Parkinsonismo. Prof. Vitor Tumas Depto de Neuciências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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Transcrição:

Parkinsonismo Prof. Vitor Tumas Depto de Neuciências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Parkinsonismo ou síndrome de Parkinson DEFINIÇÃO: síndrome clínica caracterizada pela presença de: bradicinesia e pelo menos um dos seguintes sinais: tremor de repouso rigidez plástica ( sinal da roda denteada ) instabilidade postural

Causas de parkinsonismo: a) Medicamentos: - drogas anti-dopaminérgicas - bloqueadores de canais de cálcio b) Doenças neurodegenerativas: - doença de Parkinson - paralisia supranuclear progressiva - atrofia de múltiplos sistemas - degeneração cortical-ganglionar basal - demência com corpos de Lewy - outras c) Parkinsonismo vascular d) Outras causas - doença de Wilson - lesões estruturais - hidrocefalia de pressão normal, etc.

doença de Parkinson descrita por James Parkinson em 1817

Barbosa et al. Parkinsonism and Parkinson's disease in the elderly: A community-based survey in Brazil (the Bambuí study). Mov. Disord, 2006 PREVALENCE RATES PER 100 25 20 15 10 5 0 22,8 16,2 14,3 9,3 8,5 3,6 4,5 2,9 0,8 2,8 64-69 70-74 75-79 80-84 85 AGE (YEARS) parkinsonism Parkinson s disease

Como fazer o diagnóstico de DP? CRITÉRIOS DO BANCO DE CÉREBROS DE LONDRES 1. Presença da síndrome de Parkinson 2. Ausência de critérios para exclusão do diagnóstico OUTRA CAUSA PROVÁVEL Uso de neurolépticos AVCs, progressão em degraus TCEs repetitivos encefalite, crises oculógiras SINAIS ATÍPICOS PARA A DOENÇA paralisia supranuclear do olhar vertical, sinais cerebelares disautonomia precoce e importante sinal de Babinski Especificidade:92%, Sensibilidade 90% presença de tumor ou hidrocefalia período de remissão dos sintomas demência precoce sintomas unilaterais após 3 anos falta de resposta à levodopa 3. Pelo menos 3 aspectos que reforçam o diagnóstico 1) início unilateral 5) resposta excelente á levodopa 2) tremor de repouso presente 6) mantém reposta à levodopa por anos 3) evolução progressiva 7) coréia induzida pela levodopa 4) assimetria persistente dos sinais 8) curso clínico >10 anos Hughes et al 1992

HÁ ALGUM EXAME ÚTIL PARA O DIAGNÓSTICO DA DP? ULTRASSONOGRAFIA TRANSCRANIANA NORMAL D PARKINSON Área de hiperecogenicidade: em 90% dos pacientes com DP e em 10% dos normais em porcentagem variável de casos de Parkinsonismo atípico

HÁ ALGUM EXAME ÚTIL PARA O DIAGNÓSTICO DA DP? RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA NORMAL D PARKINSON nigrossoma Gao et al 2015

Parkinsonismo atípico: atrofia de múltiplos sistemas Parkinsonismo simétrico, responsivo parcialmente à levodopa no início do quadro, com disautonomia precoce (incontinência urinária e hipotensão postural sintomática), reflexos exaltados, e sinais cerebelares

Parkinsonismo atípico: paralisia supranuclear progressiva Parkinsonismo simétrico rigidez axial, quedas precoces, disartria e disfagia, paralisia supranuclear do olhar vertical ( )

Parkinsonismo atípico: paralisia supranuclear progressiva

Parkinsonismo atípico: degeneração corticobasal Parkinsonismo muito assimétrico, com rigidez acentuada, apraxia ideomotora, alterações corticais da sensibilidade (astereognosia), mioclonias

Parkinsonismo atípico: demência com corpos de Lewy Parkinsonismo simétrico, perda cognitiva precoce (antes ou menos de 1 ano após inicio dos sintomas parkinsonianos), com alucinações visuais, flutuações cognitivas, TRANSTORNO COMPORTAMENTAL DO SONO REM, DISAUTONOMIA

Patologia da doença de Parkinson NORMAL D PARKINSON

Patologia da doença de Parkinson Depósito de alfa-sinucleina

A causa da síndome parkinsoniana na DP SPECT marcação do transportador de dopamina no estriado (Oertel et al, 2003) Normal DP dopamina

A etiologia da doença de Parkinson Vários processos celulares estão anormais: - estresse oxidativo - comprometimento energético - disfunção do sistema ubiquitina-proteossoma - fatores de crescimento - ativação da apoptose - acúmulo de Ferro - mecanismos inflamatórios ativados - disfunção da glia... Deposição de alfa-sinucleina

Fisiopatologia da doença de Parkinson Braak et al. Staging of brain pathology related to sporadic Parkinson s disease. Neurobiology of Aging 24 (2003) 197 211 SNc

Fisiopatologia da doença de Parkinson Liu et al 2017

Fisiopatologia da doença de Parkinson Hypothetical model of a-synuclein cell-to-cell transmission Prymaczok et al 2016 Relevant neuro-anatomical pathways necessary for a- syn propagation. Borghammer 2017

N O CÉLULAS DOPAMINÉRGICAS sintomas parkinsonianos O curso da doença de Parkinson 100% Fase pré-clínica Fase pré-motora Fase sintomática 40% Depressão TCsonoREM Constipação Perda do olfato... idade

Sintomas não-motores na doença de Parkinson Neuropsiquiátricos: depressão, apatia, ansiedade, déficit de atenção, alucinações, ilusões, delírios, demência, pânico, confusão Distúrbios do sono: RLS, distúrbio comportamental do sono REM, hipersonolência diurna, insônia, sonhos vívidos, SAOS Sintomas autonômicos: distúrbios miccionais, sudorese, hipotensão ortostática, disfunção sexual, sintomas gastrintestinais (constipação) Sintomas sensoriais: dor, parestesias, disfunção olfatória Outros: fadiga, seborréia, perda de pso, diplopia

A etiologia da doença de Parkinson Predisposição genética: Glucocerebrosidase Alfa-sinucleina MAPT LRRK2 HLA... Fatores ambientais: RISCO uricemia baixa trauma craniano Vida na zona rural Exposição a pesticidas Exposição a metais pesados RISCO ácido úrico Fumo cafeína disfunção celular morte celular doença de Parkinson

formas monogenéticas da doença de Parkinson cromossomo Herança gene Mutações PARK1/4 4q AD α-sinucleina várias PARK2 6q AR Parkin - PARK5 4p14 AD UCH - PARK6 1p35-p36 AR PINK1 - PARK7 1p36 AR DJ1 - PARK8 12p11-q13 AR LRRK2 - PARK9 1p32 AR ATP13A2 - As formas monogenéticas conhecidas atualmente são responsáveis por menos de 10% dos casos de doença de Parkinson

formas ambientais da doença de Parkinson MPTP

A história natural da doença de Parkinson Evans et al, JNNP 2011

ESCALA DE HOEHN & YAHR (1967) 1 doença unilateral 1,5 doença unilateral com sintomas axiais 2,0 doença bilateral sem instabilidade postural 2,5 doença bilateral com recuperação no teste de instabilidade postural 3 doença bilateral moderada, instabilidade postural presente, ainda independente 4 Incapacidade grave, anda e fica em pé sem auxílio 5 restrito ao leito se não for auxiliado

UPDRS

O tratamento da doença de Parkinson TRATAMENTO NEUROPROTETOR Nenhum efetivo até agora PERSPECTIVAS - Diagnóstico pré-motor (pré-clínico,prodrômico): critérios de diagnóstico (Berg et al 2015) - Tratamento neuroprotetor precoce Fereshtehnejad et al, 2017

O tratamento da doença de Parkinson Tratamento sintomático Medicamentoso Cirúrgico Reabilitação Fisioterapia Fonoaudiologia Neurocognitiva

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA L-DOPA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

SINAPSE DOPAMINÉRGICA DOPAC HVA DDC tirosina DOPA DA L-DOPA DOPAC 3-MT HVA HVA DDC= enzima dopa-descarboxilase

Tratamento sintomático Levodopa Associado a inibidor da DOPA descarboxilase periférica (carbidopa ou benserazida) Inibidores da COMT entacapone Agonistas dopaminérgicos bromocriptina, pramipexol, Rotigotina (adesivo) inibidores da MAO B Selegilina, Rasagilina, Safinamida Amantadina Anticolinérgicos Levodopa é a droga mais eficaz, mas está associada ao aparecimento das complicações motoras ICOMT potencializam a levodopa (não têm efeito sintomático próprio) Agonistas são menos potentes que a levodopa, e têm mais efeitos colaterais, mas causam menos complicações motoras IMAO-B são pouco potentes Amantadina é pouco potente mas pode reduzir as discinesias induzidas pela levodopa Anticolinérgicos são pouco efetivos e causam muitos efeitos colaterais, especialmente nos idoso ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO: individualizada, múltiplas drogas

O efeito mágico da levodopa OFF ON

Tempo de despertar (awakenings)

efeito clínico efeito clínico efeito clínico As limitações da levodopaterapia Fase inicial Fase intermediária Fase avançada tempo tempo tempo Fase de lua-de-mel = duração do efeito sintomático = discinesias induzidas pela levodopa (Obeso and Olanow, 1997)

AS DISCINESIAS INDUZIDAS PELA LEVODOPA

O tratamento cirúrgico da DP

O tratamento cirúrgico da DP Quando indicar? Paciente com complicações da terapia Discinesias Deterioração-de-fim-de-dose <70 anos Sem alterações cognitivas e comportamentais Cirurgia ablativa Implante de estimulador cerebral profundo (DBS)

Tratamento dos sintomas não-motores da doença de Parkinson ALTERAÇÕES MENTAIS Demência: Rivastigmina, Donepezil, Galantamina Psicose: Clozapina, Quetiapina Depressão: tricíclicos, ISRS, eletroconvulsoterapia Problemas Gastrointestinais: náusea: Domperidone DISFUNÇÃO AUTONÔMICA Hipotensão Ortostática: Midodrine, fludrocortisone, indometacina, yohimbina, eritropoetina Constipação: Psyllium, vários Disfunção urinária: Oxibutinina, tolterodine, Prazosin e eoutros alfa-2-antagonistas DISTÚRBIO DO SONO Clonazepan, etc.

Perspectivas para o tratamento da doença de Parkinson Diagnóstico e tratamento precoce (pré-motor) Terapias modificadoras Brundin et al. Therapeutic approaches to target alpha-synuclein pathology. Experimental Neurology 2017