CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DO ESTADO



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Transcrição:

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DO ESTADO Centro Universitário de Goiás Uni -Anhanguera Projeto Pesquisa Thais Tormin da Veiga Júnior INTRODUÇÃO O Estado, instituição administrativa e política da nação, precisa captar recursos para manter sua estrutura e disponibilizar ao cidadão-contribuinte os serviços essencialmente estatais. A principal maneira que o Estado possui para gerar receitas reside na cobrança de tributos. A definição do que vem a ser um tributo encontra-se no art. 3º do CTN, e é desta definição que destacamos as três principais características do instituto analisado: "compulsoriedade, legalidade e a atividade administrativa plenamente vinculada". Por ser uma matéria de suma importância e relevância jurídica limitaremo-nos a discutir de forma sucinta a origem do tributo no Brasil, a natureza jurídica da relação tributária e a teoria da imposição tributária, finalizando com a analise de alguns princípios que concretizam e lastreiam as limitações ao poder de tributar. I HISTÓRICO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO O sistema tributário do Brasil toma forma somente no período pós-império. Durante os anos em que o Brasil era uma mera colônia portuguesa esteve sujeito ao regime político e administrativo da Metrópole, sistema este que excluía o sistema tributário na esfera colonial.

2 Neste período o Brasil desenvolveu como escopo da atividade econômica o extrativismo, e como forma de assegurar seu monopólio a Metrópole portuguesa restringia a instalação de fábricas no Brasil, resguardadas algumas exceções, como os engenhos que beneficiavam a cana-de-açúcar para produzir o açúcar. "É lógico, então, concluir que um país sem indústria e comércio não poderia desenvolver um sistema tributário. Os únicos impostos aqui arrecadados eram: os dízimos (20%) e os quintos (10%) sobre os resultados da atividade extrativa. No ano de 1808, a família real instala-se no Brasil, que passa então à categoria de Reino Unido. Neste momento, ocorre a abertura dos portos (importação e exportação) às nações amigas, e deste fenômeno surge a alfândega que cobrava as seguintes taxas: 15% (quinze por cento) nos produtos portugueses, 16% (dezesseis por cento) nos de origem inglesa e para os produtos dos demais paises este "tributo" elevava-se para 24% (vinte e quatro por cento). Com a independência o Brasil eleva-se a categoria de Império e divide-se em províncias. Estas não possuíam a menor autonomia política ou financeira, não tinha nenhuma forma de arrecadar receitas, estavam apenas presentes no orçamento do Império. Percebe-se, então, que todo e qualquer tributo era apenas de competência da Corte, pois, toda a atividade tributária do período nela estava centralizada. Em 1834 a reforma do Constituição Imperial de 1824 concedeu as Províncias autonomia política e administrativa. Surge, então, no Brasil o problema típico das Federações, o da discriminação de rendas, onde se buscava definir as fontes de receita próprias de cada unidade política na nova divisão da nação: Governo Central, Províncias e Municípios. Foi a Lei nº 99 de 1835 que regulamentou as competências tributárias de cada unidade política. O Governo Central possuía tributos privativos de sua competência, as Províncias era dada permissão para criar qualquer tributo e ainda eram as encarregadas de definir os tributos Municipais. A proclamação da República em 1889 transformou as Províncias em Estados, mas a Constituição Federal de 1891 não aprimorou o sistema tributário existente. Desta forma o sistema antigo continuava valendo e tinha os seguintes pontos falhos: "(a) permitia que tributos iguais fossem instituídos pela União, Estados e Municípios; e (b) deixava os tributos dos Municípios inteiramente a critério do arbítrio dos Estados".

3 No texto constitucional de 1934 estes "defeitos" foram corrigidos, pois, era a primeira Constituição Federal a definir a competência tributária municipal, além de inserir no ordenamento jurídico o conceito de tributo e como conseqüência disto possibilitou eliminar a duplicidade de impostos cobrados pelos Estados e pela União.(Observa-se aqui uma limitação ao poder de tributar). Em 1937 a nova Constituição Federal manteve os pilares do sistema tributário anteriormente vigente, implementando modificações apenas no campo das atribuições de competência tributária das entidades políticas. A partir daí nas demais Constituições, de 1946, 1967 e a atual de 1988, o legislador procurou manter a linha de raciocínio da Carta Magna de 1937, mudando apenas em alguns casos a atribuição de competências de algum ente político e restringindo cada vez mais o campo de atuação das entidades federativas através da fixação de princípios e direitos do contribuinte. II - LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR O artigo 150 da Constituição elenca algumas limitações ao poder de tributar, mas nem por isso o faz de maneira nítida e completa, existem também outros institutos nesta esfera como as imunidades que constituem limitações ao poder estatal de invadir a propriedade privada através da cobrança de tributos confiscatórios. As limitações ao poder de tributar constituem-se, portanto, em normas legitimadas pela Constituição Federal que não conferem competências positivas para tributar, mas em dispositivos que visam impedir as situações por elas descritas, ou seja, que sejam utilizadas pela força tributária do Estado 2.1 - Princípio da Legalidade Tributária O tributo é uma forma incontestável de limitação legal à liberdade e à propriedade privada, sendo campo de atuação restrito ao Poder Legislativo, criar, modificar ou extinguir a espécie tributária.

4 Desta feita estamos diante da principal característica do princípio da legalidade tributária, que reside na faculdade exclusiva do Estado de criar tributos e que esta só poderá ser exercida mediante lei. Este princípio tem aplicação prática conjunta com o princípio da anualidade, pois, é este princípio que legítima, por exemplo, a lei de diretrizes orçamentárias (LDO), e é através desta lei que o Estado define as alterações tributárias para o ano subseqüente. Constatamos, portanto, uma clara integração prática entre esses dois princípios. Atualmente se diz que o princípio da legalidade encontra-se em crise ou atenuado, pelo fato de se outorgar ao Poder Executivo atribuições para estabelecer alíquotas fiscais e suas penalidades. Isto não é verdade. A situação descrita constitui tão somente uma exceção ao princípio, posto que, a própria Constituição Federal nos incisos I, II, IV e V do artigo 153 legitima o Poder Executivo a exercer esta função. Esta suposta crise deve ser encarada apenas como um caso de delegação legislativa. 2.2 - Princípio da Anterioridade da Lei Tributária Popularmente, podemos considerar a lei tributária uma lex imperfecta, ou seja, para que um tributo se torne exigível, mister se faz a existência não só da lei mas também a autorização orçamentária. Por isto além de atender ao princípio da anterioridade o tributo dever atender também ao princípio da anualidade, mais uma vez deparamo-nos com este instituto de elevada relevância jurídica e abriremos um parêntese para mesmo que sucintamente explanar acerca dele. Atendendo ao princípio da anualidade tributária é necessária a existência de duas leis distintas, mas que se completam. Estas duas leis são: 2.2.1 - A lei tributária lei majoradora do tributo, confere ao tributo existência, legitimidade, definindo suas características, vigência e as condições de exigibilidade.

5 2.2.2 - A lei orçamentária é através desta que se fixará a despesa e se fará a previsão de receita para cada exercício financeiro. É nela que se autoriza a cobrança do tributo no ano a que se refere. Analisando as Constituições Federais brasileiras verifica-se que o princípio da anualidade sempre foi uma forma de resguardo constitucional e é através deste instituto que o princípio da anterioridade da lei tributária encontra sua afirmação prática. As exceções ao princípio da anterioridade da lei tributária estão dispostas de forma clara e objetiva na Constituição Federal, mais precisamente, no parágrafo primeiro do artigo 150. 2.2.3 - Princípio da Igualdade Jurídica Tributária O princípio da igualdade jurídica tributária é uma mera decorrência do instituto presente no inciso I do artigo 5º da Constituição Federal, instituto este que defende a igualdade de todo perante a lei nos seguintes termos categóricos: " homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". Este instituto aplicado ao Direito Tributário visa coibir privilégios em matéria tributária, ou seja, todos aqueles que estiverem em situações idênticas devem contribuir da mesma maneira. Daí decorre a existência das categorias contributivas decorrentes também do princípio da capacidade contributiva que será posteriormente analisado. No Dizer de Dino Jarach, "Igualdade Tributária quer dizer igualdade de condições segundo a capacidade contributiva". Fundamentado na igualdade perante a lei Aliomar Baleeiro diz, " não será possível à lei reservar tratamento fiscal diverso aos indivíduos que se acham nas mesmas condições". 2.2.4 - Princípio da Tributação Segundo a Capacidade Contributiva

6 Este princípio origina-se do ideal de justiça distributiva. Aqui o cidadãocontribuinte participa nas despesas da coletividade de acordo com a sua aptidão econômica, ou capacidade contributiva. Concretamente o princípio da capacidade contributiva sempre esteve ligado a problemas políticos (distribuição da carga tributária) e econômicos (caráter regressivo dos impostos, tributos pessoais e direitos) do Estado. Afirma Alfredo Augusto Becker que "o princípio da capacidade contributiva constitui uma regra de direito natural", sendo corolário do princípio da igualdade (anteriormente analisado). "Capacidade Contributiva é expressão equivalente à capacidade econômica, representando a aptidão da pessoa para participar das despesas públicas, isto é, para pagar tributos" 2.3 - Competência Tributária Feixe de atribuições que o sistema dá a um ente personificado. São poderes políticos, que advêm do princípio federativo. - Pelo principio da legalidade é a lei que introduz os preceitos jurídicos que criam direitos e deveres. À aptidão que as pessoas políticas possuem para expedir regras jurídicas que inovam o ordenamento positivo chamamos de competência legislativa. Se a produção de normas jurídicas for sobre tributos chama-se competência tributária - desenhar o perfil jurídico de um tributo ou os expedientes necessários à sua funcionalidade. Diferente éa capacidade tributária ativa - possibilidade de integrar a relação jurídica como sujeito ativo. A primeira situa-se no plano constitucional e é intransferível, enquanto a segunda não (é o princípio da indelegabilidade da competência tributária). - A norma ao dar competências está limitando essas competências porque não há competências ilimitadas. - A Constituição Federal não cria tributos, apenas outorga competência tributária (que é competência legislativa dos entes políticos, pois possuem legislativo autônomo e representativo) para criar "in abstrato" os tributos, já previstos na CF - obs.dji: Art. 145. (Criar é descrever todos os seus elementos). 2.3.1 - Características da competência tributaria

7 - Privatividade - exclusividade da pessoa política para a qual foi outorgada a competência. Para o prof. Paulo a privatividade é só da União, já que em algumas hipóteses ela poderá legislar sobre matérias de competência dos Estados e dos Municípios - Art. 154, I A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. - regra de fechamento; Art. 154, II - mais que uma exceção, confirma a regra em caso de normalidade. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Como uma mesma matéria não poderá ser objeto de tributação por duas pessoas políticas diferentes, no direito brasileiro não pode haver bi-tributação. O bis-in-idem é a incidência duas vezes sobre o mesmo fato, de duas pessoas políticas diferentes. Está previsto da Const. É a exceção legítima à bi-tributação. Ex. bis-in-idem: ICM e IVV; IR e AIRE; impostos extraordinários. No bis-in-idem tem que haver coincidência de todos os aspectos da H.I. (Alguns autores chamam a bi-tributação de superposição tributária, dada a confusão na doutrina, em torno da palavra bitributação). - indelegabilidade - incaducabilidade

8 - inalterabilidade - irrenunciabilidade - facultatividade Do entrelaçamento dos mandamentos constitucionais, que são postos de uma só vez, é que nasce o perfil jurídico da competência. 2.4 - Competência tributária da União Ela está prevista nos Arts.153 e 154 da CF. Os impostos que podem ser instituídos por ela são: Imposto de Importação O II (ou Imposto de Importação) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, I, da Constituição Federal). O fato gerador do Imposto de Importação ocorre quando da entrada de produtos estrangeiros no território nacional. O contribuinte do imposto é o importador, ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos, o contribuinte é o arrematador. A alíquota utilizada depende da lei que o instituir, e do produto que foi importado. A base de cálculo depende exclusivamente da alíquota a ser utilizada. A função do Imposto de Importação é puramente econômica. Imposto de Exportação O IE (ou Imposto de Exportação) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, II, da Constituição Federal). O fato gerador do Imposto de Importação ocorre quando da saída de produtos nacionais (ou nacionalizados) para o exterior.

9 O contribuinte do imposto é o exportador, ou quem a ele a lei equiparar.. A alíquota utilizada depende da lei que o instituir, e do produto que foi importado. A base de cálculo depende exclusivamente da alíquota a ser utilizada. A função do Imposto de Importação é puramente econômica. IR O IR (ou Imposto de Renda, ou Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, III, da Constituição Federal). O fato gerador do Imposto de Renda ocorre quando da aquisição da disponibilidade econômica (ou seja, recebimento) ou jurídica de renda (crédito). O contribuinte do imposto são as pessoas físicas e as pessoas jurídicas. A alíquota utilizada depende do contribuinte, e do valor de sua renda. Até um determinado valor de renda anual, o contribuinte é isento. A alíquota é estabelecida pelo governo federal, ano a ano. A alíquota de um determinado ano só pode ser definida até o dia 31 de dezembro do ano anterior. A base de cálculo é o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. A função do Imposto de Renda é fiscalizadora, mas oficialmente também serve na redistribuição das riquezas entre as camadas sociais. Na prática, isso só ocorreria se houvesse de fato um imposto de renda negativo, idéia que já foi aventada, mas nunca aprovada. IPI O IPI (ou Imposto sobre Produtos Industrializados) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, IV, da Constituição Federal). O fato gerador do IPI ocorre em um dos seguintes momentos: com o desembaraço aduaneiro do produto importado

10 com a saída do produto industrializado do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante ou do arrematador. leilão. com a arrematação do produto apreendido ou abandonado, quando este é levado a Os contribuintes do imposto podem ser o importador, o industrial, o comerciante ou o arrematador, ou a quem a lei os equiparar, a depender do caso. A alíquota utilizada variam conforme o produto. Determinado produto tanto pode ser isento, quanto ter alíquota de mais de 300% (caso de cigarros). As alíquotas estão dispostas na Tipi (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados). A base de cálculo depende da transação. No caso de venda em território nacional, a base de cálculo é o preço de venda. No caso de importação, a base de cálculo é o preço de venda da mercadoria, acrescido do Imposto de Importação e demais taxas exigidas (frete, seguro, etc). A principal função do IPI é fiscal, embora ele seja um imposto seletivo: em caso de produtos que o governo queira estimular, ele pode isentá-lo do IPI. No caso de produtos que o governo queira frear o consumo (caso do cigarro, bebidas e produtos de luxo, por exemplo), o governo pode colocar alíquotas proibitivas. Como as alíquotas de IPI são fixadas pelo Poder Executivo, ele também é utilizado ostensivamente pelo Governo Federal para fazer política econômica com montadoras de automóveis. ITR O ITR (ou Imposto Territorial Rural) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, VI, da Constituição Federal). O fato gerador do Imposto Territorial Rural ocorre quando há o domínio útil ou a posse do imóvel, localizado fora do perímetro urbano do município. Os contribuintes do imposto podem ser o proprietário do imóvel (tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. A alíquota utilizada varia com a área da propriedade e seu grau de atualização. A base de cálculo é o valor da terra sem qualquer tipo de benfeitoria ou beneficiamento (inclusive plantações): ou seja, é o valor da terra nua. A função do Imposto de Importação é extrafical. Funciona como instrumento auxiliar de disciplinamento do poder público sobre a propriedade rural. Na prática, já foi

11 frequentemente utilizado como política de confisco, no caso de fazendas que o governo quis tomar para impor reforma agrária. Na Década de 1990, o ITR foi bem utilizado como ignitor de política pública: o ITR passou a ser muito maior para propriedades não-produtivas. Essa medida ajudou a acabar com o "latifúndio improdutivo" (grandes propriedades que nada produziam, e serviam como reserva financeira ou para especulação). Os latifúndios improdutivos eram uma realidade secular no Brasil, sendo bandeira de luta política e militância. O ITR mais alto fez com que o latifúndio improdutivo deixasse de ser interessante economicamente. Este foi um dos motivos do recente "boom" do agronegócio brasileiro a partir da Década de 1990. IOF O IOF (ou Imposto sobre Operações de Crédito, de Câmbio e Seguro e Operações Relativas a Títulos e Valores Imobiliários) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, V, da Constituição Federal). O fato gerador do IOF ocorre em um dos seguintes momentos: nas operações relativas a títulos imobiliários quando da emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes títulos nas operações de câmbio, na efetivação do pagamento ou quando colocado à disposição do interessado prêmio nas operações de seguro, na efetivação pela emissão de apólice ou recebimento do nas operações de crédito, quando da efetivação de entrega parcial ou total do valor que constitui o débito, ou quando colocado à disposição do interessado (neste item inclui-se o IOF cobrado quando do saque de recursos colocados em aplicação financeira, quando resgatados em menos de 30 dias) Os contribuintes do imposto é qualquer uma das partes que integram as operações As alíquotas utilizadas podem ser fixas, variáveis, proporcionais, progressivas ou regressivas. A base de cálculo depende da operação: Nas operações de crédito, é o montante da obrigação.

12 Nas operações de seguro, é o montante do prêmio. Nas operações de câmbio, é o montante em moeda nacional. Nas operações relativas a títulos e valores imobiliários, é o preço ou o valor nominal ou o valor de cotação na Bolsa de Valores. A principal função do IOF é ser um instrumento de manipulação da política de crédito, câmbio, seguro e valores imobiliários. Como exemplo de que isso é real, temos o caso do IOF sobre rendimentos obtidos em aplicações financeiras: a partir do 30º dia, a alíquota do IOF vai diminuindo progressivamente, até zerar. Com isso, o governo desestimula a ciranda financeira entre aplicações. IGF O IGF (ou Imposto sobre Grandes Fortunas) é um imposto brasileiro. É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, VII, da Constituição Federal). Embora esteja definido na Constituição, o IGF ainda não foi regulamentado por lei complementar, e portanto até 2005, ainda não havia começado a ser cobrado. O fato gerador do IGF irá ocorrer quando das arrecadações de bens sobre as grandes fortunas. O contribuinte do imposto, assim como a alíquota utilizada e a base de cálculo ainda não foram definidas por lei complementar. 2.5 - Competência tributária dos Estados e Distrito Federal eles são: Ela está prevista no Art. 155 da CF. Os impostos que podem ser instituídos por ICMS

13 O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços ou (ICMS) é o campo de incidência que um tributo é definido, na origem, pela própria Constituição Federal. A Constituição não cria o tributo, apenas atribui ao Estado a competência para que o faça. ITD O ITD (ou Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Qualquer Bem ou Direito) é um imposto brasileiro. É um imposto estadual, ou seja, somente os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo (Art.155, I, a da Constituição Federal). O fato gerador do ITD ocorre quando da transmissão causa mortis ou doação a qualquer título ou pelo domínio útil de bens imóveis e de direitos a ele relativos, como os bens móveis, títulos e créditos, inclusive direitos a eles relativos. Os contribuintes do imposto são, em caso de herança, os herdeiros ou legatários. No caso de doação, pode ser tanto o doador como o donatário. A alíquota utilizada varia de acordo com uma tabela progressiva, que determina a alíquota de acordo com a soma do valor venal dos bens doados ou transmitidos. A base de cálculo é o valor venal dos bens, dos títulos ou dos créditos transmitidos ou doados. A função do ITD é extremamente fiscal. IPVA O IPVA (ou Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é um imposto brasileiro. É um imposto estadual, ou seja, somente os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo (Art.155, I, c da Constituição Federal). O IPVA tem como fato gerador a propriedade do veículo automotor (automóveis, motocicletas, embarcações, aeronaves, etc). Os contribuintes do imposto são os proprietários de veículos automotores. A alíquota utilizada é determinada por cada governo estadual, com base em critério próprio. A base de cálculo é o valor venal do veículo, estabelecido pelo Estado que cobra o imposto.

14 A função do IPVA é exclusivamente fiscal. Em 2005, o estado que cobrava a maior alíquota era São Paulo, com 4% sobre o valor venal do veículo. Outros Estados têm sua alíquota variando entre 1% e 3%. AIRE O Aire (ou Adicional do Imposto da União sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza) é um imposto brasileiro. É um imposto estadual, ou seja, somente os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo (Art.155, II, da Constituição Federal). O AIRE tem como fato gerador o pagamento do Imposto de Renda. Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou jurídicas, com domicílio no território do Estado, que pagarem o imposto federal. A alíquota utilizada varia de um Estado para outro. A base de cálculo é o montante devido à União, a título de IR. A função do AIRE é meramente fiscal. 2.6 - Competência tributária dos Municípios eles são: Ela está prevista no Art. 156 da CF. Os impostos que podem ser instituídos por IPTU O IPTU (ou Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é um imposto brasileiro. É um imposto municipal, ou seja, somente os municípios têm competência para instituí-lo (Art.156, I, da Constituição Federal). O IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado em zona urbana ou extensão urbana. Em caso de áreas rurais, o imposto sobre a propriedade do imóvel é o ITR.

15 Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou pessoas jurídicas que mantém a posse do imóvel, por justo título. A alíquota utilizada é estabelecida pelo legislador municipal, variando conforme o município. A base de cálculo é o valor venal da propriedade.. A função do IPTU é tipicamente fiscal. Sua finalidade é a obtenção de recursos financeiros para os municípios. ISS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo DL 406/1968 e alterações posteriores. A partir de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003. IVVC O IVVC (ou Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos) é um imposto brasileiro. É um imposto municipal, ou seja, somente os municípios têm competência para instituí-lo (Art.156, III, da Constituição Federal). O IVVC tem como fato gerador a venda, a varejo, de combustíveis líquidos ou gasosos, exceto vendas de óleo diesel e gás liquefeito para uso domiciliar. Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou pessoas jurídicas que vendem combustíveis líquidos ou gasosos a varejo. A alíquota utilizada é estabelecida pelo legislador municipal, mas não poderá ser superior a três por cento. A base de cálculo é o preço de venda, a varejo, dos combustíveis líquidos ou gasosos. A função do IPTU é tipicamente fiscal. Sua finalidade é a obtenção de recursos financeiros para os municípios.

16 ITBI O ITBI (ou Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e de Direitos Reais a Eles Relativos) é um imposto brasileiro. É um imposto municipal, ou seja, somente os municípios têm competência para instituí-lo (Art.156, II, da Constituição Federal). O ITBI tem como fato gerador a transmissão, inter vivos, a qualquer título, de propriedade ou domínio útil de bens imóveis; quando há a transmissão a qualquer título de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; ou quando há a cessão de direitos relativos às transmissões acima mencionadas. No caso da transmissão ser por herança ( Causa mortis ), o ITBI não é cobrado; ao invés dele, será cobrado o ITD (que é um imposto estadual). O contribuinte do imposto é qualquer uma das partes na operação. A alíquota utilizada é fixada em Lei Ordinária do município competente. A base de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos à época da operação. A função do ITBI é predominantemente fiscal. Sua finalidade é a obtenção de recursos financeiros para os municípios. CONCLUSÃO De todo o exposto, considerando que a tributação visa à consecução de recursos para que o Estado possa pagar as despesas necessárias à realização das suas finalidades, podese asseverar que a competência tributária só é atribuída às pessoas jurídicas de direito público como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, uma vez que os tributos devem ser destinados, exclusivamente, para fins públicos e nunca particulares. De outra parte, há de se considerar o fato de que na tributação, o princípio da segurança jurídica como diretriz, aponta para uma direção; em seus desdobramentos aparecem os princípios da competência, da submissão da ação estatal à lei, da supremacia da Constituição, do respeito aos direitos e garantias individuais, entre outros.

17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. ATALIBA, Geraldo. Sistema constitucional tributário brasileiro. São Paulo: RT, 1968. BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1990.. Curso de direito financeiro e de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 1991. CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 1997.. Curso de direito constitucional tributário. 13. ed. São Paulo: Malheiros, 1999. DECOMAIN, Pedro Roberto. Anotações ao código tributário nacional. São Paulo: Saraiva, 2000. ICHIHARA, Yoshiaki. Direito tributário. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1994.. Princípio da legalidade tributária. São Paulo: Atlas, 1994. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 1993. MARQUES, Márcio Severo. Classificação constitucional dos tributos. São Paulo: Max Limonad, 2000. MELO, José Eduardo Soares de. Curso de direito tributário. São Paulo: Dialética, 1997. PIRES, A dilson Rodrigues. Manual de direito tributário. Rio de Janeiro: Forense, 2000. ROSA JÚNIOR, Luiz Emygdio Franco da. Manual de direito financeiro & direito tributário. 14. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2000. SABBAG, Maristela Miglioli. In RT. Competência tributária. São Paulo, jun. 1996, v. 728.