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Transcrição:

Agosto 2017

Economia Global: Números continuam positivos EUA: Inflação de salários segue baixa China: Atividade surpreende positivamente 03 04 05 Atividade: PIB se expande no 2T Política Fiscal: A nova TLP 06 07 Bolsa Renda Fixa Moedas 08 09 10 11 2

ECONOMIA GLOBAL GLOBAL PMI A economia global continua apresentando dados melhores de crescimento, mantendo a tendência iniciada no segundo semestre de 2016, conforme ilustrado pelo gráfico ao lado. Em agosto, o PMI Global Manufacturing (índice global que mede a atividade manufatureira) ultrapassou inclusive o patamar alcançado no início do ano, com destaques para a Zona do Euro e China. Os principais motores de crescimento global têm sido a política monetária global ainda muito expansionista, a estabilidade na economia chinesa mesmo que de forma artificial, na base de mais estímulos e a aceleração cíclica na Zona do Euro. Além disso, a economia americana continua mantendo um ritmo de crescimento saudável, amparada por um mercado de trabalho bastante aquecido e sinais ainda incipientes de retomada dos investimentos. FONTE: JP MORGAN 3

ECONOMIA GLOBAL AVERAGE HOURLY EARNINGS (MÉDIA DOS SALÁRIOS POR HORA) nominal A taxa de desemprego americana continua rodando em patamar mais baixo do que o considerado de equilíbrio pelo FED (banco central americano). Porém, mesmo assim, a inflação de salários segue contida. Após ameaçar uma aceleração no segundo semestre de 2016, as leituras neste ano têm consistentemente surpreendido para baixo, conforme indicado no gráfico ao lado. Em agosto, os salários mostraram alta de 2,5% YoY (ano contra ano), bem abaixo dos 2,9% observados na virada do ano. Na verdade, este fenômeno de desemprego baixo e salários fracos vem sendo observado também no Reino Unido e no Japão, porém não há, isoladamente, uma explicação até agora convincente para isto. Automação, globalização, menor sindicalização de trabalhadores? FONTE: THOMSON REUTERS DATASTREAM 4

ECONOMIA GLOBAL MINÉRIO x PMI CHINA Em outubro haverá uma transição política relevante na China, que inclusive pode resultar na mudança do atual primeiroministro Li Keqiang. Desta forma, até o evento, o Partido Comunista tem todo o incentivo para evitar qualquer tipo de ruído, seja ele uma desaceleração da atividade com repercussão social ou uma volatilidade maior na taxa de câmbio. Por mais que o governo tenha tirado o pé do acelerador dos estímulos pois a economia global mais forte acabou ajudando o país, qualquer decisão relevante será postergada para depois da transição. FONTE: BLOOMBERG 5 Atualmente há incerteza em relação a qual será o novo direcionamento das lideranças chinesas. Haverá aceleração de reformas estruturais em detrimento do crescimento? Haverá uma convergência para uma economia mais de mercado, tolerando o inevitável incremento da volatilidade? Teremos que esperar alguns meses para saber estas respostas, mas, até lá, a economia chinesa segue mantendo um ritmo de crescimento suficiente para colocar em segundo plano temporariamente as preocupações com a economia do país.

ECONOMIA BRASILEIRA CONSUMO x INVESTIMENTO Base 100 = 1º Trimestre de 2011 O PIB cresceu 0,2% QoQ (trimestre contra trimestre) no segundo trimestre de 2017, ou seja, melhor do que a mediana das expectativas do mercado, que era de estabilidade. Este foi o 2º trimestre seguido de alta, mas desta vez com uma composição mais saudável, tendo em vista que o 1º trimestre (+1,0% QoQ) foi fortemente impactado pela safra agrícula recorde. FONTE: IBGE Olhando os componentes da demanda, o destaque absoluto foi o consumo, com alta forte de 1,4% QoQ (+0,7% YoY), corroborando o que os dados de alta frequência já vinham sugerindo (vendas no varejo, vendas de veículos, etc). Já o investimento continua muito fraco, com recuo de 0,7% QoQ (-6,5% YoY), e queda acumulada de quase 30% desde 2013. É importante ressaltar como a composição do crescimento vem sendo bem diferente da antecipada anteriormente: mais consumo e menos investimento. Além da incerteza eleitoral, que restringe os investimentos, a sequência de surpresas positivas no mercado de trabalho e a expansão do crédito para a pessoa física dão suporte ao consumo, explicando esta divergência. 6

ECONOMIA BRASILEIRA ESTOQUE DE CRÉDITO: POR CONTROLE DE CAPITAL % PIB O governo conseguiu aprovar a Medida Provisória que cria a nova taxa de juros de longo prazo que limita os empréstimos do BNDES: a TLP (em substituição à TJLP). A medida é muito relevante não só em termos fiscais, pois torna muito mais transparente qualquer concessão de subsídios no futuro, mas também em termos monetários. Por quê? FONTE: BANCO CENTRAL DO BRASIL 7 Durante os anos de 2011 a 2015 observou-se uma forte aceleração do crédito concedido por bancos públicos, em particular do crédito direcionado concedido pelo BNDES. Esse crédito era concedido a taxas muito mais baixas do que aquelas praticadas no mercado e do que a taxa Selic (que é a taxa básica de juros da economia brasileira). Desta forma, com o aumento da participação deste tipo de crédito, a taxa de juros efetiva na economia como um todo era mais baixa do que a indicada pela Selic. Ou seja, para manter o mesmo nível de condições de financiamento na economia, o banco central viase obrigado a manter uma Selic mais elevada para compensar o crédito concedido a taxas muito mais baixas. Em resumo, a nova medida atua na direção de baixar a taxa de juros estrutural do Brasil no médio/longo prazo.

MERCADOS 20% 16% 12% 8% 4% 0% -4% S&P500 FTSE100 CAC DAX NIKKEI SHANGHAI COMP BOVESPA MSCI ACWI 17,70% 12,79% 9,77% 8,38% 7,53% 3,11% 3,99% 4,54% 2,05% 2,77% 2,59% -0,51% -0,09% -0,73% -0,96% -2,10% VARIAÇÃO AGOSTO VARIAÇÃO EM 2017 As bolsas das economias desenvolvidas apresentaram queda em agosto em magnitude pequena. Destaca-se a elevação das tensões na Coréia do Norte, com novos testes de armas nucleares e ameaças de ataque. Já as economias emergentes tiveram comportamento divergente, com destaque para China e Brasil. O Ibovespa apresentou forte alta de 7,5%, acumulando expansão de 17,7% no ano até o final de agosto. Ajudou no desempenho: a sequência de dados melhores de atividade, a recuperação de preços de commodities e o impulso nas ações da Eletrobrás após o anúncio dos planos de privatização, que teve impacto positivo também em outras empresas estatais. 8 *O MSCI ACWI é um índice global de mercados de ações que engloba 23 países desenvolvidos e 23 emergentes.

MERCADOS YIELD 10 ANOS EUA: 2,30 CDS 5 Yr BRASIL: 137 YIELD 10 ANOS EUA RENDA FIXA GLOBAL CDS 5 Yr BRASIL (direita) Após estabilidade relativa em julho, as taxas de juros dos títulos longos dos países desenvolvidos voltaram a apresentar uma queda forte. A combinação de novas surpresas para baixo na inflação em algumas economias desenvolvidas e elevação dos riscos geopolíticos com a situação na Coréia do Norte puxaram as taxas de juros de 10 anos nos EUA para 2,12%, uma queda de 17 basis points (ou 0,17%). Destaca-se também a queda na taxa da Alemanha (-19 basis points para 0,29%) e Japão (-7 basis points para 0,01%). No Brasil, o CDS (Credit Default Swap medida de risco do país) de 5 anos recuou 13 basis points para 193 basis points, patamar próximo ao que estava antes da divulgação dos áudios envolvendo o presidente Temer em maio. YIELD 10 ANOS ALEMANHA: 0,47 YIELD 10 ANOS JAPÃO: 0,07 YIELD 10 ANOS ALEMANHA YIELD 10 ANOS JAPÃO FONTE: THOMSON REUTERS DATASTREAM 9

MERCADOS US DOLLAR INDEX (DXY) O movimento de desvalorização global do dólar perdeu fôlego em agosto, com o índice DXY (cesta do dólar contras as principais moedas do mercado) ficando praticamente estável no mês. De toda forma, vale ressaltar que no ano a queda acumulada chega a impressionantes 9,3%, conforme ilustrado no gráfico ao lado. A razão para a fraqueza do dólar continua sendo a mesma: economia global mais forte com reprecificação de crescimento em outras economias relevantes, mas principalmente a sequência de surpresas intensas para baixo na inflação americana. FONTE: THOMSON REUTEURS DATASTREAM 10

ÍNDICES VARIAÇÃO AGOSTO VALOR EM 31/08/2017 VARIAÇÃO EM 2017 VARIAÇÃO 12 MESES COMMODITIES PETRÓLEO WTI -8,39% 45,96-14,45% 6,49% OURO 3,09% 1.308,64 13,57% -0,03% MOEDAS (EM RELAÇÃO AO US$) EURO 0,57% 1,19 13,25% 6,74% LIBRA -2,16% 1,29 4,78% -1,58% YEN -0,25% 109,98-5,97% 6,33% REAL 0,76% 3,15-3,26% -2,40% ÍNDICES S&P500-0,51% 2457,59 9,77% 13,20% FTSE100-0,09% 7.365,26 3,11% 8,61% CAC -0,73% 5056,34 3,99% 13,93% DAX -0,96% 12.002,47 4,54% 13,31% NIKKEI -2,10% 19506,54 2,05% 15,51% SHANGHAI COMP 2,77% 3.363,63 8,38% 9,01% BOVESPA 7,53% 70886,26 17,70% 22,43% MSCI ACWI 2,59% 475,79 12,79% 14,21% 11

Nossas opiniões são frequentemente baseadas em várias fontes, já que despendemos grande parte de nosso tempo com análises de amplitude global de vários bancos, gestores, corretoras e consultores independentes. Todas as opiniões contidas neste relatório representam nosso julgamento até esta data e podem mudar sem aviso prévio, a qualquer momento. Este material tem caráter meramente informativo, não devendo ser considerado uma oferta de venda de nossos serviços. 12

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