FACULDADE MARECHAL RONDON. COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. O CONTROLE DE ESTOQUE NA INDÚSTRIA DE AVIAÇÃO.



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Transcrição:

FACULDADE MARECHAL RONDON. COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. O CONTROLE DE ESTOQUE NA INDÚSTRIA DE AVIAÇÃO. RODRIGO MOURA DE CARA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Marechal Rondon São Manuel, para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. São Manuel SP Novembro 2004

FACULDADE MARECHAL RONDON. COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. O CONTROLE DE ESTOQUE NA INDÚSTRIA DE AVIAÇÃO. RODRIGO MOURA DE CARA Orientador: Professor Dr. Francisco B. de T. Piza. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Marechal Rondon São Manuel, para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. São Manuel SP Dezembro 2004

II Agradeço, primeiramente a Deus, por ter me dado a Paciência e Força que muitas vezes achava não ter. Por ter me mostrado que apesar de muitas dificuldades e sofrimentos passado, a recompensa é e será muito maior. Obrigado Senhor, por me mostrar caminhos maravilhosos, por estar do meu lado em todos os momentos e por me fazer nesta hora à pessoa mais feliz. Realizado por ter conseguido, juntamente com suas graças atingir mais um objetivo desta vida. Objetivo esse que se torna honroso para mim e para as pessoas que me cercam. Obrigado pela vida e a chance de vivê-la e por fazer de mim um vencedor.

V Aos meus amigos. Por tantos momentos difíceis que passei durante essa etapa, dos quais vocês estavam sempre presentes, venho agora compartilhar com vocês a alegria e a vitória de uma conquista. É bom neste momento de reflexão saber que pude contar com pessoas tão especiais, que me ajudaram de tantas formas. Num momento como esse só posso desejar muitas felicidades e o fortalecimento da nossa amizade. Expresso aqui a minha maior gratidão a duas pessoas que durante essa minha trajetória estiveram sempre me apoiando e incentivando-me em todos os momentos. A vocês que fazem parte desta conquista, não se esqueçam, que amigos não são aqueles que estão ao nosso lado apenas em momentos felizes, mas sim aqueles que superam juntos os momentos difícies também. Por isso, divido a alegria e a realização deste sonho. Everton Tamanha e Elza Lovato, que Deus os abençoem e lhes proporcionem alegrias e muitas felicidades, hoje e sempre.

III Dedico este trabalho a todos que me apoiaram e me ajudaram a conquistar esse objetivo e realização deste sonho. Ao orientador do T.C.C Prof. Dr. Francisco B. de T. Piza, que com todo seu conhecimento pôde me orientar e me mostrar caminhos que facilitaram e colaboraram para que o objetivo do trabalho fosse atingido. A todos meus amigos do Oitavo Semestre de Administração da Faculdade Marechal Rondon, em especial ao grupo do qual fiz parte durante os quatro anos: Danilo Rafael Inácio, Fernando José Dorico, Renan Marcolin Nicolau, que souberam respeitar e apoiar cada decisão do grupo como um todo durante o curso. Aos amigos da Empresa em que trabalho Indústria Aeronáutica Neiva, que estavam sempre preocupados com esta conquista, e em todos os momentos nunca deixaram de estar ao meu lado, dedico também as pessoas que me proporcionaram chances de crescimentos e realizações profissionais, a estas pessoas: Engenheiro Cid Guisard Querido, Geraldo Magela Machado, Silvia Maria Capelleti, Luiz Francisco de Barros, que muito significarão, pois, confiaram e depositaram a confiança de realizar um trabalho cada vez melhor.

IV Aos Meus Pais: Antonio Carlos de Cara & Roseli Moura de Cara. Agradecer é o mínimo que posso fazer, e compartilhar a alegria que sinto neste momento é demonstrar a importância que vocês fazem na minha vida. Obrigado por confiarem em mim e me apoiarem. Peço desculpas se algumas vezes, em momentos de desespero, disse algo que pudesse magoá-los. Essa vitória na qual atinjo hoje não é só minha, mas sim de todos nós. Obrigado pela educação e os ensinamentos passados a mim e as minhas irmãs. Muitas vezes vocês deixaram de viver um sonho, para tornar realidade os meus. Obrigado.

3 THE CONTROL OF SUPPLY IN THE INDUSTRY OF AVIATION. São Manuel, 2004. 43p. TCC (Bacharelado em Administração Geral) Faculdade Marechal Rondon. Author: CARA, RODRIGO MOURA DE ABSTRAT Profitability, with reduction of costs is what all the companies search. With this the supply control if becomes inside essential of a company, either it of great transport or small transport. With the easiness with that the world has with the information, the call globalization makes with that all competition if becomes more competitive, if comparative with other times. Times where little was said in supply, storage, had made with that its administrators of supply started to think and to create correct strategies, as the politics and the proper mission of the company. For the attainment of a profitability each bigger time, companies of all the segments must attempt against the considered details of great importance for the administration of an organization, one of them is analyzes it and the supply control. To know what it must remain in the supply; to decide when to replenish the supply and how much of supply they will be necessary, as to control this supply

4 and to identify the obsolete supply, is one of the papers of the new administrator of materials inside of an organization. Point of Order, System ABC or Paretto s of Curve, System MRP, are some of the tools used for analyze and the control of a supply. In an industry of situated aviation in been Botucatu of São Paulo, it is not different, the concern with obsolete supplies, swelled and not used, it makes with that each time more if search s alternatives or develops programs capable to assist the effectiveness of the administrator of responsible material. With these methods as order point, they had been analyzed and concluded, its importance inside of this analyzes, however it could not be left stops backwards concepts as kardex, much used in the beginning of the activity of the company in prominence. Another program very cited and analyzed is the ABC system also known as Arched of Pareto, where if it inside shows to its classification with relation to itens of the supply of this company, giving the basement with concepts and its applications. The new systems developed, that it belongs to the studied company is the MRP, that backwards the easiness with that its users obtain to analyze and to program certain manufactures of components, sets and subgroups of airplanes with daily pay-definitive stated periods, with more precision with relation to itens that they will count in supply. With this program the creation of a new area appears that will have the function of controller all itens pertaining to the company, creating supplying apt that will take care of to the manufacture of some parts, diminishing the supply cost, without leaving of if compromising to the delivery stated period and to the attendance of its customer. Keywords: Profitability, reduction of costs, supply control, Point of Order, System ABC or Paretto s of Curve, System MRP.

1 RESUMO O Controle De Estoque Na Indústria De Aviação. Lucratividade, com redução de custos é o que todas as empresas buscam. Com isso o controle de estoque se torna essencial dentro de uma empresa, seja ela de grande porte ou pequeno porte. Com a facilidade com que o mundo tem com a informação, a chamada globalização faz com que toda concorrência se torne mais competitiva, se comparado com outras épocas. Épocas em que pouco se falava em estoque, armazenagens, fizeram com que seus administradores de estoque começassem a pensar e desenvolver estratégias corretas, conforme a política e a própria missão da empresa. Para a obtenção de uma lucratividade cada vez maior, empresas de todos os segmentos devem se atentar a detalhes considerados de grande importância para a administração de uma organização, uma delas é a analise e o controle de estoque. Saber o que deve permanecer no estoque; decidir quando reabastecer o estoque e quanto de estoque serão necessários, como controlar este estoque e identificar o estoque obsoleto, é um dos papeis do novo administrador de materiais dentro de uma organização.

2 Ponto de Pedido, Sistema ABC ou Curva de Paretto, Sistema MRP, são alguma das ferramentas utilizadas para a análise e o controle de um estoque. Em uma indústria de aviação situada em Botucatu estado de São Paulo, não é diferente, a preocupação com estoques obsoletos, inchados e não utilizados, faz com que cada vez mais se busquem alternativas ou desenvolvam programas capazes de auxiliar a eficácia do administrador de material responsável. Com isso, métodos como ponto de pedido, foram analisadas e concluídas, sua importância dentro desta análise, todavia não poderia se deixar para trás conceitos como kardex, muito utilizado no inicio da atividade da empresa em destaque. Outro programa muito citado e analisado é o sistema ABC também conhecido como Curva de Pareto, onde se mostra a sua classificação com relação aos itens dentro do estoque desta empresa, dando o embasamento com conceitos e suas aplicações. O mais novo sistema desenvolvido, que pertence à empresa estudada é o MRP, que trás a facilidade para os usuários em analisar e programar certas fabricações de componentes, conjuntos e subconjuntos de aviões com prazos pré-determinados, com mais precisão com relação aos itens contidos em estoque. Com esse programa surge a criação de uma nova área que terá a função de controlador todos os itens pertencentes à empresa, criando fornecedores aptos que atenderão a fabricação de algumas peças, diminuindo o custo de estoque, sem deixar de se comprometer com o prazo de entrega e ao atendimento de seu cliente.

VI SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... LISTA DE QUADROS... RESUMO... ABSTRAT... 1 INTRODUÇÃO... 2 OBJETIVOS... 3 JUSTIFICATIVA... 4 REVISÃO DE LITERATURA... 4.1 Aspectos de Planejamento e Controle de Estoque... 4.2 Ponto de Pedido... 4.3 Classificação ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments Planning (MRP)... 5 METODOLOGIA... 5.1 Análise de documentos... 5.2 Pesquisa de bibliografia... 5.3 Entrevistas... 5.4 Redação... 6 RESULTADOS... 6.1 Histórico... 6.2 Estudo do Controle de Estoque... 6.2.1 Como Tudo Começou... 6.2.2 A ajuda da Tecnologia... 6.2.3 Critérios de Utilização do Sistema ABC (Curva de Pareto)... 6.2.4 Análise do Desempenho do Sistema ABC no Planejamento e Controle de Estoque... 6.2.5 Aplicação dos Métodos Material Requiriments Planning (MRP) e Ponto de Pedido (PP) na Indústria Aeronáutica... 7 CONCLUSÃO... 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... Página VII VIII 01 03 05 07 08 09 09 11 13 19 19 19 19 19 20 20 21 24 30 32 32 33 40 42

VII LISTA DE FIGURAS Figura 1 Curva ABC e seu percentual... 2 Fluxograma da execução de relatório entre Neiva e Embraer... 3 Fluxograma de localização de um item ou seu alternativo no estoque... 4 Fluxograma das fases periódicas de um programa MRP... Página 17 22 23 35

VIII LISTA DE QUADROS Quadro 1 Ficha de Controle de estoque, também conhecido como Kardex... 2 Requisição de um material Paralisado, cujo material não tem saldo no almoxarifado... 3 Registro básico período a período do MRP... Página 25 29 34

5 1 INTRODUÇÃO O termo Estocagem surge com a história bíblica de José antes de Cristo, onde a interpretação de um sonho deu início à construção de um galpão e a estocagem de comida para a sobrevivência aos sete anos de fome. A acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação deu início aos almoxarifados que nada mais é que o local onde se armazena estes materiais, existindo tanto no serviço público, como nas empresas privadas. Não se pode admitir um sistema de material sem este local próprio. Suas finalidades múltiplas estão incluídas nos conceitos emitidos por Fayol. Segundo ele administração é: prever, planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Para um almoxarifado industrial as finalidades são concentrar e abastecer uma produção, como centro gerador de todos os setores do processo da produção, recebendo, guardando e entregando o material. O grande desafio para os administradores de materiais nos dias de hoje é o planejamento e o controle de estoque, devido às variações de fatores que influenciam nos custos relativos, busca contínua por soluções que reduzam os custos e a eficiência dos controles, criando adaptações de métodos que satisfaçam as políticas atuais da empresa. Assim, nenhuma organização pode planejar detalhadamente todos os aspectos de suas ações atuais ou futuras, mas podem e devem ter noções para onde a

6 organização está se dirigindo, e determinar a melhor forma de chegar lá, ou seja, precisam de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo. Neste posicionamento todas as empresas devem constituir políticas para a administração de materiais, que atribui grande ênfase às compras buscando a cada dia criar parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a qualidade de seus produtos e o bom atendimento a seus clientes. Nas organizações atuais, um dos grandes problemas que a gerência de materiais enfrenta é a obtenção de soluções para as seguintes questões: a) Decidir o quê deve permanecer em estoque. b) Decidir quando se deve reabastecer o estoque. c) Como decidir quanto de estoque será necessário para um período pré-determinado. d) Como controlar os estoques em termos de quantidade, valor e fornecer informações que serão importantes para a administração destes itens em estoque. e) Identificar e retirar do estoque os ítens obsoletos. A meta de uma empresa é, sem dúvida, o lucro sobre capital investido. Hoje todas as empresas se preocupam e procuram, de uma forma ou de outra, a obtenção de uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, tornando essa uma questão que poderá ser facilitada com a administração eficaz dos estoques. Desta forma, para a lucratividade de uma empresa a diminuição dos estoques obsoletos é um dos principais meios para se chegar a esse objetivo, além é claro de empréstimos, vendas de equipamentos não utilizados entre outros. Com a era do fácil acesso à informação, muitas empresas estão voltando-se à atividade principal, terceirizando os setores que não agregam valores ao produto final, tornando essencial o controle de estoque dentro de uma organização. Os estoques devem funcionar como elementos reguladores do fluxo de materiais nas empresas, isto é, sabendo a variação que diferencia a entrada e a saída dos produtos, aumentando ou diminuindo sua demanda.

7 2 OBJETIVOS Este estudo visa analisar as ferramentas essenciais ao planejamento e controle de estoque, e citar conceitos que estabelecem as políticas e estratégias dos mesmos, definindo métodos para a obtenção destes e a lucratividade da empresa, analisar os resultados obtidos por uma empresa em relação ao estudo desenvolvido, e: 2.1 Estudar as Ferramentas de controles de estoque como o Sistema ABC ou Curva de Paretto, no planejamento e no controle de estoques; 2.2 Estudar a aplicação dos métodos Material Requiriments Planning (MRP) e Ponto de Pedido (PP) em uma Indústria Aeronáutica.

8 3 JUSTIFICATIVA Este trabalho tem como foco: 3.1 Atender a uma demanda do Curso de Administração Geral da Faculdade Marechal Rondon, para a conclusão do mesmo. 3.2 Dar suporte ao autor para o início de uma carreira acadêmica voltada para esta área. 3.3 Aprofundar os conhecimentos do autor sobre controle de estoque e suas variáveis. 3.4 Servir como base e também auxiliar o estudo de profissionais que trabalham ou pesquisam nesta área.

9 4 REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Aspectos de Planejamento e Controle de Estoque. Para Ching (2001), existem certas características que são comuns a todos os problemas de controle de estoque, não importando se são matérias-primas, material em processo ou produtos acabados. É preciso entender traços básicos como custos associados aos estoques; objetivos de estoque e previsão de incertezas. Ainda para Ching (2001), a visão tradicional é de que os produtos devem ser mantidos em estoque por diversas razões. Seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em volumes substancialmente superiores ao necessário, seja para não perder vendas. O controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potencias e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e economiza o custo de manutenção do inventário. Segundo Slack et al. (2002), o planejamento dentro de um almoxarifado é o fornecimento de produtos e serviços através da demanda destes produtos.

10 Este é o dilema do gerenciamento de estoque: apesar dos custos e de outras desvantagens associadas a sua manutenção, eles facilitam a conciliação entre fornecimento e demanda. O dilema do gerenciamento de estoques está fundamentado em dois fatores. O primeiro consiste em manter estoques a níveis aceitáveis de acordo com o mercado, evitando a sua falta e o risco de obsolescência. O segundo trata dos custos que esses proporcionam em relação aos níveis e ao dimensionamento do espaço físico. Para Marcolin (2000), O controle de estoque consiste de todas as atividades e procedimentos que permitem garantir que a quantidade correta de cada item, seja mantida em estoque.... Na realidade, fica nítida a diferença entre planejamento e controle. Podemos definir o planejamento como o conjunto de intenções que devem viabilizar o processo, e o controle como sendo o conjunto das ações que direcionam um plano para executá-las. Ainda no conceito de Marcolin (2000), o controle inclui o monitoramento do que aconteceu na realidade em comparação com o que fora planejado e as ações para providenciar as mudanças necessárias para o realinhamento do plano. Segundo Dias (1993), o gerenciamento das atividades na operação produtiva de modo a satisfazer a demanda dos consumidores requer planejamento e controle das operações. Algumas destas atividades têm um certo grau de imprevisibilidade, o que pode dificultar as ações do planejamento. Essas atividades determinam a forma e a natureza do sistema e os recursos que o alimentam, quanto a esses, devemos considerar os seguintes itens, para que sejam disponíveis: 1. Quantidade adequada; 2. Momento adequado; 3. Nível de qualidade adequado. O planejamento e controle podem ser de longo, médio ou curto prazo. O planejamento de longo prazo é aquele no qual os gerentes de produção estabelecem planos relativos ao que pretendem fazer e quais os recursos para atingir os seus objetivos. A ênfase então, está direcionada mais para o planejamento do quê para o controle, pois existe pouco a ser controlado, conforme Dias (1993).

11 Ainda na explicação de Dias (1993), as previsões de demanda prováveis serão consideradas, de modo geral, sem definir atributos específicos, assim ao levar em frente essas atividades os gerentes estarão preocupados somente em atingir metas financeiras, e serão desenvolvidos orçamentos que definam custos e receitas a serem atingidas. O planejamento de médio prazo estará preocupado em mais detalhes, e se necessários redirecioná-los. Para Moura (1989), a preocupação será quanto aos planos de contingências que terão de ser dimensionados de modo que permitam desvios nos planos originais. Essas contingências atuarão como recursos de reservas, tornando o planejamento e o controle, mais práticos de serem executados. O planejamento de curto prazo será a fase em que os recursos já estarão definidos e, portanto muito difícil de serem feitas alterações de grande porte, porém as pequenas são possíveis, já que a demanda será avaliada de forma mais detalhada. Estas alterações no plano original tentarão equilibrar: a qualidade, a rapidez, a confiabilidade, a flexibilidade e os custos das operações, mas não será possível fazer cálculos detalhados dos efeitos destas decisões sobre os objetivos globais. Para Pozo (2002), a razão de manter estoques está relacionada com a previsão de seu uso em um futuro imediato. E sabemos que é praticamente impossível conhecer a demanda futura; torna-se necessário manter determinado nível de estoque, para assegurar disponibilidades de produtos às demandas, bem como minimizar os custos de produção, movimentação e estoque. 4.2 Ponto de Pedido. Entre todos os meios de prevenção e segurança se encontra também o Ponto de Pedido (PP) que nada mais é que uma reserva de estoque que garante a continuidade da produção antes da chegada de um novo lote, considerado estoque de segurança. Para Dias (1993), estoque mínimo ou de segurança é a quantidade de itens em estoque que são necessários para não interromper a cadeia produtiva da empresa, fornecendo assim uma das mais importantes informações para a administração de estoque, pois está diretamente ligado ao grau de imobilização da empresa.

12 Para níveis de estoques serão direcionados recursos que deverão ser analisados quanto à sua necessidade imediata, os quais condicionam a garantia do funcionamento ininterrupto do processo produtivo sem o risco da falta de estoque. Alguns fatores que causam a interrupção na produção pela falta de estoque são: oscilação no consumo; oscilação nas épocas de aquisição (atraso no tempo de reposição); variação na qualidade, quando o controle de qualidade rejeita um lote; remessas por parte do fornecedor, divergentes do solicitado; diferença do inventário. O dimensionamento do estoque mínimo poderia ser demasiadamente alto, a ponto de nunca haver problemas com faltas, porém os custos de estocagem e imobilização de capital seriam muito alto. Em contrapartida poderíamos estabelecer uma margem de segurança muito baixa, correndo o risco da falta de material, paralisação da produção, perdas das vendas e despesas extras com entregas urgentes. Assim a empresa estará disposta a assumir o risco com relação à ocorrência de faltas em estoque, definindo cálculos para uma margem de segurança através de: projeção estimada do consumo; cálculo com bases estatísticas. O Ponto de Pedido é considerada uma análise que surge para facilitar e ajudar o controle de estoque. O Ponto de Pedido (PP), na visão de Pozo (2002), é a quantidade de peças que temos em estoque e que garante o processo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra durante o tempo de reposição. Isto quer dizer que quando um determinado item de estoque atingir seu ponto de pedido deverá fazer o ressuprimento de seu estoque, colocando-se um pedido de compra. Já a análise de Martins et al. (2003), O ponto de pedido ou estoque de segurança, diminui os riscos de não-atendimento das solicitações dos clientes sejam eles interno ou externo. Para Ching (2001), o método do estoque mínimo, objetiva otimizar os investimentos em estoque. A finalidade do ponto de pedido é dar início ao processo de ressuprimento com tempo suficiente para não ocorrer falta de material. Na análise de Viana (2002), ponto de pedido ou estoque de segurança denominado também estoque mínimo é a quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou com, um consumo desproporcional.

13 Rocha (1996), analisa o ponto de pedido como sendo um planejamento onde o lucro da empresa pode ser expresso através do percentual sobre o investimento e o seu retorno acontece com a venda de determinada quantidade de produtos que precisam ser fabricados num montante que possibilite o lucro desejado. As empresas buscam sempre maximizar o lucro e para tanto procuram reduzir seus custos, melhorando assim seu desempenho econômico. Um modo de reduzir custos é através do dimensionamento do lote econômico de produção, fabricado com menor despesa. Isso só é possível por meio da queda nos custos, ocasionada pelo acréscimo da quantidade produzida, e pelo aumento de receita proveniente da venda dessa produção adicional. Para Dias (1993), uma das informações básicas de que se necessita para calcular o estoque mínimo é o tempo de reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa. Em virtude de sua grande importância, este tempo deve ser determinado de modo mais realista possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do sistema de estoque. Na visão de Chambers (1999), o ponto de pedido, chamado por ele de lote econômico de compra, é uma das abordagens mais comuns para decidir quanto de um determinado item pedir, quando o estoque precisa de reabastecimento. Essa abordagem encontra o melhor equilíbrio entre as vantagens e desvantagens de se manter materiais no estoque. 4.3 Classificação ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments Planning (MRP). Há várias ferramentas que auxiliam o administrador na hora de avaliar e controlar um estoque dentro de uma empresa seja ela de porte grande, médio ou pequeno, são os conhecidos programas: Classificação ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments Planning (MRP). O princípio da classificação ABC ou curva 80 20 é atribuído a Vilfredo Paretto, um renascentista italiano do século XIX, que em 1897 executou um estudo sobre a distribuição de renda. Através deste estudo, percebeu-se que a distribuição de riqueza

14 não se dava de maneira uniforme, havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela da população (20%). A partir de então, tal princípio de análise tem sido estendido a outras áreas e atividades tais como a industrial e a comercial, sendo mais amplamente aplicado a partir da segunda metade do século XX. O desenvolvimento e a utilização de computadores cada vez mais baratos e potentes tem possibilitado o surgimento de "softwares mais amigáveis" que conduzem ao rápido e fácil processamento do grande volume de dados, muitas vezes requerido por este tipo de análise, principalmente em ambientes industriais. A curva ABC tem sido bastante utilizada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o planejamento da distribuição, para a programação da produção e uma série de problemas usuais de empresas, quer sejam estas, de características industriais, comerciais ou de prestação de serviços. Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua importância relativa. Moura (1989), constatou que a análise da Curva ABC (ferramenta utilizada para a análise de um estoque), pode ser aplicada em diferentes situações... Baseado nos fatores de níveis de estoque e grau de obsolescência podemos extrair das fases de planejamento subsídios que aliados ao sistema de controle, estabelece dados consistentes sobre o fornecimento e a demanda dos estoques. De posse destes dados, utilizamos o Sistema ABC como ferramenta para a classificação de itens e previsão de estoque, também usamos os métodos científicos MRP, Ponto de Pedido e Lote Econômico, pois os mesmos nos auxiliam nas tomadas de decisões para obtenção de soluções dos problemas em questão, ou seja, quanto e quando comprar, e o quê devem permanecer em estoque. (MOURA, 1989). Segundo Rocha (1996), a classificação ABC é um método de controle de estoque no qual os materiais são separados por classe A, B e C. Assim sendo os materiais da classe A são aqueles que mesmo em pequena quantidade física imobilizam grande volume de dinheiro (capital), já os da classe C é aquela formada por um grande número de itens com despesa de aquisição pequena, 65% dos itens são responsáveis por 5% do capital empatado.

15 Para Viana (2002), a Curva ABC é o método pelo qual se determina a importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo num período estabelecido. Na visão de Ching (2001), tanto o capital empatado nos estoques como os custos operacionais podem ser diminuídos, se entendermos que nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção pela administração ou precisam manter a mesma disponibilidade para satisfazer aos clientes. O método da Curva ABC atende a este propósito, baseando-se no raciocínio do diagrama de Pareto, em que nem todos os itens tem a mesma importância e a atenção deve ser dada para os mais significativos. Grosso modo, 20% em quantidade (de qualquer item) é responsável por 80% do valor (deste item). Assim 20% dos clientes da empresa representam 80% das vendas realizadas; 20% dos produtos são responsáveis por 80% das vendas de todos os produtos. Já para Martins et al. (2003), a análise ABC é umas das formas mais usuais de se examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo, do consumo em valor monetário ou quantidade dos itens em estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescentes de importância. Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação ABC, disso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativas, conforme a importância dos itens. O conceito de curva ABC, segundo Ballou (1993), deriva da observação dos perfis de produtos em muitas empresas, a maior parte das vendas é gerada por relativamente poucos produtos da linha comercializada. Para Pozo (2002), a utilização da Curva ABC é extremamente vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois ela controla mais rigidamente os itens classe A, (superficialmente) os de classe C. Para Dias (1993), a Curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequado, quanto a sua administração. Obtém-se a Curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância. Em qualquer estoque que contenha mais de um item, alguns itens serão mais importantes para a organização do que outros. Alguns, por exemplo, podem ter

16 uma taxa de uso muito alta, de modo que, se faltassem, muitos consumidores ou clientes ficariam desapontados com a empresa. Outros itens, porém, podem apresentar valores particularmente altos, de modo que os níveis de estoque excessivos seriam caros. Uma forma comum de discriminar diferentes itens do estoque é fazer uma lista deles, de acordo com sua movimentação de valor (sua taxa de uso multiplicada por seu valor individual), esse seria na visão de Chambers (1999), a definição da classificação ABC. Para Moacir Pereira (2003), classicamente uma análise ABC consiste da separação dos itens de estoque em três grupos de acordo com o valor de demanda anual, em se tratando de produtos acabados, ou valor de consumo anual quando se tratarem de produtos em processo ou matérias-primas e insumos. O valor de consumo anual ou valor de demanda anual é determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu consumo ou sua demanda anual. Assim sendo, como resultado de uma típica classificação ABC, surgirão grupos divididos em três classes. Uma classificação ABC de itens de estoque tida como típica apresenta uma configuração na qual 20% dos itens são considerados A e que estes respondem por 65% do valor de demanda ou consumo anual. Os itens B representam 30% do total de número de itens e 25% do valor de demanda ou consumo anual. Tem-se ainda que os restantes 50% dos itens e 10% do valor de consumo anual serão considerados de classe C. O Sistema ABC, conhecido também como Curva de Pareto, surgiu para identificar e indicar soluções e ações para um controle adequado, sua metodologia é extremamente vantajosa, pois, reduz as imobilizações em estoque sem prejudicar a segurança do mesmo. Por estar dividido em 3 classes, ele controla rigidamente os itens de Classe A, onde se trata dos mais altos custos e controla de forma superficialmente os de Classe C onde se encontra a maior parte do estoque, porem a de menor custo total, conforme mostra a Figura 1.