Variáveis Aleatórias Contínuas



Documentos relacionados
Tipos de variáveis aleatórias

Tiago Viana Flor de Santana

PE-MEEC 1S 09/ Capítulo 4 - Variáveis aleatórias e. 4.1 Variáveis. densidade de probabilidade 4.2 Valor esperado,

Variáveis Aleatórias Contínuas

Tiago Viana Flor de Santana

DISTRIBUIÇÃO NORMAL 1

Tipos de Modelos. Exemplos. Modelo determinístico. Exemplos. Modelo probabilístico. Causas Efeito. Determinístico. Sistema Real.

Variáveis Aleatórias Contínuas e Distribuição de Probabilidad

Variável Aleatória Contínua. Tiago Viana Flor de Santana

Distribuições de Probabilidade Distribuição Normal

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014

Variáveis aleatórias contínuas e distribuiçao Normal. Henrique Dantas Neder

Cálculo das Probabilidades e Estatística I

Variáveis Aleatórias. Esperança e Variância. Prof. Luiz Medeiros Departamento de Estatística - UFPB

Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática. Reconhecimento de Padrões. Revisão de Probabilidade e Estatística

Variáveis Aleatórias. Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Vetores Aleatórios, correlação e conjuntas

Métodos Estatísticos II 1 o. Semestre de 2010 ExercíciosProgramados1e2 VersãoparaoTutor Profa. Ana Maria Farias (UFF)

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES de variável discreta BERNOULLI E BINOMIAL

Variável aleatória. O resultado de um experimento aleatório é designado variável aleatória (X)

Momentos de uma variável aleatória

Métodos de Monte Carlo

Aula 11 Esperança e variância de variáveis aleatórias discretas

Variáveis Aleatórias Discretas e Distribuições de Probabilidade

Prof. M. Sc. Jarbas Thaunahy Santos de Almeida 1

Processos Estocásticos

Terminologias Sinais Largura de Banda de Dados Digitais. Sinais e Espectro

Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Engenharia e Gestão Industrial

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE

Introdução à análise de dados discretos

Par de Variáveis Aleatórias

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Bioestatística. AULA 6 - Variáveis aleatórias. Isolde Previdelli

Momentos: Esperança e Variância. Introdução

Probabilidade. Distribuição Normal

Distribuição de probabilidades

Probabilidade Aula 08

Capítulo 2. Variáveis Aleatórias e Distribuições

Logo, para estar entre os 1% mais caros, o preço do carro deve ser IGUAL OU SUPERIOR A:

Confiabilidade em Sistemas Eletrônicos

Teorema do Limite Central

Prof. Lorí Viali, Dr.

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Variáveis Aleatórias

Capítulo 3 Modelos Estatísticos

Estatística Básica. Variáveis Aleatórias Contínuas. Renato Dourado Maia. Instituto de Ciências Agrárias. Universidade Federal de Minas Gerais

Uma distribuição de probabilidade é um modelo matemático que relaciona um certo valor da variável em estudo com a sua probabilidade de ocorrência.

Estatística Aplicada

LCE Introdução à Bioestatística Florestal 3. Variáveis aleatórias

Cálculo II (Primitivas e Integral)

Distribuição Uniforme Discreta. Modelos de distribuições discretas. Distribuição de Bernoulli. Distribuição Uniforme Discreta

Variáveis Aleatórias. Probabilidade e Estatística. Prof. Dr. Narciso Gonçalves da Silva

Probabilidade, distribuição normal e uso de tabelas padronizadas

Descreve de uma forma adequada o

1. Cinco cartas são extraídas de um baralho comum (52 cartas, 13 de cada naipe) sem reposição. Defina a v.a. X = número de cartas vermelhas sorteadas.

Variáveis Aleatórias

Aula 6 - Variáveis aleatórias contínuas

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Variáveis Aleatórias

MB-210 Probabilidade e Estatística

2 Modelo Clássico de Cramér-Lundberg

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros

Estatística Descritiva e Exploratória

1 Noções de Probabilidade

Probabilidade, distribuição normal e uso de tabelas padronizadas. Prof. Marcos Vinicius Pó Métodos Quantitativos para Ciências Sociais

Somatórias e produtórias

Aula 2: Variáveis Aleatórias Discretas e Contínuas e suas Principais Distribuições.

Variáveis aleatórias contínuas

Distribuições de Probabilidade. Variáveis aleatórias contínuas

Estatística Aplicada II. } Revisão: Probabilidade } Propriedades da Média Amostral

ME-310 Probabilidade II Lista 0

UNIDADE II. José J. C. Hernández. April 9, 2017 DE - UFPE. José J. C. Hernández (DE - UFPE) Estatística I April 9, / 60

Distribuição Gaussiana. Modelo Probabilístico para Variáveis Contínuas

DA PARAÍBA. Variáveis Aleatórias. Departamento de Estatística Luiz Medeiros

BC0406 Introdução à Probabilidade e à Estatística Lista de Exercícios Suplementares 2 3 quadrimestre 2011

Bioestatística Aula 3

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Seja (X,Y) uma v.a. bidimensional contínua ou discreta. Define-se valor esperado condicionado de X para um dado Y igual a y da seguinte forma:

Aula 10 Variáveis aleatórias discretas

CAPÍTULO 4 Exercícios Resolvidos

5.7 Amostragem e alguns teoremas sobre limites

Exercícios resolvidos sobre Função de probabilidade e densidade de probabilidade

Variável Aleatória Contínua:

Tipos de Modelos. Exemplos. Causas. Efeito. Exemplos. Causas. Efeito. Modelo determinístico. Modelo probabilístico. Determinístico.

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes. Como devemos descrever um experimento aleatório?

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI) ENG. DE PRODUÇÃO PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA 2

COMENTÁRIO AFRM/RS 2012 ESTATÍSTICA Prof. Sérgio Altenfelder

4.1. ESPERANÇA x =, x=1

Tipos de Modelos. Exemplos. Efeito. Causas. Exemplos. Causas. Efeito. Modelo determinístico. Modelo probabilístico. Determinístico.

Tipos de Modelos. Determinístico. Sistema Real. Probabilístico. Prof. Lorí Viali, Dr. FAculdade de Matemática - Departamento de Estatística - PUCRS

Cálculo das Probabilidades I

Modelagem e Avaliação de Desempenho. Pós Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE Prof. Carlos Marcelo Pedroso 2017

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017

Processos Estocásticos. Luiz Affonso Guedes

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal

Distribuição de Erlang

SUMÁRIOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTINUAS

Histogramas. 12 de Fevereiro de 2015

Introdução aos Proc. Estocásticos - ENG 430

Sistemas Reparáveis - Processo de Contagem

3 3. Variáveis Aleatórias

Transcrição:

Variáveis aleatórias contínuas: vamos considerar agora uma lista de quantidades as quais não é possível associar uma tabela de probabilidades pontuais ou frequências tempo de duração de uma chamada telefônica tempo de vida de uma lâmpada altura das pessoas Para esse tipo de quantidades as quais não podemos associar frequências tais que a soma de todas elas seja igual a 1, surge o conceito de função de densidade de probabilidade (f.d.p.).

Definição: a função de densidade de probabilidade de uma v.a. X é uma função f que verifica: f (x) 0 x R f (x)dx = 1 (f é integrável) Toda v.a. X à qual seja possível associar uma f.d.p. será chamada de v.a. contínua.

A probabilidade de que uma v.a. X contínua pertença a um intervalo da reta (a,b], a < b é dada por: P(a < X b) = b a f (x)dx

Notação: se X v.a. contínua com função de densidade de probabilidade f, no lugar de f denotaremos f X À probabilidade de que uma v.a. X contínua pertença ao intervalo da reta (, x] daremos o nome de função de distribuição acumulada (f.d.a.), e a denotaremos por F X F X (x) = x f (u)du = P(X x)

Exemplo: X v.a. contínua com f.d.p.: x, 0 x < 1 f X (x) = 2 x, 1 x 2 0, caso contrário Pela definição de f.d.p.: f (x) 0 x R 2 f (x)dx = 1 xdx + 2 (2 x)dx = 1 0 0 1 Podemos também calcular P(0 < X 0.8) = 0.8 0 xdx = 0.32

Propriedade: toda v.a. X contínua (ou seja, que possui f X como f.d.p.) tem probabilidade pontual nula: P(X = x) = 0 Resumindo: F (x) = P(X x) caso discreto: F (x) = P(X x) = x i x P(X = x i) caso contínuo: F (x) = P(X x) = x f X (u)du

Definição: seja X uma v.a. contínua com densidade f X, dizemos que X possui esperança finita se: Nesse caso, definimos: x f X (x)dx < E(X ) = xf X (x)dx

Definição: seja X uma v.a. contínua com densidade f X, se a quantidade E( X k ) <, k 1, definimos por momento de ordem k da v.a. o valor E(X k ) caso discreto: E(X k ) = i=0 x k i P(X = x i ) caso contínuo: E(X k ) = x kf X (x)dx

Exercício: Para a função f X, calcular E(X 2 ) E(X 3 ) f X (x) = x, 0 x < 1 2 x, 1 x 2 0, caso contrário

Definição: seja X v.a. com valor esperado E(X ) <, definimos por variância, a quantidade: Var(X ) = E([X E(X ) 2 ]) E definimos como desvio padrão: σ(x ) = Var(X ) Note que assim como no caso discreto, ambas as quantidades oferecem medidas de dispersão da variável X em relação ao valor esperado E(X ).

Exemplo: f X (x) = x, 0 x < 1 2 x, 1 x 2 0, caso contrário E(X ) = Var(X ) = xf X (x)dx = 1 x 2 dx + 2 0 1 [x E(X )] 2 f X (x)dx = x(2 x)dx = 1 [x 1] 2 f X (x)dx = 1 6