Influência de diferentes sistemas de preparo do solo nas propriedades físicas de um Lat



Documentos relacionados
EFEITO DE DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO DA PALMA NA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM LATOSSOLO SOB DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO

Transporte de solvente através de membranas: estado estacionário

PALAVRAS-CHAVE: capacidade de campo; densidade crítica; ponto de murcha permanente; porosidade de aeração; qualidade física do solo.

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

ISSN X 19 BROTAÇÃO E ALTURA DE PLANTAS DE MANDIOCA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE PLANTIO MECANIZADO EM DOIS SISTEMAS DE PREPARO DO SOLO

1. VARIÁVEL ALEATÓRIA 2. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE

Gestão do solo em SOUTOS para optimização da produtividade e da sustentabilidade

INFLUÊNCIA DO CLIMA (EL NIÑO E LA NIÑA) NO MANEJO DE DOENÇAS NA CULTURA DO ARROZ

Manual de Operação e Instalação

A.M. Cordeiro 1, P.C.S. Martins 2, A. Ramos 3, P. Sequeira 1

AGREGAÇÃO DE LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO TÍPICO RELACIONADA COM O MANEJO NA REGIÃO DOS CERRADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS (1)

Rolamentos com uma fileira de esferas de contato oblíquo

RELAÇÃO FOLHA-COLMO DE BRAQUIÁRIA BRIZANTA FERTIRRIGADA COM EFLUENTE TRATADO

Simbolicamente, para. e 1. a tem-se

Semelhança e áreas 1,5

PRODUTIVIDADE DE MILHO E FEIJÃO EM SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

EQUAÇÕES INTENSIDADE / DURAÇÃO / PERÍODO DE RETORNO PARA ALTO GARÇAS (MT) - CAMPO ALEGRE DE GOIÁS (GO) E MORRINHOS (GO)

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA DE UM LATOSSOLO VERMELHO DISTROFÉRRICO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO

Faculdade de saúde Pública. Universidade de São Paulo HEP Epidemiologia I. Estimando Risco e Associação

Desvio do comportamento ideal com aumento da concentração de soluto

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO FOLIAR E RADICULAR DE MUDAS MICROPROPAGADAS DO ABACAXIZEIRO CV. GOLD EM ACLIMATAÇÃO

Supressão de Plantas Daninhas por Crotalaria júncea em Diferentes Espaçamentos de Semeadura

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

Análise de Variância com Dois Factores

Manual de instalação. Aquecedor de reserva de monobloco de baixa temperatura Daikin Altherma EKMBUHCA3V3 EKMBUHCA9W1. Manual de instalação

Professores Edu Vicente e Marcos José Colégio Pedro II Departamento de Matemática Potências e Radicais

Processo TIG. Eletrodo (negativo) Argônio. Arco elétrico Ar Ar + + e - Terra (positivo)

RESUMO: O preparo convencional é muito utilizado para o cultivo da mandioca e tem preocupado

1 As grandezas A, B e C são tais que A é diretamente proporcional a B e inversamente proporcional a C.

Eletrotécnica. Módulo III Parte I Motores CC. Prof. Sidelmo M. Silva, Dr. Sidelmo M. Silva, Dr.

PROCESSO SELETIVO/2006 RESOLUÇÃO 1. Braz Moura Freitas, Margareth da Silva Alves, Olímpio Hiroshi Miyagaki, Rosane Soares Moreira Viana.

Estratégias de manejo e seu impacto na eficiência de uso de nutrientes. Prof. Dr. Carlos Alexandre C. Crusciol FCA-UNESP/Botucatu

, então ela é integrável em [ a, b] Interpretação geométrica: seja contínua e positiva em um intervalo [ a, b]

Semana Epidemiológica de Início de Sintomas

ANEXO 1. NOTA TÉCNICA

ISSN Outubro, Sistemas de preparo do solo: trinta anos de pesquisas na Embrapa Soja

PROGRAMAS DE APLICAÇÕES DE FUNGICIDAS CONTROLE QUÍMICO DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) EM ALGODÃO ADENSADO

Densidade e resistência a penetração de solos cultivados com seringueira sob diferentes manejos

A ÁGUA COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Características produtivas de cenoura Esplanada em função do modo de aplicação de composto orgânico e utilização de cobertura morta

1º semestre de Engenharia Civil/Mecânica Cálculo 1 Profa Olga (1º sem de 2015) Função Exponencial

Crescimento de soja geneticamente modificada com os genes AtDREB1A e AtDREB2A sob déficit hídrico

Dia 1 de Outubro Dia Nacional da Água

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

Cálculo Numérico Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

COMPOSIÇÃO E OCORRÊNCIA DE PRAGAS EM SEIS VARIEDADES DE FEIJOEIRO COMUM E REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

Caracterização química e física de substratos para a produção de mudas de. alface 17

1 Fórmulas de Newton-Cotes

INFLUÊNCIA DA MARCA NA ACEITAÇÃO SENSORIAL DE DOCE DE LEITE PASTOSO

CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ZÊZERE

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido Definição, Propriedades e Exemplos

VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

UFRRJ INSTITUTO DE FLORESTAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E FLORESTAIS

Atributos de solo e produtividade de culturas em sistemas de manejo conduzidos por dezesseis anos

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

AVALIAÇÃO DO MICROCLIMA GERADO NO INTERIOR DE ESTUFAS COBERTAS COM PEBD E PVC NA REGIÃO DE PIRACICABA, SP. RESUMO

Descongelamento do Sêmen Bovino

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

VARIABILIDADE ESPACIAL DE ATRIBUTOS FÍSICOS EM SOLO DE CERRADO SOB CAFEICULTURA TECNIFICADA E SUBMETIDA A DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO


COPEL INSTRUÇÕES PARA CÁLCULO DA DEMANDA EM EDIFÍCIOS NTC

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

GEORREFERENCIAMENTO DOS PONTOS DE OCUPAÇÃO URBANA DESORDENADA AO LONGO DO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO-BRASIL

WASTE TO ENERGY: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA O BRASIL? 01/10/2015 FIESP São Paulo/SP

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

Operadores momento e energia e o Princípio da Incerteza

CPV O cursinho que mais aprova na GV

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE POLÍTICA AGRÍCOLA ##ATO PORTARIA Nº 134, DE 31 DE JULHO DE 2015.

SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA INSTITUTO SUPERIOR TUPY

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

Trabalhando-se com log 3 = 0,47 e log 2 = 0,30, pode-se concluir que o valor que mais se aproxima de log 146 é

Física 1 Capítulo 3 2. Acelerado v aumenta com o tempo. Se progressivo ( v positivo ) a m positiva Se retrógrado ( v negativo ) a m negativa

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA DA FASE 1 DO VESTIBULAR DA UFBA/UFRB-2007 POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA

Hydraulics. Unidades Hidráulicas CATÁLOGO /NA BR AGOSTO 1996

{ 2 3k > 0. Num triângulo, a medida de um lado é diminuída de 15% e a medida da altura relativa a esse lado é aumentada

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

VETORES. Com as noções apresentadas, é possível, de maneira simplificada, conceituar-se o

Nota Científica Produção de mudas de cedro em função de tipos de recipiente e fontes de fertilizante

Matemática Aplicada. A Mostre que a combinação dos movimentos N e S, em qualquer ordem, é nula, isto é,

TARIFÁRIO 2016 Operadora Nacional SEMPRE PERTO DE VOCÊ

Produção de mudas de cultivares de alface utilizando duas espumas fenólicas em Altamira, Pará

EFEITO DA LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE SOBRE A VIABILIDADE DE ESPERMATOZÓIDES OVINOS RESFRIADOS.

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA DA FUVEST FASE 1. POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEICÃO GOUVEIA.

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

Construção e montagem

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO SOLO SOB DOIS SISTEMAS DE MANEJO: PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL

Estudo de parâmetros físicos, químicos e hídricos de um Latossolo Amarelo, na região Amazônica.

BROTAÇÃO E ALTURA DE PLANTAS DE MANDIOCA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE PLANTIO MECANIZADO EM DOIS SISTEMAS DE PREPARO DO SOLO

Circuitos simples em corrente contínua resistores

VII BENEFÍCIOS DO RESFRIAMENTO EM GRÃOS DE CAFÉ

ANEXO. DHA < 200 mm - baixo risco DHA > 200 mm - alto risco

Transcrição:

65 Revist Brsileir de Engenhri Agrícol e Amientl, v.8, n.1, p.65-71, 2004 Cmpin Grnde, PB, DEAg/UFCG - http://www.grimi.com.r Influênci de diferentes sistems de prepro do solo ns proprieddes físics de um Lt tossolo Vermelho distrófico Cássio A. Tormen 1, 3, Pedro S. Vidigl Filho 1,3, Antônio C. A. Gonçlves 1, Mrcelo A. Arújo 2 & José C. Pintro 1 1 Deprtmento de Agronomi d Universidde Estdul de Mringá, PR. Av. Colomo 5790, Cmpus, CEP 87020-900, Mringá, PR. E-mil: ctormen@uem.r (Foto) 2 Doutorndo do Progrm de Pós-Grdução em Agronomi d Universidde Estdul de Mringá 3 Bolsist do CNPq Protocolo 189-10/12/2002 - Aprovdo em 16/12/2003 Resumo: Em gerl, os sistems de prepro do solo têm, como ojetivo, oferecer condições físics dequds pr otimizção do crescimento, desenvolvimento e produtividde ds culturs. O propósito deste estudo foi vlir o efeito dos sistems de prepro do solo em lgums proprieddes físics de um Ltossolo Vermelho distrófico, no Estdo do Prná, cultivdo com mndioc. Pr isto, utilizrm-se, neste trlho, os seguintes trtmentos: Plntio Direto - PD (sem revolvimento do solo ou revolvimento pens o longo ds linhs de plntio); Prepro Mínimo - PM (escrificção m seguido de grdgem niveldor) e Prepro Convencionl - PC (rção com rdo de ivec - m de profundidde, seguido de grdgem niveldor). As vlições feits ns cmds de 0- e - m constrm ds seguintes proprieddes físics do solo: densidde do solo (Ds), volume de mcroporos drendos n tensão de 6 MP (Mc), volume de microporos (Mic) e porosidde totl (Pt). Avliou-se, tmém, resistênci do solo à penetrção ds rízes (RP) cd m, té profundidde de m, em dus diferentes épocs, em que os resultdos indicrm miores vlores de Ds e menores de Mc no PD e no PM em comprção com o PC. No PM e PD consttou-se que o volume de poros com r n tensão de 6 MP foi menor que 10% e RP foi mior no PD em comprção com os demis trtmentos, tingindo vlores superiores 2,0 MP, té profundidde de m. Os resultdos sugerem que, ns condições em que o estudo foi conduzido, qulidde físic do solo mostrou-se restritiv no PD devido os excessivos vlores de RP e os reduzidos vlores de porosidde de erção. Pl lvr vrs-ch s-chve: prepro convencionl, plntio direto, resistênci do solo á penetrção Influence of different tillge systems in physicl properties of f distrophic Red Lt tosol Astrct: The tillge systems hve the ojective to offer n dequte physicl conditions in soil for growth, development nd productivity of crops. The ojective of this study ws to evlute the effect of different soil tillge systems on some physicl properties of distrophic Red Ltosol soil (Typic Hplorthox), cultivted with cssv, in the Prná stte, Brzil. The tretments were: No-tillge (the soil ws just revolved long the plnting lines) NT; Minimum Tillge (susoiling t 0.30 m depth, followed y leveling) MT; nd Conventionl Tillge (plowing with moldord plow to the 0.25-0.30 m depth, followed y leveling) - CT. In the lyers of 0-0.15 nd 0.15-0.30 m, soil physicl properties i.e soil ulk density (Bd), mcroporosity (Mc), microporosity (Mic) nd totl porosity (Pt) were evluted. The soil resistnce to root penetrtion (SRP) ws evluted in 0.05 m intervls until the depth of 0.40 m, in two different periods of cssv growth. The results indicted higher vlues of Bd nd lower vlues of Mc nd Pt in NT nd MT thn in CT system. The ir-filled porosity ws <10% in MT nd NT. The SRP ws higher in NT thn in CT nd MT, with vlues >2.0 MP until the depth of 0.25 m. The results of this study suggest tht soil physicl qulity my e restrictive to growth of crops in NT. It my e justified y the higher vlues of SRP nd reduced soil ertion. Key y wor ords ds: conventionl tillge, no-tillge, soil resistnce to root penetrtion

66 C.A. Tormen et l. INTRODUÇÃO Os diferentes sistems de prepro do solo têm, como ojetivo, oferecer s condições físics dequds pr o crescimento, desenvolvimento e produtividde ds culturs. No entnto, dependendo do solo, do clim e d cultur, os sistems de prepro podem promover degrdção d qulidde físic do solo, com reflexos mientis e n produtividde ds culturs. Em solos de textur superficil médi-renos e com ixos teores de mtéri orgânic, o cultivo sucessivo e o revolvimento excessivo os predispõem às lts txs de erosão, de compctção e de perds de mtéri orgânic, resultndo n degrdção físic, químic e iológic dos mesmos (Crdoso et l., 1992; Fidlski, 1997). Neste contexto estão enqudrdos os solos derivdos do renito Ciuá, que ocorrem n região noroeste do estdo do Prná (Crvlho et l., 1994). A mndioc (Mnihot esculent Crntz) é freqüentemente cultivd em solos de textur superficil médi renos, com ixos teores de nutrientes e de mtéri orgânic. Segundo Groxko (1997), no Estdo do Prná, cultur d mndioc ocup um áre de 156.000 h, proporcionndo um produção nul de proximdmente 3,5 milhões de tonelds de rízes tueross e mior prte d áre cultivd locliz-se nos solos derivdos do Arenito Ciuá, n região noroeste do estdo. Souz (1986) firm que, dentre os diferentes ftores que interferem n determinção d produtividde d cultur d mndioc destc-se o sistem de prepro do solo. Est cultur present um ciclo que vri de 10 18 meses, de modo que vrição temporl de umidde do solo pode proporcionr condições físics, desde ltmente fvoráveis té impeditivs pr cultur, s quis são dependentes d qulidde estruturl determind pelos sistems de prepro utilizdos. Dest form, num solo mis compctdo ou de ix estilidde estruturl, ument proilidde d cultur ser expost lgum tipo de estresse físico (Ky, 1990). N região noroeste do Prná, o sistem de prepro do solo mis comumente utilizdo no cultivo d mndioc é o prepro convencionl (rção + grdgem) devido, principlmente, à disponiilidde de equipmentos pr os produtores e pel trdição n utilizção deste sistem. Porém, os solos dest região se presentm ltmente suscetíveis à erosão, o que tem estimuldo redução n intensidde de prepro e mnutenção d coertur do solo pelos resíduos culturis, s quis são estrtégis eficientes pr o controle ds perds de solo, pr redução ds perds de mtéri orgânic e pr mnutenção d umidde do solo. Segundo Oliveir et l. (2001), nest região, sistems de prepro com redução n movimentção do solo e mnutenção de resíduos n superfície, vêm-se tornndo lterntivs tecnicmente viáveis e desejáveis pr cultur d mndioc, em termos econômicos e conservcionists. A doção de sistems de prepro com menor revolvimento do solo result num compctção mior ns cmds superficiis dos solos. Ao mesmo tempo, tem-se consttdo que culturs de rízes tueross são sensíveis à compctção do solo, devido às menores txs de difusão de oxigênio no solo e pel excessiv resistênci à penetrção nos solos compctdos. A hipótese de que esss lterções ns proprieddes físics podem induzir condições dverss pr o desenvolvimento ds plnts tem sido confirmd. Por outro ldo, estudos sugerem que condições físics dverss resultm n emissão de sinis hormonis que são envidos d riz à prte ére, com reflexos n tx fotossintétic e, por conseqüênci, no crescimento e desenvolvimento ds plnts (Dvies & Zhng, 1991). Pr cultur d mndioc, o impcto dos sistems de prepro em indicdores d su qulidde físic e químic do solo tem refletido no crescimento e n produtividde d cultur (Howeler et l., 1993; Cdvid et l., 1998). A densidde e porosidde do solo refletem o impcto dos estresses plicdos o solo pelos sistems de prepro e pelo tráfego de máquins n áre (Ky & Angers, 2000). Portnto, diferentes operções de prepro podem lterr s proprieddes físics do solo, tis como densidde do solo (Ds), porosidde (Pt) e resistênci do solo à penetrção ds rízes (RP). Ests lterções podem fetr distriuição, quntidde e morfologi ds rízes, com reflexos no crescimento d prte ére ds plnts (Klepker & Anghinoni, 1995). A Ds e Pt são proprieddes freqüentemente utilizds pr crcterizr os efeitos dos sistems de prepro sore estrutur e s proprieddes físics dos solos ( Klepker & Anghinoni, 1995). Diferentes estudos têm demonstrdo que compctção do solo result num umento d RP (Tormen & Roloff, 1996; Rosolem et l., 1999). Independente d distriuição espcil, compctção cri um miente desfvorável pr o crescimento ds plnts, ssocido com o umento d RP, qul depende d umidde do solo (Busscher et l., 1997). As indicções são de que solos mis compctdos presentm mior sensiilidde à elevção d RP com o secmento do solo (Tormen et l., 1998). Vlores de RP cim de 2,0 MP têm sido comumente ssocidos como impeditivos pr o crescimento ds rízes ds plnts (Tylor et l., 1966). A compreensão e quntificção do impcto dos sistems de prepro do solo n su qulidde físic são fundmentis no desenvolvimento de sistems grícols sustentáveis, em especil pr cultur d mndioc. Dest form, o ojetivo deste trlho foi vlir o efeito de diferentes sistems de prepro sore lgums proprieddes físics de um Ltossolo Vermelho distrófico d região noroeste do Estdo do Prná, utilizdos consecutivmente, por três nos, pr o cultivo d mndioc. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em áre pertencente à Pinduc Indústri Alimentíci Ltd, no município de Arrun, região noroeste do Estdo do Prná, durnte os nos grícols 2001/ 2002. O solo em que foi conduzido o experimento é clssificdo como Ltossolo Vermelho distrófico (Emrp, 1999). A crcterizção grnulométric do solo n profundidde de 0- m forneceu os seguintes vlores: rei = 680 g kg -1, silte = 10 g kg -1 e rgil = 310 g kg -1, sendo o solo clssificdo como de clsse texturl Frnco-Argilo-Arenos (Emrp, 1999). O clim d região é mesotérmico sem estção sec, com verões quentes, tempertur nul médi de 21,5 o C, R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.xxx-xxx, 2004

Influênci de diferentes sistems de prepro do solo ns proprieddes físics de um Ltossolo Vermelho 67 precipitção médi nul de 1.617 mm e umidde reltiv médi nul de 62% (Godoy et l., 1976). Os trtmentos utilizdos constituírm-se de três sistems de prepro de solo: Plntio Direto - PD (com revolvimento pens o longo ds linhs de plntio); Prepro Mínimo PM (escrificção m, seguido de grdgem niveldor); e Prepro Convencionl - PC (rção, com rdo de ivec, um profundidde entre - m, seguido de grdgem niveldor). O delinemento experimentl utilizdo foi o de locos completos csulizdos, com oito repetições, perfzendo o totl de 24 uniddes experimentis. Cd prcel experimentl teve áre totl 147 m 2 (7 x 21 m) e áre útil de 30 m 2 (2 x 15 m). O espçmento utilizdo pr o plntio d cultur d mndioc foi de 1,0 m entre linhs e 0,80 m entre plnts otendo-se, dest mneir, um populção de 12.500 plnts/h. Tnto s prcels qunto os locos form espçdos em 1 m. A vriedde de mndioc utilizd foi Fécul Brnc. A implntção do experimento iniciou-se com o plntio de vei pret (Aven strigos, Schre), em ril de 1999 (sfr 1999/2000). Qundo d florção plen d vei, mesm pssou por um processo de rolgem por meio de um rolo-fc. Este procedimento foi relizdo tmém ntes dos segundo e terceiro cultivos de mndioc ns sfrs 2000/2001 e 2001/2002, respectivmente. O plntio d cultur d mndioc foi relizdo em gosto-setemro de cd no. Pr determinção ds proprieddes físics do solo, em julho de 2002 form retirds mostrs com estrutur indeformd (um por prcel experimentl), por meio de mostrdor e néis com volume de 100 cm 3, no centro ds cmds de 0- e - m de profundidde. Após colet, s mostrs form condicionds em scos plásticos e mntids so tempertur de ±5 C, té serem processds. A Ds foi determind de cordo com Blke & Hrtge (1986). Pr determinção d porosidde do solo, s mostrs indeformds form sturds por 48 hors em ndej com águ, té dois terços d ltur do nel. Após o período de sturção form otids s msss ds mostrs sturds e, em seguid, s mesms form drends n tensão equivlente 6 MP, utilizndo-se um mes de tensão. A prtir dos vlores de retenção de águ ds mostrs clculou-se o volume de mcroporos drendos n tensão de 6 MP (Mc), microporosidde (Mic) e porosidde totl do solo (Pt) de cordo com Emrp (1997). A RP foi medid conforme Tormen & Roloff (1996) e os ddos form otidos cd m té m de profundidde, utilizndo-se um penetrômetro com nel dinmométrico, com diâmetro de se do cone de 10 mm, lém de relizds s determinções de RP em dois períodos do crescimento d cultur (jneiro de 2002 e junho de 2002), equivlentes diferentes condições de umidde do solo. Pr o solo d áre experimentl, umidde do solo n cpcidde de cmpo (CC) conforme Wtne (2001) é de 0,16 kg kg -1. Em cd prcel experimentl form otids três medids de RP e um vlor médio de cd profundidde foi utilizdo pr representr prcel individulmente. N mostrgem relizd em jneiro de 2002 determinou-se umidde do solo em cd prcel experimentl, em intervlos de m té m de profundidde. Pr s vriáveis Ds e quels reltivs à porosidde do solo, nálise dos ddos foi feit conforme os procedimentos descritos por Htcher & Stepnski (1997). Consttndo-se efeito significtivo d interção entre trtmento e profundidde mostrd (p<) procederm-se os desdormentos necessários e se plicou o teste de Tukey (p<) pr comprção ds médis. Os ddos de RP form vlidos utilizndo-se um vlor médio em cd profundidde e o erro pdrão d médi foi usdo como critério pr se proceder à vlição dos trtmentos em cd profundidde mostrd. Adotou-se o critério de Grvetter & Wllnu (1995) pr diferencir esttisticmente os trtmentos, indicdo pel usênci de soreposição dos limites superior e inferior dos vlores d médi ± erro pdrão. As nálises esttístics form conduzids utilizndo-se o progrm esttístico SAS (SAS Institute, 1999). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultdos d vlição d Ds ns profundiddes de 0- e - m estão presentdos n Figur 1. N profundidde de 0- m os sistems de prepro proporcionrm modificções esttisticmente significtivs n Ds (p < ) sendo que os miores vlores form encontrdos nos sistems PM e PD. Resultdos similres tmém form consttdos por outros utores o comprrem diferentes sistems de prepro do solo (De Mri et l., 1999; Stone & Silveir, 2001). Os miores vlores de Ds se devem o tráfego cumultivo de máquins ssocido à reduzid moilizção do solo (Tormen et l., 1998). No PC os menores vlores de Ds podem ser triuídos o revolvimento do solo e à incorporção dos resíduos culturis. Densidde do Solo (Mg m -3 ) 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 Profundidde 0-m Profundidde -m PD PM PC Sistems de Prepro do Solo Os.Pr mesm profundidde, s letrs distints indicm os efeitos significtivos pelo teste de Tukey (p < ) Figur 1. Vlores d densidde do solo nos diferentes sistems de prepro pr s profundiddes 0- m e - m Pr profundidde de - m não form consttds diferençs esttisticmente significtivs entre os sistems de prepro pr vriável Ds (Figur 1). Estes resultdos podem estr ssocidos o confinmento superficil ds crgs plicds o solo pels máquins, de modo que os efeitos dos trtmentos n compctção do solo ficrm restritos à cmd R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.65-71, 2004

68 C.A. Tormen et l. superficil, como indicdo por Tormen et l. (1998). Apesr d usênci de diferençs, os resultdos indicm tendênci do PD e PM presentrem miores vlores de Ds em relção o PC, corroorndo com os resultdos otidos por Oliveir et l. (2001). Os resultdos d vlição d porosidde do solo, expressos em vlores de Mc, Mic e Pt, pr profundidde de 0- m, estão presentdos n Figur 2A. Os resultdos presentdos mostrm que PM e PD promoverm lterções significtivs n Pt e Mc, qundo comprdos com o PC, cujos resultdos estão em conformidde com vn Ouwerkek & Boone (1970) indicndo que sistems com menor moilizção do solo, lém de reduzir porosidde totl mudm distriuição do tmnho dos poros, com redução dos poros de mior tmnho. A utilizção do rdo de ivec com intens moilizção do solo no trtmento PC, proporcionou miores vlores de Mc e Pt (p < 1) em comprção com o PD e o PM. Os miores vlores de Mc otidos em PC comprdos com PD são devidos, provvelmente, à persistênci dos efeitos d moilizção do solo no PC e à usênci de revolvimento do solo e à movimentção de máquins e implementos grícols no PD, como testm os resultdos otidos por Stone & Silveir (2001). Os resultdos indicm, tmém, que nos sistems PM e PD ocorreu, com o umento d Ds, diminuição em Mc, o que está de cordo com os resultdos otidos por Tormen et l. (1998) e Wtne et l. (2001). De cordo com Tollner et l. Porosidde do solo (m 3 m -3 ) Porosidde do solo (m 3 m -3 ) A. 0,45 Mcroporos Porosidde totl Microporos B. 0,50 0,45 mcroporos porosidde totl microporos Os.Pr cd vriável, letrs minúsculs distints indicm que os trtmentos form significtivmente diferentes pelo teste de Tukey (p < ) Figur 2. Vlores de porosidde do solo nos diferentes sistems de prepro pr s profundiddes de 0- m (A) e - m (B) PD PM PC Sistems de Prepro do Solo A B (1984), o revolvimento do solo ument o número de poros drenáveis, consttdo neste trlho pelo umento no volume de mcroporos no PC. Dest form, so PC o solo poderi drenr mis rpidmente que em PD e PM, com influênci n disponiilidde de águ às plnts e n erção do solo, em períodos úmidos mis prolongdos. Condições de erção deficiente podem ter fundmentl importânci pr snidde ds rízes d cultur d mndioc, em especil pr cultivres mis sensíveis doençs. De cordo com Figur 2A, condições potencilmente restritivs de erção podem ocorrer no PD e PM, cujo vlor médio de Mc é d ordem de 5%. Os vlores de Mic não diferirm entre os trtmentos (Figur 2A). Este comportmento corroor com s consttções de Silv & Ky (1997) de que Mic é muito pouco influencid pelo umento n Ds, o que justific similridde de Mic entre os trtmentos. Pr cmd de - m, os resultdos estão presentdos n Figur 2B. Nest profundidde, os vlores médios de Pt e Mc presentrm o mesmo comportmento d cmd nterior. Tmém não se consttou diferenç significtiv pr vriável Mic (p > ); pr s vriáveis Mc e Pt, os vlores em PC form significtivmente superiores PD e PM (p < ), resultdos esses devidos os efeitos do revolvimento do solo pelo rdo e à su preservção pós o prepro. Resultdos similres form otidos por Stone & Silveir (2001). No PM, processos que levrm à recompctção do solo pós escrificção, podem ter contriuído pr os resultdos, fto confirmdo pelos resultdos otidos por Busscher et l. (2002). Em gerl, os resultdos indicm que Pt e Mc form mis sensíveis que Ds e Mic os efeitos dos trtmentos. Neste sentido, em profundidde os trtmentos promoverm lterções que form retrtds pel porosidde (Pt e Mc); no entnto, ests lterções não form suficientes pr lterr Ds e Mic. A redução de Ds em PC foi refletid esttisticmente em miores vlores de Mc e Pt como evidencido por Tormen et l. (1998) cujos resultdos confirmm que os mcroporos são clsse de poros menos estáveis e sofrem colpso qundo sumetidos os estresses plicdos pelos sistems de prepro e tráfego; neste cso, independente d profundidde em que foi feit vlição. Os resultdos d vlição de RP são presentdos ns Figurs 3A e B. Os resultdos de RP otidos n determinção relizd em jneiro de 2002 estão presentdos n Figur 3A e os respectivos vlores de umidde do solo encontrm-se n Figur 4. Nest vlição, RP foi medid com umidde do solo ixo d cpcidde de cmpo (CC). Levndo-se em cont o vlor de 0,16 kg kg -1 pr CC (Wtne, 2001), s umiddes umentrm em profundidde, proximndo-se d CC, principlmente no PD, o que correspondeu um redução n RP com relção às cmds superficiis. No trtmento PD, umidde foi superior o PM, que não foi diferente de PC, em tods s profundiddes. A umidde em PD foi superior à do PC pens n profundidde de 0- m. Apesr de PD presentr miores vlores de umidde (Figur 4) os resultdos indicm miores vlores de RP n fix de m em comprção com PC e PM (Figur 3A). Constt-se que mior umidde no PD não correspondeu um redução n RP: té m de R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.65-71, 2004

Influênci de diferentes sistems de prepro do solo ns proprieddes físics de um Ltossolo Vermelho 69 profundidde RP foi superior no PD em relção o PM e PC (Figur 3A). A prtir dí, os vlores de RP no PD form significtivmente menores que os do PC e PM, o que pode estr ssocido à mior umidde no PD e o efeito residul do revolvimento pelos órgãos tivos dos implementos no PC e no PM. Profundidde (m) Profundidde (m) B As rrs indicm os vlores de erro pdrão d médi e su soreposição denot usênci de diferençs entre s médis dos trtmentos Figur 3. Resistênci do solo à penetrção n mostrgem relizd em jneiro de 2002 (A) e junho de 2002 (B) nos diferentes sistems de prepro Profundidde (m) A. Resistênci à penetrção (MP) 0 1 2 3 4 5 6 A B. Unidde (kg kg -1 ) 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 PD PC PM PC PM PD As rrs indicm os vlores do erro pdrão d médi e su soreposição denot usênci de diferençs entre s médis dos trtmentos Figur 4. Umidde do solo n mostrgem relizd em jneiro de 2002 nos diferentes sistems de prepro Estes resultdos estão relciondos com mior Ds no PD, implicndo em mior resistênci o deslocmento ds prtículs do solo, por ocsião d medid de RP. No PM, plnos de frquez gerdos no processo de escrificção condicionm que os vlores de RP sejm sustncilmente reduzidos. Tis interções d RP com s condições estruturis do solo tmém têm sido consttds por outros utores (Tormen et l., 1998, Imhoff et l., 2000). Dest form, os resultdos sugerem que, pr determind condição de umidde, no PD ocorrem os miores vlores de RP, em relção o PC e o PM, predispondo s culturs níveis impeditivos de RP, o longo do período vegettivo e durnte formção e crescimento ds rízes tueross d cultur d mndioc. Os vlores de RP consttdos no PD tingirm vlores ltmente impeditivos o crescimento ds plnts (RP>2,0 MP) té m de profundidde, em comprção com o PC e PM, resultdos estes devidos à mior compctção do solo no PD em relção o PC e PM, indicd pels vriáveis Ds, Pt e Mc (Figurs 1 e 2), reflexos do tráfego cumultivo de máquins e d usênci de movimentção do solo no PD. Em termos d qulidde dos solos pr o crescimento ds plnts, elevdos vlores de RP no PD podem constituir-se em impedimentos pr s culturs. As rzões, de cordo com Pssiour (1991) decorrem do fto d RP fetr diretmente o crescimento ds rízes e, conseqüentemente, sorção de águ e nutrientes, lém de estelecer mecnismos não-hidráulicos de controle d tx de condutânci estomtl, d fotossíntese, e d produção de fotossimildos. Os resultdos otidos com RP neste trlho estão em conformidde com os otidos por De Mri et l. (1999) e Tvres Filho et l. (2001), consttndo que redução de revolvimento fet negtivmente os vlores de lgums vriáveis que expressm qulidde físic do solo. As miores diferençs entre os sistems de prepro estão concentrds ns cmds superficiis do solo, refletindo sus ções e interções com os processos d interfce solo-plnt-tmosfer. Os ddos de RP d vlição relizd em junho de 2002, são presentdos n Figur 3B. Nest mostrgem não foi determind umidde do solo, ms s oservções de cmpo indicvm um condição de umidde inferior à mostrgem relizd em jneiro de 2002; no entnto, nest vlição os resultdos indicm que os vlores de RP podem ser considerdos impeditivos em todos os trtmentos (RP=2,0 MP) té m de profundidde. A tendênci oservd n colet nterior se mnteve té m de profundidde, ou sej, RP foi significtivmente mior no PD que no PC e PM, denotndo mnutenção ds crcterístics estruturis determinds pelos sistems de prepro do solo. Em profundidde ocorreu redução nos vlores de RP em todos os trtmentos, não sendo consttds diferençs significtivs entre eles prtir de m. Estes resultdos estão em concordânci com os otidos por diversos outros utores (Tormen & Roloff, 1996; Wtne, 2001) Finlmente, constt-se que moilizção do solo por meio do PC e PM reduziu sustncilmente RP em comprção com o PD. Os resultdos de RP sugerem que, no processo de secmento do solo so PD, ocorre um umento expressivo d RP. De form gerl, PD present condições potencilmente R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.65-71, 2004

70 C.A. Tormen et l. restritivs pr o crescimento d cultur, fce os elevdos vlores de RP e Ds, em como os reduzidos vlores de Mc. Sugere-se necessidde de se relizr pesquiss com mior tempo de implntção dos sistems de prepro, pr que um vlição mis eficz poss ser relizd. Além disso, medids como d curv de resistênci do solo podem uxilir n quntificção do comportmento físico do solo e n determinção dos efeitos dos sistems de prepro n qulidde físic do solo, pr o crescimento ds plnts, em dição medids pontuis de RP, Ds e porosidde do solo. CONCLUSÕES 1. N cmd superficil, Ds foi reduzid so s condições do PC em comprção com o PD e PM. 2. Nos sistems PD e PM Mc e Pt form menores que no PC, e seus vlores de Mc podem ser considerdos restritivos pr erção do solo. 3. No PD, os vlores de RP form miores que no PC e PM e estão relciondos com o umento d Ds. LITERATURA CITADA Blke, G.R.; Hrtge, K.H. Bulk density. In: Klute, A.(ed.). Methods of soil nlysis: Physicl nd minerlogicl methods. 2 ed. Mdison: Americ Society of Agronomy, 1986. cp.13, p.363-375. Busscher, W.J.; Buer, P.J.; Cmp, C.R.; Sojk, R.E. Correction of cone index for soil wter content differences in costl plin soil. Soil Tillge Reserch, Amsterdm, v.43, p.205-217, 1997. Busscher, W.J.; Buer, P.J.; Frederick, J.R. Recompction of costl lomy snd fter deep tillge s function of susequent cumultive rinfll. Soil Tillge Reserch, Amsterdm, v.68, n.1, p.49-57, 2002. Cdvid, L.F.; El-Shrkwy, M.A.; Acost, A.; Sánchez, T. Longterm effects of mulch, fertiliztion nd tillge on cssv grown in sndy soils in northern Colomi. Field Crops Reserch, Amsterdm, v.57, p.45-56, 1998. Crdoso, A.; Potter, R.; Dedecek, R.A. Estudo comprtivo d degrdção de solos pelo uso grícol no Noroeste do Estdo do Prná. Pesquis Agropecuári Brsileir, Brsíli, v.27, p.349-353, 1992. Crvlho, A.P. Solos do renito ciuá. In: Pereir, P.P.; Ferreir, M.E.; Pesso d Cruz, M.C. (eds). Solos ltmente susceptíveis à erosão. Joticl: UNESP/SBCS, 1994, p.39-49, Cp. 2 Dvies, W.J.; Zngh, J. Root signls nd the regultion of growth nd development of plnts in drying soil. Annul Review of Plnt Physiology nd Plnt Moleculr Biology, Plo Alto, v.42, p.55-76, 1991. De Mri, I.C.; Cstro, O.M.; Souz Dis, H. Atriutos físicos do solo e crescimento rdiculr de soj em Ltossolo Roxo so diferentes métodos de prepro do solo. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v. 23, p. 703-709, 1999. EMBRAPA. Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári. Centro Ncionl de Pesquis de Solos. Mnul de métodos de nálise de solo. 2.ed. Rio de Jneiro, 1997. 212p. EMBRAPA. Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári. Sistem rsileiro de clssificção de solos. Rio de Jneiro, 1999, 412 p. Fidlski, J. Fertilidde do solo so pstgens, lvours nuis e permnentes n região Noroeste do Prná. Revist Unimr, Mringá, v. 19, p. 853-861, 1997. Godoy, H.; Corre, A.R.; Sntos, D. Clim do Prná. In: Fundção Instituto Agronômico do Prná. Mnul Agropecuário pr o Prná. Londrin 1976. p.17-36. Grvetter, F.J.; Wllnu, L.B. Sttistics for the ehviorl sciences. 2.ed. St. Pul: West Pulishing, 1995. 429p. Groxko, M. Mndioc. In: Acompnhmento d situção gropecuári no Prná. Curiti: SEAB/DERAL, v.23, n.9, p.89-95, 1997. Htcher, L.; Stepnski, E.J. A step-y-step pproch to using the SAS system for univrite nd multivrite sttistics. Cry: NC: SAS Institute Inc., 1997. 552p. Howeler, R.H.; Ezumh, H.C.; Midmore, D.J. Tillge systems for root nd tuer crops in the tropics. Soil nd Tillge Reserch, Amsterdm, v.27, p.211-240, 1993. Imhoff, S.; D Silv, A. P.; Tormen, C. A. Aplicções d curv de resistênci no controle d qulidde físic de um solo so pstgem. Pesquis Agropecuári Brsileir, Brsíli, v.35, p.1493-1500, 2000. Ky, B.D. Rtes of chnges of soil structure under different cropping systems. Advnces in Soil Science, London, v.12, p.1-51, 1990. Ky, B.D.; Angers, D.A. Soil structure. In: Summer, M.E. (ed). Hndook of soil science. New York: CRC Press, p.a229- A275, 2000. Klepker, D.; Anghinoni, I. Crcterístics físics e químics do solo fetds por métodos de prepro e modos de dução. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v.19, p.395-401, 1995. Oliveir, J.O.A.P.; Vidigl Filho, P.S.; Tormen, C.A.; Pequeno, M.G.; Scpim, C.A.; Muniz, A.S.; Sgrilo, E. Influênci de sistems de prepro do solo n produtividde d mndioc (Mnihot esculent, Crntz). Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v.25, p.443-450, 2001. Pssiour, J.B. Soil structure nd plnt growth. Austrlin Journl of Soil Reserch, Sydney, v.29, n.6, p.717-728, 1991. Rosolem, C.A.; Fernndez, E.M.; Andreotti, M.; Crusciol, C.A.C. Crescimento rdiculr de plântuls de milho fetdo pel resistênci do solo à penetrção. Pesquis Agropecuári Brsileir, Brsíli, v. 34, n. 5, p. 821-828, 1999. SAS - Sttisticl Anlysis System Institute. SAS/STAT Procedure guide for personl computers. 5. ed. Cry, NC: SAS Inst. 1999. 334 p. Silv, A.P.; Ky, B.D. Estimting the lest limiting wter rnge of soils from properties nd mngement. Soil Science Society of Americ Journl, Mdison, v.61, p.877-883, 1997. Souz, L.S. Mnejo e conservção do solo pr cultur d mndioc. In: Curso Intensivo Ncionl de Mndioc, 6, 1986, Cruz ds Alms: EMBRAPA/CNPMF, 1986. 40p. R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.65-71, 2004

Influênci de diferentes sistems de prepro do solo ns proprieddes físics de um Ltossolo Vermelho 71 Stone, L.F.; Silveir, P.M. Efeitos do sistem de prepro e d rotção de culturs n porosidde e densidde do solo. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v. 25, p. 395-401, 2001. Tvres Filho, J.; Bros, G.M.C.; Guimrães, M.F.; Fonsec, I.C.B. Resistênci do solo à penetrção e desenvolvimento do sistem rdiculr do milho (Ze mys) so diferentes sistems de mnejo em um Ltossolo Roxo. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v.25, p.725-730, 2001. Tylor, H.M.; Roerson, G.M.; Prker Jr, J.J. Soil strength-root penetrtion reltions to medium to corse-textured soil mterils. Soil Science, Bltimore, v.102, p.18-22, 1966. Tollner, E.W.; Hrgrove, W.L.; Lngdle, G.W. Influence of conventionl nd no-tillge prctices on soil physicl properties in the Southern Piedmont. Journl of Soil nd Wter Conservtion, Ankeny, v.39, n.1, p.73-76, 1984. Tormen, C.A.; Roloff, G. Dinâmic d resistênci à penetrção de um solo so plntio direto. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v.20, p.333-339, 1996. Tormen, C.A.; Roloff, G.; Sá, J. C. M. Proprieddes físics do solo so plntio direto influencido por clgem, prepro inicil e tráfego. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v. 22, p. 301-309, 1998. Tormen, C.A.; Silv, A.P.; Lirdi, P.L. Crcterizção do intervlo hídrico ótimo de um Ltossolo Roxo so plntio direto. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v. 22, p.573-581, 1998. vn Ouwerkerk, C.; Boone, F.R. Soil-physicl spects of zerotillge experiments. Netherlnds Journl of Agriculturl Science, The Hgue, v.18, p.247-261, 1970. Wtne, S.H. Crcterizção d qulidde físic de um Ltossolo Vermelho distrófico so diferentes sistems de prepro. Mringá: UEM, 2001. 69p. Dissertção Mestrdo R. Brs. Eng. Agríc. Amientl, Cmpin Grnde, v.8, n.1, p.65-71, 2004