PODER EXECUTIVO DECRETO Nº DE 15 DE ABRIL DE 2013.
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- Oswaldo di Azevedo Esteves
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1 DECRETO Nº DE 15 DE ABRIL DE DISPÕE SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO RIO CRIATIVO - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que consta no Processo Administrativo nº E-00/0000/0000, e CONSIDERANDO: - Que a Economia Criativa compreende atividades produtivas cujo processo principal consiste num ato criativo gerador de valor simbólico e de ativos intangíveis, revertidos em produção de riqueza cultural e econômica; - Neste Decreto como setores da Economia Criativa: artes cênicas, música, artes visuais, literatura e mercado editorial, audiovisual, animação, games, software aplicado à economia criativa, publicidade, rádio, TV, moda, arquitetura, design, gastronomia, cultura popular, artesanato, entretenimento, eventos e turismo cultural; e demais segmentos cujo processo produtivo seja baseado na imaginação, criatividade, na habilidade no talento dos profissionais envolvidos; - O novo cenário mundial, onde a produção intelectual, criativa e intangível adquire cada vez maior relevância; - A expressiva e histórica vocação do Estado do Rio de Janeiro como polo nacional e mundial da Economia Criativa e seu potencial para o desenvolvimento socioeconômico fluminense; - Os princípios norteadores do desenvolvimento de políticas públicas culturais no campo da Economia Criativa: a valorização, proteção e promoção da diversidade das expressões culturais fluminenses; a garantia da sustentabilidade social, cultural, ambiental e econômica para as gerações futuras; e a inclusão social; - A estratégia intensiva de diversas cidades e países no mundo de atração de talentos, através da criação de ambientes férteis onde a Economia Criativa possa florescer; 1
2 - A importância do alinhamento com as diretrizes e ações definidas no Plano Nacional de Economia Criativa do Ministério da Cultura; - Que o Rio Criativo - Programa de Desenvolvimento da Economia consta do Plano Plurianual do Estado do Rio de Janeiro PPA/RJ , para o período de , estabelecido na Lei nº 6.126, de 28 de dezembro de DECRETA: Art. 1º - Fica instituído o Rio Criativo - Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro que tem por objetivo potencializar os setores da Economia Criativa como vetores de desenvolvimento socioeconômico. Art. 2º - Constituem diretrizes do Programa Rio Criativo: I - Consolidar a Economia Criativa como eixo estratégico da política de desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro; II - Formular e implementar políticas específicas para os setores da Economia Criativa; III - Promover a institucionalização de políticas públicas voltadas à Economia Criativa; IV - Ampliar os recursos financeiros para os setores da Economia Criativa; V - Ampliar o acesso dos agentes da Economia Criativa do Estado aos recursos financeiros; VI - Estimular a criação e incremento de polos e ambientes de inovação e criatividade no Estado; VII - Fortalecer a marca do Estado do Rio de Janeiro como polo criativo; VIII - Fortalecer todos os ciclos dessas cadeias produtivas; IX - Fomentar o desenvolvimento de empreendimentos criativos; X - Estimular a excelência dos agentes envolvidos na Economia Criativa; XI - Incentivar a produção e a difusão de conhecimento sobre a Economia Criativa. Art. 3º - Constituem ações do Programa Rio Criativo: 2
3 - Articular as políticas públicas de cultura com as políticas de desenvolvimento do governo do Estado; - Articular as políticas públicas de cultura com as de desenvolvimento econômico, turismo, trabalho e renda, ciência e tecnologia, educação e de meio ambiente; - Ampliar o potencial da Economia Criativa para a geração de emprego e renda no estado; - Criar mecanismos para a consolidação dessa nova economia tendo como parâmetros o empreendedorismo, o cooperativismo e a inovação; - Estimular a utilização e o desenvolvimento de novas tecnologias e novos modelos de negócios; - Reforçar o papel da cultura no planejamento e na gestão sustentável das cidades, para que sejam mais justas, conscientes, inclusivas e criativas; - Articular as políticas de preservação patrimonial e ambiental com as políticas de Economia Criativa; - Elaborar planos, programas, projetos e ações de desenvolvimento desses setores, com a participação dos agentes de todo o estado, contemplando os diferentes elos das cadeias produtivas; - Estimular o intercâmbio e a colaboração entre esses diferentes setores; - Promover o debate entre profissionais dos setores da Economia Criativa e da área jurídica sobre ausência ou a necessidade de alteração, revisão e criação de direitos tributários, previdenciários, trabalhistas e de propriedade intelectual, considerando as especificidades e necessidades desses segmentos; - Modernizar marcos legais para os setores do campo da Economia Criativa; - Formular propostas de mecanismos direcionados à consolidação de novos marcos legais para o campo da Economia Criativa; - Propor, articular, estimular e divulgar linhas de financiamento, fundos de investimento e outros mecanismos de fomento, com vistas a ampliar o acesso de empreendimentos a essas fontes, viabilizando o fortalecimento de suas cadeias produtivas; - Elaborar e incentivar mecanismos de descentralização de recursos destinados a empreendimentos por todas as regiões do estado e entre os diversos setores do campo em questão; 3
4 - Articular junto às instituições financeiras estudos de risco sobre os mercados criativos com a finalidade de subsidiar políticas de financiamento e investimento específicas para esses setores criativos; - Investir na qualificação de agentes da Economia Criativa, inclusive habilitando-os a melhorar a concepção, o planejamento, a captação de recursos e a gestão de seus empreendimentos; - Promover o empreendedorismo cultural nas comunidades pacificadas e com baixo IDH da capital e demais regiões do Estado; - Identificar e desenvolver territórios criativos com o objetivo de gerar e potencializar empreendimentos e arranjos produtivos locais, promovendo as diferentes vocações do estado; - Contribuir para a construção e implementação de políticas de fomento e desenvolvimento ao turismo cultural fluminense, através da promoção e consolidação de polos, cidades e territórios criativos do estado; - Incentivar o turismo cultural, buscando integrar ações governamentais e privadas na promoção das regiões fluminenses como destinos turísticos, observando estratégias de preservação patrimonial e ambiental com ações de fortalecimento local; - Fomentar circuitos itinerantes regionais de bens e serviços; - Estimular o fortalecimento de um calendário anual de eventos, encontros e seminários no estado, a fim de favorecer a articulação entre essas produções, a difusão de conhecimentos, a geração de negócios e a promoção do turismo cultural; - Elaborar e estimular iniciativas de exportação de produtos e serviços ofertados pelos setores da Economia Criativa fluminense para outros estados e países; - Divulgar bens e serviços do estado em eventos nacionais e internacionais; - Estimular a diversidade cultural como fator de diferenciação e incremento do valor agregado de produtos e serviços, promovendo as vocações e fortalecendo a identidade cultural do estado; - Implementar ações para estimular e desenvolver os ciclos de distribuição e consumo resultantes dos processos criativos; - Fortalecer incubadoras, aceleradoras e centros de pesquisa e tecnologia do campo da Economia Criativa; 4
5 - Ampliar as experiências de qualificação na área de gestão e as de geração de negócios e conhecimento a fim de consolidar micro, pequenos e médios empreendimentos; - Fomentar atividades que visem à originalidade e à inovação como fator de diferenciação e competitividade nos mercados nacionais e internacionais; - Promover a qualificação profissional, em parceria com instituições públicas e privadas, estimulando a capacitação de profissionais para a gestão de empreendimentos visando à ampliação da oferta de bens e serviços desses segmentos; - Incentivar a formação e promoção de redes, coletivos e cooperativas; - Promover a inovação aberta e intercâmbios de conhecimentos para as competências criativas; - Capacitar gestores públicos em políticas para o desenvolvimento da Economia Criativa; - Estimular, produzir, sistematizar e divulgar estudos e pesquisas sobre os setores da Economia Criativa e sua participação nos processos econômicos, culturais e sociais do estado; - Estimular a utilização de instrumentos de mapeamento, pesquisa, documentação e difusão da produção dos setores criativos por parte de seus principais agentes; - Viabilizar, por meio de instituições de fomento, o financiamento de pesquisas voltadas para esse campo; - Incentivar a incorporação de conteúdos e tecnologias relacionados às competências criativas em programas implementados pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Art. 4º - O Programa Rio Criativo será apoiado por um Comitê Gestor. Art. 5º - Constitui atribuição do Comitê Gestor prestar assessoramento às atividades do Programa, para que se configure um espaço democrático, intersetorial e propositivo, contribuindo para o alcance dos objetivos do Programa Art. 6º - O Comitê Gestor do Programa Rio Criativo terá a seguinte composição: I - Titular da pasta da Secretaria de Estado de Cultura - Presidente II - Quatro representantes da sociedade civil, com notória especialização nos setores da Economia Criativa; 5
6 III - Um representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Energia Indústria e Serviços; IV - Um representante da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia; V - Um representante da Secretaria de Estado de Educação; VI - Um representante da Secretaria de Estado de Turismo; VII - Um representante do Ministério da Cultura; VIII - Um representante da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; IX - Um representante da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN; X - Um representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro - SEBRAE-RJ. Art. 7º - O Comitê Gestor deverá se reunir trimestralmente, ou extraordinariamente, conforme convocação da presidência. Art. 8º - Os componentes do Comitê Gestor do Programa Rio Criativo serão indicados pelo titular da pasta da Secretaria de Estado de Cultura e nomeados pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro. Art. 9º - A Secretaria Executiva do Programa Rio Criativo será exercida pela Superintendência de Cultura e Sociedade da Secretaria de Estado de Cultura que se responsabilizará pelas atribuições concernentes, quais sejam: a. desenvolver as atividades administrativas demandadas pelo Programa; b. elaborar o plano anual do Programa com base nas proposições do Comitê Gestor; c. redigir o relatório anual de atividades do Programa; d. apoiar o Comitê Gestor. Art. 10º - Poderão ser constituídas Comissões Técnicas (CT), temporárias ou permanentes, compostas por representantes dos setores da Economia Criativa, com objetivo de instrumentalizar as ações do Programa, na consolidação de parcerias e formulação de estratégias. Art. 11º - Os recursos necessários para realizações das ações, a serem implementadas no âmbito do Programa Rio Criativo, serão provenientes das seguintes fontes: I - recursos consignados no Orçamento Anual - LOA da Secretaria de Estado de Cultura; II - recursos oriundos de leis de incentivo fiscal; 6
7 III - subvenções, auxílios, acordos, convênios, contratos, realizados com instituições públicas e privadas; IV - fontes de outra natureza, não previstas neste decreto. Art. 12º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, de de. SÉRGIO CABRAL 7
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