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Transcrição:

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA Secretaria de Política Agrícola - SPA Versão disponível no site: www.agricultura.gov.br ANÁLISE DE CONJUNTURA ECONÔMICA DO SETOR AGRÍCOLA, DO MERCADO DE INSUMOS E DO CRÉDITO RURAL Departamento de Economia Agrícola - DEAGRI Coordenação Geral de Análises Econômicas - CGAE 1. ANÁLISE ECONÔMICA Cenário Econômico Internacional A economia mundial continua apresentando um cenário de crise, com sinais de agravamento na Europa, que permanece em recessão, notadamente em seus países periféricos, e de abrandamento nos Estados Unidos, prevalecendo, contudo, em ambos os casos, incertezas quanto à eficácia das políticas adotadas para o saneamento da economia e retomada do seu crescimento. E os países emergentes e os em desenvolvimento, que vinham mantendo sua trajetória de crescimento, com baixos níveis de inflação e desemprego, apresentam sinais de arrefecimento de seu ímpeto desenvolvimentista. O crescimento global em 2013 deverá ser de 3,1%, nível esse igual ao de 2012 e inferior às mais recentes projeções. Essa frustração de expectativas também é verdadeira no que se refere aos principais países desenvolvidos e aos emergentes. Segundo o FMI 1, as taxas de crescimento para 2013 e 2014 serão, respectivamente, 1,7% e 2,7% nos Estados Unidos, 0,1% e 1,2% na União Européia, 7,8% e 7,7% na China, e 5,0% e 5,4% nos países emergentes e nos em desenvolvimento. Em relação ao Brasil, essas estimativas do FMI em julho de 2013 foram de 2,5% em 2013 e de 3,2% em 2014. Entretanto, de acordo com o relatório de mercado Focus divulgado em 02/08/2013 pelo Banco Central, essas taxas deverão se situar, respectivamente, em 2,2% e 2,6%. O desempenho do comércio mundial tem sido historicamente superior ao da produção, mas a partir da crise econômica e financeira iniciada em 2007 houve redução nessa defasagem, sendo que as projeções de crescimento no volume desse comércio são de 3,6% em Ano 06. Volume 01. Setembro de 2013. 2013 e 5,3% em 2014, níveis esses inferiores ao período de pré-crise. Esse fato, notadamente em relação aos países emergentes, que apresentaram desaceleração em seus mercados e menores projeções de crescimento das exportações e importações, contribuiu para o mencionado arrefecimento econômico nos países desenvolvidos. Cenário Econômico Nacional Após longo período de resistência aos efeitos adversos da crise econômica e financeira internacional, o Brasil se ressente do agravamento do cenário externo, conforme refletido em seus indicadores macroeconômicos. Ainda assim, a economia brasileira permanece robusta e desfruta da confiança dos investidores nacionais e estrangeiros. O Brasil continua sendo um dos principais destinos para os investimentos externos diretos e conta com elevadas reservas internacionais da ordem de US$ 375 bilhões. E a recuperação da atividade econômica vem ocorrendo de forma gradual com a ampliação dos investimentos e da produção industrial e de bens de capital. Nesse sentido, o bom desempenho do agronegócio e das atividades agropecuárias em particular contribui de forma relevante, apresentando novos recordes de produção e exportação, ao mesmo tempo em que se observa declínio nos preços agrícolas em favor do controle da inflação. Não obstante os recentes aumentos nos índices de preço da economia, o controle da inflação, précondição para o crescimento sustentável, constitui compromisso do governo brasileiro e será mantido. A expectativa do Banco Central é de que a inflação acumulada em 12 meses siga uma trajetória de convergência para a meta no segundo semestre de 2013. O fortalecimento do dólar no mercado internacional contribuiu para que o real se desvalorizasse 1 FMI. World Economic Outlook, July 9, 2-13. 1

em 5,5% no acumulado até 17 de junho de 2013 2, cujo estímulo às exportações do agronegócio atenua os efeitos das reduções de preço havidas nesse setor, ainda que estes se mantenham em patamares mais elevados em relação ao observado no período anterior à crise econômica iniciada em 2007. Isto é particularmente verdadeiro para grãos e oleaginosas, cujas reduções de preço refletem as perspectivas de recuperação da produção nos Estados Unidos e demais países do hemisfério norte, que sofreram fortes adversidades climáticas. Assim, a previsão de crescimento da produção mundial de grãos no período 2013/14 é de 8%, liderado pela expansão de 10% no milho e 6% na soja. 3 Estas previsões, aliadas a preços ainda competitivos resultam em expectativas ainda maiores quanto às exportações de grãos, sobretudo para os principais países exportadores, com destaque para a soja e o milho. A agricultura brasileira teve excepcional desempenho na safra 2012/13, quando alcançou novo recorde superior a 186,1 milhões de toneladas, sendo que o PIB da agropecuária com ajuste sazonal cresceu 9,7% no primeiro trimestre de 2013, em relação ao trimestre anterior, conforme divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estes dados contrastam com os de igual período para a economia (1,9%) e para os setores industrial (- 0,3%) e de serviços (0,5%). Nos quatro primeiros meses de 2013 a expansão do agronegócio foi de 3,0%. O referido recorde havido na safra de grãos resultou do aumento de 22,7% na produção de soja e de 10% na de milho, baseados em ganhos de produtividade e expansão de área, principalmente de milho na 2ª safra, sendo a participação desses produtos da ordem de 87% ou 93% com a inclusão do arroz. Outro produto de relevância para a geração de divisas e abastecimento do mercado interno é o algodão, cujos preços se mantiveram deprimidos em 2012, com declínio na produção superior a 30%, mas a expectativa para a safra 2013/14 é de recuperação tal como se observa em relação ao seu preço. As exportações do agronegócio em 2012 tiveram crescimento aquém do esperado, pouco superior a 1,0%, contrariamente ao bom desempenho em anos anteriores, principalmente 2011, cujo aumento foi de 24,2%. Esse resultado insatisfatório, apesar do aumento de 8,6% no volume exportado, foi influenciado pelo comportamento dos preços dos principais produtos comercializados pelo Brasil, que reduziram, em média, 7,1%. Os produtos que foram mais afetados pela redução de preço foram carne 2 Alexandre Tombini. Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, 18 de Junho de, 2013. 3 International Grain Council. Grain Market Report, 1 August 2013. de frango (5,2%), o complexo sucroalcooleiro (10,4%) e o complexo do café (-26%). O preço do milho manteve-se praticamente inalterado e o crescimento de suas exportações foi determinado pelo aumento no volume embarcado, o mesmo ocorrendo no período de janeiro a agosto de 2013, quando houve acentuada queda de preço (-37,6%) 4. No primeiro semestre de 2013 houve recuperação das exportações do agronegócio (+10,7%), liderada pelo milho, pela soja e pelo açúcar, sendo de se destacar o aumento da participação da Ásia, notadamente China, como principal mercado de destino dessas exportações. E no acumulado de doze meses, de julho de 2012 a junho de 2013, as exportações do agronegócio cresceram 4,2%, ultrapassando R$ 100 bilhões, o equivalente a 42% do total das exportações brasileiras. Nesse mesmo período as importações do agronegócio atingiram R$ 16,7 bilhões, dos quais quase 50% se referem aos produtos florestais, hortícolas, leguminosas, cereais, farinhas e suas preparações, contribuindo para que a balança comercial do agronegócio atingisse o superávit recorde de R$ 83,3 bilhões. Perspectivas para a Agricultura As perspectivas para a agricultura na safra 2013/14 são ainda mais promissoras do que na safra anterior, em que pese a persistência de previsões de baixo crescimento da economia mundial. A demanda da Ásia, principal mercado para o agronegócio brasileiro, mantém-se elevada, o que conjugado com a competitividade de nossas exportações e a possível recuperação dos preços agrícolas contribuirá para alcançar a projeção de 190 milhões de toneladas de grãos nessa safra. Nesse sentido, há que se considerar também a pujança do mercado interno, cujos níveis de consumo são elevados e crescentes, bem como o fato do recém anunciado Plano Agrícola e Pecuário ter ampliado significativamente os níveis de apoio ao produtor rural em termos da disponibilidade de recursos de financiamento e melhoria das condições de acesso ao crédito. Além do aumento desses recursos, houve elevação nos limites de financiamento de custeio e de comercialização e reduções de taxa de juros para investimentos prioritários, além da criação de quatro novos programas de investimento destinados à renovação e expansão de canaviais, armazenagem e inovação tecnológica na agropecuária. O fato de o Governo ter, no segundo semestre de 2012 e início de 2013, autorizado os agentes financeiros a renegociarem dívidas de diversos 4 Cotação Rondonópolis (MT) 2

segmentos produtivos do setor agropecuário em diferentes regiões do país, afetadas por severas adversidades climáticas, contribuiu para que a safra de grãos da safra passada ultrapassasse as expectativas e atingisse 186,1 milhões de toneladas. Em igual sentido contribuirá para a continuidade do bom desempenho do setor. Dentre as prioridades da política agrícola para a safra 2013/14 se destacam os mencionados novos programas de investimento, que têm condições de financiamento particularmente favoráveis, e o fortalecimento do programa de seguro rural. Este programa disporá de recursos da ordem de R$ 700 milhões para a concessão da subvenção ao prêmio do seguro, correspondendo a um aumento de 75% em relação à safra anterior. Esse nível de apoio, aliado à obrigatoriedade de contratação de Proagro ou seguro rural nos financiamentos de custeio no âmbito do Pronamp, a ser estendida para todas as demais contratações desses financiamentos a partir de 1º de julho de 2014 (safra 2014/15), contribuirá para a estabilidade da renda do produtor rural, reduzindo a necessidade de novas renegociações de dívida face à ocorrência de perdas de produção por adversidades climáticas. Na safra 2012/13, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural abrangeu mais de 40 atividades agropecuárias diferentes nos segmentos de grãos, frutas, fibras, legumes, verduras, pecuária e florestas, e utilizou R$ 318,1 milhões na cobertura securitária de 5,2 milhões A conjugação das medidas de apoio ao produtor rural, consubstanciada na robustez do Plano Agrícola e Pecuário, com os estímulos de mercado e a recuperação da economia brasileira em 2014, constitui base sólida para que na atual safra a agricultura brasileira continue tendo bom desempenho. Crédito Rural As severas adversidades climáticas ocorridas na região Sul e que assolaram a região Nordeste em 2012 não impediram que a safra de grãos 2012/13 e o Valor Bruto da Produção fossem 12% superior à safra anterior, resultando na utilização de recursos para o financiamento rural acima do inicialmente programado. Para tanto, contribuíram as renegociações de dívidas de produtores rurais, além de outras medidas emergenciais de apoio, e os aumentos significativos da produção de milho e soja. Diante da dramaticidade dos efeitos da pior seca dos últimos 50 anos, ocorrida na região Nordeste do país, sobretudo no semiárido, o Governo, além das medidas emergenciais adotadas na safra passada, lançou, em julho de 2013, o Plano Safra Semiárido. Este contempla a disponibilidade de R$ 7,0 bilhões para o financiamento de ações estruturantes de convivência com a seca, em benefício dos pequenos e médios produtores. Tabela 01: Financiamento Rural Programação e Aplicação de Recursos Safras 2011/12 e 2012/13 2011/2012 2012/2013 R$ Milhões Compar.de Fonte de recursos Programação Aplicação Desemb. Programação Aplicação Desemb. aplicação ou programas jul/11 a jun/12 jul/11 a jun/12 relativo jul/12 a jun/13 jul/12 a jun/13 relativo Var.( %) (a) (b) (b)/(a) (c) (d) (d)/(c) (d)/(b) 1.Custeio e Comercialização 80.238,0 72.317,8 90,1 86.950,0 91.764,0 105,5 26,9 1.1 a Juros controlados 64.138,0 57.907,5 90,3 70.550,0 71.657,0 101,6 23,7 1.2 a Juros livres 16.100,0 14.410,2 89,5 16.400,0 20.107,0 122,6 39,5 2. Investimento 27.000,0 21.206,4 78,5 28.300,0 30.919,1 109,3 45,8 2.1 Programas do BNDES 14.500,0 11.179,5 77,1 16.000 16.712,2 104,5 49,5 2.2 Demais Fontes/Programas 10.000,0 10.026,9 100,3 7.900 12.996,3 164,5 29,6 2.3 Linhas Especiais a juros controlados 2.500,0 - - 4.400 1.210,5 27,5-4. AGRICULTURA EMPRESARIAL (1+2+3) 107.238,0 93.524,2 87,2 115.250,0 122.683,0 106,4 31,2 5. Agricultura Familiar (Pronaf) 16.000,0 12.847,9 80,3 18.000,0 17.029,4 94,6 32,5 6. AGRICULTURA TOTAL (4+5) 123.238,0 106.372,0 86,3 133.250,0 139.712,5 104,8 31,3 Fonte: RECOR/BACEN, BNDES, BB, BNB, BASA, BANCOOB e SICREDI. de hectares. Estima-se que essa área segurada possa atingir a expectativa de 11,5 milhões de ha na safra 2013/14, beneficiando 96 mil produtores rurais, graças às mencionadas medidas de estímulo à contratação de seguro rural, coadjuvadas pela adoção do Zoneamento Agrícola de Risco Climático associado ao crédito rural. Ao longo dos últimos anos, o volume de recursos aplicados no financiamento agropecuário tem sido persistente inferior ao disponibilizado pelo Governo, o que não ocorreu na safra 2012/13, quando as aplicações superaram as disponibilidades em 6%. Para tanto concorreu o fato das taxas de juros terem sido reduzidas cerca de 18,5% e os preços agrícolas terem 3

permanecido em níveis elevados durante o período de plantio das principais culturas, o que estimulou o aumento de 12% na produção de grãos, atingindo 186,1 milhões de toneladas. Em decorrência do aumento dos preços agrícolas, na safra passada foram adotadas medidas emergenciais de apoio creditício à suinocultura, avicultura, citricultura e bovinocultura de leite, bem como autorizada a renegociação de dívidas dos produtores afetados pela estiagem ocorrida na região Sul. Melhores condições de financiamento foram asseguradas também para os médios produtores, abrangendo maior disponibilidade de recursos, redução de taxa de juro e aumento no valor da renda bruta considerada para fins de enquadramento no Pronamp. A disponibilidade de recursos para o financiamento da safra 2012/13 foi de R$ 115,25 bilhões, sendo R$ 86,95 para custeio e comercialização, e R$ 28,3 bilhões para investimentos. Os programas de investimento que mais se beneficiaram desses recursos foram ABC, PSI Rural, Procap-Agro e Pronamp, sendo que para este o aumento de recursos foi de 90%, se situando em R$ 4,0 bilhões. A elevação nos limites de crédito de custeio e de investimento, e o aumento na demanda de crédito rural resultaram em acentuada elevação no volume total de recursos aplicados na safra passada para investimentos (+45,8%), sendo de se destacar o programa ABC (+ 97,5%). Para custeio e comercialização esse aumento foi de 26,9%, com forte concentração na fonte de recursos com juros livres. O Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2013/14 é particularmente mais robusto do que os planos anteriores, tendo por objetivo contribuir para o esforço de ajustamento da economia brasileira aos efeitos da crise econômica internacional e de controle do processo inflacionário. Assim, é assegurado ao produtor rural amplo apoio creditício, necessário à continuidade de suas atividades, com ganhos de produtividade, competitividade, emprego e renda. A disponibilidade de recursos para o financiamento da agricultura empresarial na atual safra aumentou significativamente em relação à safra anterior, atingindo R$ 136,0 bilhões (+18,1%), sendo R$ 97,6 bilhões para custeio e comercialização (+ 9,8%) e R$ 38,4 bilhões para investimento (+ 46%). Esse aumento de recursos para investimento reflete a estratégia de assegurar a ampliação da capacidade produtiva por meio de estímulo à capitalização do setor, especialmente nas áreas de infraestrutura de armazenagem, renovação e ampliação de canaviais, e inovação tecnológica nas atividades agropecuárias. Para tanto foram criados os mencionados novos programas, os quais, juntamente com os demais programas prioritários, contam com condições especiais de financiamento e adequada disponibilidade de recursos. Para a recuperação da capacidade instalada de armazenagem de grãos, cujo déficit atual corresponde a 40% da safra, foram criados os programas PSI Cerealistas e Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), sendo aquele direcionado exclusivamente para a armazenagem de grãos e este para todos os produtos, exceto etanol. Estes contam, respectivamente, com recursos de financiamento de R$ 1,0 bilhão e R$ 3,5 bilhões, aos quais se somam R$ 500 milhões disponíveis no âmbito da agricultura familiar (Pronaf), e outros R$ 500 milhões serão gastos na construção e reforma de armazéns públicos. Assim, os recursos para financiar a construção e ampliação de armazéns privados na safra 2013/14 somam R$ 5,0 bilhões, de um total de R$ 25,0 bilhões a serem disponibilizados para esse fim nos próximos cinco anos. Com o objetivo de intensificar os ganhos de produtividade agropecuária e atender às demandas por novos financiamentos relacionados ao elevado padrão produtivo e de gestão das atividades do setor, foi criado o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária Inovagro. A disponibilidade de recursos para este programa é de R$ 1,0 bilhão, tendo por objetivo apoiar o investimento necessário à incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais, baseadas nas que forem desenvolvidas pelo Inova Empresa-Agro e em tecnologias definidas pela Embrapa. O plantio de cana-de-açúcar foi objeto de maior incentivo por meio da criação de dois novos programas, denominados Programas de Renovação e Ampliação de Canaviais - ProRenova Rural e ProRenova Industrial, para os quais foram destinados, respectivamente, R$ 500 milhões e R$ 3,5 bilhões. Outro programa prioritário objeto de maior apoio é o Pronamp, voltado para o médio produtor. Além da disponibilidade de R$ 13,2 bilhões para seu financiamento, sendo R$ 8,0 bilhões para custeio e R$ 5,2 bilhões para investimentos, houve redução de taxa de juro, de 5,5% para 4,5%, e foi elevado o nível de renda, de R$ 800 mil para R$ 1,6 milhão, para fins de enquadramento no programa, não mais sendo aplicado o critério de rebates de renda. Em apoio às cooperativas de produção agropecuária, a taxa de juro para o financiamento de capital de giro, no âmbito do Procap-Agro, foi reduzida de 9% para 6,5%, sendo de R$ 2.550 milhões a disponibilidade de recursos para essa finalidade. 4

Tabela 02: Programação de Recursos de Investimento para o Financiamento da Agricultura (Em R$ milhões) Programa/Fontes Recursos Programados (R$ Milhões) Limite de Prazo Carência Taxa Crédito/ Máximo (anos) de Beneficiário (anos) Juros BNDES/Banco do Brasil 2012/2013 2013/2014 (R$ mil) (% a.a) ABC 3.400 4.500 1.000 (1) 15 6 5,0 Moderagro 950 550 800 (2) 10 3 5,5 Moderinfra 500 550 - - - - - Agricultura irrigada - 400 1.300 (3) 12 3 3,5 - Modernização e reforma de armazéns - 150 1.300 (3) 12 3 5,5 Prodecoop 2.000 350 100.000 12 3 5,5 Procap-Agro - Capital de Giro 2.400 2.550 50.000 2 6 meses 6,5 - Integralização de quotas partes 600 690 50.000 6 2 5,5 PCA (Progr. de Construção de Armazéns) - 3.500 não tem 15 3 3,5 Moderfrota 150 160-4 2 5,5 e 4,5% PSI Rural 6.000 6.000-10 3 3,5 PSI Cerealista (construção de armazéns) - 1.000 não tem 15 3 3,5 Pronamp 4.000 5.160 350 12 2 4,5 Inovagro - 1.000 1.000 10 3 3,5 ProRenova - Rural/Industrial (sucro-álcool.) 2.400 4.000 não tem 6 18 meses 5,5 SUBTOTAL 22.400 30.010 - - - - Fundos Constitucionais 2.900 2.876 - - - 3,5 Recursos Obrigatórios (MCR 6-2) 500 5.000 350 12 3 5,5 Outros 500 550 - - - - TOTAL 26.300 38.436 - - - - Font e e Elab.: SPA/Ma pa. Dat a: 10 de julho de 2013. (1 ) Lim ite para plantio comercial de florestas: R$ 3,0 m ilhões/beneficiário. (2 ) Lim ite para crédito coletivo: R$ 2,4 milhões. (3 ) Lim ite para crédito coletivo: R$ 4 milhões. Em acréscimo à maior disponibilidade de recursos de financiamento, houve avanço na introdução de novas melhorias nas condições de acesso ao crédito rural, não só em termos de redução de taxas de juros, conforme anteriormente mencionado, mas também em relação aos limites de financiamento. O limite de crédito de custeio por produtor foi elevado de R$ 800 mil para R$ 1,0 milhão, o que implica em igual aumento percentual no limite de crédito de comercialização, que é sempre o dobro do limite de custeio. Para o financiamento das despesas de custeio da avicultura exploradas em regime de parceria, o limite foi elevado para R$ 80 mil. Outras medidas que merecem destaque são: (i) inclusão silos bag entre os itens de despesa de custeio; (ii) melhoria nas condições de apoio creditício à produção e comercialização de sementes e de produtos hortifrutigranjeiros; (iii) redução do prêmio do Proagro (seguro à produção), de 3% para 1% e cobertura ou indenização de 100% do valor amparado em atividades irrigadas. 2. MERCADO DE INSUMOS Fertilizantes Segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA), a entrega de fertilizantes no Brasil atingiu novo recorde em 2012, atingindo 29.537 toneladas, nível este 4,3% superior ao observado no ano anterior. Essa expansão decorreu do aumento na área plantada em ambiente de elevação dos preços agrícolas. Em que pese ter havido arrefecimento na evolução dos preços dos grãos, principalmente trigo, soja e arroz, a entrega de fertilizantes no período de janeiro a junho de 2013 atingiram 12.150 mil de toneladas, correspondendo a um aumento de 3,6% em relação a igual período de 2012. Esse desempenho foi fortemente influenciado pelo acentuado aumento havido na produção de milho safrinha e pela antecipação das entregas para as culturas de verão. O aumento da demanda por fertilizantes para o plantio da safra de inverno, da segunda safra de milho 2012/13 e para a seguinte safra de grãos de verão resultou no crescimento das importações de adubo 5

intermediário no primeiro semestre de 2013. Nesse mesmo período, o crescimento das entregas de fertilizantes nitrogenados (N) foi de 7,1%, se situando em 1.470 mil toneladas, graças principalmente à maior demanda para o cultivo do milho safrinha nas regiões Centro-Oeste e Sul, e do trigo na região Sul. Os fertilizantes potássicos (K2O) tiveram menor crescimento em suas vendas (2,8%), atingindo 1.909 mil toneladas. Estas foram estimuladas pelo plantio de milho safrinha e pela antecipação das entregas para as culturas de verão. Em relação às entregas de fertilizantes fosfatados (P2O5), estas foram de 1.719 mil toneladas, praticamente o mesmo nível observado no período anterior, sendo que houve redução na demanda para cana-de-açúcar, compensada pelo movimento de antecipação para as culturas de soja e milho verão. Assim, tem-se que a maior parcela das entregas de fertilizantes ocorreu no Estado de Mato Grosso, seguido de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O abastecimento do mercado interno de fertilizantes no referido período de 2013 foi assegurado pela produção nacional de 4.627 mil toneladas e pela importação de 9.679 mil toneladas, cujo aumento em relação a igual período anterior foi de 23,0%. Considerando que o período de maior procura por fertilizantes ocorre no segundo semestre, principalmente entre os meses de agosto e novembro, as quantidades a serem entregues nesse período deverão superar as anteriormente mencionadas, permitindo alcançar a estimativa de 30.500 mil toneladas em de 2013, realizada pela ANDA. Os preços de formulações NPK e fertilizantes simples, praticados nas vendas ao consumidor final, seguiram tendência declinante em 2012, marcada pela ocorrência de picos de alta nos meses de abril e setembro. No primeiro semestre de 2013, os preços dos fertilizantes no mercado internacional apresentaram redução, conforme divulgado pelo Banco Mundial em relação ao cloreto de potássio (-7%), DAP (-5%) e super fosfato triplo (-6%). Gráfico 01: Preços de Formulações NPK e Fertilizantes Simples - Vendas ao Consumidor Final US$/t 620 610 600 590 580 570 560 550 540 530 579 587 572 612 590 575 560 565 585 571 563 Unidades 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 558 - Máquinas Agrícolas Em 2012, não obstante o crescimento da produção de máquinas agrícolas automotrizes tenha sido de 2,6%, atingindo 83.640 unidades, houve queda nas exportações (-7,8%), mas estas foram compensadas pela expansão das vendas no mercado interno (+6,2%), estimuladas principalmente pelo PSI Rural. Sob o amparo desse programa foram aplicados R$ 11.595,2 milhões no financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos novos, incluídos tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas. Esse valor superou em mais de 90% o volume de recursos inicialmente disponibilizados para essa finalidade. No primeiro semestre de 2013, o setor de máquinas agrícolas automotrizes apresentou desempenho significativamente superior ao de igual período do ano anterior no que se refere à produção (+17,5%) e às vendas no mercado interno (+28,0%), atingindo, respectivamente, 57.929 e 48.746 unidades. Entretanto, nesse mesmo período as exportações apresentaram redução ainda mais acentuada do que em 2012 (-15,1%). Gráfico 02: Máquinas agrícolas automotrizes Produção, vendas internas no atacado e exportações Fonte: ANFAVEA Mercado de Sementes O crescimento da produção brasileira de grãos, baseado em ganhos de produtividade, está relacionado com o aprimoramento das técnicas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, de defensivos agrícolas e de sementes de alto rendimento, entre elas as geneticamente modificadas, principalmente as de soja e de milho. A utilização desse tipo de semente na produção de soja tem crescido acentuadamente, sendo que em alguns jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 6 81.903 (*)Janeiro a Julho 83.647 57.481 65.314 69.494 48.740 18.373 16.883 PRODUÇÃO VENDAS INTERNAS EXPORTAÇÕES 2011 2012 2013(*) 8.486

Estados ocupa praticamente a totalidade das lavouras. 5 Segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), a produção de sementes na safra 2011/12 foi de 2.453 mil toneladas, 18% inferior ao observado na safra anterior. Essa redução ocorreu principalmente na soja e no trigo, secundados por aveia e algodão. Na safra 2012/13 a demanda efetiva de sementes foi de 1.727 mil toneladas, sendo que a demanda potencial se situou em 2.749 mil toneladas. Tabela 03: Área Plantada das Principais Culturas (Em 1.000 ha) Cultura 2011/12 2012/13 Variação % Milho 15.178,10 15.866,40 4,5% Soja 25.042,20 27.721,50 10,7% Arroz 2.426,70 2.390,30-1,5% produção nacional de citros, respondendo por aproximadamente 60% da quantidade consumida no país. Tabela 04: Faturamento do Mercado de Agroquímicos US$ milhões SEGMENTOS 2010 2011 2012 2013* HERBICIDAS 2.427 2.743 3.135 922 FUNGICIDAS 2.128 2.315 2.468 409 INSETICIDAS 2.364 2.944 3.606 954 ACARICIDAS 91 110 101 25 OUTROS 291 374 398 97 TOTAL 7.303 8.487 9.710 2.407 FONTE: SINDAG *Janeiro a Maio Feijão 3.262,05 3.093,70-5,2% Algodão 1.393,40 894,10-35,8% Total 47.302,45 49.966,00 5,6% Fonte: CONAB - Levantamento: Agosto/2013 Defensivos agrícolas Em 2012, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (SINDAG), as vendas de defensivos agrícolas foi 12,7% superior ao ano anterior, atingindo 823.226 toneladas, o equivalente a US$ 9,71 bilhões, sendo que esse crescimento foi mais acentuado no caso dos inseticidas (27,4%) e dos herbicidas (16,9%). Os inseticidas responderam pela maior parcela do valor das vendas de defensivos em 2012 (37,3%,) o equivalente a US$ 3,63 bilhões, e foram destinados principalmente para a soja, respondendo por 50% do valor vendido, seguido das culturas de algodão, cana-deaçúcar, café, milho e citros, que em conjunto responderam por 30%. Nesse mesmo ano as vendas de herbicidas se situaram em US$ 3,14 bilhões, respondendo por 57,1% da quantidade vendida do setor de defensivos, destinados principalmente para soja, cana-de-açúcar, milho e algodão. No que se refere aos fungicidas, o valor comercializado foi de US$ 2,45 bilhões, o correspondente a 96.993 toneladas, sendo que seu principal destino, em valor, foi para soja (50%), seguido de café, feijão, milho, algodão, batata inglesa e culturas de inverno. As vendas de acaricidas têm como principal mercado o Estado de São Paulo, onde se concentra a 5 Seed News Jul/Ago/2013 7 EQUIPE TÉCNICA Antonio Luiz Machado de Moraes, João Cláudio S. Souza, Lincoln Campos, Maria Luíza R. Dantas, Marina Nunes e Miriam Custódio.