)81'$d 2*(78/,29$5*$6 (6&2/$%5$6,/(,5$'($'0,1,675$d 23Ò%/,&$('((035(6$6 0(675$'2(;(&87,92(0*(67 2(035(6$5,$/ ',6&,3/,1$),1$1d$6,17(51$&,21$,6 352)(662552*e5,262%5(,5$ 5(*,0(6&$0%,$,6 Bibliografia: Krugman, P. e M. Obstfeld (2000). Economia Internacional. Teoria e Política. São Paulo: Makron Books. 5ª ed., cap. 13. 6,67(0$'(7$;$6'(&Æ0%,2)/(;Ë9(,6 A taxa de câmbio ajusta-se automaticamente a movimentos na oferta e demanda de divisas Neste sistema, o balanço de pagamentos sempre opera de forma equilibrada - mudanças autônomas na oferta e/ou demanda de reservas vão levar a valorizações ou depreciações na taxa de câmbio - com isso, vão haver novas alterações na oferta e demanda de divisas, agora induzidas pelo novo valor da taxa de câmbio - essas alterações também vão implicar em mudanças na natureza do balanço de pagamentos Principais problemas do regime de câmbio flexível: a) elasticidade-preço da demanda das exportações e importações (condição de Marshall-Lerner); b) impactos negativos da desvalorização sobre o custo de vida; c) grande incerteza quanto ao nível futuro da taxa de câmbio, dificultando o comércio com o exterior;
d) ação dos especuladores poluindo o movimento da taxa de câmbio. 5(*,0('(&Æ0%,2),;2 Importância do regime. Existem basicamente três razões pelas quais o entendimento do regime de câmbio fixo é importante: - A flutuação administrada: é uma variante do regime de câmbio fixo em oposição à flutuação pura do regime de câmbio flexível que é adotado por vários países; - Arranjos de moedas regionais: é resultante de acordo comercial feito por vários países de um mesmo bloco econômico ou que possuem proximidade geográfica. Entre os países o regime cambial é o câmbio fixo. O mais importante deles é o Sistema Monetário Europeu que deu origem ao Euro; - Paises em desenvolvimento: tipicamente adotam regime de câmbio fixo ou semi-fixo (crawling peg). Neste sistema, a taxa de câmbio é fixada em uma determinada paridade com uma mercadoria (e.g. ouro) ou com uma moeda (e.g. dólar). O sistema de câmbio fixo pode ou não estar associado a um esquema de conversibilidade, tanto em moeda como na mercadoria. O ajustamento ante mudanças autônomas na demanda e/ou oferta de reservas é dado da seguinte forma se os preços forem flexíveis: superávit (déficit) setor externo aumento (redução) da quantidade de moeda aumento (queda) dos preços redução (aumento) das exportações e aumento (diminuição) das importações. Existe uma outra forma de ajustamento: a que ocorre através de mudanças na taxa de juros. superávit (déficit) setor externo aumento (redução) da quantidade de moeda queda (aumento) da taxa de juros redução (aumento) dos ativos externos.
ATIVOS ESTRANGEIROS E OFERTA DE MOEDA BALANCETE SINTÉTICO DO BANCO CENTRAL Ativo Passivo Ativos Estrangeiros Base Monetária Ativos Domésticos Passivo Não- Monetário Do balancete acima, podemos ver que qualquer compra de ativos que o banco central faça vai resultar em expansão da base monetária (oferta de moeda); Da mesma forma, qualquer venda de ativos resulta em contração da base monetária, sempre supondo constante o passivo não-monetário. Se o banco central vende moeda estrangeira, vai diminuir o estoque de ativos estrangeiros e, em seguida, a oferta de moeda; Um saldo do balanço de pagamentos positivo indica perda de exigibilidades externas; um saldo negativo indica um aumento das exigibilidades externas. Aumento das exigibilidades externas leva a um aumento dos ativos estrangeiros do banco central e a um aumento da oferta de moeda; Diminuições das exigibilidades externas levam a uma queda na oferta de moeda.
),;$d 2'$7$;$'(&Æ0%,2 O banco central fixa a taxa de câmbio comprando ou vendendo moeda estrangeira a uma taxa fixa. Sua capacidade de manter essa taxa vai depender do saldo das transações financeiras. Isto vai requerer um equilíbrio no mercado de ativos à taxa de câmbio fixa. Quando a taxa de câmbio é mantida fixa, os agentes esperam uma depreciação da moeda doméstica igual a zero. Condição de Paridade da Taxa de Juros Afirma que a taxa de juros doméstica tem de ser igual à taxa de juros internacional mais a expectativa de desvalorização da moeda doméstica. Neste caso, a taxa de juros doméstica tem de ser igual à taxa internacional para que a taxa de câmbio permaneça fixa. A política monetária tem de fazer a taxa de juros doméstica ficar igual à taxa internacional. Para tanto, a oferta de moeda tem de ser ajustada à demanda de moeda. Logo, - quando houver excesso de oferta de moeda, o banco central tem de retirar o excesso, fazendo com que a taxa de juros fique no nível requerido; - quando houver escassez de moeda, o banco central tem de aumentar a oferta de moeda para manter a taxa no nível requerido.
Ex.: ocorre um aumento na produção da economia Neste caso, aumenta a demanda por moeda doméstica, o que elevaria a taxa de juros doméstica acima da taxa de juros internacional. Como conseqüência, aumenta a oferta de ativos estrangeiros via entrada de capitais. Mas também se criaria uma expectativa de depreciação da moeda doméstica. Para evitar isso, o banco central tem que comprar os ativos estrangeiros ( ativos estrangeiros > 0). Com isso, a oferta de moeda aumentaria e a taxa de juros doméstica cairia. Conclusão: com câmbio fixo, o banco central perde o poder de fixar a taxa de juros. A taxa de juros doméstica tem de ser semelhante à taxa de juros internacional. Do mesmo modo que o banco central é obrigado a comprar os ativos estrangeiros ( oferta de moeda > 0) atraídos pela taxa de juros doméstica mais elevada para manter fixa a taxa de câmbio, ele é obrigado a vender ativos estrangeiros ( oferta de moeda < 0) se a taxa de juros doméstica cair abaixo da taxa internacional.
32/Ë7,&$021(7È5,$62%&Æ0%,2)/878$17( Neste caso, o banco central é capaz de fixar a taxa de juros que desejar. Ex. D6XSRQKDTXHREDQFRFHQWUDOIL[HDWD[DGHMXURVGRPpVWLFDHPXPQtYHO VXSHULRUDRGDWD[DLQWHUQDFLRQDO Como visto, isto vai atrair capitais estrangeiros. À medida que os capitais entram, aumenta a oferta de divisas no mercado de câmbio. Com o aumento na oferta de divisas, a taxa de câmbio começa a se depreciar. A depreciação na taxa de câmbio vai fazendo com que o ganho do investidor estrangeiro diminua. A depreciação vai seguir ocorrendo até que o ganho pelo diferencial da taxa de juros desapareça por conta da depreciação cambial. Naturalmente, o diferencial da taxa de juros sinaliza com uma expectativa de desvalorização cambial da mesma magnitude. E VXSRQKD DJRUD TXH D WD[D GH MXURV GRPpVWLFD FDLD DEDL[R GD WD[D GH MXURVLQWHUQDFLRQDO Neste caso, os capitais não se sentem atraídos a migrar para o país, além de que os capitais já internalizados saem em busca de melhor rentabilidade. Com isso, diminui a oferta de divisas e a taxa de câmbio começa a se apreciar. A apreciação vai seguir ocorrendo até que o ganho no exterior seja eliminado.