hoje você realizará exercícios usando colisões reais, registradas elo exerimento LHCb durante a tomada de dados de 2011 que contêm tanto artículas de sinal quanto ruído. Este conjunto de exercícios é rojetado ara ensiná-lo(a) a: 1. Usar uma visualização de eventos das colisões róton-róton dentro do detector LHCb ara rocurar artículas charmosas e searar estes sinais do ruído. 2. Fazer um ajuste aos dados através das funções que descrevem o sinal e ruído, ara medir o número de eventos de sinal nos dados e seu grau de ureza (definido como a fração de eventos de sinal relativa ao total). 3. Obter a distribuição de eventos de sinal de uma dada variável, tomando a distribuição de eventos combinados na amostra de dados (que contém tanto o sinal quanto ruído) e subtraindo a distribuição de ruído. O resultado do ajuste na etaa anterior é utilizado ara encontrar uma amostra de eventos de ruído ura, ara subtração, e ara calcular a artir do número de eventos e ureza do sinal, a quantidade aroriada de ruído que deve ser subtraído. 4. O sinal que você observará decai exonencialmente com o temo, de forma análoga a um isótoo radioativo. Agora você ode usar a amostra de eventos assando a etaa anterior ara medir o temo de vida da artícula sinal. O temo de vida é definido como o temo necessário ara que decaia uma fração (e 1)/e das artículas, onde e 2.718 é a base do logaritmo natural. É análogo ao conceito de meia-vida no decaimento radioativo. A amostra de dados utilizada ara este exercício consiste de candidatos de um tio de artícula charmosa conhecida como a artícula D 0 encontrada numa amostra de interações do LHC recolhidas aleatoriamente na tomada de dados em 2011. A artícula D 0 é comosta or um quark charme e um antiquark u. As artículas são medidas decaindo da forma D 0 K π +, onde o estado final das artículas são um káon (K ) constituído or um quark estranho e um antiquark u, e um íon (π + ) que consiste num antiquark down e um quark u. Essas artículas ossuem um temo de vida longo o suficiente e, ara a roosta deste exercício, são estáveis dentro do detector LHCb. As artículas foram selecionadas com base em critérios frouxos de modo que você inicie o exercício com um sinal visível, mas o ruído também estará resente. Antes de discutir ainda mais o exercício, vale a ena levar um temo se familiarizando com o detector LHCb, mostrado na Fig. 1. Ele é um esectrômetro frontal que cobre a faixa angular entre 0.7 e 15 em relação à linha do feixe do LHC. A linha do feixe está localizada em y = 0 na figura e assa ao longo do eixo z. No que se segue transverso significa transverso à linha do feixe do LHC, à esquerda na figura é no sentido de menores valores de z e à direita na figura é no sentido de maiores valores de z. O detector inclui um sistema de alta recisão ara rastrear artículas carregadas, sendo constituído or um detector de tiras de siĺıcio que circunda a região da interação róton-róton; um detector de tiras de siĺıcio que cobre uma grande área, localizado à esquerda de um diolo magnético 1

y 5m RICH 1 Magnet SPD/PS M2 HCAL RICH 2 ECAL T3z M1 T1 T2 250mrad M3 M4 M5 Vertex Locator TT 100mrad 5m 5m CPV AND MIXING IN D 0 -D 0 10m 15m 20m Figure 1: O detector LHCb. O eixo z é a direção da linha do feixe do LHC. TWO BODY DECAYS CHARM IN HADRONIC COLLISIONS FS D IP Promt roduction Figure 2: Vértice secundário ( D ) da artícula D 0 deslocado do onto de interação (bolha amarela semelhante a uma estrela). Two major sources of charm: b decays com um oder de deflexão de cerca de 4 Tm; e três estações de detectores de tiras de siĺıcio e tubos 300 2010 D de arrasto na região à direita. Partículas carregadas deixam trajetórias em linha reta no detector Total fi que circunda a região de interação, Promt: ondeproduced não há ação do camo at rimary magnético, interaction, e são subsequentemente 250 D from defletidas elo ímã antes de deixar trajetórias na estação de trajetórias à direita. Sua quantidade D from 200 de movimento e sua cargasecondary: odem ser deduzidas Produced a artir daincurvatura the decay induzidaof ora esse camo magnético. O sistema combinado de trajetórias tem uma resolução de quantidade de movimento 150 (momento linear) / que b-hadron. varia de 0.4% a 5 GeV/c a 0.6% a 100 GeV/c, e uma resolução de arâmetro de imacto 1 de 20 µm ara trajetórias com elevada quantidade de movimento transversa, 100 e uma resolução ara o temo de vida de 50 fs. Discrimination necessary 50 Uma característica que diferencia a artícula D 0 é seu longo temo de vida que ode ser medido (o objetivo deste exercício). De um onto de vista rático, significa que elas formam um vértice se-cundário que é deslocado aproduction artir da interação measurements, róton-róton vértice rimário. Isso está ilustrado -8 na Fig. 2. Este fato, juntamente com sua taxa de rodução abundante, ermite que os sinais D 0 sejam bem searados do ruído do resto do evento, a maioria do qual consiste em combinações LHCb-CONF-201 aleatórias de artículas roduzidas Time-deendent durante a colisão róton-róton. measurements. Os dados são fornecidos em conjunto com uma interface gráfica de usuário We use the imact arameter (IP) χ 2 (GUI) que você ode usar ara acessá-los agora abra o rograma. Você ode acessar as instruções ofon-line the areconstructed artir da GUI usando o botão Ajuda. O exercício consiste em duas artes: a rimeira é uma visualização de eventos que você ode usar ara rocurar os vértices deslocados de artículas D P. SPRADLIN (GLASGOW) 0 no interior do CHARM PHYSICS AT LHCb M detector LHCb, e a segunda arte é um ajuste que você ode utilizar ara searar o sinal do ruído e medir o temo de vida das artículas D 0. 1 Parâmetro de imacto é a distância transversa de menor aroximação entre a trajetória de uma artícula e um vértice, no caso mais comum o vértice rimário da interação róton-róton. Events / (0.1) 2

Figure 3: Três visualizações de um evento, de cima ara baixo: y-z, y-x, e x-z. 3

2 Exercício de visualização de eventos O objetivo do exercício de visualização é encontrar os vértices deslocados das artículas D 0 dentro do detector de vértice do exerimento LHCb. Quando você iniciar o exercício e carregar um evento, você vai observar uma imagem do detector LHCb juntamente com trajetórias de artículas ( traços ) no seu interior. Essas trajetórias são diferenciadas com cores e uma legenda na arte inferior da GUI informa a cor corresondente a cada tio de artícula. A fim de tornar mais fácil a identificação de vértices, você ode ver um mesmo evento em três rojeções bidimensionais diferentes: y-z, y-x, e x-z, como mostrado no evento da Fig. 3. Diferentes eventos odem ficar mais claros em rojeções diferentes, então sinta-se à vontade ara exerimentar com todas as três oções! Vértices deslocados aarecem como um ar de trajetórias que se cruza, longe das outras trajetórias do evento. Quando você clicar sobre uma artícula, visualizará suas informações, tais como massa e quantidade de movimento, na caixa Informação das Partículas. Uma artícula D 0 decai em um káon e um íon. Assim você terá que encontrar um vértice deslocado onde uma trajetória de káon cruza uma trajetória de íon. Uma vez encontrado uma trajetória que areça arte do vértice deslocado, você ode salvá-la clicando no botão Salvar Partícula. Deois de salvar duas artículas, você ode calcular sua massa clicando no botão Calcular. Se você achar que esta combinação tem uma massa comatível com a da artícula D 0, clique em Adicionar ara salvá-la: salvando uma combinação ara cada evento, você construirá um histograma das massas invariantes dos vértices deslocados nos diferentes eventos. Lembre-se de que estará observando dados reais que contêm tanto o sinal quanto ruído e o detector tem uma resolução finita. Logo nem todos os vértices deslocados terão exatamente a massa invariante do D 0 (mesmo os que são sinais). Eles devem, no entanto, estar dentro da faixa entre 1816-1914 MeV (esta faixa é de cerca de 3% em torno da verdadeira massa do D 0 ). Se você tentar salvar uma combinação que é muito distante da massa real do D 0, o exercício irá avisá-lo de que você não encontrou o ar do vértice deslocado correto e não vai ermitir você salvá-lo. Se você não conseguir encontrar o vértice deslocado de um evento deois de alguns minutos, asse ara o róximo, e então se sobrar temo ara terminar o exercício, retorne ara o que estava te causando dificuldade. Uma vez observado todos os eventos, você ode examinar o seu histograma de massa clicando no botão Desenhar. Discuta a forma do histograma com um moderador. No final, lembre-se de clicar em Salvar Histograma, a fim de salvar o seu histograma! Então, ele será combinado elos moderadores com os histogramas dos outros alunos e vocês devem discutir seus resultados em gruo. 3 Exercício de ajuste Antes de descrever o exercício de ajuste, será útil listar as variáveis envolvidas neste exercício: D0 mass : é a massa invariante da artícula D 0. O sinal ode ser visto como uma estrutura de ico acima do ruído lano. A faixa de massa relevante ara a análise é 1816-1914 MeV. A forma do sinal é descrita or uma distribuição gaussiana (também conhecida como distribuição normal ). O centro da distribuição ( média ) é a massa da artícula D 0, enquanto a largura reresenta a resolução exerimental do detector. D0 TAU : é a distribuição do temo de decaimento dos candidatos D 0. O sinal é descrito or uma simles exonencial cuja a inclinação é o temo de vida do D 0 (que é o objetivo do último exercício), enquanto o ruído concentra-se em curtos temos de decaimento. D0 IP : é a distância de menor aroximação em miĺımetros ( arâmetro de imacto ) do D 0 a reseito do evento de interação róton-róton (vértice rimário). Quanto menor o arâmetro de imacto maior a robabilidade de que o D 0 tenha vindo realmente da interação rimária. A fim de simlificar a figura, na verdade nós lotamos e cortamos o logaritmo (base 10) do arâmetro de imacto no exercício. D0 PT : é a quantidade de movimento do D 0 transversa à linha do feixe do LHC. Agora vamos rosseguir com o exercício em si. 4

3.1 Exercício 1: Ajustar a distribuição de massa e obter as distribuições de variáveis de sinal O objetivo deste exercício é ajustar a distribuição da variável D0 mass e extrair o número e o grau de ureza do sinal. 1. Clique no botão Plotar massa do D0 ara traçar a distribuição total da massa. Você verá um ico (sinal) no too de uma distribuição lana (ruído). O ico ode ser descrito or uma função gaussiana, cuja média corresonde à massa do D 0 e cuja largura (σ) é determinada ela resolução exerimental do detector LHCb. 2. Clique em Ajustar distribuição de massa ara ajustar a distribuição usando uma função gaussiana ara o sinal e uma função linear ara o ruído. 3. Olhe ara a distribuição de massa ajustada. Você ode seará-la em três regiões: a região do sinal e duas faixas laterais que contêm somente ruído: uma acima do sinal (a faixa lateral suerior) e outra abaixo do sinal (a faixa lateral inferior). A distribuição gaussiana contém 99.7% de seus eventos dentro de três desvios adrão da média, logo esta região de três sigma em torno da média é geralmente a definição da região de sinal. 4. Use o cursor chamado Sig range ara definir o inicio e o fim da região do sinal. Todos os eventos que não caem na faixa de sinal, serão considerados na região de ruído. 5. Agora você ode usar as definições das regiões de sinal e de ruído na variável massa ara determinar as distribuições de sinal e de ruído em outras variáveis. Clique no botão Plotar distribuição. Você verá as distribuições de sinal (azul) e de ruído (vermelho) ara as outras três variáveis lotadas ao lado da distribuição de massa. Você deve discutir o exercício com um(a) instrutor(a) neste momento. 3.2 Exercício 2: Medir o temo de vida do D 0 O objetivo deste exercício é usar a amostra de sinal que você obteve na etaa anterior ara medir o temo de vida da artícula D 0. É a mesma quantidade que a meia-vida de uma artícula radioativa: o D 0 decai de acordo com uma distribuição exonencial, e se essa exonencial for ajustada à distribuição do temo de decaimento do D 0, a inclinação da exonencial será o inverso do temo de vida do D 0. 1. Faça o ajuste do temo de vida do D 0. 2. Comare a inclinação desta exonencial com o inverso do temo de vida do D0 dado elo Particle Data Grou. Converse com um(a) instrutor(a) sobre quão bem os dois valores concordam. 3. Além das incertezas estatísticas, as medições odem sofrer de incertezas sistemáticas causadas or aarelhos descalibrados, ou or um modelo incorreto do ruído. Uma técnica básica ara estimá-los é reetir a medição alterando os critérios utilizados ara selecionar eventos de sinal. Se o resultado mudar significativamente ao se modificar os critérios, saberemos que há alguma coisa errada! 4. Reita seu ajuste ara o temo de vida do D 0 enquanto varia o máximo ermitido do logaritmo do arâmetro de imacto do D 0. Os valores ermitidos variam de 4.0 a 1.5 no ajuste inicial. Mova o valor suerior a artir de 1.5 até 1.9 em assos de 0.20, e refaça o ajuste do temo de vida do D0 em cada onto, salvando os resultados à medida que avança. 5. Trace um histograma que mostra o valor do temo de vida do D 0 como função do corte suerior do logaritmo do arâmetro de imacto. Discuta a forma, e o que ela reresenta sobre o temo de vida do D 0, com um(a) instrutor(a). 6. Quais outras fontes de incertezas sistemáticas odem ser consideradas ao fazermos a medição do temo de vida? 5