Resumo aula. Conceituação; Origem; Lógica de programação; Argumentos; Lógica simbólica; Dedutivos; Indutivos;

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Transcrição:

Aula 02 - Lógica Disciplina: Algoritmos Prof. Allbert Velleniche de Aquino Almeida E-mail: allbert.almeida@fatec.sp.gov.br Site: http://www.allbert.com.br /allbert.almeida

Resumo aula Conceituação; Origem; Lógica de programação; Argumentos; Dedutivos; Indutivos; Lógica simbólica;

Conceituação A Lógica tem, por objeto de estudo, as leis gerais do pensamento, e as formas de aplicar essas leis corretamente na investigação da verdade.

Origem Aristóteles - filósofo grego - 342 a.c, sistematizou os conhecimentos existentes em Lógica, elevando-os à categoria de ciência. Em sua obra chamada Organum ( ferramenta para o correto pensar ), estabeleceu princípios tão gerais e tão sólidos que até hoje são considerados válidos.

Lógica de Programação A lógica, basicamente, trata da correção do pensamento, ou seja, nos ensina a usar os critérios do pensamento. Em termos de programação, é a técnica de encadear o raciocínio para atingir um determinado objetivo ou resolver um dado problema. Essa forma de encadeamento é chamada, em Lógica, de argumento.

Argumento Um argumento é uma sequência de proposições na qual uma delas é a conclusão e as demais são premissas. As premissas justificam a conclusão. Proposições: sentenças afirmativas que podem ser verdadeiras ou falsas Premissas: afirmações disponíveis Exemplo: Todo aluno de Computação precisa estudar Lógica. (premissa) José é aluno de Computação. Logo, José precisa estudar Lógica. (premissa) (conclusão)

Argumento O objetivo de um argumento é justificar uma afirmação que se faz, ou dar as razões para uma certa conclusão obtida. Exemplo: Você me traiu. Pois, disse que ia estudar e meu irmão lhe viu na boate. Um argumento demonstra/prova como a partir dos dados de um problema chegou-se a uma conclusão.

Argumento: Raciocínio e Inferência Exercício: Um rei resolveu dar a liberdade a um de seus três prisioneiros. Mandou trazer três chapéus brancos e dois vermelhos. Vendou os olhos dos prisioneiros, colocou um chapéu em cada um e depois foi retirando a venda dos olhos deles. Ganharia a liberdade aquele que soubesse dizer, de forma convincente, a cor do seu próprio chapéu olhando para os outros prisioneiros. Os dois primeiros não souberam dizer. O terceiro, antes que o rei lhe tirasse a venda dos olhos, afirmou com toda certeza a cor do seu chapéu. Qual a cor do chapéu do terceiro prisioneiro? Justifique.

Resposta Prisioneiros Possibilidades A B C 1 B B B 2 B B V 3 B V B 4 V B B 5 B V V 6 V B V 7 V V B

Argumento: Raciocínio e Inferência Para convencer que você sabe a resposta (que não é um chute) você tem de expor as razões que o levaram a conclusão (justificar). Pontos de Partida Caminhos Seguidos Raciocínio ou Processo de Inferência Conclusão Um argumento poderia ser considerado uma reconstrução explícita do raciocínio efetuado

Argumento: Raciocínio e Inferência Inferência é a relação que permite passar das premissas para a conclusão (um encadeamento lógico ) A palavra inferência vem do latim, Inferre, e significa conduzir para

Argumento O objeto de estudo da lógica é determinar se a conclusão de um argumento é ou não decorrente das premissas (uma inferência).

Validade de um Argumento Em um argumento válido, as premissas são consideradas provas evidentes da verdade da conclusão, caso contrário não é válido. Quando é válido, podemos dizer que a conclusão é uma consequência lógica das premissas, ou ainda que a conclusão é uma inferência decorrente das premissas.

Validade de um Argumento Exemplo 1: O argumento que segue é válido? Se eu ganhar na Loteria, serei rico. Eu ganhei na Loteria. Logo, sou rico. É Válido (a conclusão é uma decorrência lógica das duas premissas.)

Validade de um Argumento Exemplo 2: O argumento que segue é válido? Se eu ganhar na Loteria, serei rico Eu não ganhei na Loteria Logo, sou pobre Não é Válido (a conclusão não é uma decorrência lógica das duas premissas.)

Validade de um Argumento A lógica se preocupa com o relacionamento entre as premissas e a conclusão, ou seja, com a estrutura e a forma do raciocínio. A verdade do conteúdo de cada premissa e da conclusão é estudo das demais ciências.

Dedução e Indução A Lógica dispõe de duas ferramentas que podem ser utilizadas pelo pensamento na busca de novos conhecimentos: a dedução e a indução, que dão origem a dois tipos de argumentos: Dedutivos e Indutivos.

Argumentos Dedutivos Os Argumentos Dedutivos pretendem que suas premissas forneçam uma prova conclusiva da veracidade da conclusão. Podem ser: Válidos: quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para a conclusão. Isto é, se as premissas forem verdadeiras, é impossível que a conclusão seja falsa; Inválidos: não se verifica a característica anterior.

Argumentos Dedutivos Exemplos de argumentos dedutivos: Todos os mamíferos são mortais. Todas as cobras são mortais. Todas as cobras são mamíferos. Todos os diamantes são duros. Alguns diamantes são jóias. Algumas jóias são duras. Argumento Inválido Argumento Válido

Argumentos Indutivos Os Argumentos Indutivos não pretendem que suas premissas forneçam provas cabais da veracidade da conclusão, mas apenas que forneçam indicações dessa veracidade. (possibilidade, probabilidade) Seguem do Raciocínio Indutivo, isto é, obtém conclusões baseada em observações/experiências. Enquanto que um Raciocínio Dedutivo exigi uma prova formal sobre a validade do argumento.

Argumentos Indutivos Exemplo1: Joguei uma pedra no lago, e ela afundou; Joguei outra pedra no lago e ela também afundou; Joguei mais uma pedra no lago, e ela também afundou; Logo, se eu jogar uma outra pedra no lago, ela vai afundar.

Argumentos Indutivos Exemplo2: A vacina funcionou bem nos ratos. A vacina funcionou bem nos macacos. Logo, vai funcionar bem nos humanos. Exemplo3: 80% dos entrevistados vão votar no candidato X. Logo, o candidato X vai vencer as eleições.

Argumentos Indutivos A Lógica Formal Clássica só estuda Argumentos Dedutivos, verificando se são ou não válidos.

Validade e Verdade Verdade e Falsidade: são propriedades das proposições, nunca dos argumentos Validade ou Invalidade: são propriedades dos argumentos dedutivos que dizem respeito a inferência ser ou não válida (raciocínio ser ou não correto)

Validade e Verdade Exemplo 1 Toda baleia é um mamífero Todo mamífero tem pulmões Logo, toda baleia tem pulmões (V) (V) (V) Argumento válido e a conclusão verdadeira.

Validade e Verdade Exemplo 2 Toda aranha tem seis pernas Todo ser de seis pernas tem asas Logo, toda aranha tem asas (F) (F) (F) Argumento válido e a conclusão falsa

Validade e Verdade Os conceitos de argumento válido ou inválido são independentes da verdade ou falsidade de suas premissas e conclusão. Um argumento dedutivo no qual todas as premissas são verdadeiras é dito Argumento Correto, evidentemente sua conclusão também é verdadeira.

Lógica Clássica e Lógica Simbólica. Lógica Clássica formula os argumentos em linguagem natural, mas enfrenta problemas de ambiguidade e de construções confusas. A Lógica Simbólica ou Lógica Matemática utiliza símbolos de origem matemática para formular os argumentos. Trabalho iniciado pelo matemático inglês George Boole (1815 1864) Álgebra Booleana. e consolidado pelo filósofo e matemático alemão Goottlob Frege (1848 1895)

Expressões lógicas ou booleanas Uma expressão lógica ou booleana é uma expressão cujos operadores são lógicos e cujos operandos são expressões relacionais, constantes e/ou variáveis do tipo lógico. O resultado da avaliação de uma expressão lógica é sempre um valor falso ou verdadeiro;

Expressões lógicas ou booleanas Operador Matemática Usado Exemplos Conjunção e E a E b Disjunção ou OU a OU b Negação não NÃO NÃO a

Tabela verdade do operador E Você conhece JAVA Você conhece C++ Resultado FALSO FALSO FALSO FALSO VERDADEIRO FALSO VERDADEIRO FALSO FALSO VERDADEIRO VERDADEIRO VERDADEIRO

Tabela verdade do operador OU Você conhece JAVA Você conhece C++ Resultado FALSO FALSO FALSO FALSO VERDADEIRO VERDADEIRO VERDADEIRO FALSO VERDADEIRO VERDADEIRO VERDADEIRO VERDADEIRO

Tabela verdade do operador NÃO A: a linguagem C++ trabalha com ponteiros B: a linguagem JAVA tem implementação híbrida Linguagem Recurso Resultado NÃO A ponteiros Falso NÃO B híbrida Falso NÃO B ponteiros Verdadeiro NÃO A híbrida Verdadeiro