PERCEPÇÃO DO SIGNIFICADO DO DINHEIRO: UM ESTUDO COM GRADUANDOS DE IES PRIVADAS



Documentos relacionados
SIGNIFICADO DO DINHEIRO: UMA PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS

Análise Fatorial F 1 F 2

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Cálculo do Conceito ENADE

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE TAGUCHI NA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PROJETOS. Uma equação simplificada para se determinar o lucro de uma empresa é:

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Regressão e Correlação Linear

Rastreando Algoritmos

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

REGULAMENTO GERAL (Modalidades 1, 2, 3 e 4)

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

Escolha do Consumidor sob condições de Risco e de Incerteza

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

Equipas Educativas Para uma nova organização da escola. João Formosinho Joaquim Machado

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA COLEGIADO DO CURSO DE DESENHO INDUSTRIAL CAMPUS I - SALVADOR

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

RESOLUÇÃO Nº 32/2014/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da Universidade Federal de Sergipe, no uso de suas atribuições legais,

1. Conceitos básicos de estatística descritiva. A ciência descobre relações de causa efeito entre fenómenos. Há fenómenos que são muito complexos

2. MATERIAIS E MÉTODOS

IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS SOBRE O EMPREGO NO BRASIL EM

1 Princípios da entropia e da energia

Sempre que surgir uma dúvida quanto à utilização de um instrumento ou componente, o aluno deverá consultar o professor para esclarecimentos.

Sinais Luminosos 2- CONCEITOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SINAIS LUMINOSOS.

Apostila de Estatística Curso de Matemática. Volume II Probabilidades, Distribuição Binomial, Distribuição Normal. Prof. Dr. Celso Eduardo Tuna

REGRESSÃO LOGÍSTICA. Seja Y uma variável aleatória dummy definida como:

1 INTRODUÇÃO. 1 Segundo Menezes-Filho (2001), brasileiros com ensino fundamental completo ganham, em média, três vezes

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI.

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X

Testando um Mito de Investimento : Eficácia da Estratégia de Investimento em Ações de Crescimento.

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise da Situação Ocupacional de Crianças e Adolescentes nas Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil Utilizando Informações da PNAD 1999 *

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 10. Curso de Teoria dos Números - Nível 2. Divisores. Prof. Samuel Feitosa

UM ESTUDO SOBRE A DESIGUALDADE NO ACESSO À SAÚDE NA REGIÃO SUL

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel

Desemprego de Jovens no Brasil *

DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DOS IDOSOS NO NORDESTE BRASILEIRO RESUMO

E FICIÊNCIA EM S AÚDE E C OBERTURA DE P LANOS DE S AÚDE NO B RASIL

! Superlntenrlencia Reg.onaJ do Ma:toGro$So. Qualificação e Reinserção Profissional dos Resgatados do Trabalho Escravo elou em AÇÃO INTEGRADA

ESTATÍSTICAS E INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERNO

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

Influência dos Procedimentos de Ensaios e Tratamento de Dados em Análise Probabilística de Estrutura de Contenção

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

As tabelas resumem as informações obtidas da amostra ou da população. Essas tabelas podem ser construídas sem ou com perda de informações.

Capítulo 1. O plano complexo Introdução. Os números complexos começaram por ser introduzidos para dar sentido à 2

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES

COMMITMENT TO THE GOALS OF PARTICIPATORY BUDGETING: A STUDY IN A MEDIUM SIZED FAMILY BUSINESS

Determinantes da Desigualdade de Renda em Áreas Rurais do Nordeste.

Oportunidades e desafios no mundo do aquecimento o setor tem crescido a cada ano, é verdade, mas continuar nesse ritmo

ANÁLISE DE CONFIABILIDADE DO MODELO SCS-CN EM DIFERENTES ESCALAS ESPACIAIS NO SEMIÁRIDO

MAPEAMENTO DA POBREZA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: UM ESTUDO ATRAVÉS DE ANÁLISE MULTIVARIADA

Situação Ocupacional dos Jovens das Comunidades de Baixa Renda da Cidade do Rio de Janeiro *

FLÁVIA Z. DALMÁCIO - flavia@fucape.br Doutoranda em Contabilidade pela Usp e Professora. da FUCAPE

ESTIMANDO AS PERDAS DE RENDIMENTO DEVIDO À DOENÇA RENAL CRÔNICA NO BRASIL 1

Covariância e Correlação Linear

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

A mobilidade ocupacional das trabalhadoras domésticas no Brasil

Distribuição de Massa Molar

Determinantes da adoção da tecnologia de despolpamento na cafeicultura: estudo de uma região produtora da Zona da Mata de Minas Gerais 1

Área Temática: Economia e Relações Internacionais O INTERCÂMBIO COMERCIAL RIO GRANDE DO SUL - CHINA: CONCENTRAÇÃO, DESEMPENHO E PERSPECTIVAS

TEXTO PARA DISCUSSÃO PROPOSTA DE MUDANÇA NO RATEIO DA COTA PARTE DO ICMS ENTRE OS MUNICÍPIOS CEARENSES

Avaliação do Nível de Serviço de Operadores Logísticos no Brasil: uma Aplicação de Análise Fatorial e Regressão Logística Binária

PROPOSIÇÃO, VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS MODELOS QUE CORRELACIONAM ESTRUTURA QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA

TAXA DE INADIMPLÊNCIA NAS COOPERATIVAS DE CRÉDITO QUE SE TRANSFORMARAM PARA A MODALIDADE DE LIVRE ADMISSÃO

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES

TRABALHADORES COM DEFICIÊNCIAS EM LINHAS DE PRODUÇÃO: MODELOS, RESULTADOS E DISCUSSÕES 1

Análise logística da localização de um armazém para uma empresa do Sul Fluminense importadora de alho in natura

O impacto do efeito de terceira pessoa em propagandas de plano de saúde. Renata Chagas Universidade Federal de Sergipe, Brazil.

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Física. Setor B. Índice-controle de Estudo. Prof.: Aula 23 (pág. 86) AD TM TC. Aula 24 (pág. 87) AD TM TC. Aula 25 (pág.

Palavras-chave: Índice de Sustentabilidade Empresarial, Q-Tobin e Valor de Mercado.

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística

TESTANDO EMPIRICAMENTE O CAPM CONDICIONAL DOS RETORNOS ESPERADOS DE PORTFOLIOS DO MERCADO BRASILEIRO, ARGENTINO E CHILENO.

Das ideias ao sucesso

Associação de resistores em série

Sistemas Robóticos. Sumário. Introdução. Introdução. Navegação. Introdução Onde estou? Para onde vou? Como vou lá chegar?

ESTUDO SOBRE A EVASÃO ESCOLAR USANDO REGRESSÃO LOGÍSTICA: ANÁLISE DOS ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NOVO MODELO PARA O CÁLCULO DE CARREGAMENTO DINÂMICO DE TRANSFORMADORES

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

Mecanismos de transmissão da política monetária: a visão das diferentes escolas de pensamento *

Suporte Básico para Sistemas de Tempo Real

Controle de qualidade de produto cartográfico aplicado a imagem de alta resolução

Exercícios de Física. Prof. Panosso. Fontes de campo magnético

01. Em porcentagem das emissões totais de gases do efeito estufa, o Brasil é o quarto maior poluidor, conforme a tabela abaixo:

Economias de escala na oferta de serviços públicos de saúde: Um estudo para os municípios paulistas

.- >. , '. expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior no âmbito I desta Universidade e;

WORKING PAPERS IN APPLIED ECONOMICS

ELEMENTOS DE CIRCUITOS

Transcrição:

PERCEPÇÃO DO SIGNIFICADO DO DINHEIRO: UM ESTUDO COM GRADUANDOS DE IES PRIVADAS THE MEANING OF MONEY PERCEPTION: A STUDY WITH A PRIVATE HIGH SCHOOL` STUDENTS PERCEPCIÓN DEL SIGNIFICADO DEl DINERO: UN ESTUDIO CON ALUMNOS DE FACULDADES PRIVADAS Lousanne Cavalcant Barros, MSc Faculdade Novos Horzontes/Brazl lousanne.barros@unhorzontes.br Ester Elane Jeunon, Dra. Fundação Pedro Leopoldo/Brazl eejeunon@gmal.com RESUMO Esse estudo objetvou analsar o sgnfcado do dnhero atrbuído por alunos de Insttuções Partculares de Ensno Superor. Foram consderados, para fns de comparação, os fatores gênero e bolsa de estudo. Sendo assm, realzou-se pesqusa descrtva com abordagem quanttatva por meo de uma survey. Como nstrumento de pesqusa utlzou-se a Escala do Sgnfcado do Dnhero (EDS) proposta por Luna, Quntanlla e Daz (1995), valdada no Brasl por Resende, Cavalcante e Jeunon (2010). Na escala, ressalta-se a mportânca das attudes acerca do dnhero como ndcador baseado no materalsmo e nas relações de consumo. Foram aplcados 486 questonáros e os dados analsados por meo de Análse Fatoral. Os resultados, decorrentes da análse de gênero, ndcaram pensamentos semelhantes em relação ao dnhero. Ambos destacaram varáves que relaconam dnhero com felcdade pessoal, poder e nfluênca socal. Ressalta-se que, para os homens, a felcdade sera o atrbuto mas mportante. Quanto ao atrbuto de possur ou não bolsa de estudo, os alunos que têm bolsa dvergem um pouco da vsão daqueles que não a possuem. Os prmeros destacam que dnhero pode ser vsto com um fator para nfluênca socal, enquanto que o restante o destaca como um mal. Esses dados refletem a mportânca de se analsar o sgnfcado do dnhero assocado a dversas característcas da socedade e dos grupos nela nserdos. Palavras-chave: Sgnfcado do Dnhero; Attudes; Fnanças comportamentas. ABSTRACT Ths study amed to analyze the meanng of money assgned for undergraduate students of prvate nsttutons. For comparson purposes, were consdered factors as gender and scholarshp. Thus, t was made a descrptve research wth quanttatve approach through a survey. The Scale the meanng of Money (EDS) proposed by Luna, Quntanlla and Daz (1995) and valdated n Brazl by Resende, Cavalcante and Jeunon (2010) was used as a research tool. The 486 questonnares were appled and the data were analyzed by factor analyss. The results arsng from gender analyss ndcated smlar thoughts regardng money. Both have varables that relate to personal happness wth money, power and socal nfluence. It should be noted that, for men, happness would be the most mportant attrbute. As attrbute of havng or not scholarshp, students who possess dverge a bt from the vson of those who do not. The frst hghlght that money can be seen as a factor n socal nfluence, whle the remander the hghlghts as an evl. These data reflect the mportance of analyzng the meanng of money assocated wth the many features of socety and groups n t. Keywords: Meanng of Money; Atttudes; Behavoral fnance.

RESUMEN Este estudo tuvo como objetvo analzar el sgnfcado del dnero asgnado para los estudantes de nsttucones prvadas de educacón superor. Se consdera, para fnes de comparacón, factores como género y la beca. Así, la nvestgacón descrptva con un enfoque cuanttatvo fue hecha a través de una encuesta. Como herramenta de nvestgacón se utlza la escala del sgnfcado de dnero (EDS), propuesto por la Luna, Quntanlla y Díaz (1995), valdado en Brasl por Resende, Cavalcante y Jeunon (2009). En la escala, cabe señalar la mportanca de las acttudes sobre el dnero como un cuadro de mandos basado en relacones de materalsmo y consumo. Se aplcaron 486 cuestonaros y los datos se analzaron medante análss factoral. Los resultados dervados de análss de género, ndca pensamentos smlares en cuanto a dnero. Ambos tenen las varables que se relaconan con la felcdad personal con el dnero, el poder y la nfluenca socal. Debe ser señalado que, para los hombres, la felcdad sería el atrbuto más mportante. En cuanto al atrbuto de poseer o no beca, los estudantes que tenen el mercado de valores dferen un poco de la vsón de aquellos que no poseen. El prmer Resalte que dnero puede ser vsto como un factor de nfluenca socal, mentras que el resto de los aspectos más destacados como un mal. Estos datos reflejan la mportanca de analzar el sgnfcado del dnero asocado con las dstntas característcas de la socedad y de los grupos en ella. Palabras claves: Sgnfcado del dnero; Acttudes; Comportamento fnancero. 1 INTRODUÇÃO As fnanças comportamentas vêm se consoldando como uma área de grande nteresse na Admnstração e tem proporconado debates mportantes ao nvestgar o relaconamento das pessoas com o dnhero, suas crenças e valores Bosott, (2001); Bordonaba, Garrdo e Martnez (2001). Como Fnanças Comportamentas entende-se um novo ramo na teora fnancera, que consdera aspectos pscológcos dos ndvíduos no processo de análse e avalação de decsões fnanceras (TVERSKY; KAHNEMAN, 1973; 1974; OLSEN, 1998; KIMURA, 2003; DECOURT & ACCORSI, 2005; NOFSINGER, 2006; GUTIÉRREZ & MARTIN, 2012). Para Olsen (1998), nesta área não se trata de defnr a raconaldade ou não do comportamento, mas entender os processos de decsão e a complexdade da escolha. Embora mundalmente estudos já tenham avançado neste assunto, no Brasl anda são escassos. Sendo assm é mportante amplar as estratégas de abordagem, levando-se em conta as característcas específcas deste campo de estudo, bem como as culturas, socas, econômcas e outras relaconadas. Isto se torna especalmente mportante tendo em vsta que, segundo Cora (2010), todos estamos submetdos à cultura de consumo e grande parte das relações nterpessoas estão determnadas pelo econômco. Neste contexto de múltplas trocas e mercados altamente compettvos, o mpacto desses fatores no plano da subjetvdade tanto de pessoas quanto de grupos é bem grande. Neste sentdo, torna-se mster compreender os sgnfcados, crenças e attudes em torno do comportamento econômco. O estudo das attudes é relevante por duas razões, de acordo com Ledesma e Lafuente (2012). Em prmero lugar porque organza a nformação sobre concetos específcos, stuações e acontecmentos. Em segundo pela sua nfluênca no comportamento (BARON & BYRNE, 1998). Um dos temas atuas que permeam os estudos sobre attudes é o dnhero. O dnhero permte às pessoas comprarem e atenderem suas necessdades vtas; pode proporconar melhor qualdade de vda, assm como atua como um elemento de dferencação socal e pertença a grupos. Sendo assm, dferentes níves econômcos, fatores demográfcos e estlo de vda podem nfluencar dferentes attudes em relação ao dnhero 832

(LEDESMA, LAFUENTE, 2012). Dversos estudosos apontam que exste relação sgnfcatva entre attude relaconada ao dnhero com compra compulsva e endvdamento (LUNA-AROCAS, QUINTANILHA & DIAZ, 1995) e também varáves como o nível socoeconômco, sexo, dade e educação (LUNA-AROCAS, TANG & GUZMAN, 2000,). Um dos segmentos de maor nteresse nos estudos de attudes relatvas ao dnhero é o de jovens unverstáros, tendo em vsta estarem recém-entrantes no mundo econômco, mas anda sem formação adequada para poder avalar toda a nformação e sedução do consumo (CORIA, 2010). As Faculdades apresentam, em seus unversos, uma dversdade de alunos, alguns advndos de regões dferentes, com culturas dferentes e conseqüentemente com crenças e valores dferencados. Dante desta dversdade surgu o nteresse em nvestgar se alunos de Insttuções de Ensno Superor apresentam attudes dferentes em relação ao sgnfcado do dnhero. Desta forma o objetvo do trabalho é analsar qual o sgnfcado do valor dnhero atrbuído por alunos de Insttuções Partculares de Ensno Superor. A pesqusa quanttatva e descrtva fo realzada por meo de uma survey com 486 graduandos. Adotou-se, para a pesqusa, a Escala do Sgnfcado do Dnhero (EDS) proposta por Luna-Arocas, Quntanlla e Daz (1995), valdada no Brasl por Resende, Cavalcante e Jeunon (2010). Os dados foram analsados por meo de Análse Fatoral, tendo como base para comparação o gênero e possur ou não bolsa de estudos. Este estudo justfca-se por clarfcar o sgnfcado atrbuído ao dnhero em um determnado grupo, o de graduandos, e por apresentar a escala de Sgnfcado do dnhero desenvolvda Luna-Arocas, Quntanlla e Daz (1995) e valdada anterormente pelas autoras para a realdade braslera. O artgo encontra-se estruturado em quatro seções, além desta. A segunda seção apresenta a revsão teórca sobre o tema Sgnfcado do Dnhero. A tercera seção trata do desenvolvmento da metodologa adotada na pesqusa, bem como os métodos estatístcos empregados. Na quarta, apresenta-se a análse dos resultados e na últma as consderações fnas do trabalho bem como as recomendações para trabalhos futuros. 2 PERCEPÇÃO DO SIGNIFICADO DO DINHEIRO O conceto de dnhero possu uma defnção ampla. Para Buton (1997), o dnhero é produto da cração humana e assume dversas funções báscas como nstrumento de troca, padrão de valor, reserva de valor e meo de pagamento, rqueza, fator de hgene, etc. Dnhero é uma lnguagem que todos entendem (Nnedum, 2003), e desempenha um papel especal na vda cultural e socal de pessoas (Charles-Pauvers, 2003). Segundo Zelzer (1989), ctando o trabalho semnal de Smmel (1978) o dnhero é uma tendênca da vda moderna, partcpando pratcamente todas as áreas da vda socal. Sendo assm, ele se consttu em objeto para dversas dscplnas das cêncas socas, cada uma delas focalzando-o a partr de ângulos específcos (MOREIRA, 2001). De acordo com Baker e Jmerson (1992), os socólogos se preocupam com os mecansmos nsttuconas e redes socas que permtem ao dnhero crcular, abordando a dversdade dos usos e percepções socas. Os antropólogos buscam a orgem, crenças, hábtos e rtuas monetáros em dferentes socedades, tentando detectar o que é unversal e o específco nas culturas em relação ao dnhero. Os economstas buscam encontrar fórmulas com vstas a prever e controlar o comportamento econômco no nível agregado, pressupondo a unversaldade e a 833

neutraldade do dnhero. Já o seu sgnfcado nas polítcas governamentas tem sdo nteresse dos centstas polítcos, e os aspectos étcos e moras de seu uso enfocados pelos teólogos. Pscólogos, da área socal e econômca, buscaram o estudo sstemátco do sgnfcado e manejo do dnhero. A falta de artculação entre as dversas perspectvas consttu uma das dfculdades para a compreensão mas ampla do assunto. Sendo assm, Baker e Jmerson (1992) tentaram artculá-las, propondo um quadro compreensvo. Os autores apontaram duas perspectvas opostas: a estrutural e a cultural. A perspectva estrutural aproxma-se da vsão dos economstas, encarando o dnhero dentro das estruturas socas de modo raconal, neutro e objetvo. A cultural enfatza as nterpretações smbólcas e não raconas, buscando sgnfcados evocatvos. As duas perspectvas podem se enquadrar em duas dmensões macro e mcro, a saber: (1) macroestrutural (contexto regulatóro legal e polítco), mcroestrutural (relações nterpessoas de troca e comuncação), macro cultural (grandes sstemas de crença, valores e sgnfcados) e mcro cultural (valores, attudes e crenças dos ndvíduos e sua nfluênca sobre o comportamento ndvdual). A partr das dferentes abordagens, surgram algumas escalas para a mensuração e análse do sgnfcado do dnhero. Morera (2002, p.379) levantou os quatro nstrumentos mas conhecdos e utlzados para o estudo do sgnfcado do dnhero, sendo eles: The Modfed Semantc Dfferencal ou Dferencal Semântco Modfcado (WERNIMONT & FITZPATRICK, 1972); The Money Atttude Scale ou Escala de Attudes para o Dnhero (YAMAUCHI & TEMPLER, 1982); Money Belefs and Behavor Scale ou Escala de Crenças e Comportamentos Monetáros (FURNHAM, 1984) e The Money Ethc Scale ou Escala Étca do Dnhero (TANG, 1992). Tang e Km (1999), utlzando a Money Ethc Scale (MES), nvestgaram o sgnfcado do dnhero entre os trabalhadores da área de saúde mental. Foram encontrados três fatores: orçamento, vsão negatva e sucesso. Também em 1999, Luna-Arocas estudou as attudes acerca do dnhero, encontrando presença sgnfcatva de ndvíduos apresentando uma necessdade de ganhar dnhero e de obter respeto e poder para poder obter felcdade. Gbadamos and Joubert (2005), utlzando a mesma escala, nvestgaram as percepções étcas e moras em um setor públco, especalmente o relaconamento dnhero étco, percepção da corrupção, satsfação no trabalho, dentre outras varáves. Os resultados ndcaram relaconamento sgnfcatvo entre as varáves, além de demonstrar a mportânca do dnhero como fator motvador. No Brasl, Morera e Tamayo (1999) desenvolveram a Escala do Sgnfcado do Dnhero ESD a partr de pesqusa realzada em algumas regões brasleras. Dando sequênca aos estudos acerca do tema, Morera (2002) propôs delnear o perfl do sgnfcado do dnhero. A pesqusa envolveu pessoas de város níves socas, cdades do nteror e captal e faxa salaral, agrupando-as por áreas geográfcas e organzando-as em ordem decrescente de mportânca. Os componentes encontrados foram: Establdade, Desgualdade, Progresso, Cultura, Conflto, Desapego, Poder, Prazer e Sofrmento. Desta forma, concluu-se que o dnhero assume dmensão de preocupação emnentemente socal em nosso país, contrastando com a tônca das pesqusas conduzdas em outros contextos que focalzam o sgnfcado do dnhero a nível ndvdual. Outro estudo, no Brasl, fo realzado por Resende, Cavalcante e Jeunon (2010). Autoras, observando estudantes de graduação, valdaram a Escala do Sgnfcado do Dnhero (EAD) desenvolvda por Luna, 834

Quntanlla e Daz (1995). A escala obteve alto grau de confabldade e é composta por dos fatores: socal e pessoal. Embora os estudos enfoquem, em sua maora, percepções e attudes em relação ao dnhero do públco adulto, autores como Otto e Webley (2001) e Denegr (2000) têm ntroduzdo questonamentos para o grupo nfantl e adolescente Neste contexto, desponta-se o segmento de unverstáros para pesqusas na área (JEUNON CAVALCANTE & RESENDE, 2010). Lm e Teo (1996) avalaram as attudes em relação ao dnhero entre estudantes unverstáros em Cngapura e demonstraram que os valores do dnhero são: obsessão (forma prmára da dmensão do dnhero que compreende tens que tratam as preocupações do ndvíduo com assuntos relaconados ao dnhero); poder (dnhero confere autonoma e lberdade); orçamento (reflete a habldade das pessoas de orçar seu dnhero e manter seus hábtos); realzação (dnhero como símbolo de sucesso e saláro pessoal como reflexo da ntelgênca de quem o ganha); avalação (padrão de avalação ou comparação com outras pessoas); ansedade (pensamentos ndvduas e preocupações com o dnhero); retenção (representa a extrema cautela quanto ao uso do dnhero); não-generosos (dar ou emprestar dnhero). Lynn, Yamauch e Tachbana (1991) ao analsarem estudantes japoneses e ngleses observaram escores mas altos para os prmeros em compettvdade e valorzação do dnhero. Tendo em vsta a escolha deste segmento (graduandos) para fns da pesqusa, os aspectos metodológcos adotados são apresentados na próxma seção. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho caracterza-se por utlzar uma abordagem quanttatva de caráter descrtvo. Quanttatva uma vez que segundo Mchel (2005) a atvdade de pesqusa usa a quantfcação tanto nas modaldades de coleta de nformações, quanto no tratamento destas, através de técncas estatístcas e de caráter descrtvo, pos, anda segundo observações desta mesma autora, este trabalho procurará observar e analsar as relações e conexões entre fenômenos exstentes. Por acessbldade, a pesqusa fo realzada em duas Insttuções mneras de Ensno Superor, stuadas na cdade de Belo Horzonte. As IES são Faculdades de mesmo porte, com cursos voltados para as Cêncas Gerencas e apresentaram juntas, no período da coleta de dados, 2.200 dscentes matrculados. Neste unverso foram aplcados 486 questonáros, uma representação de 22. A amostra fo defnda por acessbldade e nela foram ncluídos alunos dos últmos períodos de todos os cursos. A TAB. 1 apresenta a dstrbução dessa amostra por gênero e bolsa de estudo. A análse da tabela ndca que há uma concentração maor de alunos que não têm bolsa, 70,80 para o públco masculno e 60,6 para o femnno. Tabela 1 Crosstabulatons gênero e bolsa de estudo Gênero Tem Bolsa Não tem Bolsa Femnno 39,4 60,6 Masculno 29,2 70,80 Fonte: Dados da pesqusa 835

Para a coleta dos dados utlzou-se a escala desenvolvda por Luna, Quntanlla and Daz (1995) e valdada, no Brasl, por Resende, Cavalcante e Jeunon (2010). Na escala são utlzados concetos fatores socas e pessoas em um contexto de consumsmo e materalsmo, tens mportantes já que, segundo Metrocamp (2009) estamos nserdos na cultura do ter como fator determnante para a valorzação do ndvíduo nos âmbtos socas. A escala é composta de tens que estão dvddos em EAD Socal e Pessoal. Para a EAD Socal tem-se: Questão 1 Ter dnhero permte que as pessoas sejam admradas pelos outros; Questão 2 O dnhero serve para facltar o relaconamento com as pessoas; Questão 3 Quanto mas dnhero, mas amgos; Questão 4 O dnhero dá mas respeto a quem o possu; Questão 5 O dnhero permte nfluencar mas as pessoas; Questão 6 O dnhero dá boa magem a quem o possu; Questão 7 A vda é feta para os que têm dnhero; Questão 8 Vver sem dnhero é não vver; Questão 9 Com dnhero tudo se compra. Para EAD Pessoal tem-se: Questão 10 O dnhero ajuda a me sentr bem; Questão 11 O dnhero me ajuda a consegur felcdade; Questão 12 Se eu tvesse mas dnhero me sentra plenamente satsfeto; Questão 13 Não necessto de dnhero para prosperar pessoalmente; Questão 14 O dnhero muda o caráter das pessoas; Questão 15 Com dnhero mnha vda sera mas bonta; Questão 16 O dnhero destró as pessoas; Questão 17 Gostara muto de ser rco; Questão 18 Se eu fosse rco mnha vda sera muto melhor. totalmente. Os tens foram avalados em escala Lkert de cnco pontos, ndo de dscordo totalmente a concordo O tratamento dos dados fo realzado segundo 4 etapas. Na prmera etapa realzou-se a verfcação dos dados ausentes (mssngs) e extremos (outlers). Na segunda, buscou-se dentfcar a fdedgndade da escala por meo do Alpha de Cronbach. A tercera etapa consttuu-se da aplcação da Análse Fatoral e na últma realzouse a estatístca descrtva a partr da qual dscutu-se o conteúdo do tema. A Análse Fatoral examna e analsa, segundo Har et al. (2005), o problema da estrutura das correlações entre um grande número de varáves, defndas por um conjunto de fatores. Análse fatoral, então, tem como objetvo prncpal descrever a varabldade orgnal do vetor aleatóro X, em termos de um número menor m de varáves aleatóras. Em lnhas geras, para Mngot (2005), o que se espera é que as varáves orgnas X, 1,2,..., estejam agrupadas em subconjuntos de novas varáves mutuamente não correlaconadas, e que possam sumarzar as nformações prncpas das varáves orgnas. Estas novas varáves aleatóras são conhecdas por fatores ou varáves latentes. De acordo com Bezerra e Corrar (2006), a Análse Fatoral busca a cração de fatores que explquem melhor, de forma conjunta, todas as varáves que possuam um pequeno (ou nenhum) relaconamento com as demas varáves embora, como bem lembram os autores, algumas vezes esta análse possa atngr resultados medíocres. Para que um modelo de análse fatoral possa ser adequadamente ajustado aos dados é necessáro, segundo Mngot (2005), que a matrz de correlação nversa seja próxma da matrz dagonal. Uma medda de adequacdade fundamental, nesse prncípo, é o coefcente kaser-meyer-olkn KMO, ou seja, é uma medda que ndca o grau de explcação dos dados a partr dos fatores encontrados. Rce (1977) apud Mngot (2005) p 836

ndca que, para a adequacdade de ajuste de um modelo de análse fatoral, o valor de KMO deve ser maor ou gual a 0,8. Seu coefcente é defndo, segundo Mngot (2005), por: Em que, R j é a correlação amostral entre as varáves j j 2 j KMO 2 R Q X e j R 2 j j X j, e Q j é a correlação parcal entre X e X j, Outra medda dsponblzada pela Análse Fatoral é o Bartlett s Test of Sphercty que ndca se exste relação sufcente entre os ndcadores gerados. Este teste, segundo Mngot (2005), trabalha com as hpóteses: H o : Ppxp I pxp e H : P pxp I pxp 1. Para que o modelo de análse fatoral seja ajustado, o teste em questão deverá rejetar a hpótese nula. Recomenda-se que o valor de Sgnfcânca não ultrapasse 0,5. A equação é mensurada da segunte forma: Em que 1 T n 6 ln. denota a função logartmo neperano, e correlação amostral. p ^ 2 p 11 ln ^, com j1 1,2,..., p são os autovalores da matrz de Após esta análse, resta verfcar o número de fatores gerados bem como seu grau de explcação, ou seja, fatores que explcam a varabldade das varáves orgnas. O número de fatores é determnado através da estmação da matrz de correlação teórca. Desta estmação é possível extrar os autovalores que serão mportantes para defnr o número de fatores. Segundo Mngot (2005, p. 105) exstem três crtéros: Crtéro 1 a análse da proporção da varânca total relaconada com cada autovalor ^ ^, dada por / p, 1,2,..., p. Permanecem aqueles autovalores que representam maores proporções da varânca total e, portanto, o valor de m será gual ao número de autovalores retdos; Crtéro 2 a comparação do valor numérco de com o valor 1, número de autovalores ^ ^ 1,2,..., p. O valor de m será gual ao maores ou guas a 1. A déa básca desse crtéro é manter no sstema novas dmensões que representam pelo menos a nformação de varânca de uma varável orgnal. Este crtéro fo proposto por Kaser (1958); Crtéro 3 observação do gráfco scree-plot (Cattell, 1966), que dspõe os valores de ^ ordenados em ordem decrescente. Por este crtéro, procura-se no gráfco um ponto de salto, que estara representando um decréscmo de mportânca em relação à varânca total. O valor de m sera, então, gual ao número de autovalores anterores ao ponto de salto. Este crtéro é equvalente ao Crtéro 1. O procedmento adotado, ncalmente, fo analsar a matrz ant-magem, pos, segundo Bezerra e Corrar (2006), esta matrz ndca o poder de explcação dos fatores em cada uma das varáves analsadas. Os dados mportantes nesta matrz estarão na dagonal da parte nferor da tabela, que ndca o MAS Measure of 837

Samplng Adequacy. Se os dados forem nferores a.50, consderados muto pequenos para análse, então eles serão retrados da amostra. Outra tabela útl na análse é a de Communaltes, que ndca se as varáves possuem relação com os fatores e seu poder de explcação. Por fm, a dea, então, é analsar os resultados quantas vezes for precso, de forma que se tenha um bom poder de explcação do modelo proposto. Após a dentfcação do número de fatores, a matrz Rotated Component Matrx dentfcará as varáves componentes de cada fator. Este artgo optou pelo uso do método de análse de componentes prncpas com rotação Varmax que permte a redução de varáves ou a redução de fatores. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Lmpeza dos dados e análse de fdedgndade Em relação ao banco de dados, não se verfcou dados ausentes e extremos nas respostas. Sendo assm, pode-se proceder às outras estatístcas. Quanto à análse de fdedgndade do nstrumento, observou-se um Alpha de Cronbach de.8319. Isto é um ndcador da ótma confabldade da Escala. 4.2 Análse Fatoral 4.2.1 Gênero masculno Para a análse fatoral, verfcou-se prmeramente a adequacdade de ajuste do modelo. Os dados podem ser vsualzados na TAB. 2. Tabela 2 Teste KMO e Bartlett gênero masculno Masculno Kaser-Meyer-Olkn Measure of Samplng Adequacy,847 Bartlett s Test of Sphercty Approx. Ch-Square 1017,211 Df 105 Sg,000 O valor de KMO ndcou que o modelo fatoral proposto fo adequado. Nesse prmero momento, o modelo gerou 4 fatores com grau de explcação muto baxo, em torno de 53,9. Mesmo com o KMO maor que 0,80, este resultado não é bom. O procedmento fo, então, analsar a matrz ant-magem, verfcando se exstam varáves com valores menores que,50. Exstndo, rodou-se novamente a fatoral. Esse processo se repetu até que se encontrar um resultado satsfatóro. Dante da análse retraram-se as questões 13, 14 e 16, pelos motvos já apresentados. A explcação melhorou muto pouco, regstrando agora 54,08. Contnuou-se o procedmento. Ao se retrarem as questões 1, 5, 6, 11 e 17 a explcação chegou em torno de 62,11, mas anda não era o esperado. Por fm, em busca de um resultado mas 838

satsfatóro retraram-se as questões 9 e 10. O resultado fnal ndcou um KMO de 0,728, mas uma explcação da varânca dos dados em torno de 67,546, para três fatores, conforme TAB. 3. Tabela 3 Total da Varânca Explcada gênero masculno Intal Egenvalues Extracton Sums of Squared Loadngs Rotaton Sums of Squared Loadngs Component Total of Total of Total of 1 2,992 37,394 37,394 2,992 37,394 37,394 1,944 24,298 24,298 2 1,259 15,733 53,127 1,259 15,733 53,127 1,934 24,171 48,469 3 1,153 14,418 67,546 1,153 14,418 67,546 1,526 19,076 67,546 Com a rotação desses fatores, resultando na TAB. 4, a Rotated Component Matrx dentfcou as varáves componentes de cada um deles. Tabela 4 Rotated Component Matrx gênero masculno 1 2,88 Componentes 2 3,16 3 2,71 O dnhero serve para facltar o relaconamento com as pessoas.,795 Quanto mas dnhero, mas amgos.,788 O dnhero dá mas respeto a quem o possu.,751 A vda é feta para os que têm dnhero.,821 Vver sem dnhero é não vver.,860 Se eu tvesse mas dnhero me sentra plenamente satsfeto.,687 Com dnhero mnha vda sera mas bonta.,759 Se eu fosse rco mnha vda sera muto melhor.,869 O prmero e tercero fator se enquadram na mesma vsão do dnhero como poder socal, todava apresentam característcas dferentes: o prmero reforça a nfluênca socal, enquanto que o tercero mantém forte o elo com o poder socal. Já o segundo fator, que percebe o dnhero como felcdade pessoal, tem seus componentes caracterzados para a rqueza. Com objetvo de verfcar quas fatores seram os mas mportantes nesta amostra, utlzou-se a méda das respostas, comparando com a méda das respostas em cada fator. Observando a TAB. 4, as questões relaconadas ao fator 2 foram consderadas as mas relevantes no meo masculno com méda de 3,16. 4.2.2 Gênero femnno Consderando o gênero femnno, verfcou-se a adequacdade da amostra, já que o KMO apresentou resultado,830, maor que,50, como apresentado pela Tabela 5. 839

Tabela 5 Teste KMO e Bartlett gênero femnno Femnno Kaser-Meyer-Olkn Measure of Samplng Adequacy,830 Bartlett s Test of Sphercty Approx. Ch-Square 1355,036 Df 153 Sg,000 O Bartlett s Test of Sphercty ndcou que exste relação sufcente entre os ndcadores gerados, já que o valor de Sg. é menor que 0,5. A fatoral gerou 5 fatores com 57,95 de explcação da varânca total. Em busca de um resultado satsfatóro, recorreu-se aos procedmentos dto alhures, ou seja, analsar a matrz antmagem e a Communaltes em busca de varáves com valores menores que,50. No prmero momento retraram-se as questões 13, 14 e 16, melhorando o poder de explcação para 58,82. No segundo momento procedeu-se à retrada das questões 1, 3, 5, 6, 9 e 11, o que apresentou o melhor poder de explcação, em torno de 64, com KMO de,810, para 3 fatores. O resultado apresentado na TAB. 6 apresenta o poder de explcação da varânca para os fatores gerados. Tabela 6 Total da Varânca Explcada gênero femnno Intal Egenvalues Extracton Sums of Squared Loadngs Rotaton Sums of Squared Loadngs Component Total of Total of Total of 1 3,518 39,092 39,092 3,518 39,092 39,092 2,675 29,727 29,727 2 1,251 13,902 52,994 1,251 13,902 52,994 1,596 17,735 47,462 3 1,016 11,294 64,288 1,016 11,294 64,288 1,514 16,826 64,288 A análse fatoral, após todos os procedmentos realzados, gerou 3 fatores que explcam 64 da varânca dos dados, o melhor resultado encontrado. Com a rotação desses fatores, a Rotated Component Matrx dentfcou as varáves componentes de cada um. Tabela 7 Rotated Component Matrx gênero femnno 1 3,37 Componentes 2 2,53 3 3,19 O dnhero serve para facltar o relaconamento com as pessoas.,754 O dnhero dá mas respeto a quem o possu.,866 A vda é feta para os que têm dnhero.,802 Vver sem dnhero é não vver.,865 O dnhero me ajuda a sentr bem.,659 Se eu tvesse mas dnhero me sentra plenamente satsfeto.,634 Com dnhero mnha vda sera mas bonta.,658 Gostara muto de ser rco.,771 Se eu fosse rco mnha vda sera muto melhor.,837 Observa-se, pela TAB. 7, que o públco femnno apresenta 3 fatores bem defndos. O prmero com questões que as levam a pensar que dnhero traz felcdade pessoal. No segundo fator, as mulheres veem o 840

dnhero como poder e fnalmente o tercero traz o dnhero como poder de nfluênca socal. Pela méda dos fatores, o fator 1 é o mas mportante, segudo do fator 3. 4.3.2. Alunos que possuem Bolsa de Estudo Consderando alunos que dsseram ter bolsa verfcou-se adequacdade da amostra pelo KMO já que seu resultado apresentou valor de,834, maor que,50, como apresentado pela TAB. 8. Tabela 8 Teste KMO e Bartlett Alunos que têm bolsa de estudo Tem Bolsa Kaser-Meyer-Olkn Measure of Samplng Adequacy,834 Bartlett s Test of Sphercty Approx. Ch-Square 794,957 Df 105 Sg,000 Após análse da matrz ant magem e do communalttes, retraram-se as questões 1, 9, 11, 13, 14 e 16. A análse fatoral, após todos os procedmentos realzados, gerou 4 fatores que explcam 66 da varânca dos dados. O melhor resultado encontrado. Tabela 9 Total da Varânca Explcada Alunos que têm bolsa de estudo Intal Egenvalues Extracton Sums of Squared Loadngs Rotaton Sums of Squared Loadngs Component Total of Total of Total of 1 4,265 35,538 35,538 4,265 35,538 35,538 2,445 20,375 20,375 2 1,481 12,341 47,879 1,481 12,341 47,879 1,902 15,849 36,224 3 1,222 10,185 58,064 1,222 10,185 58,064 1,878 15,649 51,873 4 1,005 8,376 66,440 1,005 8,376 66,440 1,748 14,567 66,440 Com a rotação desses fatores, resultado na TAB. 10, a Rotated Component Matrx apresentou as varáves componentes de cada um. Tabela 10 Rotated Component Matrx Alunos que têm bolsa de estudo Componentes 1 3,37 2 2,88 3 3,82 4 2,16 O dnhero serve para facltar o relaconamento com as pessoas.,650 Quanto mas dnhero mas amgo.,827 O dnhero dá mas respeto a quem o possu.,664 O dnhero permte nfluencar mas as pessoas.,725 O dnhero dá boa magem a quem o possu.,693 A vda é feta para os que têm dnhero.,811 Vver sem dnhero é não vver.,817 O dnhero me ajuda a sentr bem.,562 Se eu tvesse mas dnhero me sentra plenamente satsfeto.,722 Com dnhero mnha vda sera mas bonta.,547 Gostara muto de ser rco.,745 Se eu fosse rco mnha vda sera muto melhor.,804 841

Observa-se, pela TAB. 10, que os fatores 2 e 3 sugerem questões relaconadas à nfluênca socal; o Fator 1 apresenta característca de felcdade pessoal, enquanto que o fator 4 está mas relaconado ao poder do dnhero. Quanto à méda dos resultados para cada fator, percebe-se que os alunos que têm bolsa de estudo na faculdade veem o dnhero como uma forma de nfluencar as pessoas. 4.2.4 Alunos que não possuem Bolsa de Estudo Fnalmente, o últmo tem se refere aos alunos que não possuem bolsa de estudo na faculdade. O resultado do KMO ndcou que há adequacdade desta amostra, pos seu resultado apresentou valor de,825, maor que,50. Tabela 11 Teste KMO e Bartlett Alunos que não têm bolsa de estudo Tem Bolsa Kaser-Meyer-Olkn Measure of Samplng Adequacy,825 Bartlett s Test of Sphercty Approx. Ch-Square 1095,283 Df 66 Sg,000 O resultado apresentado pela TAB. 11 é decorrente da retrada das questões 3, 5, 8, 9, 11 e 16. A análse fatoral, para este grupo, também gerou 4 fatores que explcam 65 da varânca dos dados. O melhor resultado encontrado. Tabela 12 Total da Varânca Explcada Alunos que não têm bolsa de estudo Intal Egenvalues Extracton Sums of Squared Loadngs Rotaton Sums of Squared Loadngs Component Total of Total of Total of 1 4,164 34,699 34,699 4,164 34,699 34,699 2,708 22,567 22,567 2 1,406 11,714 46,413 1,406 11,714 46,413 2,407 20,061 42,628 3 1,271 10,589 57,002 1,271 10,589 57,002 1,608 13,396 56,024 4 1,009 8,411 65,413 1,009 8,411 65,413 1,127 9,389 65,413 Com a rotação desses fatores, resultado na TAB. 10, a Rotated Component Matrx apresentou as varáves componentes de cada um. 842

Tabela 13 Rotated Component Matrx Alunos que não têm bolsa de estudo 1 3,37 Componentes 2 3,34 3 2,16 Ter dnhero permte que as pessoas sejam admradas pelos outros.,795 O dnhero serve para facltar o relaconamento com as pessoas.,794 O dnhero dá mas respeto a quem o possu.,697 O dnhero dá boa magem a quem o possu.,646 A vda é feta para os que têm dnhero.,800 Vver sem dnhero é não vver.,869 4 3,67 O dnhero me ajuda a sentr bem.,638 Se eu tvesse mas dnhero me sentra plenamente satsfeto.,600 O dnhero muda o caráter das pessoas.,932 Com dnhero mnha vda sera mas bonta.,674 Gostara muto de ser rco.,790 Se eu fosse rco mnha vda sera muto melhor.,842 Pela rotação dos fatores observa-se que o fator 4 fo composto por uma únca varável e apresenta a maor médas entre os fatores, segundo os alunos que não têm bolsa de estudo na faculdade, vendo o dnhero como um mal. O segundo fator mas mportante, segundo a méda das respostas, fo o fator 1 que engloba questões relaconadas à felcdade pessoal. O segundo e tercero fator apresentam, respectvamente, questões relaconadas à nfluênca socal e poder. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse estudo se propôs a analsar o sgnfcado do dnhero atrbuído por alunos de Insttuções Partculares de Ensno Superor, verfcando-se semelhanças e dferenças em relação aos fatores gênero e bolsa de estudo. Os resultados, decorrentes da análse fatoral para os gêneros masculno e femnno, ndcaram que os alunos apresentaram pensamentos semelhantes em relação ao dnhero. Ambos destacaram varáves que relaconam dnhero com felcdade pessoal, poder e nfluênca socal. Para eles, a felcdade sera o atrbuto mas relaconado ao tema. Em relação ao sgnfcado, para gênero, quanto ao conteúdo, os dados são coerentes com outros estudos como os de Cora (2010) e Ledesma e Lafuente (2012). Entretanto, no questo da semelhança das respostas dos dos gêneros, este estudo aponta, dferentemente dos outros, uma correlação postva. Quanto ao atrbuto de possur ou não bolsa de estudo na faculdade, ambos dentfcaram 4 fatores, entretanto os alunos que têm bolsa dvergem um pouco da vsão daqueles que não a possuem. Os prmeros destacam que dnhero pode ser vsto com um fator para nfluênca socal, enquanto que o restante o destaca como um mal. Ver o dnhero como negatvo e prejudcal é uma tendênca que dmnu à medda que a pessoa começa a ter maor progressão econômca, como apontado por Tang e Luna-Arocas (1999) e Nnedum et al (2011). Para os autores, quando unverstáros vão começando a fazer parte da vda econômca atva a tendênca é assocar o dnhero com crenças postvas. 843

Pode-se nferr, portanto, que, na amostra estudada, a varável gênero não fo um atrbuto tão relevante na análse, apesar de mportante, e que bolsa de estudo fo uma varável dreconadora no estudo sobre attudes acerca do dnhero. Os resultados encontrados pelo Alpha de Cronbach permtram observar a fdedgndade da escala proposta por Luna-Arocas, Quntanlla e Daz (1995) e valdada por Resende, Cavalcante e Jeunon (2010) em um contexto braslero, garantndo, dessa forma, a consstênca e precsão de seu nstrumento. A partr desse estudo algumas recomendações podem ser fetas: realzar pesqusas correlaconando a percepção do sgnfcado do dnhero com a escolha profssonal e com a noção de sucesso na carrera; pesqusas comparando alunos entrantes com alunos concluntes; relaconar dnhero com o comportamento de consumo e também com o comportamento econômco (como gastar, poupar e jogar). Além dsso, pesqusas podem nvestgar a socalzação e educação econômca de estudantes. Em suma, acredta-se que o dnhero possu sgnfcados que vão muto além de sua função prncpal, que sera um meo de troca, e que exste a nfluênca de outros fatores nerentes a cada grupo de ndvíduos. Este trabalho tem alcance gerencal e educatvo, já que o tema permea um aspecto sgnfcatvo da vda atual, que é o dnhero. Sendo assm, pode servr de parâmetro para outros estudos tanto em IES como em organzações. Artgo submetdo para avalação em 18/05/2012 e aceto para publcação em 29/12/2012 REFERÊNCIAS BAKER, W.E.; JIMERSON, J.B. (1992). The socology of money. Amercan Behavoral Scentst, 35(6), 678-693. BARON, R.; BYRNE, D. (1998). Pscología socal. Madrd: Prentce Hall. BEZERRA, F. A.; CORRAR, L. j. (2006). Utlzação da Análse Fatoral na Identfcação dos Prncpas Indcadores para a Avalação do Desempenho Fnancero: uma aplcação nas empresas de Seguro. Revsta de Contabldade e Fnanças, São Paulo, Ano XVII, v. 1, n 42, p. 50-62, set/dez. BORDONABA, V., GARRIDO, A. e MARTINEZ, E. (2001) Consumer behavor to brand extensons. In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. 6-10 September, Bath, UK. BOSOTTI, E. E. (2001) Atttudes and values n economc behavors. In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. 6-10 september, Bath, UK. BUITONI, A.(2000). O dreto na balança da establzação econômca do cruzado ao real. OAB/SP, p.214.. CAMPOS, R. (2003). Dnhero é Pscológco. Revsta Vver Pscologa. São Paulo, ano XI, nº 124, p.10-14, Mao. CHARLES-PAUVER S, B; URBAIN, C. (2003). Atttudes Towards Money: An Attempt to Propose a French Money Ethc Scale. Proceedngs of the Internatonal Management Dvson of Academy of management Conference U.S.A. CORIA, C. (1998). El dnero en la pareja. Buenos Ares: Pados. 844

CORIA, M.D.(2010) Representacones socales sobre pobreza en Estudantes unverstáros chlenos. Lberabt vol.16 no.2, Lma. DECOURT, R.F.; ACCORSI, A. (2005). As Fnanças Comportamentas e os nvestmentos no Mercado Fnancero Braslero. In: Anas do Congresso Braslero de Fnanças. São Paulo: Unversdade Presbterana Mackenze. DENEGRI, M. (2000). Introducon a la Pscologa Economa. Dsponível em <http:// www.pscologaeconomca.com>. (Acessado em 15/08/2012). DOYLE, K.O. (1992). Introducton: Money and behavoral scences. Amercan Behavoral Scentst, 35, p. 641-657. FALICOV, C. J. (2001). The Cultural Meanngs of Money: The Case of Latnos and Anglo-amercans. Amercan Behavoral Scentst, v. 45, n. 2, p. 313 328, October. FURNHAM, A. (1984). Many sdes of the con: the psychology of money usage. Personalty and Indvdual Dfferences, 5, p. 501-509. GBADAMOSI, G.; JOUBERT, P. (2005). Money ethc, moral conduct and work related atttudes: feld study from the publc sector n Swazland, Journal of Management Development, v. 24, n. 8, p. 754-763. GUTIÉRREZ, M. C. L.; MARTÍN, F. F. (2012). La Percepcón emoconal Del dnero como determnante de um comportamento de ahorro o endeudamento. Dsponível em: <http://www.unagalcamoderna.com/eawp/coldata/upload/percepcon_emoconal_dnero_unv_cartagena.pdf>. Acesso em 21 jul. 2012. HAIR, J.F. Jr.; BABIN, J.B; ANDERSON, R.E.; TATHAN, R.L. e BLACK, W.C. (2006). Multvarate Data Analyss. 6th ed. Upper Saddle Rver: Prentce Hall. HALFED, M.; TORRES, F.F. L. (2001). Fnanças Comportamentas: aplcações no contexto braslero. RAE - Revsta de Admnstração de Empresas. São Paulo, v. 41. n. 2, p. 64-71, Abr./Jun. HALLBOM, Krs & D ALO, Armand. A Pscologa do Dnhero, Prosperdade e Abundanca. Dsponível em: <http://www.golfnho.com.br/artgos/artgodomes200409.htm>. Acesso em 03 abr. 2007. KAISER, H.F. (1958). The varmax crteron for analytc rotaton n factor analyss. Psychometrka, 23: 187 200. KIMURA, H. Aspectos Comportamentas Assocados às Reações do Mercado de Captas. RAE-Eletrônca, n.2, v.1, p.2-14, Jan/Jun 2003. LEDESMA,; LAFUENTE, (2012). Acttudes haca el Dnero em jóvenes de 18 a 23 años. Unversdad Católca Bolvana. LIM, V. K. G.; TEO, T. S. H. (1996). Sex, money and fnancal hardshp: An emprcal study of atttudes towards money among undergraduates n Sngapore. n. 18, p. 369-386. LIMA, M. V. (2003). Um estudo sobre Fnanças Comportamentas. RAE-eletrônca, V. 2, N. 1, jan-jun. LUNA-AROCAS, R. (1999). La estratéga de recursos humanos: El valor Del dnero Human resources strategy: money value. Anales de Economía y Admnstracón de Empresas, 7, p. 59-73. LUNA-AROCAS, R.; FERNÁNDEZ, G. G.; TANG, T. L.P. (1998). La pscologa econômca del dnero en el contexto de los recursos humanos y el consumo. In: II Congreso Iberoamercano. Madrd. 845

LUNA-AROCAS, R.; TANG, T. L.P. (2001). What s your Money profle? Examnaton of money ethc endorsement usng cluster analyss. In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. 6-10 September, Bath, UK. LUNA-AROCAS, R., QUINTANILLA, I.; DIAZ, R. (1995). Psychology of money: atttudes and perceptons wthn young people. In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. Bergen, Norway. LYNN, R., YAMAUCHI, H.; TACHIBANA, Y. (1991). Atttudes related to work of adolescents n the Unted Kngdom and Japan. Psychologcal Reports, 68(2), p.403-410. MARCON, R.; GODOI, C. K.; PINTO, C. R. Análse do Sentmento de Aversão à perda em Fnanças Comportamentas e na Teora Pscanalítca. Dsponível em: <http://www.nvestsul.com.br/textos_academcos.asp>. Acesso em 03 abr. 2012. METROCAMP. (2009). Consumo conscente: comuncação e educação formulando concetos e reformulando attudes. Dsponível: <http://www.metrocamp.com.br/secao.php?codgo=717>. Acesso em: 22 fev. 2012. MICHEL, M. H. (2005). Metodologa e Pesqusa Centfca em Cêncas Socas. São Paulo: Atlas. MINGOTI, S. A. (2005). Análse de dados através de métodos de estatístca multvarada uma abordagem aplcada. Belo Horzonte: Edtora UFMG. MITCHELL, T. R.; MICKEL, A. E. (1999). The meanng of money: an ndvdual dfference perspectve. Academy of Management Revew, n. 3, v. 24, p. 568-578. MOITA NETO, J. M. (2004). Estatístca Multvarada Uma Vsão Ddátco-Metodológca. Crítca Revsta de Flosofa e Ensno. Flosofa da Cênca. Dsponível em: <http://www.crtcanarede.com/cen_estatstca.html>. Acesso em: 02 junho 2012. MOREIRA, A. S. Values and Money: searchng for patterns of relatonshp between prortes of values and the meanng of Money. In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. 6-10 september, 2001, Bath, UK.. (2002). Dnhero no Brasl: Um Estudo Comparatvo do Sgnfcado do Dnhero Entre as Regões Geográfcas Brasleras. Estudos de Pscologa, 7(2), p. 379-387. MOREIRA, A. S.;TAMAYO, A. (1999). Escala de Sgnfcado do Dnhero: Desenvolvmento e Valdação. Pscologa: Teora e Pesqusa, 15(2), p. 93-105. NNEDUM, O.A.U (2003). Money Ethc Endorsement Among Dfferent Ethc Groups, Gender, and Resdence n Ngera. Proceedngs of the Internatonal Management Dvson of the Academy of Management Annual Conference. Seattle, Washngton DC, USA. NNEDUM,O.A. U.; Egwu, E.U.; Obnna, E. J.; Ntomchukwu, M.S.; Chukwukeluo, C.B. (2011). Materalsm and Meanng of Money (MOM): Valdaton of Money Metaphor Scale (MMS) n South Afrca. Internatonal Research Journal of Fnance and Economcs. ISSN 1450-2887 Issue 76. NOFSINGER J. Socal Mood and Fnancal Economcs. Journal of Behavoral Fnance, v. 6, p. 144-160, 2006 OKPARA, E. (1991). A Study of Socal Value Dfferentaton Among Ngeran Ethc Sub-Culture.Ngeran Journal of Psychology, V. 8, N.1, p. 17-23. OLSEN, R. Behavoral fnance and ts mplcatons for stock prce volatlty. Fnancal Analysts Journal, 54(2):10-18, 1998. OLUGBILE, F. (1997). Ngera At Work: A Survey of the Psychology of Work Among Ngerans. Lagos: Maltase Press Ltd. 846

OTTO, A.; WEBLEY, P. Chldren s savng (2001). In: XXVI IAREP Annual Colloquum on Economc Psychology: Envronment and Wellbeng. 6-10 September, Bath, UK. RESENDE, L.B.C.; CAVALCANTE, S.B.; JEUNON, E.E. (2010). Atttudes related to money: A comparatve study between undergraduate students n Belo Horzonte (Brazl). In: Ptters, Jula; Oberlechner, Thomas. (Org.). A boat trp through change. 1ed.Austra: Webster Unversty, 2010, v. 1, p. 1-289. SERPA, D. A.; AVILA, M. G. (2004). Percepção sobre preço e valor: um teste expermental. RAE-eletrônca, v. 3, n. 2, Art. 13, jul./dez. TANG, T. L. P. (1992). The meanng of money revsted. Journal of Organzatonal Behavor, 13, p. 197-202. TANG, T. L. P. e KIM, J. K. (1999). The Meanng of money among mental health workers: the endorsement of money ethc as related to organzatonal ctzenshp behavor, job satsfacton and commtment. Publc Personnel Management, n.1., v. 28. TVERSKY, A; KAHNEMAN, D. (1973). Avalablty: A heurstc for judgng frequency and probablty. Cogntve Psychology, volume 5, p.207 232. TVERSKY, A; KAHNEMAN, D. (1974). Judgment under uncertanty: Heurstcs and bases - Bases n judgments reveal some heurstcs of thnkng under uncertanty. Scence, 185, 1124-1131. VILLELA, J. M. (2004). O Dnhero e suas dversas faces nas eleções muncpas em Pernanbuco. MANA, v. 11, n. 1, p. 267-296. YAMAUCHI, K.T.; TEMPLER, D.I. (1982). The development of a money atttude scale. Journal of Personalty Assesment, 46, p. 522-528. ZELIZER, V. A. The Socal Meanng of Money: "Specal Mones. The Amercan Journal of Socology, Vol. 95, No. 2 (Sep., 1989), pp. 342-377 Chcago: The Unversty of Chcago Press. 847