MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS IFAL CAMPUS MACEIÓ PLANO DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM MECÂNICA



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Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS IFAL CAMPUS MACEIÓ PLANO DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM MECÂNICA MACEIÓ/AL 2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS IFAL CAMPUS MACEIÓ PLANO DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM MECÂNICA Comissão de Elaboração Marcus Alexandre Buarque da Silva Manoel Messias Domingues da silva Jackson José Souto de Moraes Roberto de Araújo Alécio Assessoria Pedagógica Helizabete Barros Mendes da Fonseca Vânia Maria Galdino da Silva Maria Aparecida da Silva Danielly Ferreira da Silva Wanessa Lopes de Melo Adriana Carla Valença MACEIÓ/AL 2012 2

ADMINISTRAÇÃO DA REITORIA - IFAL REITOR Prof. Sergio Teixeira Costa PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO Prof. Wellington Spencer Peixoto PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO Prof. Altemir João Sêcco PRÓ-REITOR DE ENSINO Prof. Luiz Henrique de Gouvêa Lemos PRÓ-REITOR DE PESQUISA E INOVAÇÃO Prof. Carlos Henrique de Almeida Alves PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Prof. José Carlos Pessoa de Melo DIREÇÃO GERAL DO CAMPUS MACEIÓ DIRETORA - GERAL Profª. Jeane Maria de Melo DIRETOR DE EXTENSÃO, PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO Profª. Daniela Ribeiro de Bulhões Jobim DIRETORA DE ENSINO Profª. Angela Baraldi Pacheco DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO Miquéias Ferreira dos Santos DEPARTAMENTO DE APOIO ACADÊMICO Maria Betânia Vilar de Souza. DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE TECNOLOGIA E PROCESSO Prof. Antenor Farias Barbosa 3

SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA... 5 2. OBJETIVOS... 8 2.1. Objetivo Geral:... 8 2.2. Objetivos Específicos:... 8 3. REQUISITOS DE ACESSO... 9 4. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO...10 5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR...12 6. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES...17 7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM APLICADOS AOS ALUNOS...17 8. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA...19 9. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO...23 10. CERTIFICADOS E DIPLOMAS...23 11. EMENTAS DAS DISCIPLINAS...24 11.1. NÚCLEO COMUM...24 11.2. NÚCLEO INTEGRADOR... 125 11.3. NÚCLEO PROFISSIONAL... 136 4

1. JUSTIFICATIVA Este Plano do Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica na área de Indústria é parte integrante das ofertas do IFAL, no âmbito da educação básica. Estão ancorado no marco normativo deste nível de ensino a partir da Lei nº 9.394/96, que é complementada em leis, decretos, pareceres e referenciais curriculares que constituem o arcabouço legal da Educação Profissional de Nível Médio. Nele se fazem presentes, também, elementos constitutivos do Projeto Político Pedagógico (PPP) desta Instituição, evidenciados a partir dos seguintes princípios norteadores: trabalho como principio educativo, a educação como estratégia de inclusão social, a gestão democrática e participativa a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O presente Plano de Curso teve a inclusão das disciplinas Filosofia e Sociologia nos quatros períodos letivos do curso, em cumprimento a Lei n 11.684 de 2 de junho de 2008, e portaria n 1.238/GR de 24 de agosto de 2011. Em um contexto de grandes transformações, notadamente no âmbito tecnológico, a educação profissional não pode se restringir a uma compreensão linear que apenas treina o cidadão para a empregabilidade, e nem a uma visão reducionista, que objetiva simplesmente preparar o trabalhador para executar tarefas instrumentais (BRASIL; 2004). Essa constatação admitida pelo MEC/SETEC ainda enseja, em função das demandas da atual conjuntura social, política, econômica, cultural e tecnológica, um novo princípio educativo que busque, progressivamente, afastar-se da separação entre as funções intelectuais e as técnicas, com vistas a estruturar uma formação que unifique ciência, tecnologia e trabalho, bem como atividades intelectuais e instrumentais (BRASIL; 2004; P.11). Em função das mudanças na estrutura e na dinâmica do mercado de trabalho, a Lei nº 9.394/96 assume uma concepção de Educação Profissional, estabelecendo mecanismos de controle e avaliação da qualidade dos serviços educacionais, orientando um reposicionamento do currículo. As últimas décadas foram marcadas por um avanço tecnológico e científico jamais imaginado, repercutindo na qualificação profissional e, consequentemente, na educação, trazendo significativas alterações no sistema de produção e no processo de trabalho. Mesmo tendo a clareza que as circunstâncias atuais exigem um trabalhador preparado para atuar com competência, criatividade e ousadia, numa dimensão generalista de 5

formação/atuação, no atual cenário econômico, não devemos subordinar a educação apenas às exigências do mercado de trabalho. Nesse sentido, é papel da Educação, fundamentada numa perspectiva humanista, formar cidadãos trabalhadores e conhecedores de seus direitos e obrigações que, a partir da apreensão do conhecimento, da instrumentalização e da compreensão crítica desta sociedade, sejam capazes de empreender uma inserção participativa, em condições de atuar qualitativamente no processo de desenvolvimento econômico e de transformação da realidade. Dessa forma, o IFAL, além de reafirmar a educação profissional e tecnológica como direito e bem público essencial para a promoção do desenvolvimento humano, econômico e social, compromete-se com a redução das desigualdades sociais e regionais; vincula-se ao projeto de nação soberana e desenvolvimento sustentável, incorporando a educação básica como requisito mínimo e direito de todos os trabalhadores, mediados por uma escola pública com qualidade social e tecnológica. Ressalta-se que a intencionalidade aqui exposta, aponta para um modelo de nação cujas bases sejam a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a redução das vulnerabilidades sociais, econômicas, culturais, científicas e tecnológicas. Assim, afirma-se a oferta de uma educação pública de qualidade, socialmente discutida e construída em processos participativos e democráticos, incorporando experiências que permitam acumular conhecimentos e técnicas, bem como deem acesso às inovações tecnológicas e ao mundo do trabalho. Como caminho metodológico para o cumprimento de tamanhos desafios, o papel da Educação deve ser o de apontar para a superação da dicotomia entre o academicismo superficial e a profissionalização estreita, que sempre pautaram a formulação de políticas educacionais para o nosso país. O Estado de Alagoas possui uma atividade econômica voltada para a agroindústria, o turismo, a pesca, o extrativismo mineral, dentre outras, com potencialidades econômicas em expansão. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (PNAD,2003), a força de trabalho alagoana compreende, aproximadamente, 1.227.524 habitantes, que representa 54,3% do total da população do Estado com 10 anos ou mais de idade. Portanto, a população economicamente ativa está distribuída em torno de 36,7% nas áreas rurais e 63,3% nas áreas urbanas. 6

Segundo o Plano Estadual de Educação PEE/AL 1998/2007 da Secretaria de Educação do Estado, cerca de 36% (1.025.995 habitantes) da população encontra-se na faixa etária escolar. Infelizmente, desse total, 47,8% encontra-se fora da sala de aula. Mesmo com esse indicativo de dificuldades, o Estado de Alagoas vem se destacando no ramo do agronegócio, sendo hoje o 2º produtor nacional de açúcar e álcool. De acordo com o Anuário RAIS (site do Ministério do Trabalho e Emprego), do ponto de vista do índice de criação de postos de trabalhos, o Estado de Alagoas, vem apresentando um crescimento significativo nos últimos anos nas áreas da indústria de transformação, do comércio e de serviços. ESTOQUE DE EMPREGOS FORMAIS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA, SEGUNDO RAMO DE ATIVIDADE UNIDADE DA FEDERAÇÃO ALAGOAS (BRASIL 2003 E 2004) 2003 2004 Indústria de Transformação 80.217 94.492 Comércio 39.895 43.064 Serviços 63.474 66.187 TOTAL 183.586 203.743 Fonte: RAIS - Dec. 76.900/75 Elaboração: CGET/DES/SPPE/MTE Com a finalidade de atender às demandas regionais, o IFAL, retoma com maior ênfase a oferta do Curso Técnico de Nível Médio em Mecânica Integrado à Educação Básica, compreendendo seu papel com a formação profissional que contribua na consolidação do desenvolvimento econômico e sustentável do estado. Nos últimos anos Alagoas também vem despontando capacidade de incremento nas suas atividades produtivas onde se encontram implantados em seus 101 municípios, de acordo com o Cadastro Industrial de Alagoas (ref.: ano 2000) /FIEA (Federação das Indústrias do Estado de Alagoas), aproximadamente 2400 estabelecimentos industriais, nos campos petroquímico, cloro álcool químico; nossetores elétrico, têxtil, de gás natural, de cimento, mineração, abastecimento de água, metalurgia, alimentos, bebidas, fertilizantes, beneficiamento de vidro e cristal, produção de pneumáticos, embalagens em geral, terminal portuário, curtume, gases industriais, material de limpeza, confecções de roupas, 7

refrigeração e climatização, fumo, serviços gráficos em geral, produção de material ótico, produção de calçados, construção civil, atividades geotécnicas, terraplanagem, construção e pavimentação de estradas e vias urbanas, construção de barragens, setores automobilísticos. A consolidação do IFAL como espaço de educação profissional, especialmente no âmbito da mecânica, se dá tomando-se por base à formação científica tecnológicahumanística tendo por objetivoformar profissionais qualificados para atuação nos diversos segmentos industriais e automobilístico com qualidade, preservação ambiental, competitividade, segurança, visão empreendedora e cooperativa, acompanhando as constantes evoluções tecnológicas, planejando, controlando e executando suas atividades com a competência requerida em seus ramos de atividades. Assim sendo, o técnico em Mecânica encontram espaços privilegiados no mundo do trabalho alagoano por se tratar de um profissional fundamental para o incremento dos mais variados setores da economia aqui destacados. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: Formar técnicos de nível médio numa perspectiva generalista em condições de atuar nos setores de produção, manutenção projeto, serviços e gestão na área de mecânica, fundamentado em bases científicas e tecnológicas além daquelas de natureza cultural, humana e sociológica, com vista à preservação da humanidade em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos, tendo à ética e o senso crítico como princípios primordiais de qualidade pessoal e profissional necessários a uma inserção social cidadã. 2.2. Objetivos Específicos: Conhecer as normas do desenho técnico. Ler e interpretar o desenho mecânico. Utilizar o desenho técnico como ferramenta de aplicação no desenvolvimento de projetos mecânicos. 8

Utilizar os aplicativos de desenho assistido por computador na concepção, elaboração e desenvolvimento de projetos mecânicos. Conhecer procedimentos e normas relacionados aos comandos eletroeletrônicos utilizados na mecânica. Identificar comandos eletroeletrônicos aplicados em sistemas mecânicos. Conhecer noções gerais em eletrônica e eletricidade básicas. Identificar e classificar dimensionar materiais aplicados na construção de componentes de máquinas. Identificar e especificar componentes de automação relacionados a hidráulicos e pneumáticos aplicados aos sistemas mecânicos. Aplicar princípios técnicos de transmissão de calor no dimensionamento, instalação e manutenção nos sistemas de frio e de produção de vapor. Aplicar técnicas de produção mecânica por meio de processos de fabricação convencionais e automatizados. Proceder ao diagnóstico relativo à execução de manutenção corretiva, preventiva, preditiva de sistemas mecânicos. Realizar levantamento prévio necessário à execução preventiva e preditiva de sistemas mecânicos. Planejar e coordenar os serviços da manutenção e da produção. Executar manutenção de sistemas nas diversas áreas da mecânica. Utilizar procedimentos de compras e vendas técnicas e controle de estoques. Desenvolver postura proativa de preservação do meio ambiente, segurança e saúde ocupacional. Desenvolver projetos mecânicos. 3. REQUISITOS DE ACESSO O acesso ao Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica será realizado por meio de processo seletivo aberto ao público para a 1ª série do curso, para candidatos que tenham concluído a última etapa do Ensino Fundamental. 9

4. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO O Técnico de Nível Médio em Mecânica é um profissional generalista, crítico, criativo, consciente, preparado para trabalhar em organizações empresariais, sejam elas industriais, automotivas ou de prestação de serviços. Sua formação está fundamentada na plena integração das bases humanista, científica e tecnológica que solidamente compõe a estrutura curricular do Curso. Concluídas as etapas acadêmicas da formação, o técnico de nível médio em mecânica terá um perfil que lhe possibilite: Na Área de Projetos A identificação e a necessidade de novas tecnologias. A execução de pesquisa bibliográfica e coleta de dados de campo. A análise das características e propriedades físico-químicas e mecânicas de elementos de máquinas. A execução de cálculos para dimensionamento de componentes e de equipamentos. A execução de cálculos para dimensionamento de materiais e mão-de-obra. A elaboração de desenhos convencionais e assistidos por computador. A especificação dos recursos de projetos, com fins de aquisição dos mesmos. A elaboração de orçamentos. A elaboração de cronogramas de execução. A consolidação dos projetos mecânicos e as sistemáticas de execução, acompanhamento e fiscalização relativos à sua implantação. Na Área de Manutenção Automobilística A inspeção e o diagnostico de danos, bem como, a emissão de laudos e a elaboração de orçamentos. A execução e a intervenção de manutenção corretiva A execução de planos de manutenção preventiva e de lubrificação. A realização do controle de sobressalentes e ferramentas. A realização do acompanhamento e controle do tempo de execução dos serviços. A emissão de Relatório Técnico de Execução. 10

Na Área de Manutenção Industrial (equipamentos dinâmicos e estacionários) A elaboração de planos de manutenção preventiva, preditiva, de inspeção de equipamentos e de lubrificação industrial. A execução de manutenção corretiva, preventiva e preditiva. A execução de processos de lubrificação industrial. A realização da inspeção de equipamentos. A realização de ensaios destrutivos e não destrutivos. A realização do controle de sobressalentes e ferramentas. A realização do acompanhamento e controle do tempo de execução dos serviços. A emissão de Relatório Técnico de Execução. Na Área de Produção e Montagem A análise do projeto do produto a ser fabricado, orientando, adequando e otimizando a metodologia e processos de fabricação. A elaboração dasequência de operações, métodos e tempos de execução, visando à racionalização do trabalho. A especificação da mão-de-obra e processos produtivos a serem aplicados. A especificação do material a ser empregado e o controle da produção. A supervisão do processo de produção e do pessoal de operação. A operação de equipamentos e sistemas mecânicos dinâmicos e estacionários. A execução e assistência na montagem e desmontagem de equipamentos e sistemas mecânicos dinâmicos e estacionários. A realização de apontamento de serviços de produção e de montagem. A emissão de Relatório Técnico de Execução. Na Área de Gestão A elaboração dos procedimentos de execução da manutenção e da produção. A elaboração do planejamento da produção. A realização de estudo para a implantação da manutenção planificada. A implantação da área de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM). 11

A realização do acompanhamento de indicadores de controle da manutenção e da produção. A utilização de ferramentas de melhoria (MASP, FMEA, RCM, etc). A realização do controle do ciclo de vida de dispositivos, equipamentos e sistemas mecânicos dinâmicos e estacionários. A emissão de Relatório Técnico de Execução. Nas Áreas da Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional O conhecimento e aplicação das Normas das Séries ISO 9001: 2000, ISO 1400 e OHSAS 18000. O conhecimento e aplicação da normalização básica do CONAMA. O conhecimento e aplicação das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. O desenvolvimento da postura proativa. A identificação e registro de não conformidades. A colaboração na eliminação de situações e condições não conformes. A emissão de Relatório Técnico de Execução. Na Área do Empreendedorismo Visão empreendedora, capaz de detectar oportunidades de mercado, de elaborar e realizar projetos ou planos de negócio, e de conhecer as principais linhas de créditos disponíveis no mercado. Domínio dos processos de compra e venda. A emissão de Relatório Técnico de Execução. 5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O IFAL, na perspectiva de cumprimento de sua missão definida como a formação histórico-crítica do indivíduo, instrumentalizando-o para compreender as relações sociais em que vive, inserindo-se nelas, consciente de sua importância no processo de transformação, afirmada no seu PPI, requer que a estrutura curricular dos seus cursos tome o trabalho como 12

principio geral da ação educativa, destacando para tanto adoção dos seguintes princípios para a condução do ensino: - organização curricular pautada em área de conhecimento e/ou de atuação profissional; - estabelecimento de eixos comuns às áreas e cursos, cujos componentes curriculares deverão ser privilegiados na proposta pedagógica; - indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão por meio da indicação de espaços para atividades complementares, para aprofundamento de conhecimentos adquiridos, como forma de fomento do debate, da dúvida, da crítica e, portanto, de construção da vida acadêmica e ampliação dos horizontes culturais e profissionais dos alunos; - adoção de conteúdo politécnico numa perspectiva histórica; - opção pelo método teórico/prático, tomando o trabalho como forma de ação transformadora da natureza e de constituição da vida social. Observando o marco regulatório da educação profissional técnica de nível médio, a organização curricular do curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica, é composta de um núcleo comum integrando os componentes curriculares das áreas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, Matemática, todas contemplando as suas Tecnologias; uma parte diversificada constituída por componentes curriculares que possibilitem a compreensão das relações que perpassam a vida social e produtiva e sua articulação com os conhecimentos acadêmicos; e a formação profissional composta por componentes curriculares específicos da área de Mecânica. A estrutura curricular do curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânicacontempla2133,33h para o Núcleo Comum, 266,67h para a Parte do Núcleo Integrado, 1367h parao Núcleo Profissional e333h para Prática Profissional. Podendo ser desenvolvida a partir da 2ª série por meio de projetos diversos conforme programa deste componente. Educação física na 3ª série será trabalhada na forma de modalidades desportivas. A educação profissional é compreendida como entrelaçamento entre experiências vivenciais e conteúdos/saberes necessários para fazer frente ás situações nos âmbitos das relações de 13

trabalho, sociais, históricas e políticas, incidindo também esta compreensão na consolidação da aquisição de conhecimentos gerais e conhecimentos operacionais de forma interativa. Conjugar a teoria com a prática é fundamento primordial a partir de proposta pedagógica que tenha como base, dentre outros construtos, a interdisciplinaridade, a contextualização e a flexibilidade enquanto condições para a superação dos limites entre a formação geral e profissional com vistas à consecução da profissionalização que se pretende competente. Assim sendo, em consonância com o que propugna o Projeto Político Pedagógico do IFAL, o Curso Técnico Integrado em Mecânica, para alcançar o perfil de formação delineado, o qual contempla uma formação integral que se constitui em socialização competente para a participação social e em qualificação para o trabalho na perspectiva da produção das condições gerais de existência, compreende-se que a prática profissional se configura no espaço, por excelência, de conjugação teoria/prática. A prática profissional, por concepção, caracteriza-se como um procedimento didáticopedagógico que contextualiza, articula e inter-relaciona os saberes apreendidos, relacionando teoria e prática, a partir da atitude de desconstrução e (re) construção do conhecimento. É, na verdade, condições de superação da simples visão de disciplinas isoladas para a culminância de um processo de formação no quais alunos e professores são engajados na composição/implementação de alternativas de trabalhos pedagógicos do qual derivam diversos projetos, decorrentes de descobertas e recriações, além de programas de intervenção/inserção na comunidade/sociedade. MODALIDADES DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS Na perspectiva de que o estudante possa relacionar teoria e prática a partir dos conhecimentos adquiridos durante o curso, a prática profissional poderá ser realizada dentre as seguintes modalidades: Estágio Supervisionado Desenvolvimento de Projetos Estudo de Caso Desenvolvimento de Atividades de Monitoria Efetivo Exercício Profissional 14

OBS. Em reunião pedagógica a Coordenação do Curso de Mecânica, desde o início das discussões deste plano, determinou que só concorda com o Estágio Curricular Obrigatório. 15

PORTARIA N O. 1.238/GR DE 24 DE AGOSTO DE 2011** PPI IFAL** E LEI 11.684, DE 2 DE JUNHO DE 2008 NÚCLEO PROFISSIONAL NÚCLEO INTEGRADOR NÚCLEO COMUM CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO DE MECÂNICA - IFAL INDICAÇÃO DISCIPLINAS CÓDIGO DIRETORIA DE ENSINO 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE 4ª SÉRIE Total Geral Sem. Anual Sem. Anual Sem. Anual Sem. Anual H.A. H. R. Língua Portuguesa LPOR 3 120 3 120 3 120 1 40 400 333,3 Estudo das Artes ESAR 1 40 0 0 0 40 33,3 Língua Inglesa LING 0 2 80 2 80 1 40 200 166,7 História HIST 2 80 2 80 2 80 0 240 200,0 Geografia GEOG 2 80 2 80 2 80 0 240 200,0 Filosofia FILO 1 40 1 40 1 40 1 40 160 133,33 Sociologia SOCI 1 40 1 40 1 40 1 40 160 133,33 Química QUIM 2 80 3 120 2 80 0 280 233,3 Física FISC 3 120 3 120 2 80 0 320 266,7 Biologia BIOL 2 80 2 80 2 80 0 240 200,0 Matemática MATE 3 120 3 120 3 120 0 360 300,0 Educação Física EDFI 2 80 2 80 0 0 0 160 133,33 SUBTOTAL 22 880 24 960 20 800 4 160 2800 2333,33 Informática INFO 2 80 0 0 0 80 66,7 Desenho DESN 2 80 0 0 0 80 66,7 Gestão Org. e Seg. do Trabalho GOST 0 0 0 2 80 80 66,7 Língua Espanhola LESP 0 0 0 2 80 80 66,7 SUBTOTAL 4 160 0 0 0 0 4 160 320 266,67 Desenho Técnico DEST 2 80 80 66,7 Desenho Assistido por Computador DACO 3 120 120 100,0 Projeto Mecânico PRME 1 40 40 33,3 Eletrônica Básica ELEB 2 80 80 66,7 Comandos Elétricos COEL 2 80 80 66,7 Ciência dos Materiais CIMA 2 80 80 66,7 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais Máquinas Térmicas TEMT - Termo fluído e Maq. Term MTRM 2 80 80 66,7 MQTR 2 80 80 66,7 Elementos de Máquinas ELMA 2 80 80 66,7 Mecânica dos Fluidos, Bombeamento e Compressão MFBC 2 80 80 66,7 Ensaios de Materiais ENMA 2 80 80 66,7 Manutenção Industrial MANI 2 80 80 66,7 Elementos de Automação ELAU 3 120 120 100,0 Produção Mecânica 1 PME 1 4 160 160 133,3 Produção Mecânica 2 PME 2 4 160 160 133,3 Produção Mecânica 3 PME 3 4 160 160 133,3 Metrologia METR 2 80 80 66,7 SUBTOTAL 4 160 8 320 12 480 17 680 1640 1367 PRÁTICA PROFISSIONAL 400 333 TOTAL 30 1200 32 1280 32 1280 25 1000 5160 4300 DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO MECÂNICA NOS LABORATÓRIOS ANO 1 Máquinas Operatrizes - Torneamento 2º 2 Máquinas Operatrizes - Plaina, Ajustagem e Frezagem 3º 3 Usinagem por Comando Numéricos Computadorizado 4º 4 Fundição 2º 5 Solda 2º 3º 6 Caldeiraria 4º 7 Automotivo 2º 3º 8 Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos 4º 9 Refrigeração e Ar condicionado 3º 4º * EDUCAÇÃO FÍSICA NA 3ª SÉRIE SERÁ TRABALHADA NA FORMA DE MODALIDADES DESPORTIVAS. ** A PRÁTICA PROFISSIONAL PODERÁ SER DESENVOLVIDA A PARTIR DA 2ª SÉRIE POR MEIO DE PROJETOS DIVERSOS CONFORME PROGRAMA DESTE COMPONENTE. 16

6. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES Conhecimentos adquiridos em experiências profissionais podem ser aproveitados a partir de avaliação e certificação de bases científicas trabalhadas no curso. Podem ser aproveitados conhecimentos adquiridos em: Qualificações profissionais ou componentes curriculares concluídos em outros cursos de nível técnico; Curso de formação inicial e continuada de trabalhadores; Atividades desenvolvidas no trabalho e/ou em alguma modalidade de atividades não formais. 7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM APLICADOS AOS ALUNOS A avaliação necessária à prática escolar almejada pelo PPP do CEFET-AL concebe o processo educativo como um processo de crescimento da visão de mundo, da compreensão da realidade, de abertura intelectual, de desenvolvimento da capacidade de interpretação e de produção do novo, de avaliação das condições de uma determinada realidade. Há que se avaliar, verificando como o conhecimento está se incorporando nos sujeitos e como modifica a sua compreensão de mundo, bem como eleva a sua capacidade de participar da realidade onde está vivendo. Essa avaliação não pode acontecer de forma individualizada, tampouco segmentada. Deve ser empreendida como uma tarefa coletiva, de todos, e não como uma obrigação formal, burocrática e isolada no processo pedagógico. Nesse sentido, o desenvolvimento da avaliação da aprendizagem do IFAL deve se fundamentar numa concepção emancipatória de avaliação, da qual possa ser revelado, nos sujeitos sociais, como efeitos da ação educativa, o desenvolvimento de competências e habilidades num plano multidimensional, envolvendo facetas que vão do individual ao sociocultural, situacional e processual, que não se confunde com mero desempenho. A avaliação da aprendizagem será realizada considerando os aspectos cognitivos, afetivos e psicossociais do educando, apresentando-se em três momentos avaliativos: diagnóstico, formativo e somático, além de momentos coletivos de auto e heteroavaliação entre os 17

sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. Enfim, o processo de avaliação de aprendizagem do Curso Técnico de Nível Médio Integrado em Mecânica, estabelecerá estratégias pedagógicas que assegurem preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos contemplando os seguintes princípios: Contribuição para a melhoria da qualidade do processo educativo, possibilitando a tomada de decisões para o (re) dimensionamento e o aperfeiçoamento do mesmo; Adoção de práticas avaliativas emancipatórias tendo como pressupostos o diálogo e a pesquisa, assegurando as formas de participação dos alunos como construtores de sua aprendizagem; Garantia de consistência entre os processos de avaliação e a aprendizagem pretendida, através da utilização de formas e instrumentos e técnicas diversificados tais como: prova escrita e oral; observação; auto avaliação; trabalhos individuais e em grupo; portfólio; projetos e conselho de classe, sobrepondo-se este como espaço privilegiado de avaliação coletiva; Assegurar o aproveitamento de estudos concluídos com êxito; Garantia de estudos de recuperação paralela ao período letivo; Diagnóstico das causas determinantes das dificuldades de aprendizagem, para possível redimensionamento das práticas educativas; Diagnóstico das deficiências da organização do processo de ensino, possibilitando reformulação para corrigi-lo; Definição de um conjunto de procedimentos que permitam traduzir os resultados em termos quantitativos; Adoção de transparência no processo de avaliação, explicitando os critérios (o que, como e para que avaliar) numa perspectiva conjunta e interativa, para alunos e professores; Garantia da primazia da avaliação formativa, valorizando os aspectos (cognitivo, psicomotor, afetivo) e as funções (reflexiva e crítica), como caráter dialógico e emancipatório; Instituição do conselho de classe como fórum permanente de análise, discussão e decisão para o acompanhamento dos resultados do processo de ensino e aprendizagem; 18

Desenvolvimento de um processo mútuo de avaliação docente/discente como mecanismo de viabilização da melhoria da qualidade do ensino e dos resultados de aprendizagem. 8. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E BIBLIOTECA Instalações e equipamentos para funcionamento dos cursos ofertados pela Coordenação de Mecânica na Área de Indústria, serão disponibilizados no âmbito do IFAL, considerando-se a estrutura física necessária para atender aos requisitos de execução das aulas e de acomodação dos corpos docente e discente. Atualmente, a Coordenação de Mecânica dispõe da seguinte infraestrutura: Instalação Equipamentos / Instrumentos Quantidade Sala da COORDENADORIA Microcomputador 02 Sala dos Professores Microcomputador 03 Sala de Desenho1 Pranchetas de Ferro 24 Sala de Desenho 2 Pranchetas de Ferro 24 Laboratório Informática Microcomputador 21 Torno CNC 02 Laboratório de Controle Numérico Centro de Usinagem 01 Computadorizado Microcomputador 01 Prensa Hidráulica 01 Policorte 01 Afiadora Mecânica 03 Máquina de Serra Mecânica 02 Serra de Fita 03 Laboratório de Máquinas Operatrizes Retifica 02 Furadeira Radial 01 Moto Esmeril 05 Furadeira de Coluna 06 Plaina Limadora 05 Fresadoras 08 Torno Mecânico Convencional 19 19

Politriz Simples 11 Politriz Dupla 01 Extensômetro Eletrônico 01 Policorte 01 Laboratório de Metalografia Microscópio 03 Máquina de Polimento 01 Prensa p/ Embutimento de Amostra 01 Estufa p/ Filmes e Papéis Fotográfico 01 Lixadeira Manual 07 Televisor LCD 32 01 Instalação Equipamentos / Instrumentos Quantidade Máquina de Ensaio de Tração 02 Laboratório de Ensaios Máquina Univ. de Ensaio (impacto) 01 Máquina de Ensaios em Molas 01 Máquina de Ensaio (Durômetro) 03 Laboratório de Tratamento Térmico Forno Elétrico para Tratamento Térmico 01 Laminador 01 Gabinete da Área de Materiais Computadores 02 Paquímetro Universal Quadrimensional 20 Paquímetro Profissional sem Ajuste Fino 07 Paquímetro 6 com Aproxim. 1/128 e 0,05mm 36 Pente de Rosca p/ Verificação de Perfil 20 Jogo de Blocos Padrão Classe A 02 Desempeno de Granito 01 Laboratório de Metrologia Relógio Comparador 08 Suporte Universal com Base Magnética 09 Suporte para Micrômetros Externos 02 Esquadro de Precisão Plano 04 Transferidor de Ângulo Universal 03 Paquímetro de Precisão com Relógio 05 Paquímetro Eletrônico Digital de 150 mm/ 6" 02 Rugosímetro para Metais 01 Micrômetro Externo 20 20