Seu Investimento em Foco



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Transcrição:

Seu Investimento em Foco Março 2008 FED refaz as contas Em pouco mais de 6 meses, os diretores do FED cortaram as previsões de crescimento do PIB em cerca de 1,5 ponto percentual. Crescimento Intervalo das Projeções para o crescimento do PIB dos EUA em 2008 Diretores do Board e Presidentes Regionais 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 3,0% 2,5% Fonte: FED 2,6% 1,6% 2,2% 1,0% O céu é o limite? Os preços do petróleo indicam que a demanda por commodities está longe de acomodar-se. Mas parte da alta em dólares devese à depreciação desta moeda. 145 140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 29-jun 29-jul Petróleo - valorização em diferentes moedas 29-ago 29-set 29-out 29-nov 29-dez Fonte: BDS 29-jan 29-fev US$ Euro R$ Jun/07 Out/07 Jan/08 Juros locais descolam da crise externa Os spreads continuam subindo nos EUA, sinalizando que a crise do crédito está longe do fim. Os juros locais recuaram em função de uma visão mais benigna para a inflação. Pontos-Base 750 700 650 600 550 500 450 400 2-ago Fonte: Bloomberg, BM&F 30-ago High Yield (CDS) 27-set High Yield x DI 25-out 22-nov DI Jan12 20-dez 17-jan 14-fev 10,50 9,50 8,50 7,50 6,50 % ao ano Atividade aquecida, foco de atenção... de termos transações correntes negativas nos últimos 12 meses, pela primeira vez desde maio/03. Os investimentos diretos e em carteira continuam sustentando o fluxo. US$ milhões 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0-10.000 Fev Mar Investimentos Abr Mai Jun Jul Ago Reservas Fonte: Banco Central Set Transações Correntes Out Nov Dez Jan 190.000 180.000 170.000 160.000 150.000 140.000 130.000 120.000 110.000 100.000 90.000 US$ milhões Performance da renda fixa Apesar do refluxo nas expectativas para a inflação, as NTNs- B voltaram a ser destaque em fevereiro. 25% 20% 15% 10% 5% 0% 20,0% IMA-B 5+ 14,8% 13,5% IMA-B IMA-B 5 12,8% 11,7% IMA-Geral 12 meses IMA-S 11,6% 11,0% CDI CETIP IRF-M 3,03% 2,16% 1,46% 1,31% IMA-B 5+ IMA-B IMA-B 5 Fevereiro IRF-M 1,31% 0,82% 0,80% IMA-Geral Fonte: BDS IMA-S CDI CETIP Ações de IPOs recentes sofreram mais Com o aumento da aversão ao risco, os investidores estrangeiros, grandes participantes nos IPOs de 2007, venderam as ações a qualquer preço. Diferença de rentabilidade acumulada 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% Prêmio pela Liquidez Ações mais líquidas prêmio pela liquidez Ações menos líquidas dez/06 jan/07 fev/07 mar/07 abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 170 160 150 140 130 120 110 100 90 Fo nt es: Leg g M aso n, E co no mát i ca Rentabilidade acumulada (31.12.06 = 100) Western Asset

Comentário Econômico Cenário Internacional Como previsto, os mercados andaram ao sabor dos indicadores da economia norte-americana. O ISM não industrial foi a estrela entre os indicadores divulgados no início do mês. Apesar de pouco conhecido, este termômetro das expectativas dos empresários de setores não industriais parece ser um bom sinalizador de períodos recessivos, a julgar pelo seu comportamento em 1992 e 2001. Não por outro motivo, os mercados, e principalmente as bolsas, incorporaram ainda mais o cenário de uma recessão na maior economia do mundo quando foi divulgado um ISM de 42 (em uma escala de 0 a 100, sendo 50 o ponto neutro), bem abaixo do consenso de 53. Os juros de mais curto prazo recuaram ainda mais, e os futuros dos FED Funds passaram a atribuir probabilidade acima de 50% para mais um corte de 50 pontos-base nas taxas básicas de juros na próxima reunião do FED, em março, e uma probabilidade não desprezível de um corte ainda maior, de 75 pontos-base. Também os preços das commodities ameaçaram recuar, sendo que o petróleo chegou a testar os US$ 90, ficando abaixo deste nível durante algum tempo. Mas como os mercados continuaram a funcionar em cima da notícia do dia, não demorou muito para que outro dado, divulgado no dia 13, fizesse pender a balança para o outro lado: as vendas no varejo norte-americano subiram 0,3% em janeiro, contra uma expectativa de retração de 0,3%. Foi o suficiente para desanuviar o ambiente, fazendo bolsas e commodities se recuperarem. Destaque para o petróleo, que não tomou conhecimento da barreira psicológica dos US$ 100, e fechou o mês em quase US$ 102, nível próximo da máxima histórica. Digno de nota foi o reajuste do minério de ferro obtido pela Vale, entre 65% e 70% sobre os preços de 2007. Mais um indicador de que a demanda em alguns setores continua aquecida, apesar da desaceleração da economia norte-americana. A ata da última reunião do FOMC, divulgada no dia 20, trouxe uma leitura bastante pessimista das condições da economia norte-americana para o ano de 2008, se comparada com as anteriores. A ata de janeiro coloca o crescimento projetado pelos diretores do FED na faixa de 1,0% a 2,2%, contra 1,6% a 2,6% em outubro e 2,5% a 3,0% em junho. Ou seja, em pouco mais de 6 meses, os diretores do FED cortaram as previsões de crescimento do PIB em cerca de 1,5 ponto percentual, o que demonstra o tamanho do impacto não antecipado da crise no mercado de crédito sobre a atividade econômica. E por falar em mercado de crédito, aos poucos os spreads vêm atingindo novos picos, sinalizando que a crise, aparentemente, parece estar mais no fim do início do que no início do fim. Também a inflação para 2008, medido pelo núcleo do PCE, sofreu revisão para cima no relatório do FED, de 1,7% a 2,3% em outubro para 2,0% a 2,8% agora, ou seja, cerca de 0,5 ponto percentual. Os Bancos Centrais Inglês e Europeu reuniram-se no início do mês. O primeiro decidiu cortar os juros básicos em 25 pontos-base, para 5,25% ao ano, enquanto o segundo preferiu manter as taxas em 4,00% ao ano. Apesar de não ter alterado a taxa de juros, o presidente do BCE sinalizou preocupação com o ritmo da atividade econômica, o que pode ser sinal de uma flexibilização no futuro, apesar de uma inflação que ainda incomoda. De qualquer forma, é patente a diferença de postura entre o FED e o BCE, no que se refere à ameaça de retração mais forte da economia e à aversão ao risco de inflação. Fora dos EUA, as moedas que mais têm sofrido são as dos países que têm contas correntes deficitárias, como Islândia, África do Sul e Hungria. Esta última, por sinal, abandonou o seu sistema de bandas cambiais. No caso do Brasil e outros emergentes, os preços das commodities têm ajudado a manter as contas correntes equilibradas. PCE: Personal Consumption Expenditure. Trata-se de uma pesquisa de consumo das famílias conduzida pelo Departamento de Comércio dos EUA. Entre outros dados, a pesquisa fornece uma medida da inflação ao consumidor. O núcleo exclui as variações dos preços de energia e alimentos. Esta é a medida preferida pelo FED. Western Asset 2

Comentário Econômico (cont.) Brasil No mercado local, a bolsa andou ao sabor dos ventos externos, enquanto as taxas de juros foram mais influenciadas pelos fundamentos domésticos. Os juros locais recuaram um pouco, seguindo a acomodação das expectativas para a inflação de 2008 e números correntes um pouco abaixo das expectativas, devido à desaceleração dos preços dos alimentos. O anúncio de um IPC-A de janeiro abaixo do esperado foi especialmente importante para esse movimento, pois influenciou a reavaliação das expectativas dos agentes com relação à inflação de 2008. A curva prefixada recuou cerca de 40-50 pontos-base, mais concentrada nos vencimentos mais longos, enquanto a curva de cupom de IPC-A recuou cerca de 30 pontos-base, fazendo com que a inflação implícita na curva recuasse para algo como 4,75%. O câmbio, depois de algumas semanas de ensaio, finalmente rompeu a barreira dos R$/US$ 1,70, fechando o mês a R$ 1,68, menor nível desde maio/99. A volta do fluxo financeiro em fevereiro fez com que o câmbio escorregasse mais um pouco, mesmo com a intervenção diária do Banco Central neste mercado. Enquanto isso, a bolsa zerou as perdas do ano. Destaque continua sendo para as empresas ligadas a commodities, além de setores que haviam sofrido por conta da perspectiva de elevação da taxa de juros, como varejo e construção. Perspectivas Internacional A crise nos mercados internacionais de crédito parece estar longe do fim. A cada semana, novas notícias dão conta de desdobramentos não previstos da crise. Em um dia, são as seguradoras de crédito, ameaçadas de perderem os seus ratings. Em outro, os detentores dos títulos com taxas definidas em leilão (as chamadas Auction Rate Securities ARS) com dificuldades em repassar estes títulos, dado o fracasso dos leilões. Depois, é a notícia de que municípios começam a ter dificuldade em rolar suas dívidas, pois as suas receitas, em grande parte de origem no setor imobiliário, começam a reduzir-se. Enfim, o investidor local está no papel de quem atravessa uma tempestade dentro de um navio, e o melhor que tem a fazer é aguardar a bonança sem fazer grandes movimentos, sob o risco de enjoar. Faz bem, além disso, considerar que sua situação não é das piores, visto que outros investidores ao redor do planeta já foram jogados ao mar. Os sinais de que os EUA entrarão ou já estejam em recessão aumentaram substancialmente nas últimas semanas. No entanto, esta discussão parece ter importância mais acadêmica do que prática, uma vez que o humor geral dos mercados, traduzido nos preços dos ativos, já considera a recessão como uma realidade. A julgar pelas últimas declarações de dirigentes do FED, os cortes nas taxas dos FED Funds devem continuar em março, e o mais provável é um corte de 50 pontos-base, para 2,50% ao ano. Com isso, a taxa de juros real de curto prazo já deve aproximar-se de zero (ou negativa, se for considerada a inflação cheia), sendo um estímulo poderoso para a reativação da atividade econômica a partir, provavelmente, do 1º trimestre de 2009. Neste contexto, a recapitalização do sistema financeiro, que já vem ocorrendo lentamente, também é importante. Com este pano de fundo, ainda é nosso cenário-base a continuidade do bom ritmo de crescimento mundial, ainda que em patamares inferiores aos de 2007, impulsionado principalmente pelo crescimento das economias emergentes, crescimento este sustentado pelos seus mercados Western Asset 3

Comentário Econômico (cont.) domésticos. Entretanto, os riscos aumentaram nas últimas semanas, e os efeitos da crise nos EUA sobre o crescimento global podem estender-se para o início de 2009. Em nossa avaliação, dois são os riscos estruturais deste cenário: extensão e profundidade da crise do mercado de crédito bastante maiores do que o que está atualmente embutido nos preços dos ativos, e o recrudescimento da inflação nas economias centrais e emergentes. Atribuímos baixa probabilidade a estes dois cenários conjuntamente. O problema da inflação parece ser mais preocupante na Europa e países emergentes, especialmente na China, mas deverá ocupar o centro das atenções de todos os Bancos Centrais uma vez que passe o pior da crise. Brasil Os índices de inflação corrente continuaram a ceder neste mês, mas ainda permanecem em patamares relativamente altos. O atual nível de aquecimento da demanda pode eventualmente sancionar a transmissão da alta dos preços dos alimentos para outros setores, principalmente serviços. Por isso, avaliamos que o Banco Central deverá ser bastante conservador, e o início de um processo de aperto monetário já no 1º semestre é o cenário de maior probabilidade, caso o crescimento da demanda continue pressionando o hiato do produto. O câmbio deve permanecer pressionado para baixo. Apesar da diminuição do ritmo de crescimento das exportações e do aumento do ritmo de crescimento das importações, a balança comercial deve continuar positiva por ainda muitos meses. Também o fluxo de recursos para portfólio (bolsa e renda fixa) e os investimentos estrangeiros diretos devem atuar na mesma direção. A liquidez internacional continua elevada, e são poucas oportunidades de investimento tão atraentes, em termos de risco x retorno, quanto o Brasil. O aumento de percepção do risco pode, eventualmente, fazer com que o Real se deprecie pontualmente, mas sem mudar a sua tendência estrutural. Nossas projeções apontam para um saldo comercial em torno de US$ 28 bi em 2008, levando a um saldo negativo em transações correntes da ordem de US$ 10 bi. Ainda que amplamente financiável, este saldo negativo pode, em determinados momentos de stress, ser um bom motivo para um eventual aumento na volatilidade do câmbio ao longo do ano de 2008. A bolsa deve continuar beneficiando-se do cenário de crescimento mundial e brasileiro em 2008, e especialmente dos preços das commodities, mas a volatilidade deve permanecer nos próximos meses, em função das incertezas ainda presentes no cenário internacional. Especificamente no Brasil, esperamos que 2007 tenha fechado com um crescimento do PIB acima de 5%. Para 2008 já esperávamos uma desaceleração neste ritmo, mas, apesar das incertezas crescentes com relação aos EUA, a economia brasileira continua apresentando taxas expressivas de crescimento, sustentadas basicamente pela demanda doméstica. Assim, apesar de ainda esperarmos uma menor expansão em 2008, revimos nossa projeção de PIB para 4,7% (de 4,2% anteriormente), com a demanda doméstica ainda crescendo acima de 6,5%. Os efeitos de uma desaceleração do crescimento dos EUA sobre a economia mundial não são nulos, mas dadas as incertezas que cercam este quadro, parecenos ser ainda cedo uma reavaliação mais ampla do cenário para o crescimento brasileiro. 2 Hiato do produto: é a diferença entre o PIB efetivo e o PIB potencial. Quanto maior for a diferença a favor do PIB efetivo, maior a pressão potencial sobre a inflação. Western Asset 4

Fundos e Carteiras de Renda Fixa Fundos e carteiras de benchmark composto: de maneira geral, apresentaram performance acima da dos benchmarks.... as incertezas com relação aos próximos passos da política monetária aumentaram, tornando os vencimentos curtos mais arriscados. Por outro lado, os vencimentos mais longos ofereciam um bom prêmio.... a inflação implícita nos títulos atrelados ao IPC-A permanecia bastante alta, principalmente nos vencimentos mais curtos.... os títulos privados continuariam gerando retornos positivos ao longo do mês, com os spreads pouco se movimentando.... permanecemos abaixo do benchmark no IMA-S e acima do benchmark no IRF-M, privilegiando os vencimentos da parte intermediária da curva de juros, entre 3 e 5 anos, diminuindo a exposição na parte curta.... mantivemos posições aproximadamente neutras para esta classe de ativo.... mantivemos as atuais posições em títulos privados, além de adquirirmos debêntures de uma empresa de leasing, a 102,30% do CDI, com vencimento em fev/09. + Refletindo uma certa acomodação nas expectativas para a inflação, a curva de juros prefixados recuou em todos os vencimentos, mas mais fortemente (cerca de 50 pontos-base) nos prazos mais longos, a partir de 2010. = O cupom da parte intermediária da curva (entre 3 e 7 anos) recuou cerca de 30 pontos-base, mas as posições eram muito baixas para beneficiar a carteira. + O carregamento dos prêmios de crédito beneficiou a rentabilidade da carteira. Fundos e carteiras de benchmark CDI: de maneira geral, apresentaram desempenho acima do parâmetro de performance.... as incertezas com relação aos próximos passos da política monetária aumentaram, tornando os vencimentos curtos mais arriscados. Por outro lado, os vencimentos mais longos ofereciam um bom prêmio.... a inflação implícita nos títulos atrelados ao IPC-A permanecia bastante alta, principalmente nos vencimentos mais curtos.... os títulos privados continuariam gerando retornos positivos ao longo do mês, com os spreads pouco se movimentando.... continuamos privilegiando os vencimentos na parte intermediária da curva, entre 3 e 5 anos.... mantivemos baixo o posicionamento nesta classe de ativo.... mantivemos as atuais posições em títulos privados, além de adquirirmos debêntures de uma empresa de leasing, a 102,30% do CDI, com vencimento em fev/09. + Refletindo uma certa acomodação nas expectativas para a inflação, a curva de juros prefixados recuou em todos os vencimentos, mas mais fortemente (cerca de 50 pontos-base) nos prazos mais longos, a partir de 2010. + Mesmo com posições baixas, a carteira foi beneficiada pelo recuo do cupom da parte intermediária da curva (entre 3 e 7 anos) de cerca de 30 pontos-base. + O carregamento dos prêmios de crédito beneficiou a rentabilidade da carteira. Western Asset 5

Fundos e Carteiras de Renda Fixa (cont.) WA Pension Fund: desempenho superior ao benchmark (CDI).... os títulos privados continuariam gerando retornos positivos ao longo do mês, com os spreads pouco se movimentando.... mantivemos as atuais posições em títulos privados, além de adquirirmos debêntures de uma empresa de leasing, a 102,30% do CDI, com vencimento em fev/09. + O carregamento dos prêmios de crédito beneficiou a rentabilidade da carteira. WA Multitrading Institucional: desempenho superior ao benchmark (CDI).... as incertezas com relação aos próximos passos da política monetária aumentaram, tornando os vencimentos curtos mais arriscados. Por outro lado, os vencimentos mais longos ofereciam um bom prêmio.... a inflação implícita nos títulos atrelados ao IPC-A permanecia bastante alta, principalmente nos vencimentos mais curtos.... apesar das turbulências internacionais, o que agrega incertezas no curto prazo, estruturalmente o cenário para o câmbio continuaria tranqüilo, em função do forte fluxo de divisas que continua ingressando no país.... a bolsa continuava próxima de seus picos históricos, o que não estava coerente com a crescente deterioração do cenário internacional.... as treasuries norte-americanas haviam recuado demasiadamente, refletindo o crescente receio de uma recessão na economia dos EUA.... aumentamos a exposição na parte intermediária da curva, entre 3 e 5 anos, e mantivemos a exposição vendida até 2 anos, aumentando a duration total do fundo ao longo do mês.... praticamente zeramos o posicionamento nessa classe de ativo.... mantivemos o posicionamento vendido ao longo do mês.... mantivemos o posicionamento vendido ao longo do mês, aumentando e diminuindo a exposição de acordo com a os movimentos da bolsa ao longo do mês.... montamos posição vendida em treasuries. + Refletindo uma certa acomodação nas expectativas para a inflação, a curva de juros prefixados recuou em todos os vencimentos, mas mais fortemente (cerca de 50 pontos-base) nos prazos mais longos, a partir de 2010. = O cupom da parte intermediária da curva (entre 3 e 7 anos) recuou cerca de 30 pontos-base, mas as posições eram muito baixas para beneficiar a carteira. + O dólar se desvalorizou 4,4% no mês em relação ao real. - O Ibovespa fechou com alta de 9% no período. + As treasuries de 10 anos recuaram ainda mais durante o mês, de 3,59% para 3,51%, com muita volatilidade no meio do caminho. A posição cumpriu o seu objetivo de servir como hedge para as outras exposições do fundo. Western Asset 6

Fundos e Carteiras de Renda Fixa (cont.) Temas e Estratégias Temas de Investimento A curva de juros prefixados recuou bastante, retirando alguma probabilidade de elevação da taxa SELIC ao longo de 2008, e ignorando o recrudescimento da crise externa. A inflação implícita nas NTNs-B, principalmente nas de prazos mais curtos, está em aproximadamente 4,8%, o que torna pouco atrativos os títulos atrelados à inflação, dadas nossas expectativas. Apesar de estimarmos um déficit em conta corrente entre 5 e 10 bilhões de dólares, esperamos que os investimentos estrangeiros diretos bem como os investimentos em portfólio sejam bem mais do que o suficiente para financiá-lo. A bolsa parece-nos pouco atrativa no curto prazo, dado o rally dos últimos meses e as incertezas atuais. As taxas das treasuries norte-americanas parecem estar muito baixas, embutindo grande probabilidade de uma recessão na economia americana. Estratégias A tendência é diminuir nosso posicionamento na curva prefixada. Podemos eventualmente montar posições passivas na ponta curta, apostando em um aumento da taxa SELIC. Pretendemos manter NTNs-B na carteira apenas como um hedge contra surpresas inflacionárias, privilegiando os prazos mais longos, quando for o caso. Não se espera que a exposição ao câmbio seja apenas na ponta da venda. O posicionamento dependerá do cenário bem como do nível da moeda. Esperamos um mercado mais volátil. A exposição atual é vendida, porém pode ser alterada dependendo da avaliação do valor relativo entre as classes de ativos. Uma posição vendida em treasuries parece interessante como hedge para as outras posições da carteira. Western Asset 7

Fundos e Carteiras de Ações e Balanceados Fundos e carteiras de benchmark Ibovespa: em geral, apresentaram rentabilidade abaixo do benchmark, que subiu 9,1% no mês.... os preços da celulose, medidas em reais, estariam pressionados ainda por um bom tempo, não seguindo o boom das commodities, e prejudicando o setor de papel e celulose.... o reajuste nos preços do minério de ferro seria acima de 30% para o ano que vem, dada a demanda ainda bastante aquecida da China, o que deveria beneficiar empresas do setor de mineração.... a atividade de construção civil, principalmente aquela ligada à incorporação de imóveis residenciais, continuaria forte, com o número de lançamentos e a velocidade de vendas indicando forte demanda. Em nossa avaliação, trata-se de uma rara combinação de bom valor com crescimento muito acelerado.... o setor de tecnologia se beneficiaria do aumento de oferta de crédito ao consumidor (computadores) e da busca de aumento de produtividade por parte das empresas (softwares).... no setor de energia, apesar de avaliarmos os resultados de Petrobrás pouco atrativos nos próximos trimestres, um posicionamento tático de curto prazo poderia justificar-se considerando um possível fluxo positivo de notícias (novas descobertas) nos próximos meses e a tendência de valorização do petróleo.... o setor de serviços educacionais poderia ser beneficiado dentro do quadro de crescimento econômico acelerado puxado pela demanda, com a conseqüente falta de mão de obra com boa qualificação.... ficamos fora do setor.... ficamos acima do benchmark no setor, preferindo posicionamento em Bradespar, holding formada quase que exclusivamente por ações da Vale, além de Vale PNA.... permanecemos acima do benchmark no setor, investidos em Tecnisa e Company, em nossa opinião empresas muito bem posicionadas para aproveitarem o boom do setor.... permanecemos posicionados em Positivo Informática, fabricante de PCs, que se destaca como uma empresa de alto crescimento de vendas, em função de sua sólida rede de distribuição, dólar barato e combate crescente ao mercado cinza (computadores sem marca).... assumimos posição acima do benchmark em Petrobrás, preferindo as PNs em função do desconto em relação às ONs.... mantivemos posição em Estácio, rede de faculdades do RJ, pois avaliamos que era a mais barata do setor educacional, e por acreditarmos na viabilidade da reestruturação da empresa após transformar-se em empresa com fins lucrativos. + Aracruz e Klabin recuaram respectivamente 2% e 4%, dada a forte valorização do Real durante o mês. + O surpreendente aumento de 70% obtido pela Vale para o seu minério de ferro beneficiou as ações de Bradespar e Vale PNA, que subiram, respectivamente, 19% e 16%. - Company anunciou resultados do 4º trimestre considerados fracos, o que fez com que o papel recuasse 5% no mês. Tecnisa, por outro lado, subiu 12%, mas não foi suficiente para compensar. Cyrela, principal papel do setor no índice, subiu 17% no mês. - Apesar do bom balanço de Positivo do 4º trimestre, o mercado começou a temer, em nossa avaliação de maneira exagerada, um possível aumento da competição no setor, o que poderia afetar margens. O papel recuou 10% no mês. - Apesar de o petróleo ter ultrapassado a barreira dos US$ 100, Petrobrás subiu apenas 4,5% no mês, em função da expectativa de resultados mais fracos (como de fato ocorreu) e a falta de notícias sobre novas descobertas. - Estácio recuou 16% no mês, sem um motivo aparente. A empresa divulgou uma prévia do resultado de 2007, mostrando que conseguiu absorver todo o impacto fiscal da transição para empresa com fins lucrativos, mas o balanço ainda não mostra sinais de crescimento. Western Asset 8

Fundos e Carteiras de Ações e Balanceados (cont.) Fundos e carteiras de benchmark IBrX: IBrX10: em geral, tiveram rentabilidade abaixo do benchmark, que recuou 9,7% no mês. IBrX50: em geral, tiveram rentabilidade abaixo do benchmark, que recuou 9,7% no mês.... os preços da celulose, medidas em reais, estariam pressionados ainda por um bom tempo, não seguindo o boom das commodities, e prejudicando o setor de papel e celulose. (Somente para models IBrX10)... o setor de agribusiness apresentava boas perspectivas em função principalmente do rally dos preços das commodities agrícolas no ano passado e também neste ano.... no setor de aeronaves, Embraer parece já refletir a previsão, fornecida pela empresa, de entrega de aeronaves. Além disso, há um potencial enfraquecimento da demanda por conta da desaceleração do crescimento mundial.... a atividade de construção civil, principalmente aquela ligada à incorporação de imóveis residenciais, continuaria forte, com o número de lançamentos e a velocidade de vendas indicando forte demanda. Em nossa avaliação, trata-se de uma rara combinação de bom valor com crescimento muito acelerado.... o setor de serviços educacionais poderia ser beneficiado dentro do quadro de crescimento econômico acelerado puxado pela demanda, com a conseqüente falta de mão de obra com boa qualificação.... o setor de tecnologia se beneficiaria do aumento de oferta de crédito ao consumidor (computadores) e da busca de aumento de produtividade por parte das empresas (softwares).... ficamos fora do setor.... permanecemos posicionados em Fosfértil e Fertilizantes Heringer, empresas que, em nossa avaliação, deveriam beneficiar-se do bom momento do setor agrícola.... mantivemos posição abaixo do benchmark em Embraer.... permanecemos acima do benchmark no setor, investidos em Tecnisa e Company, em nossa opinião empresas muito bem posicionadas para aproveitarem o boom do setor.... mantivemos posição em Estácio, rede de faculdades do RJ, pois avaliamos que era a mais barata do setor educacional, e por acreditarmos na viabilidade da reestruturação da empresa após transformar-se em empresa com fins lucrativos.... permanecemos posicionados em Positivo Informática, fabricante de PCs, que se destaca como uma empresa de alto crescimento de vendas, em função de sua sólida rede de distribuição, dólar barato e combate crescente ao mercado cinza (computadores sem marca). + Aracruz e Klabin recuaram respectivamente 2% e 4%, dada a forte valorização do Real durante o mês. + Fosfértil e Heringer subiram, respectivamente, 18% e 16%, refletindo o aumento dos preços dos fertilizantes e a demanda firme pelo produto. + Embraer subiu apenas 1% no mês, refletindo o fortalecimento do Real. - Company anunciou resultados do 4º trimestre considerados fracos, o que fez com que o papel recuasse 5% no mês. Tecnisa, por outro lado, subiu 12%, mas não foi suficiente para compensar. Cyrela, principal papel do setor no índice, subiu 17% no mês. - Estácio recuou 16% no mês, sem um motivo aparente. A empresa divulgou uma prévia do resultado de 2007, mostrando que conseguiu absorver todo o impacto fiscal da transição para empresa com fins lucrativos, mas o balanço ainda não mostra sinais de crescimento. - Apesar do bom balanço de Positivo do 4º trimestre, o mercado começou a temer, em nossa avaliação de maneira exagerada, um possível aumento da competição no setor, o que poderia afetar margens. O papel recuou 10% no mês. Western Asset 9

Fundos e Carteiras de Ações e Balanceados (cont.) Fundos e carteiras de benchmark IBrX (cont.)... as ações das empresas do setor de linhas aéreas já refletiam o pior cenário para o setor. Além disso, avaliamos que a rentabilidade dos vôos internacionais deve recuperar-se.... mantivemos posição em TAM, pois avaliamos que é a empresa do setor com melhores múltiplos, além de ser mais exposta ao mercado de vôos internacionais. - TAM recuou 4% no mês, acompanhando Gol, que divulgou fracos resultados do 4º trimestre, além das incertezas com relação ao setor.... o setor de alimentos e bebidas não era um dos destaques em um ambiente de oferta maior de crédito, mas Perdigão poderia ser uma boa opção, dado o cenário positivo para consumo e sua estratégia de diversificação. (Somente para models IBrX50)... no setor de energia, apesar de avaliarmos os resultados de Petrobrás pouco atrativos nos próximos trimestres, um posicionamento tático de curto prazo poderia justificar-se considerando um possível fluxo positivo de notícias (novas descobertas) nos próximos meses e a tendência de valorização do petróleo.... mantivemos posição em Perdigão, e ficamos fora de Sadia (preferimos Perdigão) e Ambev (muito cara, em nossa opinião).... assumimos posição acima do benchmark em Petrobrás, preferindo as PNs em função do desconto em relação às ONs. - Perdigão subiu apenas 5% no mês, refletindo o aumento dos custos de seus insumos. Por outro lado, Ambev subiu 14% no mesmo período, após os bons resultados do 4º trimestre. - Apesar do petróleo ter ultrapassado a barreira dos US$ 100, Petrobrás subiu apenas 4,5% no mês, em função da expectativa de resultados mais fracos (como de fato ocorreu) e a falta de notícias sobre novas descobertas. Western Asset 10

Fundos e Carteiras de Ações e Balanceados (cont.) Temas e Estratégias Temas de Investimento Apesar de avaliarmos os resultados de Petrobrás pouco atrativos nos próximos trimestres, esperamos fluxo positivo de notícias (novas descobertas) nos próximos meses, além da tendência de valorização do petróleo. As ações dos bancos parecem ter sido penalizadas além do justo, em função do aumento de impostos e compulsório sobre as empresas de leasing no início do ano. Além disso, a manutenção ou até eventual aumento da Selic não afetaria de maneira relevante a demanda por crédito, além de atuar a favor da rentabilidade das empresas do setor. A atividade de construção civil, principalmente aquela ligada à incorporação de imóveis residenciais, continuará forte, com o número de lançamentos e a velocidade de vendas indicando forte demanda. Em nossa avaliação, trata-se de uma rara combinação de bom valor com crescimento muito acelerado. Incertezas em relação às taxas de retorno de novos projetos de geração devem sinalizar que o retorno marginal para investimentos das empresas do setor de energia elétrica é decrescente. Com relação às distribuidoras, avaliamos que não há grande potencial de crescimento de resultados. Ainda que os preços internacionais da celulose possam ter alguma recuperação em 2008, a desvalorização do dólar continuará prejudicando as empresas do setor de setor de papel e celulose. Estratégias Podemos assumir um posicionamento tático de curto prazo na empresa. É de se esperar posicionamento acima do benchmark no setor, principalmente nos bancos de grande porte. Devemos manter posição acima do benchmark em empresas do setor que mostram comprovada capacidade de execução no longo prazo. Pretendemos manter os portfólios abaixo do benchmark no setor. Eventuais investimentos poderão estar ligados a eventos societários (privatização, aquisições). Manteremos posição abaixo do benchmark no setor. Western Asset 11

Fundos e Carteiras de Ações e Balanceados (cont.) Asset Allocation: em geral, teve efeito negativo sobre os portfólios balanceados.... o aumento das incertezas com relação ao real estado da economia norteamericana recomendava cautela.... reduzimos as posições para o ponto neutro da alocação. - A bolsa valorizou-se em 9% durante o mês, mas não influenciou a rentabilidade das carteiras balanceadas. Fevereiro em Foco Mercados Internacionais 31/jan 29/fev EMBI+ 273 291 18 pontos-base EMBI Brasil 257 265 8 pontos-base FED Funds 3,00% 3,00% 0 pontos-base Treasury 10Y 3,61% 3,54% -7 pontos-base Dow Jones 12.650 12.266 S&P 500 1.379 1.331 US$/Euro 1,486 1,519 Mercados Locais 31/jan 29/fev Variação Selic 11,25% 11,25% 0 pontos-base IMA-S (LFTs) 1.493,58 1.505,77 0,82% IMA-C (NTNs-C) 1.584,22 1.601,37 1,08% IMA-C5 1.485,05 1.497,61 0,85% IMA-B (NTNs-B) 1.564,47 1.598,34 2,16% IMA-B5 1.527,00 1.549,23 1,46% IRF-M (LTNs) 3.380,87 3.425,08 1,31% Swap 1 ano pré 12,09% 11,92% -17 pontos-base Swap 1 ano IGP-M 6,99% 6,40% -59 pontos-base Cupom IPC-A ago/10 7,60% 7,43% -17 pontos-base Dólar (PTAX) 1,76 1,68-4,37% Cupom Dólar 6 meses 3,95% 4,30% 35 pontos-base Ibovespa Médio 58.773 64.092 IBrX Médio 19.439 21.320 Variação -3,04% -3,48% 2,25% 9,05% 9,68% Este material é um breve resumo de determinados assuntos econômicos, sob a ótica dos gestores da Western Asset Management Company Limitada ( Western Asset ) e possui finalidade meramente informativa. O conteúdo deste material não tem o propósito de prestar qualquer tipo de consultoria financeira, de recomendação de investimentos, nem deve ser considerado uma oferta para aquisição de cotas de fundos de investimento. Recomenda-se ao leitor consultar seus analistas e especialistas particulares antes de realizar qualquer investimento. A Western Asset não se responsabiliza pelas decisões de investimento tomadas pelo leitor. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU, AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS - FGC. A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO PELO INVESTIDOR AO APLICAR SEUS RECURSOS. Os fundos de investimento em referência utilizam, direta ou indiretamente, estratégias com derivativos como parte integrante de suas respectivas políticas de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive, conforme o caso, acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir os prejuízos do fundo. Western Asset 12