Ensinando artes às crianças através da arte contemporânea Nome: Erieta Kogiaridis Ewald E-mail: erietake1@yahoo.com.br Universidade Federal da Paraíba. UFPB Resumo Este trabalho analisa e discute uma proposta de ensino de artes visuais para educação infantil, intitulado: Alice entre os brinquedos, elaborada e desenvolvida a partir de minhas ações como bolsista do PIBID e licencianda em Artes Visuais, na Universidade Federal da Paraíba - UFPB. A proposta, que está sendo desenvolvida nas aulas de artes visuais, no primeiro ano fundamental no Centro Estadual Experimental de Ensino-Aprendizagem Sesquicentenário em João Pessoa PB, tem como tema central a estória de Lewis Carroll, um conto popular difundido globalmente através do cinema, livros, quadrinhos e mídias diversas. A partir dessa estória, o projeto envolve contação da estória, brinquedos populares e seu objetivo central é desenvolver o processo de criação artística infantil através da arte contemporânea. Com base nessa experiência, este trabalho visa refletir sobre como a arte contemporânea pode contribuir para a formação em artes visuais na educação infantil, aliando a ludicidade dos contos, das brincadeiras e da própria arte, em modalidades artísticas como o happening. Como metodologia, este estudo se apoia em pesquisa bibliográfica, na área de artes visuais e seu ensino; e nas observações empíricas obtidas através da execução da proposta. Até o momento, os resultados alcançados com o projeto, ainda em desenvolvimento, apontam para caminhos estratégicos no que diz respeito à apreensão de saberes relacionados à arte, demonstrando o quanto a ludicidade, favorecida pela temática proposta e pela articulação com a arte contemporânea, possibilitam uma aprendizagem significativa em artes visuais. Como o mesmo ainda está em andamento, apresento-lhes aqui uma experimentação artística com happening, aula já ministrada. Uma experiência surpreendente e ativa, pois todos quiseram participar e se inseriram na cena de alguma maneira. Palavras-Chaves: Alice no País das Maravilhas. Brinquedos Populares. Arte Contemporânea.
2 Introdução Apresento aqui a experimentação artística happening, palavra em inglês que significa acontecendo, e que é uma das modalidades artísticas que surgiram após a Segunda Guerra Mundial. Em 1961, seu criador, Allan Kaprow começou a elaborar os happenings através de escritos, coisa que continuou fazendo até o final de sua vida. Em seu livro, The education of the un-artist, ele os descreve: são eventos que em poucas palavras, acontecem.... E continua explicando:... eles parecem não ir a lugar algum e nem fazer sentido literário específico. Em contraste com as artes do passado, não têm um início estruturado, meio ou fim. Sua forma é aberta, inacabada e fluida: nada, obviamente, é solicitado e, portanto, nada se ganha, exceto a certeza de um número de ocorrências às quais estamos mais atentos. (Kaprow, 1974). Este conteúdo fez parte de uma aula já ministrada em um encontro vinculado ao projeto: Alice entre os brinquedos. O objetivo central de ensinar artes às crianças através da arte contemporânea é desenvolver o processo de criação artística infantil e refletir como esta pode ser uma ferramenta de grande valia no ensino das artes para crianças aliada a um momento lúdico. Utilizo-me de um conto europeu globalmente conhecido e difundido no cinema e mídias interativas, além das representações visuais dos estúdios de Walt Disney que se constituem em importante recurso didático no ensino das artes visuais, segundo Garcia Cuesta (Las representaciones audiovisuales de los cuentos tradicionales europeos como recurso didáctico de la educación artística en la formación de formadores, 2011). Como professora de artes e mediadora cultural percebo a interação artística de meu trabalho de pesquisa dentro de tal projeto entre as crianças, como bem refere Pontes, (2009): E, se pensarmos no professor como mediador cultural, perceberemos que a escola deve incentivar não só a criação artística das crianças, mas também, o exercício da expressividade dos professores em diferentes linguagens artísticas, pois se ele tem como função mediar a construção do olhar estético, em situações de leitura e criação de objetos artísticos, deve ele próprio buscar o contato/acesso às produções artísticas num universo mais amplo. Dessa forma, é
3 importante que o professor participe de atividades artísticas, como produtor de arte e, especialmente, como ser cultural que precisa colocar em jogo seus saberes estéticos e possibilidades expressivas, relacionando vivências anteriores aos novos conhecimentos, desejos e estudos sobre a produção artística - procedimentos que possibilitam a aquisição de conhecimentos nas linguagens da arte. Assim, ele estará exercendo a interligação entre as ações de leitura, contextualização e fazer artístico, proposta por Ana Mae Barbosa (1998) na Abordagem Triangular de Ensino de Arte. (Pontes, 2009, p.3316-3317) Então compartilho a eterna novela de Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas, em homenagem ao seu aniversário de 150 anos de publicação. Um conto que tem fascinado crianças e adultos igualmente, por isso tão contemporâneo. O manuscrito original de Carroll foi escrito em 1864, e é motivo de inspiração para artistas há décadas. O conto foi um presente para Alice Liddell, uma garotinha de dez anos de idade, filha de um amigo seu. As ilustrações de Carroll demonstram que as imagens eram centralizadas na estória, criando um mundo visual que tomou vida própria. Percebo que a obra de Lewis Carroll tem a estrutura de um sonho, ou então de um pesadelo, uma história nonsense que pode dar todo o sentido que a imaginação quiser encontrar. O pensamento do conto é simpático à representação do mundo e sentimentos próprios das crianças e o autor soube descrevê-la de uma maneira que adultos e crianças se vissem implicados nela. Apesar de ser um matemático, Charles Lutwidge Dogson (este era seu nome verdadeiro), também era escritor e gostava de exercitar-se na lógica infantil. Era também um apreciador de charadas e jogos de palavras que são motivo de grande encanto para as crianças, pois grande parte da graça da infância provém da maneira literal pela qual as crianças entendem o que se diz e faz. Segundo Corso (2011): Quando crescemos, junto com a maior parte das memórias da infância, perdemos a familiaridade com a sua lógica, esquecemos que quando pequenos, ao nosso modo também filosofávamos, tentávamos de maneira rudimentar, compreender o mundo. Carroll nos devolve a conexão com esses pensamentos perdidos porque enquanto artista e matemático, sempre os apreciou, como se fosse uma língua arcaica que ele nunca deixara de praticar.
4 As artes visuais da contemporaneidade apropriam-se de materiais e estórias que provocam os sentimentos e a imaginação dos educandos, principalmente as crianças, que na sua maneira de brincar fazem arte naturalmente. Lembro ainda da importância de utilizar as brincadeiras e os brinquedos no primeiro ano do Ensino Fundamental, pois se preserva os vínculos com a Educação Infantil e se proporciona uma transição suave e pedagogicamente relevante (palavras de meu professor Nascimento). Daí o porquê da experiência com happening em cima deste conto, uma brincadeira do fazde-conta infantil, que virou arte em uma aula de artes no primeiro ano fundamental B, do Centro Estadual Experimental de Ensino-Aprendizagem Sesquicentenário em João Pessoa PB, uma classe com 21 crianças na faixa etária de 6 anos de idade. Desenvolver culturalmente as crianças através do contato e vivência com diferentes tipos de teatralidades, visualidades e musicalidades (as chamadas TVMs), resultados de problemas ou questionamentos vindos das experiências vividas é um dos grandes objetivos de Artes. As narrativas relacionadas aos contos infantis podem ser um dos veículos explorados para tais práticas. A presença do ensino das Artes nas primeiras séries da Educação Infantil e do Ensino Fundamental tem sido relevante,além de estar respaldada pela legislação nacional, estadual e municipal. Vide como exemplo: artigo 36, parágrafo 2º, da LDB atual ( Lei Nº 9394/96), a resolução 009/2006, promulgada pelo Conselho Municipal de Educação da cidade de João Pessoa/PB, bem como as propostas Curriculares da Paraíba, Sergipe e Pernambuco. 2. Arte contemporânea na educação infantil: happening. As crianças pré-escolares ainda gostam muito de brincar e comprovou-se a enorme influência do brinquedo no desenvolvimento da criança. Segundo Vygotsky, é no mundo ilusório e imaginário que os desejos irrealizáveis podem se realizar e esse é o mundo chamado brinquedo ou brincadeira. Aliás, é onde Freud, Vygotsky e Piaget se encontram: na importância de brincar (Antunes, 2003, p.17). Igualmente Maria Montessori ressaltou o quanto o brinquedo e o brincar influenciam na sociabilidade e criatividade infantil (Antunes, 2003, p.18). Por isso, não há nada melhor para lhes ensinar artes brincando do que o happening na arte contemporânea. A criatividade flui naturalmente na brincadeira e nisto as crianças são especialistas.
5 Nos Parâmetros Curriculares Nacionais encontramos quais são as perspectivas para o ensino de artes: O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - MEC, 1997, p.19). Criar e conhecer: por isso a metodologia utilizada foi a contação da estória de Carroll aliada ao happening, primeiramente para o conhecer e posteriormente para o criar. Parti do primeiro capitulo do livro numa versão infanto-juvenil e uma sessão de cinema do filme: Alice no País das Maravilhas, de Walt Disney. Segundo os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil, os conteúdos de artes também devem envolver as capacidades expressivas e instrumentais dos movimentos corporais das crianças: Os conteúdos deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e instrumentais do movimento, possibilitando a apropriação corporal pelas crianças de forma que possam agir com cada vez mais intencionalidade. Devem ser organizados num processo contínuo e integrado que envolve múltiplas experiências corporais, possíveis de serem realizadas pela criança sozinha ou em situações de interação. Os diferentes espaços e materiais, os diversos repertórios de cultura corporal expressos em brincadeiras, jogos, danças, atividades esportivas e outras práticas sociais são algumas das condições necessárias para que esse processo ocorra. (RCNEIS BRASIL, 1998, p.243). Assim, apresentei o happening para as crianças desenvolverem, dentro de um processo de criação artística, uma ressignificação da estória de Alice de Lewis Carroll, mais especificamente o início da estória. Nada mais simples do que uma brincadeira de criança, um mergulho em uma estória infantil sem nenhum ensaio, pois happenings não têm nenhum plano e nenhuma filosofia óbvia. Eles se concretizam de forma improvisada.como sugeriu Kaprow, eles envolvem o acaso e comportam possíveis falhas, o que os torna mais parecidos com a vida do que com a
6 arte. Eles não seguem as convenções das peças teatrais, não são ensaiados nem encenados por profissionais, envolvem o inesperado, a surpresa, enfim, o que a imaginação souber criar. Eu diria que utilizar happenings para ensinar artes para as crianças é algo muito familiar para elas. Pois estes são como os jogos de faz-de-conta., definidos por Friedmann, 2004, p.177:...constituem-se numa atividade na qual as crianças sozinhas ou em grupo procuram por meio da representação de diferentes papéis compreender o mundo à sua volta. Nesses jogos pode ou não haver objetos, aos quais a criança confere diversos significados. Há sempre uma situação imaginária que implica uma interação da criança com seu meio e seus pares. Os jogos de faz de conta não são descritos, mas somente citados a partir do tema que os define. Cada grupo de crianças determina as regras de seu desenvolvimento. É assim que as crianças brincam de boneca, de cabeleireiro, de casinha, de comadre, de comidinha, de luta, de índio, de mamãe e papai, de médico, de super-heróis entre tantas outras situações imaginárias. E por que não de Alice? 3. Brincando de Alice A aula onde o happening aconteceu foi muito interessante, pois demonstrou a capacidade criativa aliada à brincadeira. Tudo começou quando recados foram enviados nas agendas, solicitando aos pais que enviassem para a aula seguinte: roupas, chapéus, óculos, relógios e qualquer outro acessório para as crianças interpretarem um conto. Assim,os suportes iniciais foram adquiridos e as crianças, com a ajuda das professoras, se prepararam com as suas fantasias. A estória iniciou com Alice ouvindo sua irmã ler para ela, um livro de histórias sem gravuras, numa tarde quente de verão, sentada em uma árvore no jardim com sua gatinha Diná. Ela avista um coelho branco muito interessante, todo vestido e de relógio. Então, Alice decide ir atrás dele e entra na toca do coelho caindo num túnel onde vê outras coisas interessantes... Esta cena foi escolhida para o happening das crianças, sem nenhum ensaio, apenas com o que elas tinham apreendido desta primeira parte da estória e com os acessórios que tinham trazido para a classe. A menina que trouxe um vestido especial foi designada por todos para ser Alice. Uma experiência surpreendente e ativa, pois todos quiseram participar e se inseriram na cena de alguma maneira: surgiu uma fila de
7 Alices que acabaram formando o tunel onde Alice passou; um garoto céu segurando uma faixa de papel crepom azul; um gato risonho de óculos-de-sol, boné e bigodes; improvisaram-se umas orelhas de crepom e bigodes para o senhor Coelho e ao final, uma festa, quando Alice saiu do tunel, uma menininha com laço de papel crepom na cabeça e muitas outras Alices pedindo para colocarem laços, enquanto os demais meninos assustavam as Alices dentro do tunel de birôs! Uma brincadeira inserida em um processo criativo, ou vice-versa? Só sei que virou uma obra de arte registrada em fotografias, o que provou que: (...) é no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral; e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu. (WINNICOTT, 1975, p.80). 4. Considerações finais e recomendações O brincar de faz-de-conta é universal entre todas as sociedades humanas e o happening é uma produção artística contemporânea, por isso tão facilmente assimilado pelas crianças. Elas sabem o tempo todo que estão fingindo, por isso é próprio de criança: fazer arte! Brincar de faz-de-conta requer capacidade da metarepresentação, que envolve estar consciente de que estão fingindo algo e de que aquela situação projetada é mentalmente representada. (Taylor & Carlson, 1997, citado no livro O Mundo da Criança, p.111). Na aula do happening de Alice, elas criaram uma nova representação e não cópia da estória contada, assim sugere Pontes, 2014, p.3313: As novas representações, produzidas pelas crianças, não devem ser cópias do material de arte ao qual tiveram acesso, mas fruto do diálogo estabelecido entre elas e o objeto de arte. Dessa forma, as experiências de leitura e releituras de arte podem significar para crianças e professores situações discursivas de construção de sentidos para arte e de exercício de criação em linguagens artísticas. Foi uma brincadeira com o exercício de processo criativo que se transformou em um trabalho artístico: o happening, registrado em fotografias (ver anexos). Tal prática
8 demonstrou que a arte contemporânea contribue acertadamente no ensino das artes visuais para crianças, inclusive no seu desenvolvimento. (...) é no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral; e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu. (WINNICOTT, 1975, p.80). Ao final da aula ouvi das crianças: Tia, quando será o próximo dia da sua aula? Que mais vezes a arte contemporânea, através do happening e dos contos infantis possa ser utilizada para ensiná-las. 5. Referências CARROLL, L. Alice no País das Maravilhas, Coleção Recontar. São Paulo: Escala Educacional, 2006. CORSO, D.L.; CORSO, M. A psicanálise na terra do nunca. Porto Alegre: Penso, 2011. FRIEDMANN, A. A arte de brincar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. GARCIA COSTA, J. Las representaciones audiovisuales de los cuentos tradicionales europeos como recurso didáctico de la educación artística en la formación de formadores. Disponível em< http://eprints.ucm.es/13416/> acessado em 25 set. 2014. KAPROW, A. The education of the un-artist, part III, in: Art in America 62, New York NY, no.1, January-February, 1974. PAPALIA, D.E. O Mundo da criança. Petrópolis: MacGraw-Hill Brasil, 2009. PARÂMETROS Curriculares Nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. 130p. (Parâmetros Curriculares nacionais de 1ª a 4a série). v.6. Disponíveis em < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf > acessado em: 19 out.2014. PONTES, G.M. D. Aspectos históricos das propostas pedagógicas de Ensino de Arte1, p.3313. Disponível em< http://www.ufrgs.br/gearte/artigos/artigo_gilvania03.pdf> acessado em 24 out. 2014. REFERENCIAS curriculares para o ensino fundamental do Estado da Paraíba. Comissão de Elaboração das Diretrizes Curriculares da Paraíba, Secretaria da Educação e Cultura, Estado da Paraíba, 2011. Polígrafo.
9 RCNEIS BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: conhecimento de mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998. 243p. (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil). v.3, disponível em<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf > acessados em 19 out. 2014. 170 - Revista Poiésis, n 18, p. 169-187, Dez. de 2011 disponíveis em:< http://www.poiesis.uff.br/pdf/poiesis18/poiesis_18_trad_happenings.pdf> acessado em 02 ago. 2014. WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975. Anexos Alice ouvindo sua irmã ler para ela, um livro de estórias sem gravuras, numa tarde quente de verão. Fonte: Erieta Kogiaridis Ewald, 2014.
10 Surgiu uma fila de Alices... Fonte: Erieta Kogiaridis Ewald, 2014. Alice avista um coelho branco muito interessante... E um céu azul! Fonte: Erieta kogiaridis Ewal, 2014.
11 O gato risonho. Fonte: Erieta Kogiaridis Ewald, 2014. Alice. Fonte: Erieta Kogiaridis Ewald, 2014.
12 O coelho branco. Fonte: Erieta Kogiaridis Ewald, 2014. *Agradecimentos especiais à professora de artes Ana Lúcia Lordão e às crianças, do primeiro ano fundamental B, do Centro Estadual Experimental de Ensino- Aprendizagem Sesquicentenário em João Pessoa PB, uma classe com 21 crianças na faixa etária de 6 anos de idade; à minha colega de estágio e graduanda de artes Ismayanne Silva e aos professores coordenadores de Artes no PIBID/ UFPB: Drª Sicília Calado Freitas e Dr. Erinaldo Alves do Nascimento.