DOENÇA DE PARKINSON. Diagnóstico e Tratamento. Juliana Aquino
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- Francisco Bonilha Prado
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1 DOENÇA DE PARKINSON Diagnóstico e Tratamento Juliana Aquino 1
2 A doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson È uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra (ou nigra). Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas principalmente motores. 2
3 Paralisia Agitante Enfermidade caracterizada pela presença de movimentos tremulantes involuntários, diminuição da força muscular, tendência à inclinação do tronco para frente e alteração da marcha. Os sentidos e o intelecto são preservados. James Parkinson
4 Anatomia Básica da D.P. A habilidade em produzir movimento depende de um circuito motor complexo que envolve a subst. negra, os gânglios da base, núcleo subtalâmico, tálamo e o córtex cerebelar. Dopamina é o neurotransmissor desse circuito. Na DP a produção de Dopamina está reduzida. 4
5 Há degeneração dos neurônios contendo Melanina (dopaminérgicos) no tronco encefálico, principalmente, na sustância negra. Sintomas aparecem quando a subst. negra já perdeu 60% dos neurônios dopaminérgicos e o conteúdo de Dopamina é 80% inferior ao normal.
6 ETIOLOGIA DA DOENÇA DE Genética? Toxinas exógenas? Toxinas endógenas? Estresse oxidativo? PARKINSON I D I O P Á T I C A 6
7 SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE PARKINSON Tremor em repouso Rigidez Bradicinesia - Hipocinesia Postura fletida Perda dos reflexos posturais Fenômeno de parada = freezing
8 TREMOR 70% casos Pode estar presente em um ou mais membros. É comum nos lábios, queixo e língua. Geralmente, assimétrico. 4 a 5 ciclos/segundo Ocorre, tipicamente, quando o membro está em repouso. Desaparece à ação, ressurgindo quando os membros mantêm uma postura. Aumenta ao andar. 8
9 Amplitude aumenta em períodos de estresse ou quando pede-se ao paciente que realize alguma tarefa cognitiva Desaparece durante o sono. 9
10 RIGIDEZ Aumento do tônus muscular quando o examinador move os membros, o pescoço ou o tronco do paciente (movimentos passivos). A rigidez é igual em todas as direções. A rigidez do membro passivo aumenta quando outro membro é envolvido em um movimento ativo voluntário.
11 BRADICINESIA Lentidão de movimentos, dificuldade em iniciar movimentos e perda de movimentos automáticos. A face perde a expressão espontânea = Fácies em máscara ou fácies congelada - não traduz o estado emocional do paciente. 11
12 Diminuição do piscar. Diminuição da movimentação espontânea = perda da gesticulação, tendência a ficar sentado, imóvel. Rigidez cérea (como se fosse de cera). A voz torna-se baixa (hipofonia), com um tom monótono. 12
13 BRADICINESIA A bradicinesia da mão dominante leva a uma escrita lenta e com letra pequena (micrografia), dificuldade em fazer barba, escovar dentes, pentear o cabelo, abotoar roupas, maquiar, etc. O andar é lento, com passos mais curtos e tendência a arrastar os pés. O balanço dos braços diminui.
14 Bradicinesia do tronco = Dificuldade em levantar-se de uma cadeira baixa, sair de automóveis e virar-se na cama. A bradicinesia é interpretada, erroneamente, pelos pacientes como fraqueza.
15 BRADICINESIA A saliva escorre pelos cantos da boca devido à incapacidade para deglutir. ( Não há produção excessiva de saliva). A deglutição pode alterar-se com o avanço da doença. Engasgos e aspirações são preocupações freqüentes. Dissinergia óculo-cefálica = O doente ao dirigir os olhos para um determinado lado não acompanha com a cabeça o movimento dos olhos. É a característica mais limitante da doença.
16 POSTURA FLETIDA A rigidez parkinsoniana confere ao doente uma atitude característica: Cabeça em ligeira flexão, tronco ligeiramente inclinado para frente, flexão moderada da perna sobre a coxa e do antebraço sobre o braço. Ao deambular o doente parece um bloco, com o tronco inclinado para frente, como que à procura do seu centro de gravidade.
17 Cabeça em ligeira flexão, tronco inclinado para frente.
18
19 Como é feito o diagnóstico da D.P? Anamnese + exame neurológico. Assimetria no início dos sintomas. Presença de tremor de repouso. Boa resposta à terapia dopaminérgica. 19
20 Como é feito o diagnóstico da D.P.? POSSÍVEL = Se uma das características estiver presente: Tremor, rigidez ou bradicinesia. PROVÁVEL = Se duas das características estiverem presentes (tremor, rigidez, bradicinesia ou instabilidade postural) ou se uma delas for assimétrica. DEFINITIVO = Se três das características estiverem presentes, ou se duas das características estiverem presentes, sendo que uma delas apresente-se assimetricamente.
21 Tratamento: O tratamento da doença de Parkinson baseia-se em facilitar a transmissão da dopamina e inclui drogas anti-histamínicas, que possuem discreto efeito sedativo e podem auxiliar na diminuição dos tremores. Administrar drogas anticolinérgicas, que são eficazes para o controle dos tremores e rigidez, e a Levodopa, que é o agente mais eficaz para o tratamento do mal de Parkinson.
22 Assistência de Enfermagem: Incentivar ingestão hídrica e a dieta à base de fibras para reduzir os problemas de constipação, decorrentes da debilidade da musculatura intestinal e da utilização de algumas drogas no tratamento; Atentar para o risco de aspiração brônquica, devido à diminuição do reflexo de tosse; orientar a pessoa para se alimentar em posição ereta, sendo a dieta de consistência semi-sólida e os líquidos mais espessos. O controle de peso, semanalmente, é importante para avaliar se a alimentação tem sido suficiente.
23 Assistência de Enfermagem: O estímulo ao autocuidado, certamente, reduzirá sua dependência na realização de atividades diárias, sendo necessário algumas adaptações em casa; Manter espaços livres para deambulação; Colocar grades na cama
24 Assistência de Enfermagem: Orientar a realização de exercícios para aumentar a força muscular, melhorar a coordenação, a destreza e diminuir a rigidez muscular; Encorajá-la a participar de atividades recreativas e sociais, como medida de combate à depressão.
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