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Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 11ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.311532/2015-14 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL RIO DE JANEIRO-CENTRO Benefício: 42/170.052.824-3 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: EDSON PEREIRA LIMA - Procurador Recorrente: PAULO ROBERTO MACHADO - Titular Capaz Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: GABRIEL TINOCO PALATNIC Relatório Recurso interposto por Paulo Roberto Machado, representado por Edson Pereira Lima, contra decisão denegatória da Autarquia em pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, com data de entrada do requerimento DER em 03/10/2014, por ausência de tempo de contribuição mínimo para a concessão do benefício. O Recorrente adentrou com o seu requerimento aos 53 anos de idade, eis que nascido em 06/11/1960, apresentando os seguintes documentos: - Certificado de Reservista informando que o Recorrente foi incorporado em 23/07/1979 e licenciado em 31/08/1987 (págs. 26/27); - Três Carteiras de Trabalho e Previdência Social CTPS s (págs. 28/40) apresentando os seguintes vínculos empregatícios: 01/06/1979 13/06/1979 COMEC Constr. Mecânicas e Civis 03/11/1987 26/05/1988 AQUATEC Química S/A 12/01/1989 24/07/1989 ELMAR Transp e Turismo S/A 20/11/1990 19/09/1991 Cond. Ed. Village Pavuna 27/08/1991 13/09/1991 NAV Engenharia LTDA. 06/01/1992 30/06/1992 Thermotrafo Com, Ind e Serviços 11/11/1992 21/12/1992 METALNAVE S/A 03/01/1994 28/05/1994 METALNAVE S/A 08/07/1994 19/07/1994 METALNAVE S/A 22/07/1994 09/08/1994 METALNAVE S/A 01/09/1994 08/02/1995 METALNAVE S/A 21/07/1995 28/01/1997 GRANINTER - Transp Marítimos 27/07/1995 30/11/1995 GRANINTER S/A

17/01/1996 18/03/1996 GRANINTER S/A 18/03/1996 13/06/1996 GRANINTER S/A 11/08/1996 13/11/1996 GRANINTER S/A 11/07/1997 09/12/1999 Continente Supermercados LTDA 17/01/2000 01/02/2000 Log-In Logística Intermodal 11/04/2000 11/05/2000 Viação Vila Real S/A 12/05/2000 11/09/2000 CSB Drogarias S/A 05/12/2000 30/06/2001 TRANSPETRO 01/04/2001 30/06/2001 TRANSPETRO 30/08/2001 03/10/2002 FLUMAR 06/12/2002 11/02/2003 Cia de Navegação Norsul 28/04/2003 02/06/2003 MAPEL Macaé Ass de Pessoal 01/07/2003 10/08/2004 Saveiros Camuyranos 27/09/2004 18/04/2007 Seabulk Offshore do Brasil 19/04/2007 31/01/2010 OPMAR Serviços Marítimos 19/04/2007 31/05/2007 Crew Travel Brasil 01/02/2010 08/09/2011 ENSCO do Brasil 03/10/2011 21/08/2013 TRANSOCEAN BRASIL 10/12/2013 03/10/2014 PERBRAS - Cadernetas de inscrição e registro do Recorrente junto à Marinha do Brasil constando embarques e desembarques como moço de máquina e marinheiro de máquina em períodos superiores a 255 dias por ano (págs. 41/78); - Documento de Informações sobre Atividade Exercida em Condições Especiais emitido pela empresa METALNAVE S/A Comércio e Indústria em 14/02/1997, no qual consta que o Recorrente laborou como marinheiro de convés a bordo do navio, no período de 11/11/1992 a 11/04/1995, sendo responsável pela movimentação e transporte de aparelhos, auxiliar o contramestre em todas as fainas do convés; exposto de modo habitual e permanente a chuva, frio, vento e calor emanado da chapa do navio (pág. 79); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa Petrobrás Transporte S/A - TRANSPORTE, no qual consta que o Recorrente laborou no convés como marinheiro de convés no período de 05/12/2000 a 29/06/2001, cadastrado sob o código GFIP 01, trabalhando no tratamento de chapas, na conservação e manutenção de equipamentos; exposto a ruídos de 80,20dB com EPI eficaz (pág. 80); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa Saveiros Camuyrano Serviços Marítimos LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou na embarcação como marinheiro de convés no período de 01/07/2003 a 10/08/2004, cadastrado sob o código GFIP 00, auxiliando as manobras de amarração e ancoragem da embarcação, peação da carga estivada, limpeza e pintura do convés, etc.; exposto a graxas, tintas e solventes não identificados e não quantificados, sem EPI eficaz (pág. 82); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa Seabulk Offshore do Brasil LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou como marinheiro de convés no período de 27/09/2004 a 18/04/2007, cadastrado sob o código GFIP 00, auxiliando as manobras de amarração e ancoragem da embarcação, peação da carga estivada, limpeza e pintura do convés, etc.; sem exposição a agentes nocivos (pág. 84); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa FLUMAR Transporte de Químicos e Gases LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou como marinheiro de convés no período de 30/08/2001 a 03/10/2002, cadastrado sob o código GFIP 04, exposto a ruídos de 106,7dB com EPI eficaz (págs. 86/87); - Documento de Informações sobre Atividade Exercida em Condições Especiais emitido pela empresa FLUMAR Transporte de Químicos e Gases LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou como marinheiro de convés a bordo do navio, no período de 30/08/2001 a 03/10/2002, exposto a ruídos acima do limite de tolerância à luz do Decreto nº

53.831/64, Decreto nº 2.172/97 e Decreto nº 3.048/99 (págs. 88 e 96); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa ENSCO do Brasil Petróleo, no qual consta que o Recorrente laborou como mestre de cabotagem no período de 01/02/2010 a 30/06/2011, cadastrado sob o código GFIP 04, exposto a ruídos de 97,8dB, com EPI eficaz; e, no período de 01/07/2011 a 08/09/2011, cadastrado sob o código GFIP 04, também como mestre de cabotagem, exposto a ruídos de 91,6dB, com EPI (págs. 89/90); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa OPMAR Serviços Marítimos LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou na embarcação como marinheiro de convés nos períodos de 19/04/2007 a 31/12/2007 e de 01/01/2008 a 19/01/2010, cadastrado sob o código GFIP 04, exposto a ruídos de 74dB e 79dB, respectivamente, com EPI eficaz (págs. 92/94); - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa TRANSOCEAN Brasil LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou como mestre de cabotagem I no período de 03/10/2011 a 18/06/2013 (data de emissão do PPP), cadastrado sob o código GFIP 01, exposto a ruídos de 96,3dB, a benzeno na proporção de 0,01ppm, a naftaleno na proporção de 0,2ppm, a tolueno na proporção de 0,1ppm, a etil-benzeno na proporção de 0,1ppm, a xileno na proporção de 0,1ppm (págs. 98/102 e 103/107); - Documento de Rescisão de Contrato de Trabalho com a empresa TRANSOCEAN Brasil LTDA., no qual consta que o Recorrente laborou no período de 03/10/2011 a 21/08/2013 (págs. 109/110). O Ente Autárquico apresentou tela do cadastro nacional de informações sociais CNIS (págs. 114/120), na qual podemos verificar a presença de todos os vínculos empregatícios constantes das CTPS s do Recorrente, acrescendo-se o período laborado para a Marinha do Brasil de 21/04/1980 a 08/1987 e os recolhimentos como contribuinte individual nas competências 10/1991 a 12/1991, 06/1992 a 10/1992, 02/1997 a 05/1997, 03/2000 a 04/2000, 07/2000, 01/2001 a 04/2001 e 06/2001; assevera-se que os vínculos com as empresas Thermotrafo (06/01/1992 a 30/06/1992) e OPMAR (19/04/2007 a 31/01/2010) não apresentam data de rescisão. Realizou-se resumo de documentos para cálculo de tempo de contribuição (págs. 134/141), apurando-se 372 contribuições, com um tempo comum de 30 anos, 05 meses e 14 dias; devendo-se destacar que o período laborado para a empresa NAV Engenharia (27/08/1991 a 13/09/1991) foi lançado, mas não acresceu ao cálculo. Atenta-se, ainda, que não foi lançado no resumo de documentos o vínculo com a empresa Thermotrafo no período de 06/01/1992 a 30/06/1992, bem como os recolhimentos como contribuinte individual nas competências 10/1991 a 12/1991, 06/1992 a 10/1992, 02/1997 a 05/1997, 03/2000 a 04/2000, 07/2000, 01/2001 a 04/2001 e 06/2001. A Autarquia emitiu despacho e análise administrativa da Atividade Especial (pág. 142) informando que não há que se falar em enquadramento por atividade/ocupação, eis que os documentos não estão acompanhados de laudos técnicos e apresentam campos não preenchidos. O processo foi novamente encaminhado ao SST para análise técnica da perícia da Autarquia (págs. 143/145) entendendo o perito que nenhum período requerido deve ser enquadrado, uma vez que os documentos apresentados não contém elementos para a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos. A Autarquia emitiu comunicado de decisão informando que o requerimento administrativo foi indeferido, eis que até 16/12/1998 foram comprovados apenas 16 anos, 03 meses e 19 dias, não se comprovando, também, o período de contribuição adicional equivalente a 40% do tempo que, em 16/12/1998, restava para a concessão do benefício. Apurou-se, desta feita, 30 anos, 05 meses e 14 dias, sendo necessários 35 anos (págs. 157/158). Ciente em 12/12/2014. Inconformado com o indeferimento do seu pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, o Recorrente apresentou suas razões de recurso às págs. 04/08, informando em apertada síntese - que não foi acrescido o período de tempo exercido em atividade especial de marítimo; que não houve enquadramento por exposição a produtos químicos. Na oportunidade o Recorrente apresentou o Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela empresa PERBRAS Empresa Brasileira de Perfurações LTDA., no qual consta que laborou como mestre de cabotagem no período de 10/12/2013 a 28/11/2014, cadastrado sob o código GFIP 04, exposto a ruídos de 85,7dB, a petróleo, graxas e óleos não identificados e não quantificados, e a microrganismos (pág. 12); O Ente Autárquico apresentou suas contrarrazões ao recurso (págs. 161/162) bradando que o requerente, na DER

(03/10/2014), tinha 53 anos de idade; que foram considerados todos os vínculos da CTPS e que estavam no CNIS, sem divergência ou marca de extemporaneidade, bem como o período de Auxílio Doença (31/538.459.269-8) e o Serviço Militar; que, nos termos do art. 110 da IN nº 45/2010, foram computados como tempo de contribuição o período embarcado, até 16/12/1998, conforme Caderneta de Marítimo; que os PPPs foram encaminhados ao SST para análise dos períodos compreendidos entre 05/12/2000 a 21/08/2013, trabalhados nas empresas: Petrobras Transporte S/A, Saveiros Camuyrano, Seabulk Offshore, Flumar Transp., Ensco do Brasil, Opmar Serviços e Transocean Brasil, não sendo enquadrados pelo perito médico, por considerar que os PPPs e/ou Laudos Técnicos e/ou documentos equivalentes analisados, não continham elementos para comprovação da efetiva exposição aos agente nocivos contemplados na legislação; que os recolhimentos feitos na inscrição 1.011.746.584-1 de 10/1991 a 06/2001, não foram considerados uma vez que foram feitos todos em atraso (06/05/2011), sem atividade cadastrada e com algumas contribuições menores que o mínimo. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 25/03/2015 para sessão nº 0099/2015, de 17/04/2015. Voto EMENTA: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. INDEFERIMENTO. RECURSO ORDINÁRIO. ACERTO DE VÍNCULOS REALIZADOS PELA APRESENTAÇÃO DE CTPS. ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL. ENQUADRAMENTO MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE PPP DE DEMAIS DOCUMENTOS. FALTA DE TEMPO PARA APOSENTADORIA INTEGRAL. CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL. ILEGALIDADE DO ATO RECORRIDO. BASE LEGAL ARTS. 55 A 70 DO DECRETO Nº 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO Recurso tempestivo nos termos do artigo 305, 1º do Decreto 3.048/99, ausente prejudicial para a análise do mérito. Primeiramente devemos destacar que o período de 27/08/1991 a 13/09/1991 (NAV Engenharia) foi lançado em resumo de documentos, mas não foi computado no cálculo apesar de constar da CTPS do Recorrente em pág. 29. Vemos, ainda, que o vínculo firmado com a empresa Thermotrafo Comércio Indústria e Serviço LTDA. no período de 06/01/1992 a 30/06/1992, constante da CTPS do Recorrente às págs. 38, sequer foi arrolado ao resumo de documentos. Assim sendo, uma vez que os períodos acima descritos foram comprovados com a apresentação das CTPS, devem ser computados no cálculo de tempo de contribuição. Destaca-se que a Autarquia procedeu de maneira acertada ao não computar os recolhimentos extemporâneos procedidos pelo Recorrente, eis que foram feitos no número do PIS, sem inscrição prévia e sem prova da atividade remunerada que o filie obrigatoriamente ao RGPS. Superada a questão relativa ao acerto de vínculos, deve-se frisar que, quanto à inexistência de formulários para períodos de conversão, tem-se que o Superior Tribunal de Justiça STJ já consolidou o entendimento de que: A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor à época da prestação do serviço. (STJ, Resp. 421.062-RS, rel. Min. Arnaldo Esteves, DJ 07/11/2005). Logo, tratando-se de conversão de tempo de serviço, deve ser aplicada a norma legal vigente no momento em que a prestação do labor se deu (artigo 70, 1º do Decreto nº 3.048/99). No que tange ao enquadramento da atividade como sujeita a condições especiais, tem-se que as disposições da Lei nº 3.807/1960, com redação conferida pela Lei nº 5.890/1973, bem como a redação original dos artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/1991 não estabeleciam qualquer formalidade probatória especial para a contagem do tempo de serviço exercido em condições especiais. A Lei nº 9.032/1995 também não estabeleceu qualquer requisito probatório especial para que se pudesse proceder a referida conversão, apenas assentou a necessidade de comprovação da efetiva exposição, porém não firmando qualquer especial forma para esta finalidade.

Apenas com a edição da Medida Provisória nº 1.523, de 11/10/1996, ao final convertida na Lei nº 9.528, de 10/12/1997, é que restou estabelecida a necessidade de comprovação do tempo de atividade em condições especiais, mediante a apresentação de formulário embasado em laudo técnico. Portanto, principalmente em relação aos enquadramentos por categoria profissional até o advento da Lei nº 9.032, de 28/04/95, não há necessidade de se exigir apresentação de formulários para prova da atividade exercida, tendo em conta, inclusive, a presunção absoluta de nocividade atribuída pelo legislador àquelas categorias previstas nos anexos dos Decretos, podendo o segurado provar o que alega por outros meios hábeis, entre eles o registro em CTPS. Tal entendimento vem também exarado, embora com mais alcance, no Enunciado nº 32 do CRPS. Corroborando o que resta mencionado acima, da mesma forma dispunham os próprios Decretos que contêm os anexos, como o Decreto nº 53.831/64, o Decreto nº 48.959-A, o Decreto nº 60.501/67 e o Decreto nº 83.080/79, que vigoraram a época do exercício das atividades pelo recorrente. No caso concreto, as cópias de carteira profissional, bem como as Classificações Brasileiras de Ocupação - CBO lançadas pela METALNAVE na época do registro do vínculo, combinadas com o ramo de atividade da mesma, indicam que o Recorrente exerceu a atividade de marinheiro de convés, a qual conta com expressa previsão de enquadramento. Ora, se o Recorrente exerceu atividade expressamente prevista nos anexos dos Decretos deve ter o respectivo tempo convertido de forma especial. Este entendimento já foi perfilhado pelos Tribunais, inclusive pelo STJ, órgão de verificação da observância das leis federais. Logo, vislumbra-se a possibilidade de enquadramento administrativo do período laborado para a empresa METALNAVE S/A Comércio e Indústria de 11/11/1992 a 11/04/1995 sob o código 2.4.2 do Anexo III do Decreto nº 53.831/64, eis que o Recorrente exerceu a função de marinheiro de convés. Em seguida, analisam-se os PPP s e documentos de informação apresentados pelo Recorrente visando o enquadramento por exposição a agente nocivos. Com relação ao vínculo firmado com a empresa TRANSPETRO S/A no período de 07/12/2000 a 29/06/2001 podemos verificar que há exposição a ruídos de 80,20dB, todavia, nos termos do código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 2.172/97 a legislação permitia a exposição a ruídos até o limite de 90dB; portanto, não podemos proceder ao enquadramento. Com relação aos vínculos empregatícios com as empresas Saveiros Camuyrano e SEABULK nos períodos respectivos de 01/07/2003 a 10/08/2004 e 27/09/2004 a 18/04/2007, não há que se falar em enquadramento, no primeiro por não haver a especificação das graxas, tintas e solventes a que o Recorrente esteve exposto e em quais proporções, e, no segundo, por que o próprio PPP informa que não houve exposição a agentes nocivos no período. Verifica-se que nos vínculos firmados com as empresas FLUMAR (30/08/2001 a 03/10/2002) e ENSCO (01/02/2010 a 30/06/2011 e 01/07/2011 a 08/09/2011) o Recorrente esteve exposto a ruídos respectivamente de 106,7dB, 97,8dB e 91,6dB, todos acima de 90dB e 85dB, que são os limites de tolerância estipulados pelo código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 2.172/97 e pelo código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99, cabendo entao o enquadramento. Em contrário senso, os períodos laborados para a empresa OPMAR de 19/04/2007 a 31/12/2007 e 01/01/2008 a 19/01/2010 em que o Recorrente esteve exposto a ruídos respectivamente de 74dB e 79dB não há enquadramento, pois o código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99 fixou o limite de tolerância em 85dB. Com relação ao período laborado para a empresa TRANSOCEAN (03/10/2011 a 18/06/2013), vemos que há a possibilidade de enquadramento à luz do código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99, eis que houve exposição a ruídos de 96,3dB; como também por exposição a benzeno, nos termos do código 1.0.3 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99. Por fim, vemos que também há possibilidade de enquadramento do período laborado para a PERBRAS (10/12/2013 a 03/10/2014 - DER) por exposição a ruídos de 85,7dB, aos auspícios do código 2.0.1 do Anexo IV do Decreto nº 3.048/99.

Por todo o exposto, salienta-se que foi enquadrado por categoria profissional o período de 11/11/1992 a 11/04/1995 (METALNAVE S/A), bem como foram enquadrados por exposição a agentes nocivos os períodos de 30/08/2001 a 03/10/2002 (FLUMAR Transportes de Químicos e Gases LTDA.), 01/02/2010 a 08/09/2011 (ENSCO), 03/10/2011 a 18/06/2013 (TRANSOCEAN) e 10/12/2013 a 03/10/2014 (PERBRAS). Todavia, o Recorrente continua não possuindo o tempo mínimo de 35 anos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição em sua forma integral, porém há que se conceder o benefício em sua forma proporcional, caso o Recorrente assim deseje expressamente nos autos. Logo, deve-se modificar a decisão inicial. CONCLUSÃO: Pelo exposto, VOTO no sentido de, preliminarmente, CONHECER DO RECURSO interposto por Paulo Roberto Machado, para, no mérito, DAR-LHE PROVIMENTO. GABRIEL TINOCO PALATNIC Relator(a) Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). LUIZ CARLOS MARINHO MUNIZ Conselheiro(a) Suplente Representante das Empresas Declaração de Voto Presidente concorda com voto do relator(a). QUEZIA CONTAGE TEIXEIRA Presidente Substituto Decisório Nº Acórdão: 2137 / 2015 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 11ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participou, ainda, do presente julgamento, o(a) Conselheiro(a) LUIZ CARLOS MARINHO MUNIZ. GABRIEL TINOCO PALATNIC Relator(a) QUEZIA CONTAGE TEIXEIRA Presidente Substituto