METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE. Número de aulas semanais 4ª 2. Apresentação da Disciplina
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- Catarina Candal de Barros
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1 METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE Série Número de aulas semanais 4ª 2 Apresentação da Disciplina Considerando a necessidade de repensar o ensino da arte, faz-se necessário refletir sobre este ensino em sua totalidade, as relações entre a escola, a sociedade e a própria arte. Torna-se fundamental explicitar a concepção de arte que leve em conta o seu processo de construção como manifestação da capacidade criadora do homem. Nesta perspectiva, a representação artística (expressão), enquanto forma específica de conhecimento da realidade, é fruto de um fazer (trabalho), que impõe o domínio de determinados procedimentos e que partindo de uma realidade objetiva, constrói uma nova realidade (transfiguração). Assim, ficam evidentes os aspectos essenciais da atividade artística: Conhecimento, Trabalho e Expressão, que não devem ser trabalhados distintamente, fragmentados, ou dogmatizados. O conhecimento se constitui em uma forma peculiar de trabalho criador. Portanto, não é mera cópia do real, pois o objetivo do conhecimento da arte é o homem, a vida humana e seu cotidiano, partindo deste para elevar-se ao universal e surgir uma nova realidade ou, obra de arte. Como construção histórica, o conhecer é gerado no fazer, que se constitui em trabalho criador à medida em que responde a uma necessidade humana fundamental: tornar o mundo mais humano e fazer-se a si mesmo. Objetivos Gerais
2 Compreender que a prática desenvolvida na escola, detém de forma implícita ou explícita, um compromisso com uma determinada visão de mundo, reveladora de uma dada concepção de homem, de educação e da própria arte. Refletir criticamente sobre o processo histórico da educação na sociedade brasileira, sem perder de vista suas condições sociais, econômicas, culturais e políticas. Desvelar as tendências presentes no interior das práticas de ensino da arte, estabelecendo as relações entre estas tendências e os valores estéticos que fundamentam este ensino. Conteúdos por Semestre 1º SEMESTRE Estudo das tendências pedagógicas com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino de arte no Brasil. O papel da arte na formação humana. História da arte: Pré-História. Antiguidade. Arte Cristã. Arte Bizantina. Europa Ocidental e Idade Média. Renascimento. Barroco. Neoclassicismo e Romantismo. Realismo. Principais Movimentos Artísticos do Século XX. A arte no Brasil: arte indígena e estilo barroco. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das Artes Visuais, da Música, da Dança e do Teatro (artes cênicas) e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e séries iniciais.
3 2º SEMESTRE Abordagens metodológicas para o ensino de artes na Educação Infantil e Ensino Fundamental: Currículo Básico X PCN. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. Artistas brasileiros e estrangeiros. Encaminhamento Metodológico A arte encontra nas dimensões: Conhecimento, Trabalho e Expressão a totalidade que a fundamenta e esta visão de totalidade é coerente com a concepção de educação voltada para a apropriação crítica do conhecimento sistematizado e sua reelaboração. Na medida em que a arte é uma manifestação da necessidade humana de dizer, interpretar e criar a realidade humana, lança mão de diferentes linguagens: plástica, musical, teatral, entre outras e se constitui enquanto instrumento de afirmação ou transformação do real. Contudo, esta transformação se cumpre em nível do imaginário, ou seja, a partir do conhecimento, da atividade criadora e da expressão, a representação concretiza a passagem do imaginário para o real, no objeto artístico. Devemos tomar como ponto de partida os modos de ver e compor utilizados pelo aluno para se expressar. Assim, a função específica do ensino da arte consiste em contribuir para que o aluno, a partir de uma leitura empírica, construa uma leitura sistemática e objetiva da realidade humana. Critérios de Avaliação Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados,
4 acrescida de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas diagnosticadas. Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu conhecimento. A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo. No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de notas ao final de cada semestre. Referências Bibliográficas ALMEIDA, A. Betâmio de. A Educação Estético-Visual no Ensino Escolar. Livros Horizonte, BARBOSA, A. M. T. Arte-Educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspectiva, BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. Brasília, BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997.
5 BRASIL/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, COLEÇÂO Mestres das Artes no Brasil. São Paulo: Moderna, 1999; 2000; 2002; 2003; FUSARI, Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, FUSARI, Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Metodologia do Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, PARANÀ/SEED. Currículo Básico para Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos Políticos e Pedagógicos Versão Preliminar. Curitiba, Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006
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