E AUTONOMIA DAS MULHERES
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- Jorge Tavares Duarte
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1 E AUTONOMIA DAS
2 Faz-se necessário identificar as organizações de mulheres artesãs e possibilitar a articulação das cadeias produtivas de artesanatos geridas por mulheres. o que orienta o Programa O desafio de superar a persistente desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho brasileiro tem levado o governo federal à realização de um conjunto de políticas públicas e ações sociais direcionadas para a redução dessa disparidade. O crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável e redutor das desigualdades sociais é uma prioridade de governo e consiste também numa estratégia de desenvolvimento e combate à pobreza em longo prazo. Apesar da crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, a desigualdade e a discriminação ainda persistem no âmbito da remuneração salarial e da ocupação, estando as mulheres majoritariamente ocupando funções com alto grau de precariedade. As mulheres, especialmente as negras, encontram-se nas ocupações mais vulneráveis do mercado de trabalho, com alto índice de informalidade e baixos rendimentos. A geração de trabalho e renda moldada no conceito de trabalho decente, com remuneração adequada e condições de liberdade, equidade e segurança, são elementos fundamentais para a autonomia econômica das mulheres, e condição básica para uma vida cidadã e igualitária. Nesse sentido, a viabilização da autonomia econômica das mulheres por meio do trabalho requer um investimento integrado a partir do fortalecimento de ações voltadas para as políticas de acesso ao trabalho e geração de renda, e também para o enfrentamento das desigualdades no mundo do trabalho.
3 As Conferências Nacionais de Políticas para as Mulheres, realizadas em 2004 e 2007, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, constituíram um marco na formulação de políticas públicas orientadas para a promoção da igualdade de gênero com ampla participação de mulheres representando diversos segmentos sociais e políticos. A concretização desse debate resultou na formulação dos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres, que definiram as diretrizes gerais da Política Nacional para as Mulheres, entre as quais o capítulo 1 Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho com Inclusão Social. A promoção da autonomia econômica e financeira e a ampliação do acesso das mulheres ao mercado de trabalho, por meio do apoio ao empreendedorismo, associativismo, cooperativismo e comércio são prioridades do referido capítulo, e o apoio técnico e financeiro a projetos de geração de emprego, trabalho e renda consiste no principal meio de execução das ações previstas. a integração entre produção artesanal e atividades turísticas permite lançar um novo olhar para a ampliação da igualdade de oportunidades de gênero Com vistas a alcançar êxito nesse conjunto de prioridades, é necessária uma articulação entre governo e sociedade civil que seja direcionada para o desenvolvimento sustentável local, o fortalecimento organizacional e o empoderamento das mulheres, atendendo de forma prioritária as mulheres mais pobres. O setor produtivo artesanal brasileiro possui um grande potencial de geração de trabalho e renda na medida em que é capaz de envolver um conjunto de arranjos produtivos locais, articulações e redes de economias empreendidas por mulheres e/ou associações de mulheres.
4 A formulação de políticas em torno do trabalho de produções artesanais deve considerar o desenvolvimento endógeno, a sustentabilidade, a cultura e a memória local dos territórios que viabilizem o empoderamento das mulheres no âmbito das relações de trabalho, bem como iniciativas que fortaleçam sua autonomia econômica e financeira. Da mesma forma, a criação de estímulos às iniciativas públicas e privadas, com a captação de investimentos para as atividades turísticas também oferece uma gama de oportunidades para a articulação de políticas de geração de trabalho e promoção da autonomia de mulheres por meio do trabalho artesanal. A implementação de políticas que contemplem uma articulação entre o trabalho artesanal de mulheres e o desenvolvimento do turismo local consiste num desafio para as políticas de geração de ocupação, trabalho e renda que tenham como prioridade a o empoderamento e o apoio aos processos de organização e qualificação das mulheres. Dessa forma, a integração entre produção artesanal e atividades turísticas permite lançar um novo olhar para a ampliação da igualdade de oportunidades de gênero, e envolve amplas relações intersetoriais, visando, sobretudo, a autonomia econômica das mulheres por meio do incentivo à formação e ao fortalecimento de associações e cooperativas voltadas para o trabalho artesanal na perspectiva de gênero, da economia solidária e valorização das culturas locais brasileiras. Para tanto, faz-se necessário identificar as organizações de mulheres artesãs e possibilitar a articulação das cadeias produtivas de artesanatos geridas por mulheres no intuito de fortalecer as políticas de igualdade de gênero no âmbito do trabalho, incentivo ao turismo, ao desenvolvimento sustentável e à preservação das culturas locais. O Programa contará com uma ação conjunta entre a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Governos dos Estados e dos Municípios, por meio das Secretarias/Coordenadorias da Mulher, Secretarias do Trabalho e do Turismo ou correlatas, com atuação prevista para o território nacional em articulação com o Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as Mulheres.
5 Fortalecer as políticas públicas de incentivo ao turismo local, por meio da formulação de estratégias para o setor produtivo artesanal que garantam a autonomia econômica e o papel protagonista de mulheres artesãs, no mercado de trabalho, na perspectiva da igualdade de gênero, da identidade cultural regional e da preservação sócio - ambiental. Fortalecer as capacidades institucionais responsáveis pela formulação, implementação e monitoramento de políticas e programas voltados à criação de oportunidades de trabalho e renda, combate à pobreza e a violência doméstica, tendo por pressuposto o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres PNPM, as ações previstas no Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as Mulheres e o Plano Nacional de Turismo. Contribuir para o empoderamento de mulheres pobres e extremamente pobres, integrando ações que possam fortalecer a sua cidadania e autonomia econômica e financeira. Incentivar e fortalecer a produção e comercialização de artesanatos produzidos por mulheres nos corredores turísticos locais, na direção autônoma e coletiva. Estimular a organização de mulheres artesãs por meio da qualificação social e profissional, com vistas a habilitá-las à ocupação, na perspectiva da economia solidária. E AUTONOMIA AUTONOMIA DAS DAS O Programa emitirá um selo (label) com a identificação de cada autora/artesã e informações a respeito do tipo de artesanato, das técnicas utilizadas, do trabalho realizado e sobre o Projeto. O selo de origem também irá contribuir para o reconhecimento, a valorização e o desenvolvimento da produção Objetivo Geral Objetivos Estratégicos Selo de Origem artesanal feminina, bem como para tornar visível o trabalho e a cultura local das próprias artesãs. Público Prioritário O Programa tem como prioridade atender mulheres rurais e indígenas, com baixa-renda, pouca escolaridade, em situação de risco social e vulneráveis à violência doméstica. Estratégias de Ação Considerando os objetivos do Projeto, faz-se necessário traçar estratégias para a implementação das ações previstas: Articulação de redes que operam nos territórios priorizados (organismos institucionais de políticas para mulheres e de desenvolvimento turístico, grupos, organizações de mulheres, organizações de auto-gestão e demais instituições relacionadas a micro e pequenas empresas). Inclusão de gestoras, gestores e técnicos/as que atuarão na execução das ações previstas nos processos de formação e capacitação inerente ao Projeto, tendo em vista o efeito multiplicador de suas ações.
6 Realização de processos de sensibilização e mobilização sob a perspectiva de gênero nos espaços de atuação onde serão realizadas as discussões sobre empreendedorismo, associativismo e cooperativismo e seus impactos nas localidades, considerando tanto o espaço público como também o doméstico. Atuação direta ou por meio da intermediação das Secretarias de Trabalho, Turismo e correlatas, no sentido de fortalecer a ação local no provimento de serviços públicos que facilitem o cotidiano da população, em especial das mulheres, no que se refere à sua inserção no mundo do trabalho e do turismo. Implementação do Projeto Fase I Estudo / Reconhecimento do Universo do Programa Levantamento e definição dos espaços geográficos prioritários face à conjugação/interseção das ações das instituições parceiras. Levantamento da existência de organizações de mulheres artesãs e de organizações de mulheres e feministas nas áreas priorizadas. Reconhecimento das redes de desenvolvimento turístico local. Realização de estudos das possibilidades dos mercados turísticos locais e regionais. Identificação da demanda por produtos artesanais associados ao turismo na região. Estudo das questões ambientais para fomento à produção artesanal tendo em vista a utilização de matéria prima local na produção. Estudos sobre a possibilidade de criação de nova linha de produtos e/ou de qualificação dos produtos já existentes. Adequação de cursos de formação e qualificação profissional voltados para a produção artesanal no sentido de inserir a perspectiva de gênero e da economia solidária em seus conteúdos. Fase II Implementação das ações Realização de oficinas/ cursos de formação e qualificação social e profissional para mulheres artesãs em locais definidos. Formação e capacitação voltadas para o estímulo às organizações coletivas de mulheres artesãs (associações e cooperativas), bem como para o acesso às linhas de crédito especiais. Acompanhamento da rota comercial e turística a ser percorrida pelos produtos gerados. Emissão do Selo de Origem para certificar as peças artesanais produzidas e suas autoras/artesãs correspondentes. Elaboração de catálogo com os produtos desenvolvidos. Fase III Consolidação, sustentabilidade e multiplicação Nesta fase, a coordenação do Projeto, em conjunto com as entidades parceiras, promoverá oficinas de avaliação e integração no sentido de elaborar documentos para reorientação das ações, que deverão incluir estratégias de difusão e replicação em outros estados, tendo como base o processo de monitoramento e avaliação da execução das ações previstas.
7 E AUTONOMIA DAS CONTATOS Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Presidência da República Via N1 Leste s/n - Pavilhão das Metas, Praça dos Três Poderes Zona Cívico Administrativa CEP: Brasília DF Fones: (55 61) Fax: (55 61) spmulheres@spmulheres.gov.br Central de Atendimento à Mulher Ligue 180 UM PAÍS DE TODOS E TODAS
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