ASPECTOS METODOLÓGICOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA MUSCULAÇÃO. PROFESSOR Ms PRODAMY DA SILVA PACHECO NETO



Documentos relacionados
Prof. Ms. Sandro de Souza

Prescrição de Treinamento de Força. Prof. Ms. Paulo Costa Amaral

A verdadeira educação é aprender como pensar, e não o que pensar. (J. Krishnamurti)

MUSCULAÇÃO: ESTRUTURAÇÃO DO TREINO DE FORÇA

Os 20 MELHORES EXERCÍCIOS DE AGACHAMENTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

Por que devemos avaliar a força muscular?

CURSO - TREINAMENTO FUNCIONAL PARA SURFISTAS

TREINAMENTO FUNCIONAL

Disciplina: Avaliação da Adaptação Muscular ao Treinamento de Força: Métodos Indiretos

- REMADA EM MAQUINA CONVERGENTE PEGADA FECHADA: 8 a 10 repetições (3x) - PUXADOR ALTO COM PEGADOR TRIANGULO: 8 a 10 repetições (3x)

EMAD - 1. Dia 1 Data / / / / / / / Método de circuíto Set 1 1 x Set 2 2 x Set 3 3 x Set 4 Set 5 Observação

Musculação - Métodos e Sistemas de Treinamento

Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO DE FORÇA NO ENVELHECIMENTO PROF. RENNE MAZZA

Certificação DoFit em treinamento Funcional

FORTALECIMENTO MUSCULAR. Ft. Marina Medeiros

Fases de uma Periodização 23/8/2010. Processo de Recuperação Fosfagênio Sist. ATP-CP. 1 Macrociclo = 6 meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.

Prof. Me Alexandre Rocha

Treinamento e Reabilitação Funcional Turma Curitiba - PR 19 a 21 de Outubro de 2018

MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES. Charles Pereira Ribeiro RESUMO

Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000)

TREINO DE GUARDA-REDES, PREPARAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA DE TREINO

DP de Estudos Disciplinares Treinamento Personalizado e Musculação

MONTAGEM DE PROGRAMAS E PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO DE FORÇA

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

EDITAL Nº 02/2019. Abre inscrições para seleção de professores-autores para a elaboração de materiais didáticos do curso de pósgraduação

Cinesiologia. PARTE II Força Torque e Alavancas

Treinamento Personalizado e Musculação.

1º Semestre. 23 Setembro 18h Sessão de abertura do curso Salão Nobre (SN) 24 Setembro 9-13h Função Neuromuscular Teórica (T) 1 SN

FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA JOSÉ EDUARDO POMPEU

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, NUTRIÇÃO E TREINAMENTO PERSONALIZADO

EXERCÍCIO PARA IDOSOS

DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES FÍSICAS A FLEXIBILIDADE

Programas de Treinamento com Pesos

Aspectos Gerais do Treinamento Aeróbio: Planificação, Periodização e Capacidades Biomotoras

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito

TÍTULO: NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICAS DE PRATICANTES DE DOIS MODELOS DE TREINAMENTO RESISTIDOS.

O que você precisa saber antes de treinar seu novo cliente. P r o f ª M s. A n a C a r i n a N a l d i n o C a s s o u

AVALIAÇÃO POSTURAL O QUE É UMA AVALIAÇÃO POSTURAL? 16/09/2014

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL

SERVICO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TREINO FUNCIONAL: FT COACH II CORE PERFORMANCE (JUN 2017) - PORTO

FISICULTURISMO CINESIOLOGIA - EXERCÍCIOS - LESÕES

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016

Ricardo Yabumoto Curitiba, 26 de Marco de 2007

Plano de Estudos. Escola: Escola de Ciências e Tecnologia Grau: Mestrado Curso: Exercício e Saúde (cód. 398)

DICAS E SUGESTÕES PARA O SEU TREINO DE BRAÇO

1ª Avaliação Seminários I e II SN. Nutrição, Suplementação e Hidratação T1. Desenvolvimento das Qualidades Físicas T2

Ergonomia. Prof. Izonel Fajardo

SEMANA DA SAÚDE FASAR PROF.: RICARDO LUIZ PACE JUNIOR

AVALIAÇÃO POSTURAL E FUNCIONAL NO PILATES. Denise Moura

Prof. Esp. Ricardo de Barros

ESTRUTURAS PARA MONTAGEM DO TREINAMENTO DE FORÇA

Força e Resistência Muscular

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA ENVELHECIMENTO

15/03/2018. Tipos de contração muscular. Estática e Dinâmica

MÚSCULO ESQUELÉTICO INSTITUTO DE FISIOLOGIA. Francisco Sampaio

GINÁSTICA LOCALIZADA

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS

Denominação dos músculos

Treinamento de força, potência e velocidade muscular no esporte

Biomecânica aplicada ao esporte. Biomecânica aplicada ao esporte SÍNDROME PATELOFEMORAL

Ciência do Treinamento de Força 2019

AF Aveiro Formação de Treinadores. Fisiologia do Exercício

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular TEORIA E PRÁTICA DO TREINO DESPORTIVO Ano Lectivo 2012/2013

Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício Universidade Federal de São Paulo

Progession Models in Resistance Training for Healthy Adults ACSM, Lucimére Bohn

CIRCUITO FUNCIONAL CONTOURS

Prof. Me Alexandre Rocha

PHYSIOTHERAPY EXERCISE (NOV 2017) - PORTO

KINETIC CONTROL - THE MOVEMENT SOLUTION

Cinesiologia aplicada a EF e Esporte. Prof. Dr. Matheus Gomes

MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS. Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular TEORIA E PRÁTICA DO TREINO DESPORTIVO Ano Lectivo 2014/2015

TREINAMENTO DESPORTIVO TREINAMENTO NEUROMUSCULAR

Formação treinadores AFA

Metodologia do Treino

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO SISTÊMICA

Práticas e programas de musculação para a população acima de sessenta anos

MUSCULAÇÃO E PERSONAL TRAINER

MUSCULAÇÃO. Estética Recreativa Terapêuticas Competitivas Preparação física Saúde e qualidade de vida. Tipos de trabalho muscular:

AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR FORÇA MUSCULAR 13/06/2017. Disciplina Medidas e Avaliação da Atividade Motora 2017 AGILIDADE POTÊNCIA MUSCULAR

Definição. Conceitos Básicos de Cinesioterapia. Primeiros Registros. Primeiros Registros. Primeiros Registros. Primeiros Registros 27/2/2012

Especialização em Condicionamento Físico Personalizado

Por que devemos avaliar a força muscular?

FORZZA. Equipamentos Fitness

RESPOSTAS PRESSÓRICAS APÓS A REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS DE FORÇA PARA BRAÇO E PERNA EM JOVENS NORMOTENSOS

TRATAMENTO (DEZ 2017) - LISBOA

Igor Melo Santos Batista

TREINAMENTO FUNCIONAL E REABILITAÇÃO NEUROMUSCULAR

BOLA SUIÇA. História. Benefícios. Benefícios. Benefícios. Benefícios. Benefícios. Benefícios. 5.Treinar várias capacidades

5.8 Estrutura Curricular

Certificação DoFit em treinamento Funcional

Mecânica Articular 15/8/2011. Agradecimentos. Objetivos. Dinâmica da disciplina. Anatomia Complexo do ombro. Observação MEMBROS SUPERIORES 06/08/2011

Bola Suíça. Ao verem as bolas sendo usadas na Suíça, terapeutas norte americanos deram a ela o nome de bola Suíça.

Transcrição:

ASPECTOS METODOLÓGICOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA MUSCULAÇÃO PROFESSOR Ms PRODAMY DA SILVA PACHECO NETO

PROFESSOR Ms PRODAMY DA SILVA PACHECO NETO Mestre em saúde coletiva Especialista em Fisiologia do Exercício Especialista em Nutrição e Exercício Graduado em Educação Física Graduando em Fisioterapia Certificação internacional em avaliação funcional do movimento (FMS) Certificação em avaliação avançada do movimento Certificação em core trainning Certificação em Kettlebell training Certificação em levantamento de peso olímpico (LPO) Docente da graduação e pós-graduação do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará Consultor e personal trainner em preparação e performance física

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 05 e 06/09 Evolução e anatomia funcional do movimento humano: Avaliação do movimento humano para o treinamento resistido: Prescrição de exercícios fundamentação em forma x função: Periodização de treinamento ondulatória x linear: Influência da ordem dos exercícios no desenvolvimento de força:

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA A evolução do movimento humano perpetua as relações cinético-funcionais. Moser et al, 2010

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA Como éramos... E, como somos!!

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA O que houve na mudança da posição quadrupede para a posição bípede?? Posicionamento da cabeça, escápula e ombros. Proteção de órgãos vitais (gradil costal). Posicionamento lombo-pélvico (influência dos glúteos). Mudança na distribuição do peso (centro de gravidade). Bienfait, 2000; Varise, 2009

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA qquadris largos X Vestígios caudais; qreposicionamento dos glúteos e aquisição funcional; qestreitamento da base de apoio (mudanças morfológicas nos pés);

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA qmudança no posicionamento do CG: compressão X tensão; qbase de apoio: mudanças morfológicas estruturais e musculares;

BIOMECÂNICA EVOLUTIVA

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

QUAIS SÃO OS PADRÕES FUNCIONAIS DE MOVIMENTO?? MOBILIDADE ESTABILIDADE MOVIMENTO

ANÁLISE DO MOVIMENTO Necessário analisar os segmentos articulares e os grupos musculares envolvidos num determinado movimento; Movimento eficiente = desempenhar melhor maneira possível sua FUNÇÃO ; Necessário entender qual o músculo é o movimentador primário (agonista), qual músculo auxilia o movimentador primário (sinergista) e qual músculo desempenha o movimento oposto (antagonista);

COMO AVALIAMOS O MOVIMENTO???

AVALIANDO... A aplicação dos testes segue uma lógica de movimento e controle motor, que envolve: Testes de mobilidade Testes de estabilidade Integração corporal para o movimento O todo sempre será maior que a soma das partes. Boyle, 2003.

PREPARANDO PARA O MOVIMENTO FUNCIONAL

TESTES DE IDENTIFICAÇÃO DO DESEQUILÍBRIO MUSCULAR TESTES ORTOPÉDICOS: Teste do sinal da nádega Teste de Thomas Teste de Ober Teste de retração do piriforme Teste de retração dos adutores Teste funcional de MMSS

TESTE DE SINAL DA NÁDEGA

TESTE DE THOMAS

TESTE DE OBER

TESTE DE RETRAÇÃO DO PIRIFORME

TESTE DE RETRAÇÃO DE ADUTORES

TESTE FUNCIONAL DE MMSS

TESTES PADRÕES FUNCIONAIS STEP DOWN; DROP JUMP; PELVIC ELEVATION; DISCINESE ESCAPULAR;

STEP DOWN

DROP JUMP

PELVIC ELEVATION

DISCINESE ESCAPULAR

FORMA X FUNÇÃO

Benefícios Previne o aparecimento da Dor lombar força resistência e flexibilidade Massa Óssea Compensa perda mineral óssea (Osteoporose) Pressão Arterial em Hipertensos Treinamento de Força Proteínas contráteis **Sarcopenia mortalidade Níveis de gordura corporal

QUAIS OS CUIDADOS DEVEMOS TER AO PRESCEVER?? sobrecarga Fadiga Lesão Cuidados principais Falha técnica Compensaçõ es

ORGANIZAÇÃO NEUROMOTORA SOMAÇÃO TEMPORAL SOMAÇÃO ESPACIAL Ativação e resistência muscular CCA Força e potência muscular CCF

SEGMENTAÇÃO DO TREINAMENTO q Clássica: por grupo muscular / ordem dos exercícios Visão simplista q Moderna: por padrão de movimento / integração de exercícios Visão completa

VARIÁVEIS AGUDAS METODOLÓGICAS NA PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Prescrição de exercícios Força, tamanho ou potência?

TIPOS DE FORÇA Força Máxima : - < 6 RM - > 2 min. - 4 a 10 séries para grupamentos grandes - 1 a 3 séries para grupamentos pequenos Força para Hipertrofia: - 6 a 12 RM - 1, 5 min. - 3 a 6 séries para ambos grupamentos

TIPOS DE FORÇA Força de Resistência - 12 a 20 RM - 1 a 3 min. - 3 a 6 séries Potência Muscular - 10 RM - 1 a 2 min. - 4 a 10 séries para grupamentos grandes -3 a 6 séries para grupamentos pequenos

APLICAÇÃO DAS VARIÁVEIS METODOLÓGICAS Ordem de execução Intervalo N o de reps N o de séries Cargas. Velocidade de execução

Periodização do treinamento

PERIODIZAÇÃO Todas as variáveis metodológicas podem ser manipuladas na periodização. Modelo tradicional ou linear versus ondulatório. Qual a realidade das academias? Utilização no treinamento personalizado.

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO LINEAR

EXEMPLO DE MODELO ONDULATÓRIO

A ORDEM DOS EXERCÍCIOS É REALMENTE IMPORTANTE?

Ordem dos Exercícios Na sessão: iniciar com exercícios para grandes sinergia muscular evitar fadiga precoce. Formas de montagem do programa de treinamento: Alternada por Segmento; Localizada por articulação (agonista/antagonista e completa); Associada à articulação adjacente (pré-exaustão) Direcionada por grupo muscular; Mista;

18 indivíduos (14 homens; 4 mulheres ) c/ 6 meses de treino 2 sessões de 5 exercícios ( 3x10 RM separados por 48h) A) supino c/ halter; pulley costas; des. máquina; rosca direta e tríceps na máquina B) seqüência inversa

OBRIGADO!!!