B R A S I L CADERNO DE PROPOSTAS 1

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Transcrição:

B R A S I L 2 0 1 8 CADERNO DE PROPOSTAS 1

Introdução Conselho de Administração 4 Com os objetivos de melhorar o estado da saúde da população, incrementar a satisfação dos cidadãos e assegurar a sustentabilidade financeira do setor, o Instituto Coalizão Saúde apresenta este Caderno de Propostas - Coalizão Saúde Brasil. Neste documento, buscamos oferecer uma visão objetiva sobre o atual cenário da saúde, os eixos fundamentais para a sua reestruturação e as principais iniciativas e temas de ataque para a construção de um novo e melhor sistema de saúde para os brasileiros. Partindo de uma visão abrangente sobre as forças que influenciam e pressionam o sistema, como a falta de promoção e prevenção em saúde, o aumento da carga de doenças e as práticas de gestão ineficientes, entre outras, este caderno avança para uma série de propostas estruturais que ataca os problemas e aponta soluções, mostrando que a convergência de interesses, tendo o cidadão como foco, poderá direcionar todo o setor em busca da saúde que nossos cidadãos demandam e merecem. Para tanto, é preciso, como visão, promovermos um sistema que seja referência em qualidade, sustentabilidade, com maior participação dos cidadãos, assegurando o cumprimento dos princípios do SUS a partir da atuação coordenada dos setores público e privado. O ICOS _Instituto Coalizão Saúde_ é formado por lideranças da cadeia produtiva do setor de saúde e pretende contribuir, de forma propositiva e pluralista, para o debate e a busca de novos avanços em saúde, em resposta às demandas da população e às necessidades do país. Com este trabalho, o ICOS reforça seu papel de propositor de avanços para o setor da saúde e convida a todos a ler e refletir sobre o conjunto de ações aqui descritas. A união de experiências a e dedicação em torno de um objetivo comum foi o que possibilitou a construção deste caderno de propostas: sucinto e claro para que possa servir aos formuladores de políticas públicas; amplo e ambicioso para reconstruir o sistema de saúde do país. Presidente Claudio Luiz Lottenberg Vice-presidente Giovanni Guido Cerri Carlos Alberto Pereira Goulart Eudes de Freitas Aquino Francisco Balestrin Henrique Sutton de Souza Neves Ruy Salvari Baumer Solange Beatriz Palheiro Mendes Conselho Fiscal Cláudia Alice Cohn Edson Rogatti Nelson Mussolini Conselho Consultivo Gabriel Portella Fagundes Filho Paulo Chapchap Reinaldo Camargo Scheibe CEO Denise Rodrigues Eloi 5 4 5

FORÇAS QUE INFLUENCIAM O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO Envelhecimento da população Tripla carga de doenças Foco na doença e não na saúde AUMENTO DA CARGA DE DOENÇAS 1 Falta de hábitos saudáveis FALTA DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO 2 Cobertura ampla do sistema SOCIE DADE ALTA EXPECTATIVA E INFORMAÇÃO LIMITADA 3 Acesso limitado à informação do paciente Acesso limitado à informação para o paciente Expectativa maior do que a entrega 9 SUSTENTABILIDADE Baixa qualidade da informação limita tecnologia Oferta não acompanha evolução da demanda Descasamento entre custos e capacidade de Recurso não segue o paciente Judicialização 6 Baixa utilização de big data e analytics Baixo uso de modelos inovadores Investimento limitado em p&d Regulação pouco ágil USO DE DADOS E INOVAÇÃO LIMITADOS 8 Falta de transparência entre os elos da cadeia Modelo de pagamento não focado na saúde 7 BAIXO FOCO NO DESFECHO Conhecimento de gestão pouco valorizado SIST EMA 6 PRÁTI CAS DE GES TÃO INEFICI ENTES Distribui cão de papéis aquém do ideal Falta de transparência de desempenho 5 4 ALOCAÇÃO DE RECURSOS INADEQUADAS Novos formatos pouco explorados GOVERNANÇA POUCO EFETIVA Hospitais abaixo da escala ideal Baixa aplicação de tecnologia Baixo alinhamento do setor privado Falta sinergia entre esferas Falta de clareza dos papéis do público e do privado 7 6 7

MACROESTRUTURA, SEUS EIXOS E PROPOSTAS Aqui, um núcleo de 8 temas centrais para a reestruturação do sistema de saúde do Brasil, com propostas específicas para cada um deles. 2INOVAÇÃO Definir políticas públicas claras e efetivas para o setor de saúde, tornando o ambiente de negócios mais seguro, estável e propício para os investimentos, promovendo o acesso, a competitividade e um ciclo virtuoso de inovação e crescimento econômico; 1 ÉTICA E CONDUTA EMPRESARIAL Fortalecer os órgãos de controle, defendendo a sua autonomia e independência para fiscalizar e punir crimes e infrações éticas; Estimular a acreditação, a certificação e outros mecanismos de controle de boas práticas empresariais; Promover a interação e a cooperação entre os setores público e privado e as universidades, a fim de incentivar a inovação científica e tecnológica e o desenvolvimento de produtos; Desburocratizar o sistema regulatório para reduzir prazos. Dotar os órgãos reguladores de recursos financeiros e humanos e definir nomeações para cargos de direção das agências com base em critérios técnicos e não políticos. Estabelecer iniciativas para um mercado mais transparente e competitivo em relação aos dispositivos médicos (órteses, próteses e materiais especiais). 8 9

Macroestrutura, seus eixos e propostas 3 4 INTEGRAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA Ampliar a participação dos prestadores privados de assistência à saúde na definição do desenho, planejamento e execução das Políticas Nacionais de Saúde, principalmente considerando a importância de seus recursos para o sistema e a sua capacidade na prestação de serviços, desenvolvimento de pesquisas e de produtos; Garantir, por lei, a transparência das contratações e a segurança jurídica em todas as formas de integração público-privada entre elas as PDPs, PPPs e os modelos de gestão por meio de OSSs, deixando claro que se trata de uma política de Estado e não apenas de Governo; Priorizar o planejamento e regulação do setor privado no atendimento público de saúde, por exemplo, estabelecendo critérios para qualificação dos prestadores, bem como desenvolvimento de mecanismos de controle e de remuneração que induzam ganhos de eficiência e de produtividade. JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE Formalizar a participação dos diversos segmentos que integram os setores público, privado, e suplementar de saúde, bem como, especialistas, profissionais do direito e sociedade civil em uma Conferência Nacional de Saúde, para esclarecer a importância dos protocolos clínicos e regulamentos em saúde, inclusive as vias institucionais de sua atualização, preferencialmente sem a intervenção do Poder Judiciário; Fortalecer e divulgar o papel da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC), e defender a adesão aos critérios de segurança, qualidade, custo-efetividade e custo-benefício na incorporação de tecnologias na saúde; Estimular o Poder Judiciário para que sejam ampliadas as Varas Especiais de Saúde, bem como os Núcleos de Apoio Técnico (NATs) voltados à saúde, nos Tribunais de Justiça dos estados da federação. 10 11

Macroestrutura, seus eixos e propostas 5 6 PROMOÇÃO DA SAÚDE Formalizar as políticas intersetoriais por meio de projetos e acordos de participação, aumentando a transparência, a capilaridade e a qualidade dos serviços prestados à população; Divulgar o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e seus programas de uma forma mais consistente; Estabelecer programas de educação em saúde nas escolas e um programa para orientação da população sobre onde buscar atendimento em caso de eventos de saúde não emergenciais, evitando a superlotação de ambulatórios e prontos-socorros hospitalares. RACIONALIZAÇÃO DA REGULAÇÃO Estabelecer diretrizes regulatórias orientativas, preparando tanto o setor público quanto privado para as futuras alterações regulatórias, e oferecendo segurança jurídica para investimentos de longo prazo; Estabelecer regras que garantam prévia análise do impacto regulatório antes da publicação de Resoluções e Instruções Normativas (ANS), e Resoluções de Diretoria Colegiada (Anvisa); Implantar avaliações mais criteriosas de eficácia e com maior participação do setor antes da definição de novas normas. 12 13

7 8 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DO SETOR Aumentar a participação do setor privado na gestão da saúde e criar mecanismos para melhorar a eficiência do gasto público; Mudar o modelo de remuneração da saúde no Brasil, alinhando-o com outros modelos internacionais; Aumentar o investimento público no setor, especialmente por parte do Governo Federal. PARCERIA COM O CORPO TÉCNICO-ASSISTENCIAL Manter diversas formas de parceria na saúde, sobretudo no que se refere a determinadas categorias profissionais, tais como médicos e outras categorias participantes do time assistencial; Reforçar a corresponsabilidade dos parceiros na prestação de serviços de qualidade para a população em geral; Regulamentar os contratos de prestação de serviço a terceiros, garantindo segurança jurídica para as relações entre os trabalhadores e as instituições de saúde. 14 15

INFOGRÁFICO DO LIVRO COALIZÃO SAÚDE BRASIL OBJETIVOS Melhorar o estado da saúde da população Incrementar a satisfação dos cidadãos Assegurar a sustentabilidade financeira A VISÃO Teremos um sistema de referência em qualidade, sustentabilidade, com maior participação dos cidadãos, assegurando o cumprimento dos princípios do SUS a partir de atuação coordenada dos setores público e privado TEMAS DE ATAQUE 1 - Cidadão educado Impulsiona promoção da saúde e uso consciente dos recursos 2 - Cuidado integrado e mais próximo do cidadão Promove prevenção e qualidade 3 - Tecnologia e inovação centrada no cidadão Promove acesso a integração 4 - Cidades saudáveis Promovem bem-estar 5 - Atenção ao idoso e doenças crônicas Promove longevidade e foco na saúde 6 - Decisões baseadas em criação de valor para sociedade Promovem alinhamento de incentivos e maior custo-efetividade 7 - Governança intersetorial e gestão profissional Promovem maior eficiência do sistema 8 - Transparência de dados e ética Promove conscientização e confiança entre os elos da cadeia 16 17

O FUTURO, A VISÃO PARA A SAÚDE DO BRASIL Com a análise de todo o cenário da saúde do Brasil, sua comparação com modelos internacionais, e combinando os insights dos principais players da saúde do Brasil, o Instituto Coalizão Saúde identificou os seguintes temas de ataque para suportar a visão para o sistema de saúde do país. Governança intersetorial e gestão profissional Promovem maior 7 8 Transparência de dados e ética Promove conscientização e Decisões baseadas em criação de valor para sociedade Promovem alinhamento de incentivos e maior custo-efetividade Atenção ao idoso e doenças crônicas Promove longevidade e foco na saúde 6 5 VISÃO PARA A SAÚDE DO BRASIL 1 2 Cidadão educado Impulsiona promoção da saúde e uso consciente dos recursos Cuidado integrado e mais próximo do cidadão Promove prevenção e qualidade Cidades saudáveis Promovem bem-estar 4 3 Tecnologia e inovação centrada no cidadão Promove acesso a integração 18 19

O que: - Estimular a mudança cultural para o foco em promoção da saúde por meio de maior educação da população e da atuação dos empregadores. 1PROPOSTA: EDUCAR O CIDADÃO BRASILEIRO EM TEMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS Como: Adotar referências para a promoção da saúde com modelos a serem seguidos, por exemplo, dentro das empresas. Promover a compreensão sobre a importância do cuidado com si mesmo, iniciando desde a escola. Criar mecanismos formais de reforço, como incentivos financeiros ou outras formas de estímulo, a serem oferecidos pelas operadoras de planos de saúde ou por parceiros do governo; Desenvolver competência por meio de plataformas acessíveis de conhecimento e informações sobre saúde. Por exemplo, usando plataformas do governo ou privadas para a população em geral ou direcionadas a grupos de interesse. 20 21

O que: - Fortalecer a atenção primária, valorizando medicina da família e a equipe multiprofissional. - Ampliar o acesso a medicamentos e garantir maior adesão a tratamentos. Como: 2PROPOSTA: PROMOVER O CUIDADO INTEGRADO E MAIS PRÓXIMO DO CIDADÃO Ampliar a atenção primária, expandindo-a de maneira significativa nos setores público e privado. Aumentar a capilaridade da atenção primária com equipes multiprofissionais. Valorizar o médico de família e adaptar a formação médica no país para viabilizar esse movimento. Estabelecer regras claras para a utilização de medicamentos baseada em evidências científicas. Definir a política de compra de medicamentos com base em estratégias nacionais. Criar mecanismos de financiamento de medicamentos voltados para programas de gratuidades no setor público e copagamentos no setor privado. Aprimorar a gestão de uso de dados para o acompanhamento de indicadores de prescrição adequada, com base em protocolos clínicos, e na adesão ao tratamento. 22 23

O que: - Estimular e realizar pilotos de modelos inovadores de atenção. - Desenvolver diagnóstico precoce de doenças por meio de modelos preditivos, aumentando a assertividade das ações de saúde. 3PROPOSTA: DESENVOLVER E IMPLANTAR TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES CENTRADAS NO CIDADÃO - Construir uma agenda nacional para inovação, respaldada por uma maior agilidade regulatória e maior integração da pesquisa acadêmica com a cadeia produtiva da saúde. Como: Na atenção primária, implementar a triagem e encaminhamento por telefone, digitalizar o atendimento de saúde, monitorar remotamente doenças crônicas, com uso de ferramentas de telemedicina. Na atenção secundária, viabilizar estruturas especializadas que realizem procedimentos em ambientes mais eficientes em termos de custo do que hospitais, sem necessidade de internação, contando ainda com unidades móveis. Na atenção terciária, viabilizar estruturas especializadas na produção em massa de cirurgias replicáveis. Consultorias virtuais entre profissionais de diferentes níveis de especialização. 24 25

Estimular a atenção domiciliar (home care), o monitoramento e as consultas remotas no cuidado com idosos. Definir o perfil estratégico e aspirações do polo, definindo áreas-foco e corredores nos quais seja possível estabelecer vantagens competitivas globais com objetivos claros de monitoramento. Criar estrutura de governança para a gestão dos projetos, por meio de agências governamentais ou privadas. Formar, atrair e reter capital humano por meio de parcerias com faculdades de renome na área e promover a atração de talentos internacionais. Fomentar o ambiente de inovação e empreendedorismo, investindo, governo, por meio de entidades de fomento à pesquisa, e setor privado de forma compartilhada, em startups de biotecnologia. Disponibilizar infraestrutura física e virtual, investindo em centros de pesquisa. Promover o relacionamento com o governo, os incentivos fiscais e a segurança no ambiente de negócios, com revisão e melhorias de leis de proteção à propriedade intelectual e patentes, integrando as esferas estadual e federal. 26 27

O que: - Ampliar ações intersetoriais (educação, saneamento, segurança e habitação) por meio de parcerias com o setor privado. 4PROPOSTA: INVESTIR EM POLÍTICAS PÚBLICO-PRIVADAS INTERSETORIAIS, VISANDO O DESENVOLVIMENTO DE CIDADES SAUDÁVEIS - Estimular ações voltadas para a preservação do meio-ambiente e para atenuar o impacto das mudanças climáticas. Como: Intensificar os contratos de parceria público-privada com foco em projetos que visem o desenvolvimento de cidades saudáveis. Estimular investimentos do setor privado em segmentos da economia que preservem o ecossistema. Desenvolver campanhas de educação e conscientização da população, visando a preservação ambiental. 28 29

O que: - Estimular modelos assistenciais com foco no idoso e no doente crônico. Como: Viabilizar modelos inovadores de atenção que tenham foco em idosos e doenças crônicas. 5PROPOSTA: IMPLANTAR UM MODELO ASSISTENCIAL FOCADO NA ATENÇÃO AO IDOSO E ÀS DOENÇAS CRÔNICAS Garantir que os modelos atendam às diferentes necessidades dos idosos: independentes, dependentes ou em fase terminal. Estabelecer mecanismos para garantir adesão ao tratamento crônico. Garantir a formação de profissionais capacitados para atender o novo perfil populacional. Integrar o cuidado, dando acesso ao paciente a todos os níveis de atenção em um único lugar ou sistema (regional). Garantir ao paciente um coordenador de seu tratamento. Fortalecer as soluções digitais, com prontuários eletrônicos integrados pela rede, monitoramento remoto e outras soluções digitais. 30 31

O que: - Estabelecer processo e governança para protocolos clínicos de referência nacional. - Implantar os diferentes modelos de remuneração, buscando maior alinhamento de incentivos. Como: Tornar os processos atuais da CONITEC no SUS mais participativos e robustos. Aumentar a adesão às recomendações da CONITEC. Estimular maior participação do setor privado. 6PROPOSTA: ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE GESTÃO BASEADOS EM DADOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS Viabilizar a integração com agências de saúde nacional e internacionalmente. Desenvolver protocolos clínicos, com a criação de grupos de medicina baseada em evidências para complementar o trabalho e incentivando a sua utilização. Medir e adotar indicadores nas três dimensões principais de criação de valor para a sociedade: qualidade, desfecho e custos. Criar base de dados consolidada contendo a evolução dos indicadores. Definir os parâmetros do modelo: Identificar oportunidades através da análise dos indicadores e tendências. Definir os objetivos a serem alcançados. Definir o modelo de pagamento que gere os incentivos corretos. Definir metas específicas e requisitos mínimos para os indicadores. Implantar novos modelos de remuneração: Realizar pilotos do modelo de remuneração discutido. Ajustar conforme a necessidade. Implementar o modelo testado e validado. Acompanhar continuamente indicadores comparando-os com os objetivos. Tomar ações corretivas quando necessário. 32 33

O que: - Reorganizar o sistema de redes de atenção na busca de maior eficiência e escala. Como: 7PROPOSTA: IMPLANTAR MODELO DE GOVERNANÇA INTERSETORIAL E INVESTIR EM GESTÃO PROFISSIONAL Promover a reorganização administrativa do sistema, com diretrizes nacionais e órgãos executores com competências adequadas ao seu nível de responsabilidade. Fazer a revisão do desenho das regiões de saúde com escala adequada, respeitando características geográficas, mas não necessariamente os limites entre municípios. Promover o planejamento otimizado das regiões de saúde com centros especializados, descentralização da atenção básica e integração do cuidado. - Três características são importantes no desenho de uma região de saúde ideal: 1. Ter população suficiente para serviços de saúde em escala. 2. Abranger toda uma economia / ecossistema de saúde. 3. Possuir coerência geográfica, política e regulatória 34 35

O que: Criar capacidade para consolidação, análise e divulgação de dados nos sistemas público e privado. Integrar dados do paciente de forma centralizada por meio de prontuário eletrônico Como Eficiência de gestão: estimular os atores da saúde a melhorar seus resultados por meio da comparação e da concorrência. 8PROPOSTA: IMPLEMENTAR TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO BASEADAS EM TRANSPARÊNCIA DE DADOS E ÉTICA Melhor planejamento do sistema: melhorar a alocação de recursos no sistema, ao permitir o planejamento mais eficiente de todos os elos da cadeia. Empoderamento da população: publicar os dados e permitir fiscalização das instituições, com pacientes/cidadãos fazendo escolhas mais conscientes. Reduzir desperdícios no sistema, por meio de maior informação sobre os procedimentos já realizados pelo paciente. Gerar dados para ampliação do uso de medicina baseada em evidências, a fim de determinar os tratamentos que apresentam os melhores resultados. Melhorar a qualidade e agilidade do diagnóstico e do tratamento, a partir do conhecimento do histórico completo do paciente pelo profissional de saúde. Melhorar o acompanhamento dos pacientes crônicos, por meio do monitoramento remoto dos dados desses pacientes, em tempo real. Empoderar o paciente, com base no fornecimento de informações acerca de quais tratamentos apresentam melhores resultados. 36 37

CONCLUSÃO O Instituto Coalizão Saúde acredita e trabalha por um sistema melhor, mais sustentável e que atenda de maneira mais plena os anseios de nossa população. E sabe que apenas a integração efetiva entre os setores público e privado será capaz de construí-lo.. 38 39

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