2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS NEFROLOGIA

Documentos relacionados
COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

GLOMERULOPATIAS. 5º ano médico. André Balbi

Lesão Renal Aguda. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico:

Sistema Urinário. Patrícia Dupim

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

EXAME 2018 PRÉ-REQUISITO: NEFROLOGIA. Instruções

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES:

Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007

Glomerulonefrite pós infecciosa

1. Paciente com síndrome nefrótica que apresenta dor lombar, hematúria e varicocele à esquerda sugere o diagnóstico de:

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulonefrites Bacterianas

Particularidades no reconhecimento da IRA, padronização da definição e classificação.

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

Protocolo de Atendimento a Pacientes Hepatopatas com Injúria Renal Aguda e Síndrome Hepatorrenal

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

Profª:EnfªDarlene Carvalho Diálise : Aula I

PRINCIPAIS SÍNDROMES EM NEFROLOGIA

EXAMES BIOQUÍMICOS. Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3

1º Curso de Nefropatologia e Osteodistrofia Renal

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza

RESUMOS APROVADOS. Os trabalhos serão expostos no dia 23/11/2011, no período das 17h às 19h;

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Insuficiência Renal Crônica Claudia Witzel

Glomerulonefrites Secundárias

INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA): EVOLUÇÃO DE UM CONCEITO

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema

R1CM HC UFPR Dra. Elisa D. Gaio Prof. CM HC UFPR Dr. Mauricio Carvalho

INJÚRIA RENAL AGUDA CASSIANE DEZOTI DA FONSECA PESQUISADORA DO LABORATÓRIO EXPERIMENTAL DE MODELOS ANIMAIS (LEMA) DA EEUSP

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos

Cetoacidose Diabética

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal

RELAÇÃO DE PONTOS PARA A PROVA ESCRITA E AULA PÚBLICA

Fisiologia do Sistema Urinário

Etiologia: Etiologia:

Seminário de Biopatologia. Glomerulonefrites. Leccionada por: Prof. Clara Sambade Desgravada por: Pedro Carvalho e Petra Gouveia

Perfil Epidemiológico de Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica Terminal em Programa de Hemodiálise em Clínica de Santa Cruz do Sul - RS

HIV E DOENÇA RENAL I CONGRESSO PARANAENSE DE INFECTOLOGIA. 31 março e 01 abril de 2017 Londrina - PR

Proteinúrias Hereditárias: Nefropatia Finlandesa e. Esclerose Mesangial Difusa

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

QUESTÕES NEFROLOGIA 2ª UNIDADE Assinale a alternativa correta em relação ao transplante renal.

Embalagens de 20, 60 e 100 comprimidos de libertação modificada

3/6/ 2014 Manuela Cerqueira

AVALIAÇÃO METABÓLICA EM PACIENTES COM LITÍASE RENAL

PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABETICOS EM UM LABORATORIO CLÍNICO EM CAMPINA GRANDE

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS NEFROLOGIA. 22. A glomerulopatia mais comumente associada ao HIV (vírus da imunodeficiência humana) é:

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro

Manejo clínico da ascite

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DA SÍNDROME HEPATORRENAL

Alterações do equilíbrio hídrico Alterações do equilíbrio hídrico Desidratação Regulação do volume hídrico

TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS DR WANGLES SOLER

Homeostase do potássio, cálcio e fosfato

Desequilíbrio Hidroeletrolítico. Prof.º Enfº. Esp. Diógenes Trevizan

Emergências Oncológicas - Síndrome de. lise Tumoral na Emergência

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO CICLO DE PALESTRAS

COMISSÃO COORDENADORA DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS LISOSSOMAIS DE SOBRECARGA

Nos diferentes tecidos do corpo, um dos produtos da degradação das proteínas e dos ácidos nucléicos é a amônia, substância muito solúvel e

Classificação. Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida Diuréticos de Alça Furosemida Diuréticos Poupadores de Potássio Espironolactona e Amilorida

Avaliação e Distúrbios Renais e Urinários

QUESTÕES COMENTADAS INTRODUÇÃO À NEFROLOGIA

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa

Doença Renal Crônica: Considerações sobre Diálise

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

FUNÇÃO RENAL. Profa. Dra. Enny Fernandes Silva

INTRODUÇÃO À BASES DIAGNÓSTICAS. Profa Sandra Zeitoun Aula 1

A ÉDIC A M IC LOGIA CLÍN CSI NEFRO

Departamento de Nefrologia

Farmacoterapia aplicada em grupos alvo. Profa. Fernanda Datti

Sepse Professor Neto Paixão

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

21/07/14' ! Dinâmica da água e eletrólitos no organismo! Água x Peso

UrináliseSedimentoscopia

Clique para editar o título mestre

ProtocoloClínico-LitíaseRenal

MÉDICO/ÁREA NEFROLOGIA LEIA COM ATENÇÃO

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM DIABÉTICOS ADULTOS*

Encaminhamento do paciente com Doença Renal Crônica ao nefrologista

Síndrome Renal Hematúrico/Proteinúrica Idiopática Primária. (Nefropatia por IgA [Doença de Berger])

OBJETIVO Diagnosticar os pacientes com quadro clínico suspeito e propor tratamento adequado revisado por literatura recente.

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS

b) caso este paciente venha a ser submetido a uma biópsia renal, descreva como deve ser o aspecto encontrado na patologia.

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor pelo autor

DISTÚRBIOS DO SÓDIO E DO POTÁSSIO

RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA. Raquitismo e osteomalácia são distúrbios em que há alteração da mineralização óssea.

LESÃO RENAL AGUDA. FILIPE UTUARI Enfermeiro UTIA HIAE

BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MICRONUTRIENTES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL

Transcrição:

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS NEFROLOGIA Questão nº: 21 São critérios diagnóstico da síndrome hepatorenal (International Acute Club), EXCETO: a) cirrose com ascite. b) creatinina sérica menor que 1,5mg/dl. c) ausência da melhora da creatinina (redução dos valores abaixo de 1,5mg/dl) após pelo menos 2 dias de suspensão dos diuréticos e administração de albumina na dose de 1g/kg/dia. d) ausência de choque. Questão nº: 22 A biópsia renal é, hoje em dia, utilizada sempre que se faz necessário elucidar a natureza e a magnitude de lesões renais e orientação do nefrologista para terapêutica e prognóstico. Dentre as condições abaixo, qual é contraindicação ao procedimento? a) Síndrome Nefrótica b) Distúrbio de Coagulação c) Lúpus Eritematoso Sistêmico d) Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva Questão nº: 23 A hiponatremia é um distúrbio frequente na prática clinica, ocorrendo em 15% a 30% dos pacientes hospitalizados. São causas de hiponatremia, EXCETO: a) Síndrome Nefrótica b) Cirrose Hepática Avançada c) Insuficiência Cardíaca d) Queimaduras

Questão nº: 24 Quais as principais alterações urinárias que predispõem à precipitação de ácido úrico e formação de cálculo? a) ph urinário baixo, baixo volume urinário e hiperuricosúria. b) ph urinário alto, baixo volume urinário e hiperuricosúria. c) ph urinária alto, baixo volume urinário e hipouricosúria. d) ph urinário baixo, baixo volume urinário e hipouricosúria Questão nº: 25 A hipercalcemia é definida por níveis de cálcio total maior que 10,5 mg/dl. São causas de hipercalcemia, EXCETO: a) Destruição das paratireoides pós-cirurgia b) Hiperparatireioidismo primário c) Intoxicação por vitamina D d) Síndrome do leite alcalino Questão nº: 26 Dentre as alternativas abaixo assinale qual não é razão para a subutilização da diálise peritoneal: a) Complicações infecciosas b) Dificuldade para implante de Tenckoff c) Complicações mecânicas d) Cardiopatia Questão nº: 27 Marque a opção que não representa contraindicação para diálise peritoneal: a) Múltiplas cirurgias abdominais anteriores b) Infecção de parede abdominal c) Cardiopatia isquêmica d) Hérnia abdominal

Questão nº: 28 Sabe-se que a Esclerose peritoneal encapsulante (EPE) é a mais grave complicação da diálise peritoneal. Qual é a afirmativa CORRETA? a) Um dos sinais clínicos é a obstrução intestinal persistente, intermitente ou recidivante. b) Nunca ocorre hemoperitônio nesses casos. c) A realização do PET evidencia membrana de baixo transporte. d) As peritonites de repetição resultam em fibrose peritoneal e dificultam a formação de EPE. Questão nº: 29 No tratamento da nefrolitíase a LECO está indicada para o tratamento de: a) Cálculo renal maior que 0,3cm. b) Cálculo renal menor que 2,0 cm. c) Cálculo ureteral proximal maior que 0,1 cm. d) Cálculos coraliformes. Questão nº: 30 Nos pacientes renais crônicos submetidos a diálise peritoneal automatizada, qual a complicação mais comum? a) Hernia umbilical b) Infarto enteromesentérico c) Peritonite d) Hemorragia digestiva Questão nº: 31 Desde 2005 o diagnóstico e a classificação de lesão renal aguda (LRA) passaram a ser realizados pelo critério RIFLE (Risk, Injury, Failure, End stage) evoluindo com alguns graus de adaptações para o AKIN (Acute Kidney Injury Network) até os critérios atuais do KDIGO (Acute Kidney Injury Network). Com base no KDIGO assinale a alternativa CORRETA:

a) A LRA pode ser caracterizada como a elevação persistente da creatinina sérica, após hidratação, de 0,3mg/dL por 24h. b) A LRA pode ser caracterizada como a elevação persistente da creatinina sérica, após hidratação, de 0,3mg/dL por 48h. c) A elevação da creatinina sérica 1,5 vez a creatinina de base, presumivelmente nos últimos 5 dias, estabelece o diagnóstico de LRA. d) A diminuição do volume urinário abaixo de 0,5mL/Kg/h em 12 horas indica o estágio 1 do KDIGO. Questão nº: 32 A creatinina sérica é o marcador de função renal mais utilizado na prática clínica, porém apresenta limitações, pois é dependente da massa muscular, superestimando a função renal em pacientes desnutridos, hepatopatas, portadores de doenças consumptivas, idosos, hipervolêmicos e/ou em anasarca e hemodiluídos. Sobre os marcadores precoces de LRA (Lesão Renal Aguda) assinale a resposta CORRETA: a) O NGAL (neutrófilo gelatinase associada à lipocaína) pode diagnosticar lesão renal a partir de 6 horas de seu início. b) O KIM-1 (Kidney Injury Molecular 1) está diminuído na presença de LRA. c) O NGAL não está disponível na prática clínica, somente para uso experimental. d) A Interleucina 18 é uma molécula inflamatória que tem sua detecção sérica possível a partir de 72 horas do início da lesão renal aguda. Questão nº: 33 Sobre a avaliação básica laboratorial da LRA assinale a resposta CORRETA: a) Sobre a uréia sérica: além do aumento dos seus níveis, a desproporção creatinina/uréia acima de 1:40 pode sugerir hipoperfusão renal, hipervolemia, estados catabólicos, sangramentos com reabsorção (hemorragia digestiva, hematomas) ou estar relacionada ao uso de corticosteroide. b) Os níveis séricos de lactato reduzidos estão associados à baixa perfusão tecidual.

c) Nem todas as acidoses têm a mesma forma de tratamento, por exemplo na acidose láctica por uso de metformina em pacientes com taxa de filtração glomerular reduzida, a terapia renal substitutiva nunca deve ser instituída. d) Sobre o sódio sérico: tanto hipernatremia quanto hiponatremia podem estar presentes na LRA. Questão nº: 34 Nas terapias dialíticas intermitentes a recomendação é a anticoagulação com heparina não fracionada ou com heparina de baixo peso molecular. Nas terapias contínuas, as duas principais estratégias são anticoagulação sistêmica com heparina não fracionada e anticoagulação regional com Citrato. Sobre a anticoagulação nos métodos de diálise assinale a alternativa INCORRETA: a) A heparina age potencializando a ação da antitrombina promovendo a inibição dos fatores Xa e IIa. b) Dentre as vantagens da heparina estão a meia-vida curta, a disponibilidade de antagonista e a monitorização de sua ação através de testes laboratoriais rotineiros. c) As complicações mais temidas da anticoagulação com heparina são o sangramento (10 a 50% dos casos) e a trombicitose induzida por heparina (1 a 5% dos casos). d) A anticoagulação regional com Citrato é um método alternativo a anticoagulação sistêmica com heparina. Questão nº: 35 Sobre a diálise na gestação assinale a alternativa INCORRETA: a) Para pacientes com doença renal crônica prévia à gestação, recomenda-se iniciar a diálise com taxa de filtração glomerular inferior a 20 ml/min ou uréia sérica acima de 100 mg/dl. b) Na lesão renal aguda as indicações de diálise permanecem as mesmas: sintomas urêmicos, sobrecarga de volume, hipercalemia e acidoses refratárias. Além destas condições também se recomenda o início da terapia dialítica quando a uréia sérica atinge valores superiores a 100 mg/dl.

c) Os níveis séricos de fósforo devem ser monitorizados devido às necessidades fetais. Se baixos os quelantes orais de fósforo devem ser suspensos. d) Os melhores desfechos foram observados em regime de diálise com tempo diminuído, abaixo de 12 horas semanais. Questão nº: 36 As doenças glomerulares contribuem como causa importante de doença renal crônica estágio 5 (doença renal crônica terminal DRCT). No Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2011, as glomerulopatias ocupam o terceiro lugar nas causas de DRCT de indivíduos em programa de diálise, equiparando-se aos dados da população norte-americana e europeia. Sobre as glomerulopatias assinale a resposta CERTA: a) A glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) pós-infecciosa acomete mais homens com idade variando entre 6 e 10 anos e não ocorre em adultos. b) Na nefropatia por IgA, a apresentação clínica mais comum é em de surtos de hematúria macroscópica associada a infecções de vias aéreas superiores ou ao exercício físico. c) A glomerulonefrite membranoproliferativa não se associa comumente com doenças infecciosas, sistêmicas e neoplásicas. d) A glomeruloesclerose segmentar e focal acomete mais pacientes idosos com maior prevalência em mulheres da raça branca. Questão nº: 37 Em se tratando de glomerulopatias, é importante o diagnóstico morfológico para tomada de decisões terapêuticas. Duas situações especiais dispensam o diagnóstico histológico por biópsia renal. Assinale a alternativa CORRETA: a) Síndrome nefrótica pura em crianças e síndrome nefrítica pós-estreptocócica. b) Síndrome nefrótica em adultos e síndrome nefrótica pura em crianças. c) Síndrome nefrótica pura em crianças e síndrome nefrótica em paciente não diabético. d) Proteinúria significativa em paciente com súpus eritematoso sistêmico e síndrome nefrótica pura em crianças.

Questão nº: 38 Assinale a alternativa que NÃO se associa a causa de dor abdominal em pacientes com doença renal policística autossômica dominante: a) Sangramento do cisto e litíase. b) Infecção e tração do pedículo renal. c) Distensão da cápsula renal e sangramento do cisto. d) Litíase e diarréia. Questão nº: 39 Sobre a nefrite lúpica assinale a alternativa INCORRETA: a) A nefrite lúpica é uma complicação renal rara dentre os pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). b) Fatores genéticos, ambientais e hormonais estão significativamente envolvidos na patogênese da nefrite lúpica. c) A lesão glomerular pode ocorrer pela deposição ou formação in situ de imunocomplexos. d) As lesões histológicas renais no LES são heterogêneas e sujeitas a transformações no decorrer do seguimento em longo prazo. Questão nº: 40 Até recentemente as glomerulopatias hereditárias eram consideradas como raras, mas, devido aos avanços da genética e ao melhor entendimento das glomerulopatias acompanhadas desde a infância, sua prevalência aumentou, sendo atualmente de 1/5.000 pacientes. Sobre as glomerulopatias hereditárias, assinale a resposta INCORRETA: a) A síndrome de Alport envolve a membrana basal glomerular e, frequentemente, o aparelho auditivo, com surdez neurosensorial e a visão, com lenticone anterior e progressão para doença renal crônica terminal em torno dos 50 anos de idade. b) A nefropatia da membrana basal fina é herdada de maneira autossômica dominante, caracterizada pela ocorrência familiar de hematúria persistente.

c) A síndrome de Pierson é caracterizada por síndrome nefrótica congênita e alteração da membrana basal. É a principal causa de síndrome nefrótica em adultos. d) A doença de Fabry é um erro inato do catabolismo resultante da deficiência ou ausência da atividade da enzima lisossomal alfa-galactosidade A. Questão nº: 41 Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta causas de injúria renal pósrenal: a) Fibrose retroperitoneal, neoplasia de bexiga, tumores prostáticos. b) Nefropatia do mieloma múltiplo, necrose tubular aguda isquêmica, necrose cortical aguda. c) Desidratação, perda sanguínea, glomerulonefrites. d) Falência cardíaca, diarreia, necrose tubular aguda tóxica. Questão nº: 42 Dentre as alternativas abaixo, qual a causa mais comum de injúria renal aguda em pacientes hospitalizados? a) Injúria renal aguda pós-renal b) Injúria renal aguda pré-renal c) Injúria renal aguda intrínseca d) Injúria renal aguda glomerular Questão nº: 43 Dentre as alternativas abaixo, qual a causa mais comum de injúria renal aguda de instalação tardia no paciente politraumatizado? a) Rabdomiólise b) Síndrome compartimental c) Sepse d) Perda sanguínea

Questão nº: 44 Assinale a alternativa CORRETA. Na disfunção renal da doença hepática geralmente encontramos: a) Função tubular distal prejudicada. b) Disfunção na capacidade de concentração urinária. c) Função tubular proximal prejudicada. d) Função tubular preservada. Questão nº: 45 Assinale a alternativa CORRETA. Qual o mecanismo de ação da solução de glicose-insulina no tratamento da hiperglicemia? a) Desvia o potássio para o intracelular. b) Diminui a excitabilidade das células miocárdicas. c) Remove o potássio do corpo. d) Desvia o potássio para o extracelular. Questão nº: 46 Das glomerulopatias abaixo, qual cursa com complemento sérico normal? a) Nefrite lúpica b) Glomerulopatia membranosa c) Glomerulonefrite membranoproliferativa d) Glomerulonefrite crioglobulinêmica Questão nº: 47 Qual a causa mais comum de síndrome nefrítica em nosso meio (Brasil)? a) Nefrite lúpica b) Diabetes mellitus tipo 2 c) Glomerulonefrite pós-estreptocócica d) Anemia falciforme

Questão nº: 48 Dentre as manifestações clínicas e laboratoriais da glomerulonefrite membranosa, abaixo citadas, qual a mais improvável de estar presente como manifestação inicial de doença? a) Proteinúria não nefrótica b) Déficit de função renal c) Hematúria d) Proteinúria nefrótica /síndrome nefrótica Questão nº: 49 Como deve estar o ph urinário para que possa ocorrer a precipitação de ácido úrico na urina? a) ph urinário diminuído. b) ph urinário aumentado. c) ph urinário neutro. d) A precipitação de ácido úrico na urina independe do ph. Questão nº: 50 Qual o soluto urêmico mais osmoticamente ativo? a) Creatinina b) Homocisteína c) Uréia d) Oxalato FIM